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Cancro Mole: Diagnóstico, Tratamento e Informações sobre a Doença

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Cancro Mole: Um Guia Completo

Sejam bem-vindos ao mais um vídeo do canal Tutorial Medicina! Sou o Henrique, o seu estudante de Medicina, e no vídeo de hoje vamos falar sobre o Cancro Mole, uma continuação do vídeo sobre sífilis e o diagnóstico diferencial. Não esqueça de deixar o like abaixo, se inscrever no canal e deixar um feedback nos comentários. Vamos lá!

O Cancro Mole é uma doença não muito comum, com uma incidência de dois milhões de casos por ano, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Essa doença é causada pela bactéria Haemophilus ducreyi, um bacilo gram-negativo, e a infecção ocorre geralmente por microabrasões na pele, causadas pelo contato direto de pele com pele. A doença costuma ser mais comum em países pobres e de clima quente, como na África e na América Latina.

As manifestações clínicas do Cancro Mole começam com o surgimento de uma úlcera ou pápula, cerca de 3 a 7 dias após o contato sexual com a bactéria. Essa úlcera é dolorosa, de fundo sujo e com bordas eritematosas. Pode haver uma única úlcera ou várias úlceras. Em até 50% dos casos, surge uma adenopatia, conhecida como “bubo”, que é uma inflamação dos gânglios linfáticos. Essa adenopatia pode surgir até 14 dias após a úlcera e tende a ser unilateral e pode supurar, formando um abscesso.

É importante destacar que, em sua maioria, os pacientes são homens, pois as úlceras são visíveis na genitália masculina. No entanto, as mulheres também podem ser portadoras assintomáticas da doença. Muitas vezes, o Cancro Mole pode ter associação com outras infecções, como a sífilis, gerando uma úlcera mista.

O diagnóstico do Cancro Mole pode ser feito pela observação das características clínicas da úlcera e da adenopatia. Outros exames que podem ser realizados são a bacterioscopia, em que se observa a presença dos bacilos em cadeias paralelas, e o PCR, que possui alta sensibilidade mas pouca disponibilidade. A cultura também é útil, mas tem suas limitações.

Para o tratamento do Cancro Mole, o Ministério da Saúde e o CDC recomendam o uso de azitromicina (1g dose única) ou ceftriaxona (200mg dose única via intramuscular). A taxa de cura com esses tratamentos é alta, em torno de 90-95%. É importante drenar quaisquer abscessos presentes.

Além disso, é fundamental tratar o(a) parceiro(a) sexual do paciente, caso tenham tido contato nos últimos 10 dias antes do início dos sintomas. É necessário reexaminar o paciente em até 7 dias para verificar a cura da lesão e testar para outras ISTs, como a sífilis e a herpes. A coinfecção com o HIV também deve ser considerada.

Por fim, é importante destacar que a atenção à higiene e à prevenção do autocontágio são fundamentais para evitar a propagação da doença e a auto-inoculação de outras lesões.

Espero que esse guia completo sobre o Cancro Mole tenha ajudado a sanar suas dúvidas. Se tiver mais alguma pergunta, deixe nos comentários. Não se esqueça de deixar o like no vídeo, se inscrever no canal e até a próxima semana!

Fonte: O que é o CANCRO MOLE e como é diagnosticado e tratado? por Tutorial Medicina