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Gastrite, nem sempre é relacionado a dores no estômago

Dores no estômago que você sente, esta azia, queimação, podem ser sintomas de uma série de outras doenças. Dores no epigástrio (boca do estômago), queimação e azia são sintomas típicos de doenças do sistema digestivo alto, que afetam o esôfago, estômago ou duodeno. Essas doenças podem ser gastrites, gastropatias, dispepsias funcionais ou úlceras. A gastrite é caracterizada por um processo inflamatório, que pode ser agudo ou crônico.

Segundo gastroenterologistas, o que acontece é uma infecção da mucosa do estômago.

“É causada por uma bactéria bem peculiar, chamada de ‘helicobacter pylori’, sendo culpado por quase que pela totalidade dos casos de gastrite crônica. A autoimunidade e as alergias são outras causas raras de gastrite. Assim conceituada, esta gastrite esporadicamente causa sintomas.”A bactéria é descoberta por meio de um exame de endoscopia digestiva alta, que analisa toda a região estomacal.

“É factível ter visão da lesão, intensidade e bactéria, e após podemos apontar o antibiótico específico para o problema”

O período para recuperação depois o uso da medicação é rápido e comumente não passa de uma semana. A dieta é uma segunda etapa do tratamento. “Devem ser evitadas nesse fase comidas excessivamente pesadas, ácidas e com condimentos e bebidas gasosas, como refrigerantes”.

Os alimentos e bebidas precisam ser evitados porque eles podem agravar o quadro de dores, mas jamais são causadores da gastrite. “Eles podem gerar ou aumentar os sintomas dispépticos funcionais e, especialmente, os sintomas e sinais da doença do refluxo. É assim que os alimentos gordurosos e oleosos pioram a má digestão, azia, regurgitação azeda e vários outros sintomas”.

Peça para seu médico analisar os sintomas de Estresse

Mas o incômodo também pode surgir quando a indivíduo está em alto nível de estresse, quando a produção natural de ácido clorídrico no estômago para a digestão é elevada. “E esse ácido pode iniciar a irritar a parede do estômago, agravar o refluxo ou úlcera, se existentes”.

Mas a influência do estresse nessas dores não está relacionado à gastrite, mas sim às dispepsias funcionais, que eram chamadas de “gastrite nervosa”. As dispepsias, por exemplo, não aparecem nos exames, mas os sintomas são claros em momentos de alteração emocional ou psicológica. Isso acontece porque, segundo o gastroenterologista e professor da Famerp, “o cérebro e o sistema digestório estão interligados e comunicam-se continuamente, via nervos e hormônios. Daí é fácil entender, como alterações neuroemocionais podem afetar o funcionamento de vísceras, como o estômago.”

Por isso, a tensão excessiva e constante também é culpado por deixar o organismo mais suscetível a desenvolver infecções. Comprovação disso é o resultado sugerido por um estudo realizado no ano passado, pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças, nos Estados Unidos. Até 90% de infecções, inflamações e indisposições são estimuladas pelo estresse.