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Exame de sangue para detecção de problemas no pâncreas: câncer e pancreatite | Prof. Victor Proença

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É lá que é professor Victor presença neste vídeo, a gente vai conversar um pouquinho sobre os exames que detectam problemas no pâncreas. Pessoalmente, exames de sangue, mas tem outros exames que a gente vai citar aqui também, tá bom? Então vamos lá!
Primeira coisa, um dos exames que a gente faz aqui são exames bioquímicos. A gente pode analisar, por exemplo, a amilase, que é uma enzima que degrada o amido, a lipase, que é uma enzima que degrada os lipídios, e o tripsinogênio, outra enzima que degrada, por exemplo, proteínas. Então, a gente aqui tá analisando, por exemplo, a porção mais exócrina do pâncreas, tudo bem?
Professor, pode ter também uma alteração na porção endócrina do pâncreas, alterando, por exemplo, a liberação de insulina. Também pode, mais aqui, vamos falar que seja uma pancreatite aguda, por exemplo, que esse paciente tem. Claro, existem outros problemas também, mas uma pancreatite aguda já vai lá, o aumento dessas substâncias na corrente sanguínea. Então, no exame de sangue, você já pode analisar isso, aqui, beleza?
Você também pode solicitar um outro exame de sangue que se chama hemograma. No hemograma, a gente analisa lá as células brancas, vermelhas, plaquetas e todos os outros parâmetros, índices, etc. É possível que você tenha, por exemplo, o aumento de leucócitos aqui no hemograma. Não é específico porque aumento de leucócitos pode ser um monte de coisa aí, mas nesse caso, para gente, mais específico e mais relacionado com de fato uma alteração no pâncreas, são lipase e tripsinogênio, amilase um pouco menos porque está mais relacionada também com a alteração nas glândulas salivares, então, uma caxumba, alguma outra alteração também pode levar ao aumento de amilase.
Mas vamos falar mais específico aqui de fato, mais relacionado com problemas do pâncreas, tá? Beleza, a gente também pode solicitar bilirrubina direta e indireta, inclusive, enzimas hepáticas, fazer um hepatograma, que a gente diz. Então, AST, ALT ou DG, GGTP, você pode solicitar fosfatase alcalina e proteínas, como, por exemplo, a albumina, para verificar se tem uma alteração no fígado. E aí, você pode traçar de onde está saindo esse problema, porque é, professor, porque analisando, por exemplo, bilirrubina direta e indireta, analisando aqui enzimas hepáticas ou biomarcadores de lesão hepática e inclusive alteração no pâncreas, você verifica se a origem do problema é mais fígado e vesícula biliar ou o próprio pâncreas mesmo, tá?
Beleza, então esses exames são solicitados normalmente em conjunto. Porque, dependendo do caso do paciente, ele chega lá com uma icterícia e que terá você, não é específico de problema pancreático, mas pode estar relacionado, por exemplo, com uma formação de cálculo biliar ou alguma coisa do tipo, impedindo a saída em conjunto das secreções das substâncias liberadas pelo próprio pâncreas, atrapalhando a saída das enzimas que estão digerindo o conteúdo do pâncreas, destruindo o pâncreas. E aí, isso reflete obviamente em uma pancreatite, por exemplo, que é um processo inflamatório do pâncreas, tá?
É um problema, pode ser, por exemplo, no fígado ou na vesícula biliar, não inicialmente no pâncreas, mas acaba se refletindo como o resultado aumentado de amilase e lipase, tripsinogênio e tripsina e assim por diante, tá bom?
Proteína C reativa, isso aqui é inespecífico, na verdade é uma substância, uma proteína de fase aguda que a gente diz, que está relacionada com o processo inflamatório, mas é bastante sensível para processos inflamatórios. Não é específico, mas é sensível. Você já sabe que tem um processo inflamatório acontecendo, seja pancreatite, hepatite, encefalite, pneumonias, são processos inflamatórios. Quando a gente tem um processo inflamatório, é possível que isso seja liberado, entre outras substâncias também, ativação de fibrinogênio, aumento de VHS, e em outros exames, a gente conversa mais sobre isso.
Outros exames aqui que não são exames de sangue, agora são mais exames de imagem. Ressonância e ecoendoscopia alta. Aqui, nessa ecoendoscopia alta, inclusive, pode ser feita já uma punção aspirativa por agulha fina, caso o médico, por exemplo, suspeite de algum nódulo, algum crescimento anormal que esteja lá no pâncreas. Que ele pode estar pensando, por exemplo, que é uma neoplasia, tá bom?
Então, nesse caso, ele vai lá, coleta uma amostra, uma biópsia basicamente, faz uma lâmina, por exemplo, e analisa no microscópio com corantes específicos. Todo um procedimento para isso, para verificar se a gente tem mitoses em excesso, células atípicas, mas isso é assunto para outras aulas. Aqui, nesse momento, é legal que você tenha essas informações. Porque se cair num concurso público, numa prova, ou você mesmo fez um exame e solicitou, o médico solicitou para você, você já tem mais informações. Amilase, lipase, tripsinogênio, quimiotripsina, estão mais relacionados com problemas no pâncreas, beleza?
E aí, quando você pega lá o resultado dos exames, você já vai ter uma ideia. Se os valores de referência estão aumentados, existe uma grande chance de que o problema é de fato lá no pâncreas. Mas é claro, você está assistindo aqui para obter mais informação, entender melhor, conhecer melhor o seu corpo, seu organismo e os exames laboratoriais. Mas quem vai fazer o diagnóstico é o seu médico. Não adianta nem você sair caçando por aí, é bom você se informar e levar o resultado para o médico o quanto antes, para que ele já institua a terapêutica necessária no seu caso especificamente.
Eu não sei qual vai ser, nesse momento. Não dá para saber. Quem vai saber é quem tem todo o caso clínico, quem te examinou, quem acompanhou o paciente e tem todos os resultados desses exames. Tá bom?
Muito obrigado por você me ouvir até agora. Meu nome é Victor Proença. Um grande abraço e até a próxima.
Fonte: Qual exame de sangue detecta problemas no pâncreas? Câncer | Pancreatite | Prof. Victor Proença por IBAP Cursos