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Thymoglobuline

  • Imunossupressão em transplantes: para prevenir e tratar a
    rejeição de um transplante.
  • Prevenção da doença enxerto versus hospedeiro aguda e crônica
    (doença em que as células imunes funcionais da medula óssea
    transplantada reconhecem o receptor como um “estrangeiro” e faz um
    ataque imunológico).
  • Tratamento da doença enxerto versus hospedeiro aguda
    córtico-resistente.
  • Em hematologia: Tratamento de anemia aplástica (tipo raro de
    disfunção sanguínea em que o organismo não produz células
    sanguíneas em quantidade suficiente).

Como Thymoglobuline funciona?

Thymoglobuline é uma imunoglobulina antitimócitos humanos,
obtida do sangue de coelhos inoculados com células de timo humano.
Pertence ao grupo de medicamentos denominados imunossupressores
(medicamentos anti-rejeição). Quando um paciente recebe um órgão, o
sistema de defesa natural do organismo tentará se livrar dele
(rejeitá-lo). Thymoglobuline modifica o mecanismo de defesa do
organismo e ajudando na prevenção da rejeição de órgãos
transplantados. Imunossupressores também podem ser utilizados para
tratar reações imunológicas indesejadas.

Contraindicação do Thymoglobuline

Este medicamento é contraindicado para uso por pessoas
com:

  • Infecções agudas ativas ou crônicas que contraindiquem qualquer
    imunossupressão complementar (porque Thymoglobuline reduz a
    capacidade do organismo de combater infecções).
  •  Alergia conhecida às proteínas de coelho ou a um dos
    componentes da preparação de Thymoglobuline.

Como usar o Thymoglobuline

Thymoglobuline destina-se apenas a uso intravenoso.

Você só poderá utilizar Thymoglobuline supervisionado por um
médico e em ambiente clínico apropriado onde equipamentos de
reanimação para controlar emergências médicas estejam prontamente
disponíveis.

Os frascos que serão utilizados deverão ser retirados do
refrigerador para que atinjam a temperatura ambiente. Não aqueça e
nem leve os frascos ao microondas.

Antes de Thymoglobuline ser administrado a você, ele será
reconstituído com água para injeção, e então será diluído em uma
solução para infusão de cloreto de sódio 0,9% ou de glicose 5%,
utilizando-se técnica asséptica (livre de contaminação
microbiana).

Para que o produto não sofra nenhuma contaminação, uma vez
reconstituído, o seu médico deverá usá-lo imediatamente. Não
injetar a solução apresentando um aspecto não homogêneo ou contendo
um depósito.

Thymoglobuline deverá ser injetado lentamente em uma veia de
grande calibre. A velocidade da infusão deverá ser ajustada de
forma que a duração total da infusão seja de pelo menos 4
horas.

Seu médico não deverá misturar Thymoglobuline com outros
medicamentos na mesma infusão.

As doses diárias necessárias de corticóides e anti-histamínicos
intravenosos devem ser administradas antes da infusão de
Thymoglobuline.

Posologia

O esquema posológico depende da indicação proposta, do regime da
administração e da eventual associação com outros
imunossupressores. As seguintes recomendações podem servir de
referência. O tratamento pode ser interrompido sem redução
progressiva da dose.

Imunossupressão em transplante

Prevenção da rejeição aguda do enxerto:

1 a 1,5 mg/kg/dia, durante 2 a 9 dias após o transplante renal,
pancreático ou hepático e durante 2 a 5 dias após o transplante
cardíaco, ou seja, uma dose cumulativa de 2 a 7,5 mg/kg em caso de
transplante cardíaco e de 2 a 13,5 mg/kg para outros órgãos.

Tratamento da rejeição aguda de enxerto:

1,5 mg/kg/dia, durante 3 a 14 dias, ou seja, uma dose cumulativa
de 4,5 a 21 mg/kg.

Prevenção da doença do enxerto versus hospedeiro aguda e
crônica

Em caso de transplante de enxertos (medula óssea ou células
tronco hematopoiéticas do sangue periférico) provenientes de
doadores parentes com HLA não idênticos ou doadores não parentes
com HLA idênticos, recomenda-se para os pacientes adultos, que seja
administrada Thymoglobuline em tratamento preliminar na proporção
de 2,5 mg/kg/dia do dia -4 ao dia -2 ou -1, ou seja, uma dose de
7,5 a 10 mg/kg.

Tratamento da doença do enxerto versus hospedeiro aguda
córtico-resistente

A posologia deve ser definida em função de cada caso.
Geralmente, ela é incluída entre 2 e 5 mg/kg/dia durante 5
dias.

Tratamento da anemia aplástica

2,5 a 3,5 mg/kg/dia durante 5 dias consecutivos, ou seja, uma
dose cumulativa de 12,5 a 17,5 mg/kg.

A indicação na anemia aplástica não foi estabelecida por estudos
clínicos controlados realizados com este medicamento.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de
usar Thymoglobuline?

Se você deixou de tomar uma dose de Thymoglobuline não tome uma
dose dupla para compensar o esquecimento.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Thymoglobuline

Uso em idosos

Não há estudos controlados em pacientes idosos, que avaliem a
relação entre idade e efeitos de Thymoglobuline. Contudo, não é
provável a ocorrência de problemas ou efeitos colaterais nessa
faixa etária, diferentes dos que ocorrem em adultos jovens.

Uso em crianças

Não é provável que Thymoglobuline cause problemas ou efeitos
colaterais em crianças diferentes dos que ocorrem com adultos.

A dose de Thymoglobuline (por kg de peso) é idêntica para
crianças e adultos.

Uso na gravidez e amamentação

Não foram feitos estudos de reprodução animal com
Thymoglobuline. Portanto, Thymoglobuline somente pode ser prescrita
durante a gravidez em caso de necessidade absoluta.

Não amamente se estiver tomando Thymoglobuline, porque este
medicamento pode passar para o leite materno.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Efeito sobre a capacidade de dirigir e operar
máquinas

Não é recomendado que você dirija ou opere máquinas durante o
tratamento com Thymoglobuline.

Interações medicamentosas

Interações Medicamento-Medicamento

O uso de imunossupressores (ciclosporina, tacrolimo, ou
micofenolato de mofetila), induz a um risco de imunossupressão
excessiva que pode levar à linfoproliferação (aumento anormal na
contagem de células brancas do sangue). Portanto, seu médico deve
estar informado caso você esteja utilizando esses medicamentos.

Não tome nenhuma vacina durante ou logo após o tratamento com
Thymogobuline sem antes discutir o assunto com o seu médico, já que
a administração da vacina poderá causar infecção sistêmica, que
pode ser potencialmente fatal (se for uma vacina viva) ou poderá
não ter efeito porque seu sistema imune pode não responder à
vacina.

Informe seu médico se estiver tomando ou tiver recentemente
tomado quaisquer outros medicamentos.

Interações Medicamento-Alimento

Interações com alimentos e bebidas são improváveis.

Interações Medicamento-Exame Laboratorial

Thymoglobuline não mostrou interferências com nenhum teste
laboratorial de rotina que use imunoglobulinas. Entretanto,
Thymoglobuline pode interferir com imunoensaios que usam anticorpos
de coelho e com testes crossmatch ou ensaios de citotoxicidade de
Anticorpos Reativos contra Painel (PRA) em particular.

Advertências

Thymoglobuline deve ser sempre utilizada sob estrita supervisão
médica, em ambiente hospitalar e os pacientes devem ser
cuidadosamente monitorados durante a infusão. Podem ocorrer reações
adversas associadas com a infusão deste medicamento que podem ser
logo na primeira ou na segunda infusão durante o tratamento com
Thymoglobuline.

Caso você já tenha apresentado reação alérgica a animais ou a
outros medicamentos, informe seu médico. O médico irá monitorar
você de perto e, se houver quaisquer sinais de uma reação alérgica
a Thymoglobuline, ele interromperá o tratamento.

Algumas reações adversas graves podem estar relacionadas com a
velocidade de infusão (quão rápido Thymoglobuline está sendo
infundida no seu corpo). Você deve ser cuidadosamente monitorado
durante a infusão.

No caso de um evento adverso grave, a velocidade de infusão deve
ser reduzida, ou a infusão interrompida, até que os sintomas
desapareçam.

A administração deve ser imediatamente interrompida ou
permanentemente descontinuada no caso de ocorrência de reação
alérgica generalizada. Em caso de reação ou de choque anafilático,
seu médico lhe dará um tratamento adequado.

Informe seu médico se você tiver qualquer tipo de doença
sanguínea, tais como trombocitopenia (redução anormal do número de
plaquetas no sangue) ou leucopenia (redução anormal do número de
células brancas no sangue). A sua dose dependerá do número de
células brancas (células que combatem infecções) ou de plaquetas
(pequenos fragmentos de células que impedem a hemorragia) no seu
sangue, o que será avaliado antes, durante e após o tratamento.

Monitoramento cuidadoso deve ser realizado pelo seu médico, se
você estiver tomando outro imunossupressor.

Em anemia aplástica, o tratamento imunossupressor contribui para
o risco de infecção (principalmente infecções fúngicas) associada
com a própria anemia aplástica.

O uso de medicamentos imunossupressores, inclusive de
Thymoglobuline, pode aumentar o risco de desenvolvimento de câncer,
incluindo linfoma ou doenças linfoproliferativas situação em que há
proliferação anormal de células do sistema imunológico) ,
envolvendo um aumento anormal na contagem de células brancas
sanguíneas.

Se você estiver tomando ou tiver recentemente tomado
Thymoglobuline, a administração de vacinas vivas atenuadas não é
recomendada.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para sua saúde.

Reações Adversas do Thymoglobuline

  • Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que
    utilizam este medicamento);
  • Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam
    este medicamento);
  • Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
    utilizam este medicamento);
  • Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que
    utilizam este medicamento);
  • Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que
    utilizam este medicamento);
  • Reação cuja frequência é desconhecida (não pode ser estimada
    através dos dados disponíveis).

Infecções e infestações

  • Infecção (incluindo a reativação da infecção);
  • Sepsis (Infecção grave e generalizada do corpo).

Neoplasias benignas, malignas e não especificadas
(incluindo cistos e pólipos)

  • Doença linfoproliferativa;
  • Linfomas (que podem ser causados por vírus);
  • Neoplasias malignas (tumores sólidos).

Distúrbios do sangue e sistema linfático

  • Neutropenia febril (diminuição do número de neutrófilos no
    sangue);
  • Coagulação intravascular disseminada;
  • Coagulopatia.

Distúrbios do sistema imunológico

  • Síndrome de liberação de citocinas (SLC);
  • Relatos pós-comercialização de SLC graves têm sido associados
    com disfunção cardiorrespiratória (incluindo hipotensão, síndrome
    da angústia respiratória aguda [SDRA], edema pulmonar, infarto do
    miocárdio, taquicardia e/ou morte);
  • Reação anafilática (reação alérgica grave e imediata);
  • Doença do soro (Reação imunológica de hipersensibilidade
    tardia) (incluindo reações como febre, erupção cutânea, urticária,
    artralgia e/ou mialgia).

A doença do soro tende a ocorrer 5 a 15 dias após o início da
terapia com Thymoglobuline. Os sintomas são geralmente
auto-limitados ou sanados rapidamente com uso de corticoide.

Distúrbios hepatobiliares

  • Aumento das transaminases (enzima presente nas células do
    fígado);
  • Aumentos reversíveis transitórios das transaminases sem
    quaisquer sinais ou sintomas clínicos também foram reportados
    durante a administração com Thymoglobuline;
  • Lesão hepatocelular;
  • Hepatotoxicidade;
  • Insuficiência hepática (foram reportados casos secundários de
    hepatite alérgica (hepatite induzida por medicamentos) e reativação
    da hepatite em pacientes com distúrbio hematológico (distúrbio
    sanguíneo) e/ou transplante de células tronco como fatores
    variáveis).

Distúrbios gerais e alterações no local de
administração

Reações relacionadas à infusão (reações associadas à
perfusão (RAP)); as manifestações clínicas de RAPs incluem alguns
dos seguintes sinais e sintomas:

Febre, calafrios /rigidez, dispneia (dificuldade respiratória,
falta de ar), náuseas /vômitos, diarreia, hipotensão ou
hipertensão, mal-estar, erupção cutânea, urticária, diminuição da
saturação de oxigênio (diminuição da quantidade de oxigênio no
sangue), e /ou dor de cabeça.

Se quaisquer das reações adversas se agravarem, ou se você
perceber outras reações adversas não listadas nessa bula, informe
seu médico imediatamente.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através de seu serviço de
atendimento.

Composição do Thymoglobuline

Cada frasco-ampola contém:

25 mg de imunoglobulina antitimócito (imunoglobulina de coelho
antitimócitos humanos).

Excipientes: Glicina, cloreto de sódio e
manitol.

Superdosagem do Thymoglobuline

É improvável que você receba mais Thymoglobuline do que deve,
considerando que você será avaliado de perto pelo seu médico ou
enfermeira durante seu tratamento. Se isso ocorrer, você pode
desenvolver uma redução anormal da contagem de plaquetas
(trombocitopenia) ou uma redução anormal da contagem de células
brancas do sangue (leucopenia). Isso significa que você poderá ter
febre, calafrios, dor de garganta, úlceras e sangramentos na boca,
hemorragias e hematomas com mais facilidade do que o normal.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Thymoglobuline

Vacinas com vírus vivo atenuado

Depois do tratamento com imunoglobulinas, a eficácia de vacinas
de vírus vivos atenuados, como as vacinas contra o sarampo,
caxumba, rubéola e a catapora, pode diminuir por um período de pelo
menos 6 semanas até 3 meses. Um intervalo de 3 meses deve ser
respeitado entre a administração desse produto e a vacinação com
vacinas vivas atenuadas. No caso de vacinações contra o sarampo, a
diminuição da eficácia pode persistir por até um ano. Os pacientes
que receberam a vacina contra o sarampo devem, portanto, ter o seu
status de anticorpos monitorado.

Influência sobre os testes diagnósticos

Depois da infusão de imunoglobulinas, o aumento transitório de
diversos anticorpos transmitidos passivamente para o sangue do
paciente pode causar resultados falso-positivos em testes
sorológicos.

A transmissão passiva de anticorpos para antígenos
eritrocitários, por exemplo, A, B e D, pode causar resultados
incorretos em alguns testes sorológicos para isoanticorpos
eritrocitários (por exemplo, o teste de Coombs), determinações da
contagem de reticulócitos e o teste de haptoglobina.

População Pediátrica

Embora os dados disponíveis sejam limitados, espera-se que as
mesmas interações possam ocorrer para a população pediátrica.

Ação da Substância Thymoglobuline

Resultados de eficácia e segurança

Estudos Pré-clínicos

A segurança de Imunoglobulina Humana (substância ativa) foi
investigada em diversos estudos pré-clínicos. Uma ênfase particular
foi colocada na investigação do excipiente prolina. A prolina é um
aminoácido fisiológico, não-essencial. Estudos realizados em ratos
tratados com doses diárias de prolina de 1450 mg/kg de peso
corpóreo, não apresentaram qualquer evidência de teratogenicidade
ou de embriotoxicidade. Estudos de genotoxicidade da prolina não
mostraram qualquer descoberta patológica.

Estudos publicados sobre a hiperprolinemia mostraram que o uso a
longo prazo de altas doses diárias apresenta efeito no
desenvolvimento cerebral em ratos muito jovens. No entanto, em
estudos nos quais a dosagem foi planejada para refletir o uso
clínico de Imunoglobulina Humana (substância ativa) não foram
observados efeitos no desenvolvimento do cérebro do feto.
Estudos de segurança-farmacológica adicionais de prolina em ratos
adultos e jovens não descobriram evidência de distúrbios de
comportamento.

As imunoglobulinas são componentes naturais do corpo humano.
Dados de testes realizados com animais, de toxicidade aguda e
crônica e de toxicidade embriofetal das imunoglobulinas são
inconclusivos por conta das interações entre as imunoglobulinas de
espécies heterogêneas e a indução de anticorpos para proteínas
heterólogas. Em estudos de tolerabilidade local realizados em
coelhos, nos quais Imunoglobulina Humana (substância ativa) foi
administrado por via intravenosa, paravenosa, intra-arterial e
subcutânea, o produto foi bem tolerado.

Estudos Clínicos

A segurança e a eficácia de Imunoglobulina Humana (substância
ativa) foram investigadas em cinco estudos prospectivos, abertos,
de braço único, multicêntricos, realizados na Europa (estudos PTI e
PDIC) e na Europa e nos EUA (estudo IDP). Dados de segurança e
eficácia adicionais foram coletados em um estudo de extensão
prospectivo, aberto, de braço único, multicêntrico, realizado nos
EUA (extensão do estudo IDP).

No estudo principal, oitenta pacientes entre 3 e 69 anos de
idade com doença da imunodeficiência primária (IDP) receberam uma
infusão de Imunoglobulina Humana (substância ativa) a uma dose
mediana de 200 – 888 mg/kg de peso corpóreo, a cada 3 a 4 semanas
por no máximo 1 ano. Com esse tratamento, foram alcançadas as
concentrações mínimas constantes de IgG durante todo o período de
tratamento, com concentrações médias de 8,84 g/L a 10,27 g/L. A
incidência de infecções bacterianas agudas graves foi de 0,08 por
paciente por ano (o limite superior de confiança de 97,5% foi de
0,182).

No estudo de extensão ao estudo IDP, como no estudo principal,
as doses de Imunoglobulina Humana (substância ativa) foram
administradas em 55 pacientes (dos quais 45 haviam participado do
estudo principal e 10 eram pacientes novos). Os resultados do
estudo principal foram confirmados pelo estudo de extensão para a
média das concentrações mínimas de IgG (9,31g/L a 11,15g/L) e para
a taxa de infecções bacterianas agudas (0,018/paciente/ano, o
intervalo superior de confiança de 97,5% foi de 0,098).

Cinquenta e sete pacientes com idades entre 15 e 69 anos com
púrpura trombocitopênica imune (PTI) crônica participaram do
segundo estudo. No início, a contagem de plaquetas foi de 20 x
109/L. Depois da administração de Imunoglobulina Humana (substância
ativa) a uma dose de 1g/kg de peso corpóreo, em dois dias
consecutivos, a contagem de plaquetas subiu para pelo menos 50 x
109/L dentro de 7 dias da primeira infusão em 80,7 % dos pacientes.
Em 43% dos pacientes, esse aumento ocorreu depois de apenas um dia,
antes da segunda infusão. O tempo médio até que essa contagem de
plaquetas fosse alcançada foi de 2,5 dias. Em pacientes que
responderam ao tratamento, a contagem de plaquetas permaneceu ≥ 50
x 109/L por um período médio de 15,4 dias.

Em um estudo multicêntrico aberto denominado PRIMA (Privigen
impact on mobility and autonomy study), os pacientes com PDIC (com
ou sem pré-tratamento de Imunoglobulina intravenosa)
foram tratados com uma dose inicial de 2 g/kg de peso corporal
dada durante 2-5 dias seguido por 6 doses de manutenção de 1 g/kg
de peso corporal dada durante 1-2 dias a cada 3 semanas. Os
pacientes tratados previamente tiveram a utilização de
imunoglobulina intravenosas antes do início do tratamento com
Imunoglobulina Humana (substância ativa) até que a deterioração dos
sintomas clínicos foi confirmada com base na tabela INCAT
(Inflammatory Neuropathy Cause and Treatment). Na escala INCAT
ajustado para 10 pontos observou-se uma melhoria pelo menos 1-ponto
de linha de base para semana de tratamento 25 em 17 / 28 pacientes
(60,7%, intervalo de confiança de 95% 42.41, 76.4). Nove pacientes
responderam já depois de receber a dose de indução inicial para o
tratamento e 16 pacientes na semana 10.


Características farmacológicas

Imunoglobulina Humana (substância ativa) contém Imunoglobulina
Humana (substância ativa) para administração intravenosa.

Propriedades Farmacodinâmicas

O processo de fabricação de Imunoglobulina Humana (substância
ativa) inclui as seguintes etapas: precipitação da fração de IgG do
plasma em etanol, seguida de fracionamento em ácido octanóico e
incubação em pH 4.

Os processos seguintes de purificação compreendem filtração,
cromatografia e uma etapa de filtração que pode remover partículas
de até 20 nanômetros.

Imunoglobulina Humana (substância ativa) contém principalmente
imunoglobulina G (IgG) com um amplo espectro de anticorpos
funcionalmente intactos contra agentes infecciosos. Tanto a função
Fc como a Fab das moléculas de IgG são preservadas. A capacidade
das partes Fab de ligar antígenos foi demonstrada por métodos
bioquímicos e biológicos. A função Fc foi testada com ativação do
complemento e com a ativação do leucócito mediado pelo receptor de
Fc. A inibição da ativação do complemento induzida pelo complexo
imune (“scavenging”, uma função anti-inflamatória das
imunoglobulinas intravenosas) é preservada na Imunoglobulina Humana
(substância ativa).

Imunoglobulina Humana (substância ativa) não causa ativação
não-específica do sistema do complemento ou da pré-calicreína.

Imunoglobulina Humana (substância ativa) contém todos os
anticorpos da imunoglobulina G presentes na média da população. É
fabricado a partir do plasma de pelo menos 1000 doadores. A
distribuição da subclasse de IgG corresponde aproximadamente àquela
do plasma humano natural. Doses adequadas de Imunoglobulina Humana
(substância ativa) podem restaurar os níveis baixos de IgG ao
normal.

O mecanismo de ação nas indicações, exceto na terapia de
reposição, ainda não foi totalmente elucidado, mas inclui efeitos
imunomoduladores.

Propriedades farmacocinéticas

Após a administração intravenosa, toda a Imunoglobulina Humana
(substância ativa) normal está imediatamente e completamente
biodisponível na corrente sanguínea do paciente. Esta é distribuída
de forma relativamente rápida entre o plasma e o líquido
extravascular. O equilíbrio entre os compartimentos intravascular e
extravascular é alcançado depois de aproximadamente 3 a 5 dias.

Os parâmetros farmacocinéticos de Imunoglobulina Humana
(substância ativa) foram determinados no estudo clínico realizado
em pacientes com doença da imunodeficiência primária. Vinte e
cinco pacientes (entre 13 e 69 anos de idade) em um estudo
principal e 13 pacientes (entre 9 e 59 anos de idade) na extensão
deste estudo participaram da investigação farmacocinética (ver a
tabela abaixo).

A meia-vida em pacientes com doença da imunodeficiência primária
no estudo principal foi de 36,6 dias, e de 31,1 dias no estudo de
extensão. Essa meia-vida pode variar de paciente para paciente.

Parâmetros farmacocinéticos de Imunoglobulina Humana
(substância ativa) em pacientes com doença da imunodeficiência
primária:

Parâmetro

Estudo Principal (n=25) Mediana (variação)

Estudo de extensão (n=13) Mediana
(variação)

Cmax (concentração
máxima)
23,4 g/L (10,4 – 34,6)26,3 (20,9-32,9)
Cmin (concentração
mínima)
10,2 g/L (5,8 -14,7)9,75 (5,72-18,01)
t½ (meia-vida)36,6 dias (20,6 – 96,6)31,1 (14,6-43,6)

A IgG e os complexos de IgG são quebrados nas células do sistema
reticuloendotelial.

Cuidados de Armazenamento do Thymoglobuline

Conservar Thymoglobuline sob refrigeração (temperatura entre 2ºC
e 8ºC).

Número de lote e datas de fabricação e validade: Vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Depois de preparado, este medicamento deve ser utilizado
imediatamente. No entanto, a solução reconstituída é estável
durante 24 horas a uma temperatura de 25ºC.

Característica físca

O pó liófilo contido no frasco é de coloração creme e deve ser
reconstituído com 5 mL de água estéril para injeção. A solução
resultante é transparente ou levemente opalescente.

O produto reconstituído deve ser inspecionado visualmente para
material particulado ou descoloração.

Cada frasco é de uso único.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.Caso ele
ainda esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança nos
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Thymoglobuline

MS: 1.2543.0018.

Farm. Resp.:
Bruna Belga Cathala – CRF – SP 42.670

Fabricado por:
Genzyme Polyclonals S.A.S.
1541 Avenue Marcel Mérieux
Marcy L’Etoile – França

Envasado e Embalado por:
Genzyme Ireland Limited
Old Kilmeaden Road, IDA Industrial Park
Waterford – Irlanda

Registrado e Importado por:
Genzyme do Brasil Ltda.
Rua Padre Chico, 224 – São Paulo – SP
CNPJ: 68.132.950/0001-03
Indústria Brasileira

ou

Fabricado por:
Genzyme Polyclonals S.A.S.
1541 Avenue Marcel Mérieux
Marcy L’Etoile – França

Envasado por:
Genzyme Ireland Limited
Old Kilmeaden Road, IDA Industrial Park
Waterford – Irlanda

Embalado por:
Genzyme Limited
37 Hollands Road Haverhill, Sulffolk CB9 8PU
Haverhill – Reino Unido

Registrado e Importado por:
Genzyme do Brasil Ltda.
Rua Padre Chico, 224 – São Paulo – SP
CNPJ: 68.132.950/0001-03
Indústria Brasileira

ou

Fabricado por:
Genzyme Polyclonals S.A.S.
23 Boulevard Chambaud de la Bruyère
69007 Lyon – França

Envasado por:
Genzyme Ireland Limited
Old Kilmeaden Road, IDA Industrial Park
Waterford – Irlanda

Embalado por:
Genzyme Limited
37 Hollands Road Haverhill, Sulffolk CB9 8PU
Haverhill – Reino Unido

Registrado e Importado por:
Genzyme do Brasil Ltda.
Rua Padre Chico, 224 – São Paulo – SP
CNPJ: 68.132.950/0001-03
Indústria Brasileira

ou

Fabricado por:
Genzyme Polyclonals S.A.S.
23 Boulevard Chambaud de la Bruyère
69007 Lyon – França

Envasado e Embalado por:
Genzyme Ireland Limited
Old Kilmeaden Road, IDA Industrial Park
Waterford – Irlanda

Registrado e Importado por:
Genzyme do Brasil Ltda.
Rua Padre Chico, 224 – São Paulo – SP
CNPJ: 68.132.950/0001-03
Indústria Brasileira

SAC: 0800 77 123 73

Venda sob prescrição médica.

Thymoglobuline, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.