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Tibolona EMS

Como o Tibolona – EMS funciona?


A tibolona pertence ao grupo de medicamentos conhecidos como
Terapia de Reposição Hormonal (TRH). Na menopausa (ou após uma
cirurgia para retirada dos ovários), o organismo da mulher
interrompe a produção do hormônio feminino, o estrogênio. Assim, a
mulher pode apresentar os sintomas característicos da menopausa
como ondas de calor, suores noturnos, irritação vaginal, depressão
e perda do desejo sexual.

A tibolona é um medicamento de reposição hormonal que pode ser
utilizado para proporcionar alívio das queixas resultantes da
menopausa. Particularmente se você tem mais de 60 anos de idade,
seu médico irá discutir os benefícios e riscos do uso de tibolona
no seu caso.

O alívio dos sintomas da menopausa geralmente ocorre durante as
primeiras poucas semanas de tratamento, mas os resultados ideais
são obtidos após pelo menos três meses de tratamento.

Os hormônios sexuais em pequena quantidade podem, também, causar
o enfraquecimento dos ossos (osteoporose).

Se você apresentar um aumento do risco de apresentar fraturas
devidas à osteoporose, mas não pode ser tratada com
outros medicamentos, ou se outros tratamentos foram ineficazes
no seu caso, a tibolona também pode ser utilizada com
esse objetivo.

Informações adicionais sobre a tibolona

Os hormônios sexuais naturais mais importantes nas mulheres são
o estrogênio e a progesterona. Esses hormônios são necessários para
o desenvolvimento e desempenho sexual normal das mulheres e
apresentam um importante papel no controle do ciclo menstrual e na
formação óssea.

O osso é construído durante a juventude e o nível máximo de
massa óssea é atingido entre os 20 e 30 anos de idade. Após
essa idade, a massa óssea diminui primeiro lentamente, mas
nas fases mais tardias da vida a perda óssea é acelerada,
especialmente após a menopausa.

Esta é definida como o período em que os ovários
gradativamente interrompem a produção de estrogênios, fato que
ocorre por volta dos 50 anos. Se os ovários são retirados
cirurgicamente (ovariectomia) antes da menopausa, a diminuição na
produção de hormônio ocorre subitamente.

A redução na produção de hormônio frequentemente leva ao
aparecimento dos conhecidos sintomas do climatério, tais como ondas
de calor e suores noturnos. A deficiência de hormônios sexuais
pode, também, fazer com que o tecido de revestimento da vagina se
torne mais delgado e seco. Consequentemente, a relação sexual pode
se tornar dolorida e as infecções vaginais podem ocorrer com maior
frequência.

Esses problemas físicos em algumas mulheres são acompanhados por
alterações do humor, nervosismo, irritabilidade e perda do desejo
sexual.

Um problema que frequentemente passa despercebido é a acelerada
perda de massa óssea nos anos próximos e após a menopausa.
Gradativamente, os ossos se tornam frágeis e podem se quebrar
facilmente (osteoporose), especialmente na coluna vertebral,
quadril e punhos. A osteoporose também pode causar dores nas
costas, perda de altura e curvatura nas costas.

A tibolona é uma substância que apresenta efeitos favoráveis em
diferentes tecidos do organismo, tais como o cérebro, vagina e
ossos. Isso resulta na melhora dos sintomas da menopausa tais como
as ondas de calor e os suores noturnos, em efeito benéfico sobre o
tecido de revestimento da vagina e favorável sobre o humor e o
desejo sexual.

A tibolona pode, também, interromper o processo de perda de
massa óssea que ocorre após a menopausa (na coluna, quadril
e punhos). Diferentemente de algumas terapias de reposição
hormonal, a tibolona não estimula o tecido de revestimento interno
do útero. Portanto, o tratamento com tibolona não produz
sangramento vaginal mensalmente.

Contraindicação do Tibolona – EMS

Não use tibolona se qualquer um dos seguintes eventos se aplicar
a você. Caso você tenha dúvida sobre algum dos pontos a seguir,
converse com seu médico antes de tomar tibolona.

Este medicamento é contraindicado para uso por paciente
que

  • Estiver grávida ou ache que pode engravidar.
  • Estiver amamentando.
  • Tiver ou teve câncer de mama, ou se houver suspeita de câncer
    de mama.
  • Tiver ou se houver suspeita de que você tenha tumores
    dependentes de estrogênio, tal como o câncer de endométrio.
  • Tiver sangramento vaginal anormal, que não foi avaliado pelo
    seu médico.
  • Tiver espessamento anormal da parede do útero (hiperplasia
    endometrial).
  • Tiver ou teve distúrbio da circulação, tal como coágulos de
    sangue (nas veias das pernas ou dos pulmões).
  • Tiver um problema de coagulação do sangue (como deficiência de
    antitrombina, proteína C ou proteína S).
  • Teve problemas cardíacos como angina ou infarto.
  • Teve derrame cerebral ou isquemia aguda transitória.
  • Tiver ou teve problemas de fígado cujos exames não
    normalizaram.
  • Tiver porfiria (doença hereditária).
  • Teve alergia à tibolona ou qualquer outro dos componentes da
    fórmula do produto.

Caso qualquer uma das condições acima aparecer pela primeira vez
enquanto estiver utilizando tibolona, pare de tomar de uma vez e
consulte o seu médico imediatamente.

Como usar o Tibolona – EMS

Tomar 1 comprimido ao dia, com um pouco de água ou outro
líquido, e, preferivelmente sempre à mesma hora do dia.

As cartelas de tibolona são marcadas com os dias da semana.
Inicie tomando o comprimido marcado com o dia certo da semana. Por
exemplo, se for segunda-feira, tome o comprimido marcado “SEG” na
parte superior da cartela. Siga os dias da semana até que a cartela
esteja vazia. Comece a próxima cartela no dia seguinte. Não
interrompa o tratamento entre as cartelas ou entre as
embalagens.

A Tibolona não deve ser tomada antes que tenham passado 12 meses
desde sua última menstruação natural. Se a tibolona for tomada
antes desse prazo, a possibilidade de você apresentar sangramentos
vaginais irregulares pode ser aumentada.

Seu médico tentará prescrever a menor dose possível para tratar
os seus sintomas e pelo menor tempo necessário. Se você tiver a
impressão de que o efeito de tibolona é muito forte ou muito fraco,
informe ao seu médico imediatamente.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou
mastigado.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
o Tibolona – EMS?


Se você esquecer de tomar um comprimido, tome o comprimido assim
que perceber o esquecimento, desde que não tenha ultrapassado 12
horas do horário escolhido para tomar os comprimidos.

Caso já tenha se passado mais de 12 horas do horário habitual de
tomada do comprimido, “pule” a tomada desse comprimido e tome
apenas o comprimido do dia seguinte em seu horário habitual. Não
tome dois comprimidos ao mesmo tempo para compensar o comprimido
esquecido.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Tibolona – EMS

Leia cuidadosamente esta bula antes de iniciar o
tratamento com esse medicamento

  • Guarde esta bula. Você pode precisar ler as informações
    novamente em outra ocasião.
  • Se você tiver alguma dúvida, peça auxílio ao seu médico ou
    farmacêutico.
  • Esse medicamento foi receitado para você e não deve ser
    fornecido a outras pessoas, pois pode ser prejudicial a elas, mesmo
    que os sintomas que elas apresentem sejam iguais aos seus.

Assim como apresenta benefícios, a terapia de reposição hormonal
(TRH) também tem alguns riscos que você precisa considerar quando
estiver decidindo adotá-la ou mantê-la.

A experiência em tratar mulheres com menopausa prematura (devido
à deficiência ou cirurgia ovariana) é limitada.

Caso você tenha menopausa prematura, os riscos de utilizar a TRH
ou tibolona podem ser diferentes. Por favor, converse com seu
médico.

A tibolona não deve ser utilizada como contraceptivo e não vai
impedir que você engravide.

Avaliações médicas periódicas

Antes de iniciar a terapia com tibolona o seu médico deve ter
lhe perguntado sobre sua história médica, bem como de sua família.
Seu médico pode decidir examinar suas mamas e/ou abdome e pode
fazer um exame interno. Você também terá avaliações médicas
periódicas, especialmente exame das mamas. Enquanto estiver em
tratamento com tibolona, deverá fazer avaliações clínicas
periódicas com seu médico (pelo menos uma vez ao ano). Nessas
avaliações, ele poderá discutir com você os benefícios e riscos de
continuar o uso de tibolona.

Algumas condições podem ser agravadas pela TRH.

Se você apresenta, ou já apresentou alguma das condições
a seguir, informe seu médico e ele fará um acompanhamento
cuidadoso

  • Fibroma uterino.
  • Endometriose.
  • História de coágulos nos vasos sanguíneos.

Alguém na família que tenha tido câncer dependente de
hormônios, como por ex. uma parente próxima com:

  • Câncer de mama ou endométrio.
  • Pressão alta. 
  • Problemas de fígado.
  • Diabetes.
  • Cálculo na vesícula.
  • Enxaqueca ou dor de cabeça grave.
  • Lúpus eritematoso sistêmico.
  • História de espessamento (hiperplasia) do endométrio.
  • Epilepsia.
  • Asma.
  • Otosclerose (surdez hereditária).
  • Níveis elevados de gordura no sangue (triglicérides).

Informe ao seu médico se você notar alguma alteração na sua
condição de saúde enquanto usar tibolona. A TRH pode, algumas
vezes, causar retenção de líquidos.

Razões para interromper o tratamento com tibolona
imediatamente

O tratamento deve ser interrompido imediatamente nos casos de:
icterícia (pele e parte branca dos olhos de cor amarela). aumento
repentino da pressão arterial. enxaqueca ou dor de cabeça grave
pela primeira vez. se você ficar grávida. se você perceber sinais
de coágulo sanguíneo (inchaço doloroso e vermelhidão das pernas,
dor no peito repentina, dificuldade de respirar).

Efeitos sobre o risco de desenvolver câncer

Câncer endometrial

Há relatos e estudos de proliferação celular aumentada ou câncer
do revestimento do útero (endométrio) em mulheres em uso de
tibolona. O risco de câncer do revestimento do útero aumenta com a
duração do tratamento. Se você apresentar sangramento vaginal ou
pequenas perdas de sangue pela vagina, isso não deve ser motivo de
preocupação, especialmente durante os primeiros meses de tratamento
de reposição hormonal.

Entretanto, se o sangramento vaginal ou pequena perda de
sangue pela vagina:

  • Continuar após os primeiros 6 meses de tratamento.
  • Começar depois que você já estava em tratamento com tibolona há
    6 meses.
  • Continuar após o término do tratamento com tibolona.

Consulte seu médico. Esse pode ser um sinal de que o seu
endométrio se tornou mais espesso.

Câncer de mama

Mulheres que apresentam ou que tiveram câncer de mama não devem
fazer terapia de reposição hormonal (TRH), nem tomar tibolona. A
administração de estrogênio, TRH combinada de
estrogênio-progestagênio ou tibolona durante vários anos, aumenta
discretamente o risco de câncer de mama. O risco aumenta com a
duração da TRH e volta ao normal dentro de cerca de cinco anos após
a interrupção da TRH.

Mulheres em uso de tibolona apresentam risco menor do que as em
uso da TRH combinada, mas apresentam risco comparável de
desenvolver câncer de mama em relação às mulheres usando a TRH
apenas de estrogênio.

Considerando mulheres na faixa de 50 a 64 anos de idade que não
fazem TRH, em média, 32 em 1000 terão o diagnóstico de câncer de
mama. Para 1000 mulheres, 2 casos adicionais podem ocorrer se elas
receberam tibolona por 5 anos, e 5 casos adicionais podem ocorrer
se elas receberam tibolona por 10 anos.

Certifique-se de avaliar regularmente suas mamas quanto a
alterações, tais como formação de depressão na pele, alterações nos
mamilos ou qualquer nódulo que você possa notar ou sentir.

Câncer de ovário

O câncer do ovário é muito raro, mas grave. Pode ser difícil de
ser diagnosticado porque raramente há sinais evidentes da doença.
Alguns estudos indicaram que a administração da TRH apenas com
estrogênio por mais de 5 anos pode aumentar o risco de câncer de
ovário. Não se sabe se outros tipos de TRH aumentam do mesmo modo o
risco de câncer de ovário.

Efeitos sobre o coração ou circulação

Doença cardíaca (ataque cardíaco)

A TRH não é recomendada para mulheres que apresentam ou que
tiveram recentemente doença cardíaca. Se você alguma vez teve
problema cardíaco, informe ao seu médico para saber se você pode
receber tibolona. A TRH não ajuda a prevenir doenças do
coração.

Estudos com um tipo de TRH (contendo estrogênio conjugado mais o
progestagênio MPA) mostraram que as mulheres podem ser
discretamente mais suscetíveis a adquirir doença cardíaca durante o
primeiro ano de tratamento com o medicamento. Para outros tipos de
TRH o risco pode ser semelhante, embora isto não esteja
comprovado.

Se você tiver dor no peito que se espalha para o braço ou
pescoço, procure seu médico o mais cedo possível e interrompa o uso
da TRH até obter autorização médica para voltar a utilizála.

Essa dor pode ser um sinal de doença cardíaca.

Acidente vascular cerebral (derrame)

Pesquisa recente sugere que a TRH e tibolona aumentam o risco de
apresentar derrame. Esse aumento de risco foi observado
principalmente em mulheres na pós-menopausa com mais de 60 anos de
idade.

Considerando as mulheres na faixa dos 50 anos que não estavam
utilizando TRH – em média, durante período de 5 anos, espera-se que
3 em 1000 vão apresentar derrame. Para mulheres na faixa dos 50
anos que estão recebendo tibolona, os dados são de 7 em 1000.

Considerando mulheres na faixa dos 60 anos que não estavam
utilizando TRH – em média, durante um período de 5 anos, espera-se
que 11 em 1000 vão apresentar derrame. Para mulheres na faixa dos
60 anos que estão recebendo tibolona, os dados são de 24 em
1000.

Se você tiver dores de cabeça inexplicáveis do tipo
enxaqueca, com ou sem visão alterada, procure o seu médico o mais
cedo possível e interrompa o tratamento até obter autorização dele
para continuá-lo. Essas dores de cabeça podem ser um sinal de
alerta precoce de um derrame.

Outras condições

TRH não irá prevenir a perda de memória. Há algumas evidências
de um alto risco de perda de memória em mulheres que iniciam a TRH
após 65 anos de idade. Converse com seu médico sobre o assunto.

Coágulos de sangue em uma veia (trombose)

O estrogênio e a TRH combinada de estrogênio-progestagênio podem
aumentar o risco de coágulos de sangue nas veias (também chamada de
trombose venosa profunda), especialmente durante o primeiro ano de
tratamento. Não se sabe se tibolona aumenta o risco da mesma forma.
Esses coágulos de sangue nem sempre são graves, mas se um deles
atingir os pulmões pode causar dor no peito, falta de ar, colapso
ou mesmo a morte. Essa condição é chamada de embolia pulmonar.

A trombose venosa profunda e a embolia pulmonar são exemplos de
uma condição chamada tromboembolismo.

Você está mais sujeita a apresentar coágulos sanguíneos
nas seguintes condições:

  • Você está grávida ou teve um bebê recentemente.
  • Você utiliza estrogênios.
  • Se for gravemente obesa.
  • Se você teve um coágulo anteriormente.
  • Se algum de seus familiares próximos teve um coágulo
    anteriormente.
  • Se teve um ou mais abortos.
  • Se tiver qualquer problema de coagulação que necessite de
    tratamento com um medicamento como a varfarina.
  • Se estiver imobilizada durante um período prolongado por causa
    de grande cirurgia, trauma ou doença.
  • Se tiver uma doença rara, o lúpus eritematoso sistêmico.

Se alguma dessas condições se aplica ao seu caso, informe ao seu
médico para verificar se pode ou não receber a TRH.

Considerando as mulheres na faixa dos 50 anos que não estavam
utilizando TRH, em média, durante período de 5 anos, espera-se que
3 em 1000 vão apresentar coágulo sanguíneo. Para mulheres na faixa
dos 50 anos que estão recebendo TRH, os dados são de 7 em 1000.

Considerando mulheres na faixa dos 60 anos que não estavam
utilizando TRH, em média, durante período de 5 anos, espera-se que
8 em 1000 vão apresentar coágulo sanguíneo. Para mulheres na faixa
dos 60 anos que estão recebendo TRH, os dados são de 17 em
1000.

Se você tiver:

  • Inchaço doloroso na perna.
  • Dor súbita no peito.
  • Dificuldade para respirar.

Procure o seu médico o mais cedo possível e interrompa o
tratamento até obter autorização para continuá-lo. Esses podem ser
sinais de coágulo sanguíneo.

Se você tiver que ser submetida a uma cirurgia, certifique-se de
que o seu médico tome conhecimento do fato, pois você pode precisar
interromper a TRH por cerca de 4 a 6 semanas antes da cirurgia,
para reduzir o risco de apresentar um coágulo de sangue. Seu médico
avisará quando você puder reiniciar o tratamento com a TRH
novamente.

Este medicamento pode causar
doping.

Efeitos sobre a habilidade de dirigir e operar
máquinas

A tibolona não é conhecida por apresentar qualquer efeito sobre
o estado de alerta e concentração.

Importante informação sobre alguns dos ingredientes de
tibolona

Os comprimidos de tibolona contêm lactose. Se você tiver
intolerância à lactose ou ao leite, informe ao seu médico ou
farmacêutico.

Reações Adversas do Tibolona – EMS

Assim como outros medicamentos, tibolona pode causar efeitos
indesejáveis. A maioria desses efeitos colaterais é de intensidade
leve.

Reações adversas comuns observadas em estudos clínicos
(ocorrem entre 1% e 10% das mulheres que utilizam este
medicamento)

  • Sangramento vaginal ou pequenas perdas de sangue.
  • Dor abdominal.
  • Ganho de peso.
  • Dor nas mamas.
  • Aumento não natural dos pêlos.
  • Sintomas vaginais como corrimento, coceira e irritação.

Reação adversa incomum (ocorre entre 0,1% e 1% das
mulheres que utilizam este medicamento)

Acne.

Outras reações adversas relatadas com o uso de tibolona
durante sua comercialização foram

  • Tontura, dor de cabeça, enxaqueca, depressão.
  • Vermelhidão na pele ou coceira.
  • Distúrbios visuais.
  • Transtornos gastrintestinais.
  • Retenção de líquido.
  • Dor nas juntas, dor muscular.
  • Alterações na função do fígado.

Houve relatos de câncer de mama ou proliferação de células do
endométrio (revestimento do útero) ou câncer do endométrio em
mulheres usando tibolona.

Informe ao seu médico se você apresentar sangramento vaginal ou
pequenas perdas de sangue, ou se alguma das reações adversas acima
forem importantes para você ou se forem contínuas.

Outras reações adversas que podem ocorrer com o TRH
combinado (estrogênios e progestagênios) são

  • Tumores benignos e malignos dependentes de hormônios.
  • Coágulos em vasos sanguíneos.
  • Ataque do coração e derrame.
  • Doença da vesícula biliar.
  • Problemas de pele (erupções, alteração da coloração ou manchas
    vermelhas na pele).
  • Demência (declínio da função mental com perda de memória).

Se você notar qualquer efeito colateral que não esteja
mencionado nesta bula, informe ao seu médico ou farmacêutico.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Tibolona – EMS

Gravidez e Lactação

O uso de tibolona é contraindicado em mulheres grávidas ou que
estejam amamentando. Se você estiver amamentando, ou grávida ou
suspeite que possa estar grávida, não tome tibolona.

Composição do Tibolona – EMS

Cada comprimido contém

Tibolona

2,5 mg

Excipientes* q.s.p

1 comprimido

*

Excipientes: lactose monoidratada, amido
pré-gelatinizado, citrato de sódio di-hidratado, estearato de
magnésio.

Apresentação do Tibolona – EMS


Comprimidos de 2,5 mg em embalagem com 15, 30, 60, 90, 200 (EMB
HOSP) e 500 (EMB HOSP) comprimidos.

Uso oral.

Uso adulto.

Superdosagem do Tibolona – EMS

Se você tomar doses maiores de tibolona do que deveria, consulte
o seu médico ou o farmacêutico imediatamente.

Se alguém tomar muitos comprimidos, não há motivo para grande
preocupação, entretanto, você deve informar ao seu médico
imediatamente. Os sintomas de superdose incluem mal estar geral ou
sangramento vaginal.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Tibolona – EMS

Outros medicamentos podem influenciar os efeitos do
tibolona, ou o tibolona pode interagir com alguns tipos de
medicamento e, por isso, informe ao seu médico sobre qualquer outro
medicamento que esteja tomando ou que tomou recentemente,
especialmente: 

  • Medicamentos para problemas de coagulação (anticoagulantes),
    como por ex. a varfarina, pois seu médico pode precisar fazer um
    ajuste da dose desses medicamentos.
  • Medicamentos para epilepsia (como fenobarbital, fenitoína e
    carbamazepina).
  • Medicamentos para tuberculose (como rifampicina).
  • Medicamentos fitoterápicos que contenham erva de São João
    (Hypericum perforatum).

Lembre-se de mencionar medicamentos que você adquiriu na
farmácia sem receita médica.

Você pode comer e beber normalmente enquanto estiver sendo
tratada com tibolona.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Ação da Substância Tibolona – EMS

Resultados de Eficácia


A Tibolona (substância ativa) exibe atividade androgênica e
fraca atividade estrogênica e progestagênica, na qual pode oferecer
vantagens potenciais sobre a terapia de reposição hormonal (TRH)
convencional em mulheres pós-menopausadas. Ao contrário da terapia
estrogênica, a estimulação endometrial é mínima com a Tibolona
(substância ativa), tanto que não é necessária a utilização
simultânea de um progestagênio. Outras vantagens incluem a ausência
de efeito sobre a pressão sanguínea e fatores de coagulação e os
efeitos benéficos na fibrinólise.

Diversos estudos demonstraram que a Tibolona (substância ativa)
na dose de 1,25 mg (metade da dose convencional de 2,5 mg) produziu
também os efeitos benéficos da terapia hormonal (TH) convencional.
A Tibolona (substância ativa) na dose diária de 1,25 mg, dose
hormonal mínima para promover benefícios à mulher climatérica,
demonstrou vantagem sobre a dose convencional, ao proporcionar
menos episódios de sangramento e redução do efeito deletério sobre
o HDL-C. A Tibolona (substância ativa) na dose de 1,25 mg manteve a
mesma eficácia preventiva de perda óssea que a dose de 2,5 mg.

Efeitos sobre os sintomas menopausais

Os estudos comparativos disponíveis sugerem a equivalência da
eficácia entre a Tibolona (substância ativa) e os regimes
estrogênicos no tratamento dos sintomas menopausais. Vários estudos
demonstram a eficácia da Tibolona (substância ativa) 1,25 mg no
alívio dos sintomas vasomotores e sobre a atrofia genital
relacionada à menopausa.

Gallagher et al. (2001) observaram que a incidência das
ondas de calor foi menor nas pacientes tratadas com doses diárias
de Tibolona (substância ativa) de 2,5 mg e 1,25 mg em relação ao
grupo placebo (respectivamente 3,3%, 7,1% e 11,4%) após dois anos
de tratamento, demonstrando assim a eficácia de doses mais baixas
no alívio dessa sintomatologia.

Em estudo placebo-controlado, Hudita et al. (2003)
demonstraram a eficácia da Tibolona (substância ativa) nas doses de
2,5 mg e 1,25 mg para alívio dos sintomas climatéricos. A Tibolona
(substância ativa) nas doses de 1,25 mg e 2,5 mg demonstrou uma
redução de 78% e 90% no número de pacientes com queixa de fogachos;
36% e 34% com episódios de sudorese e 44% e 51% naquelas com queixa
de secura vaginal, respectivamente, após 24 semanas de
tratamento.

A resposta de diferentes doses de Tibolona (substância ativa) no
alívio dos sintomas climatéricos em grupo de mulheres com intensa
sintomatologia vasomotora foi avaliada em estudo de Landgren et
al.
(2005). A Tibolona (substância ativa) nas doses diárias de
1,25 mg, 2,5 mg e 5,0 mg apresentou eficácia na redução da
frequência e na intensidade dos sintomas climatéricos, atingindo
significância estatística quando comparada ao placebo.

Segundo estudo randomizado e placebo-controlado realizado por
Swanson et al. (2006), o grupo de pacientes tratadas com a
Tibolona (substância ativa) 1,25 mg apresentou redução
significativa no número médio diário de fogachos, quando comparado
ao grupo placebo nas semanas 8 e 12 de tratamento (p ≤ 0,003). A
diferença com relação aos valores basais com Tibolona (substância
ativa) 1,25 mg e placebo foi -8,3 versus -5,3 na oitava semana e
-8,3 versus -5,5 na 12ª, respectivamente. Houve também uma
tendência de significância estatística na quarta semana (p = 0,058;
diferença de -6,0 versus -4,6; respectivamente).

Resultados similares foram observados com relação à severidade
dos sintomas vasomotores. Com relação aos sintomas de atrofia
genital, os autores observaram que o grupo de mulheres tratadas com
Tibolona (substância ativa) 2,5 mg e 1,25 mg apresentou melhora das
queixas de secura e coceira vaginais em relação ao grupo placebo.
No entanto, essas diferenças não foram estatisticamente
significativas.

Efeitos sobre o metabolismo ósseo

A deficiência estrogênica da menopausa aumenta a remodelação
óssea, resultando na perda da densidade mineral óssea (DMO) e
osteoporose. A Tibolona (substância ativa) e seus metabólitos
possuem propriedades antirreabsortivas que mantêm a massa óssea por
diminuição de sua remodelação, comportando-se assim como o
estrogênio nos ossos. Esses efeitos benéficos já foram amplamente
demonstrados com a Tibolona (substância ativa) 2,5 mg.

Na última década, vários estudos demonstraram que a Tibolona
(substância ativa) em dose mais baixa do que a convencional (1,25
mg/d) apresentou eficácia comprovada na prevenção da perda óssea em
pacientes pós-menopausadas e, possivelmente, estabilização no
tratamento da osteoporose pós-menopausal. Berning et al.
(1996) estudaram os efeitos sobre a perda óssea trabecular e
cortical em grupos de mulheres recebendo doses diárias de 1,25
mg (36 mulheres) e 2,5 mg (35 mulheres), comparativamente a um
grupo placebo. O estudo foi randomizado e teve duração de dois
anos. Ficou demonstrado que ambas as doses de Tibolona (substância
ativa) produziram aumento significante na densidade trabecular e
cortical óssea, embora o aumento tenha sido maior com a dose diária
de 2,5 mg.

Os autores também constataram melhora nos níveis de fosfatase
alcalina e fósforo em ambos os grupos, indicando diminuição da
reabsorção óssea.

Em estudo duplo-cego e placebo-controlado, Bjarnason et
al
. (1996) analisaram 91 mulheres em menopausa há mais de dez
anos. A Tibolona (substância ativa) foi administrada em duas doses
diárias de 1,25 mg e 2,5 mg. As mulheres que receberam ambas as
doses de Tibolona (substância ativa) apresentaram aumento
significante da massa óssea na coluna vertebral e antebraço,
enquanto o grupo controle não demonstrou alteração ou teve redução
da massa óssea. Os autores concluíram que a Tibolona (substância
ativa) em ambas as doses apresentou efeito similar na prevenção da
perda óssea em mulheres na pós-menopausa tardia.

O estudo de Gallagher et al. (2001) procurou avaliar a
eficácia e a determinação da dose mínima efetiva da Tibolona
(substância ativa) na prevenção da perda óssea em mulheres
pós-menopausadas recentes. As voluntárias foram tratadas com doses
diárias de 0,3 mg, 0,625 mg, 1,25 mg ou 2,5 mg de Tibolona
(substância ativa) ou placebo. A Tibolona (substância ativa) em
todas as doses avaliadas, com exceção da dose mais baixa de 0,3 mg,
produziu aumento progressivo na DMO da coluna lombar e do quadril
total durante dois anos de tratamento. No entanto, somente as doses
de 1,25 mg e 2,5 mg produziram aumento progressivo da DMO no colo
femoral. As diferenças observadas desde o início do tratamento na
DMO da coluna e quadril total foram significativas (p lt; 0,05)
para todas as doses de Tibolona (substância ativa) quando
comparadas ao placebo. Os autores concluíram que a Tibolona
(substância ativa) na dose diária de 1,25 mg é recomendada para
prevenção da perda óssea em mulheres pós-menopausadas recentes
devido ao efeito positivo e estatisticamente significativo no ganho
de densidade óssea da coluna lombar e do colo do fêmur.

Gambacciani et al. (2004) estudaram o efeito da
Tibolona (substância ativa) nas doses de 1,25 mg e 2,5 mg sobre a
DMO e nos marcadores bioquímicos de remodelação óssea em mulheres
na pós-menopausa recente comparadas ao placebo. Os autores
observaram que, no grupo controle, houve redução significativa da
densidade mineral na coluna e no fêmur (p lt; 0,05) após 12 e 24
meses de tratamento. Nos dois grupos tratados com a Tibolona
(substância ativa), houve aumento significativo da DMO da coluna e
do fêmur (p lt; 0,05) após 12 e 24 meses de tratamento. No grupo
controle, os níveis dos marcadores bioquímicos de remodelação óssea
(excreção urinária de hidroxiprolina/creatinina e nível plasmático
de osteocalcina) permaneceram constantes, enquanto nos dois grupos
tratados com Tibolona (substância ativa) foi observada redução
similar e com significância estatística (p lt; 0,05) durante o
período de tratamento.

Efeitos sobre a libido

A administração diária de Tibolona (substância ativa) 2,5 mg
durante um ano aumentou efetivamente o desempenho sexual quando
comparada aos estrogênios equinos conjugados 0,625 mg +
medroxiprogesterona 2,5 mg, segundo estudo com 50 mulheres
menopausadas realizado por Kökçü et al. (2000). O aumento
do desejo sexual (p =0,001) e da frequência coital (p = 0,014) foi
estatisticamente significante nas mulheres que receberam a Tibolona
(substância ativa). No grupo tratado com Tibolona (substância
ativa), 52% das mulheres relataram aumentos relacionados ao desejo
sexual comparados aos 14% do grupo dos estrogênios. Os efeitos
adversos entre os dois grupos não foram estatisticamente
diferentes.

Hudita et al. (2003) avaliaram a qualidade da vida
sexual de 120 mulheres tratadas durante 24 semanas com placebo,
Tibolona (substância ativa) 1,25 mg e Tibolona (substância ativa)
2,5 mg. A taxa das pacientes que relataram pelo menos qualidade de
vida sexual aceitável aumentou de 56% para 82% com placebo, de 51%
para 96% com Tibolona (substância ativa) 1,25 mg e de 37% para 100%
com Tibolona (substância ativa) 2,5 mg. Os resultados no grupo de
pacientes com Tibolona (substância ativa) nas duas doses foram
significativamente melhores quando comparados ao grupo tratado com
placebo nas avaliações com quatro, 12 e 24 semanas. O grupo da
Tibolona (substância ativa) 1,25 mg demonstrou melhora acentuada da
qualidade da vida sexual após 12 semanas de tratamento, porém, os
resultados foram mais favoráveis para o grupo tratado com Tibolona
(substância ativa) 2,5 mg no final do estudo (24 semanas).

Efeitos sobre os lipídios

O colesterol total foi significantemente mais baixo nas mulheres
que receberam Tibolona (substância ativa) (p =0,008) e estrogênios
(p = 0,0004) comparado às mulheres que não receberam terapia
nenhuma. O HDL foi também mais baixo no grupo Tibolona (substância
ativa) (p lt; 0,0001) enquanto o LDL foi mais baixo no grupo de
estrogênios (p lt; 0,0001).

Em pequenos estudos de curta duração (6-8 semanas) e em um
estudo de longa duração (12 meses), reduções significantes de HDL
foram observadas com a Tibolona (substância ativa), mas não com o
valerato de estradiol ou o 17-beta-estradiol em mulheres
ooforectomizadas ou naturalmente menopausadas, segundo estudos de
Mendoza et al. (2000), Netelenbos et al. (1991a),
Crona et al. (1983). Em dois estudos de longo prazo com
protocolos similares comparando os efeitos da Tibolona (substância
ativa) com o regime estroprogestativo nos perfis lipídicos, as
alterações em ambos os tratamentos foram mais benéficas, mas uma
alteração favorável nos triglicérides e desfavorável no HDL foi
associada apenas à Tibolona (substância ativa), conforme estudos de
Farish et al. (1999), Milner et al. (1996).
Outros estudos pequenos de tratamentos de longo prazo (acima de 36
meses) com a Tibolona (substância ativa) sozinha, realizados por
Kloosterboer et al. (1990) e Tax et al. (1987),
reportaram que os níveis de HDL reduzidos durante a terapia são
apenas temporários e tendem a se normalizar durante a terapia
prolongada.

Efeitos sobre a coagulação

A Tibolona (substância ativa) não foi associada aos efeitos
adversos significantes no sistema de coagulação e induziu um efeito
estimulatório benéfico potencial na fibrinólise sanguínea, segundo
Walker et al. (1985), Cortes-Prieto (1987), Parkin et
al
. (1987) e Tax et al. (1987a). Em contraste, foi
reportado por Ellerington et al. (1992) e Parkin et
al.
(1987) que os estrogênios produziram essencialmente
efeitos opostos à Tibolona (substância ativa) no sistema
fibrinolítico e evidência de hipercoagulação em muitos estudos,
sugerindo risco aumentado de trombose, embora isso tenha sido
contestado por outros investigadores, Notelovitz amp; Greig (1976),
Ellerington et al. (1992) e Hammond et al.
(1979).

Recentemente, Skouby et al. (2007) compararam o efeito
da combinação estroprogestativa de estrogênio conjugado equino +
acetato de medroxiprogesterona (CEE/MPA) com a Tibolona (substância
ativa) nas doses de 1,25 mg e 2,5 mg com relação aos parâmetros da
coagulação sanguínea. Os resultados observados nos dois grupos de
tratamento com Tibolona (substância ativa) foram similares e,
portanto, foram avaliados em conjunto. Ficou demonstrado que a
Tibolona (substância ativa) induziu menos alterações farmacológicas
na coagulação sanguínea e exerceu um efeito favorável sobre a taxa
de resistência da proteína C ativada (PCA) quando comparada à
terapia estroprogestativa. Os achados sugerem que a Tibolona
(substância ativa) pode exercer menor risco potencial para
fenômenos tromboembólicos, conforme os resultados de observação
clínica.

Efeitos sobre o endométrio

A Tibolona (substância ativa), ao contrário dos estrogênios, não
induz estimulação endometrial devido à ação progestagênica do
metabólito delta-isômero nesse tecido. Tanto a Tibolona (substância
ativa) quanto a TRH combinada com estradiol e acetato de
noretisterona não causaram significante espessamento do endométrio
durante um ano de tratamento. A Tibolona (substância ativa) em uma
dose oral diária de 2,5 mg e 17-beta-estradiol 2 mg + acetato de
noretisterona 2 mg foram administrados em 100 mulheres menopausadas
por um ano em grupos distintos.

No início do estudo, nenhuma das mulheres apresentou espessura
endometrial maior do que 5 mm. O tratamento aumentou a espessura do
endométrio em ambos os grupos, mas, no final do primeiro ano, 86%
das mulheres do grupo da Tibolona (substância ativa) e 93% do grupo
de estradiol + acetato de noretisterona, ainda permaneceram com
espessura do endométrio menor do que 5 mm.

Huber et al. (2002), em estudo realizado com 501
mulheres, compararam o sangramento vaginal entre as usuárias de
Tibolona (substância ativa) e da associação estroprogestativa (EC
0,625 mg/AMP 5 mg) em regime combinado contínuo. Os resultados
demonstraram uma taxa significativamente menor de sangramento
vaginal durante os ciclos 4-6 no grupo da Tibolona (substância
ativa) em relação ao grupo EC/AMP, com 15% e 26,9%,
respectivamente.

Tanto sangramento quanto spotting (escape) ocorreram
significantemente em menos indivíduos do grupo da Tibolona
(substância ativa) do que no grupo de estradiol + acetato de
noretisterona (28% versus 50%, p = 0,002), segundo Doren et
al
. (1999). Em estudo de Berning et al. (2000) com
grupo de mulheres na pós-menopausa recente, foram avaliados os
efeitos das duas doses diárias de Tibolona (substância ativa) (2,5
mg e 1,25 mg) comparadas ao grupo placebo. Os resultados
demonstraram que o grupo tratado com Tibolona (substância ativa)
apresentou mais episódios de sangramento do que o grupo placebo, no
entanto, a dose de 1,25 mg produziu menos episódios de sangramento
do que a dose de 2,5 mg.

O estudo THEBES (Tibolone Histology of the Endometrium and
Breast Endpoints Study) randomizou 3.240 mulheres para avaliar a
segurança endometrial da Tibolona (substância ativa) nas doses
diárias de 1,25 mg e 2,5 mg, comparadas com a EC/AMP. Também foram
avaliados os efeitos da Tibolona (substância ativa) comparados ao
do grupo EC/AMP sobre o padrão de sangramento e incidência de dor
mamária.

Não foi observado nenhum caso de hiperplasia ou carcinoma do
endométrio nos grupos da Tibolona (substância ativa), enquanto no
grupo tratado com EC/AMP foram observados dois casos de hiperplasia
endometrial. O número de mulheres diagnosticadas com pólipos
endometriais foi similar nos três grupos de tratamento e não houve
nenhum caso de pólipo carcinomatoso.

Os episódios de sangramento vaginal/spotting foram menos
frequentes nos grupos da Tibolona (substância ativa) quando
comparados ao de EC/AMP. Durante os primeiros seis meses de
tratamento, foi observado sangramento em 9,4%, 14,5% e 36,7% das
mulheres tratadas com Tibolona (substância ativa) 1,25 mg, 2,5 mg e
EC/AMP, respectivamente. No final de dois anos de tratamento, o
número de mulheres que apresentaram amenorreia em um período de 13
semanas foi 78,7%, 71,4% e 44,9%, respectivamente, nos grupos de
Tibolona (substância ativa) 1,25 mg, Tibolona (substância ativa)
2,5 mg e EC/AMP. O sangramento vaginal reportado como evento
adverso foi significativamente menor (p lt; 0,001) nas pacientes
tratadas com Tibolona (substância ativa) – 3,2% com 1,25 mg e 4,1%
com 2,5 mg, quando comparado ao grupo EC/AMP. A incidência de dor
mamária foi significantemente maior no grupo EC/AMP (9,7%) quando
comparado aos dois grupos tratados com Tibolona (substância ativa)
(p lt; 0,001), segundo estudo de Archer et al. (2007).

Efeitos sobre o tecido mamário

A maioria dos estudos não demonstrou alterações significativas
na densidade mamária em curto e longo prazo durante o uso da
Tibolona (substância ativa). Ela e seus metabólitos, diferentemente
da TH convencional, inibem a sulfatase e a 17beta-HSD, determinando
uma resposta menos proliferativa na glândula mamária, que, sob o
ponto de vista clínico, traduz-se em menor sensibilidade e ausência
de alteração da densidade mamográfica. Embora os dados a respeito
da relação entre densidade mamográfica e risco elevado de câncer de
mama sejam conflitantes, está estabelecido que a TH convencional
aumenta a densidade mamográfica, reduzindo em 15% a sensibilidade
da mamografia.

Em estudo randomizado com seguimento de um ano, comparando a
Tibolona (substância ativa) e a EC/AMP, Valdivia et al.
(2002) observaram que a terapia com Tibolona (substância ativa)
promoveu diminuição significativa da densidade mamográfica e do
marcador de proliferação celular (Ki-67) e o aumento do anticorpo
pró-apoptótico (Bcl 2) nas usuárias de Tibolona (substância ativa)
quando comparadas às de TH estroprogestativa.

Lundström et al. (2002) compararam os efeitos da
terapia com Tibolona (substância ativa) e TH combinada (E 2 /NETA)
com placebo na densidade mamária estudada pela mamografia. Os
resultados mostraram que o aumento na densidade da mama demonstrada
pela mamografia foi muito mais comum entre as mulheres que
receberam TRH combinada contínua (46%50%) do que as que receberam
Tibolona (substância ativa) (2%-6%) e placebo (0%). A diferença
entre E 2 /NETA e placebo foi altamente significativa (p lt;
0,001). O tratamento com Tibolona (substância ativa) não diferiu
daquele com placebo. O risco relativo encontrado de aumento na
densidade mamária para E 2 /NETA versus Tibolona (substância ativa)
foi 8,3 (IC 95% 2,7-25,0).

Quanto aos sintomas mamários, os efeitos da terapia com Tibolona
(substância ativa) quando comparados com de outras formas de TH
promovem menor sensibilidade mamária e apresentam menor taxa de
mastalgia. Em estudo comparativo entre usuárias de Tibolona
(substância ativa) e da associação E 2 /NETA, Hammar et
al.
(1998) observaram que entre as usuárias de Tibolona
(substância ativa) a sensibilidade mamária foi relatada por 20% das
mulheres, enquanto com a TH estroprogestativa esse sintoma esteve
presente em 54% das usuárias. No estudo de Lundström et
al
. (2002), entre as 166 mulheres avaliadas, a dor mamária foi
significativamente reportada com menor frequência como evento
adverso no grupo da Tibolona (substância ativa) (n = 2,4%) do que
no grupo de E 2 /NETA (n = 18,33%, p lt; 0,001). Nenhuma dor
mamária foi reportada no grupo placebo.

A dor mamária foi suficientemente intensa em três pacientes do
grupo de E2 /NETA, resultando na descontinuação do tratamento.
Archer et al. (2007) observaram incidência
significativamente maior de dor mamária no grupo de TH combinada
com EC/AMP (9,7%) quando comparado aos grupos da Tibolona
(substância ativa) 1,25 mg (2,8%) e 2,5 mg (2,5 %, p lt; 0,001). A
taxa de descontinuação causada pela dor mamária durante todo o
período de tratamento foi significativamente maior no grupo EC/AMP
(0,9%) em relação aos grupos da Tibolona (substância ativa) 1,25 mg
(0,3%) e 2,5 mg (0,1%). 

Características Farmacológicas


A Tibolona (substância ativa) é um agente esteroidal sintético
derivado da nortestosterona (C-19), com peso molecular de 312,455 e
fórmula empírica C12 H28O2.

Após administração oral, a Tibolona (substância ativa) é
rapidamente metabolizada em três compostos que contribuem para o
perfil farmacodinâmico de Tibolona (substância ativa). Dois dos
seus metabólitos (3alfa e 3beta-hidroxitibolona) apresentam
atividade estrogênica, o terceiro (isômero-delta4 da Tibolona
(substância ativa)) apresenta atividade progestagênica e
androgênica.

A Tibolona (substância ativa) exerce efeitos tecido-seletivos
devido ao metabolismo local e aos efeitos locais nos sistemas
enzimáticos.

Estudos em animais confirmaram que a Tibolona (substância ativa)
oral tem fraca atividade estrogênica, aproximadamente 1/30 em
relação ao etinilestradiol, sua potência androgênica é de 1/50 em
relação à metiltestosterona, enquanto sua atividade progestacional
endometrial é menor do que um oitavo em relação à noretindrona. No
entanto, os resultados de estudos in vivo sugeriram maior
atividade androgênica do que a observada nos estudos bioanalíticos
em animais.

A Tibolona (substância ativa) inibe a ovulação, bloqueia a
secreção de gonadotropinas, previne a perda óssea pós-ooforectomia
e restaura a libido após castração em modelos animais. Estudos
clínicos investigando os efeitos hormonais da Tibolona (substância
ativa) oral reportaram a eficácia do fármaco na supressão das
gonadotropinas plasmáticas em mulheres pós-menopausadas e inibição
da ovulação em mulheres férteis. Não foi relatada hiperplasia
endometrial após administração em longo prazo.

O mecanismo da Tibolona (substância ativa) no alívio dos
sintomas da menopausa pode estar relacionado ao aumento secretório
das betaendorfinas e betalipoproteínas plasmáticas.

Os níveis circulantes de ambos peptídios são normalmente mais
baixos em mulheres pós-menopausadas em relação às mulheres férteis,
e os aumentos das concentrações plasmáticas induzidos pela Tibolona
(substância ativa) estão correlacionados ao alívio dos fogachos e
outros sintomas menopausais. A Tibolona (substância ativa) parece
tão efetiva quanto os estrogênios conjugados na restauração dos
níveis circulantes de betaendorfina e betalipoproteína em pacientes
pós-menopausadas.

O benefício da Tibolona (substância ativa) na redução da
reabsorção óssea em mulheres pós-menopausadas pode ser secundário à
redução da excreção do cálcio urinário pelo aumento de sua
reabsorção tubular renal, que poderia resultar em níveis séricos
aumentados e diminuição secretória do hormônio da paratireoide.

A administração em longo prazo da Tibolona (substância ativa) em
mulheres pós-menopausadas foi associada a diminuições
significativas dos níveis de globulina de ligação do hormônio
sexual (SHBG) e aumentos de testosterona livre e da relação
testosterona-SHBG em estudos placebo-controlados, randomizados e
duplos-cegos. Eles sugerem que os efeitos androgênicos in
vivo
da Tibolona (substância ativa) sejam maiores do que os
fracos efeitos preditivos nos estudos de ensaios em animais.

Em outros estudos, as alterações lipídicas adversas induzidas
pela Tibolona (substância ativa) (diminuição no HDL e
apolipoproteína A1) em mulheres ooforectomizadas também sugeriram
atividade androgênica do fármaco.

Ao contrário do estrogênio, a Tibolona (substância ativa) não
induz estimulação endometrial significante e hiperplasia
endometrial. Esses resultados podem ser atribuídos à atividade
hormonal mista do fármaco. Foram relatados efeitos estrogênicos
moderados na mucosa vaginal e no muco cervical. Não há evidência de
transformação endometrial de relevância clínica. Os efeitos
estimulatórios mínimos da Tibolona (substância ativa) sobre o
tecido endometrial parecem estar relacionados às afinidades de
ligação ao receptor. A Tibolona (substância ativa) e seus
metabólitos têm baixa afinidade com os receptores estrogênicos
miometriais humanos. O isômero-delta4 da Tibolona (substância
ativa) tem alta afinidade com o receptor da progesterona. Como os
progestagênios podem inibir a síntese de receptores estrogênicos,
os efeitos do isômero-delta4 da Tibolona (substância ativa) podem
contribuir para a falta da estimulação endometrial in
vivo
. Estudos in vitro de investigação dos efeitos
estrogênico, antiestrogênico e progestagênico da Tibolona
(substância ativa) e seus metabólitos suportam essa afirmação.

Após administração oral, a Tibolona (substância ativa) é rápida
e completamente absorvida no trato gastrintestinal, atingindo picos
de concentrações plasmáticas em uma a quatro horas. A Tibolona
(substância ativa) é rapidamente metabolizada aos seus três
principais metabólitos ativos (3alfa-OH-Tibolona (substância
ativa), 3beta-OH-Tibolona (substância ativa) e isômero-delta4 da
Tibolona (substância ativa)). A conversão metabólica da Tibolona
(substância ativa) ocorre principalmente no fígado e intestino. Os
metabólitos ativos exercem efeito muito fraco sobre as enzimas do
citocromo P450, não se observando interação do uso concomitante com
outros fármacos. Os metabólitos da Tibolona (substância ativa)
exercem diferentes atividades dependendo do tecido/órgão alvo
envolvido. Assim, uma atividade estrogênica é observada nos ossos,
na vagina e no cérebro, mas não no endométrio e nas mamas. Esse
perfil clínico indica uma ação tecidual específica da Tibolona
(substância ativa).

Diferentemente de outros moduladores seletivos dos receptores
estrogênicos (SERMs), a Tibolona (substância ativa) ou seus
metabólitos não exercem atividade antiestrogênica, responsável esta
pela piora dos sintomas vasomotores e pela incapacidade de melhorar
o trofismo do epitélio vaginal, observada quando se administra um
SERM. A meia-vida dos metabólitos predominantes na circulação
(3alfa-OH e 3beta-OH metabólitos) é de cerca de sete a oito horas,
enquanto o delta4-isômero é apenas detectado na circulação nas
primeiras duas horas após a ingestão do fármaco. Os
metabólitos são excretados na bile e eliminados predominantemente
nas fezes. Uma pequena quantidade é excretada na urina. A sua
meia-vida de eliminação é de aproximadamente 45 horas.

As duas doses de Tibolona (substância ativa) disponíveis
comercialmente são de 1,25 mg e de 2,5 mg. Ambas são
bioequivalentes, considerando-se o pico máximo e a área sob a curva
(ASC), para os 3alfa-OH e 3beta-OH metabólitos. Existe diferença de
resposta clínica entre os indivíduos que certamente deve nortear o
clínico na escolha da dose mais adequada.

Timmer et al. (2002), em estudo aberto, cruzado e
randomizado, avaliaram a bioequivalência da Tibolona (substância
ativa) nas doses de 1,25 mg, 2,5 mg e 5,0 mg. Ficou demonstrado que
a Tibolona (substância ativa) nas doses menores de 1,25 mg e 2,5 mg
apresenta bioequivalência proporcional, o que não foi demonstrado
com a dose maior de 5,0 mg. 

Cuidados de Armazenamento do Tibolona – EMS

Conservar em temperatura ambiente (15ºC e 30ºC). Proteger da luz
e umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas do Tibolona –
EMS

Os comprimidos de tibolona são brancos, circulares e
biconvexos.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Tibolona – EMS

M.S. nº 1.0235.1075

Farm. Responsável:
Dr. Ronoel Caza de Dio
CRF- SP n° 19.710

Registrado por:
EMS S/A
Rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença, Km 08
Bairro Chácara Assay
CEP: 13.186-901 – Hortolândia/SP
CNPJ: 57.507.378/0003-65
Indústria brasileira

Fabricado por:
EMS S/A
São Bernardo/SP

SAC:
0800-191914

Venda sob prescrição médica.

Tibolona-Ems, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.