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Sulfato de Terbutalina Hipolabor

Também é indicado como relaxante do músculo uterino no manuseio
do trabalho de parto prematuro não complicado.

Contraindicação do Sulfato de Terbutalina –
Hipolabor

O Sulfato de Terbutalina (substância ativa) é contraindicado em
pacientes com conhecida hipersensibilidade aos componentes da
fórmula.

Gravidez e trabalho de parto

O Sulfato de Terbutalina (substância ativa) é contraindicado em
casos de infecção intrauterina, pré-eclâmpsia grave, placenta
prévia, hemorragia pré-parto de qualquer etiologia, compressão do
cordão umbilical ou qualquer outra condição da mãe ou do feto que
contraindique o prolongamento da gravidez.

Como usar o Sulfato de Terbutalina –
Hipolabor

O Sulfato de Terbutalina (substância ativa)pode ser utilizado
por via subcutânea ou por infusão, conforme indicação
terapêutica.

Via subcutânea

Adultos

0,5 mL a 1 mL por via subcutânea, até o máximo de quatro vezes
ao dia.

Crianças

¼ a ½ da dose do adulto, a critério médico.

A dose de 0,5 mg não deverá ser excedida em um período de 4
horas.

Trabalho de parto prematuro

As doses de Sulfato de Terbutalina (substância ativa)devem ser
individualizadas, tomando-se em referência a supressão das
contrações uterinas, aumento da frequência cardíaca e alterações na
pressão sanguínea, que são fatores limitantes do uso de beta-2
estimulantes nesta indicação. Esses parâmetros deverão ser
cuidadosamente controlados durante a administração do
medicamento.

Via infusão

Diluir 5 mg (10 ampolas) em 1.000 mL de soro glicosado 5% (a
solução preparada contém 5 mcg/mL) e administrar endovenosamente a
uma velocidade de 20 a 30 gotas/ minuto.

A solução preparada deve ser utilizada dentro de 12 horas.

O Sulfato de Terbutalina (substância ativa)não deve ser diluído
em soluções alcalinas (pH gt; 7,0).

Solução salina deve ser evitada, pois pode aumentar o risco de
edema pulmonar. Se a solução salina tiver que ser usada, o paciente
deve ser cuidadosamente monitorado.

O Sulfato de Terbutalina (substância ativa)pode ser adicionado a
soluções de infusão em garrafas de vidro ou bolsas plásticas de
PVC.

Este medicamento deve ser administrado somente pela via
recomendada para evitar riscos desnecessários.

Precauções do Sulfato de Terbutalina –
Hipolabor

Como para todos os agonistas beta-2, deve-se observar pacientes
com tireotoxicose e pacientes com distúrbios
cardiovasculares graves, como cardiomiopatia hipertrófica,
isquemia cardíaca, taquidisritmia ou insuficiência cardíaca
grave.

Este medicamento deve ser utilizado com cautela em pacientes com
problemas cardíacos, de tireoide, diabetes, ou histórico de
convulsões.

Devido ao risco de hiperglicemia recomenda-se realizar testes de
glicose sanguínea em pacientes diabéticos.

Hipocalemia potencialmente séria pode resultar da terapia com
agonistas beta-2.

Devem ser tomados cuidados especiais em pacientes com asma aguda
grave, pois o risco associado pode ser aumentado por hipóxia.

Este medicamento deve ser utilizado com cautela em pacientes com
histórico de dor forte no tórax (angina), doença cardíaca,
problemas no ritmo cardíaco, pressão alta ou problemas de
circulação.

Tratamentos com outros medicamentos podem afetar os níveis de
potássio no sangue, que devem ser monitorados. 

Este medicamento deve ser administrado somente pela via
recomendada para evitar riscos desnecessários.

Gravidez e amamentação

Não foram relatados efeitos teratogênicos em humanos e em
animais, entretanto recomenda-se cuidado durante o primeiro
trimestre da gravidez.

Hipoglicemia transitória tem sido relatada em bebês prematuros
após tratamento da mãe com agonista beta-2.

A terbutalina passa para o leite materno, entretanto, nas doses
terapêuticas, a influência na criança não é provável.

Como para qualquer outro medicamento, este somente deve ser
usado durante a gravidez e amamentação se, a critério médico, os
benefícios superarem os possíveis riscos.

Categoria de risco B.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Uso em crianças

Apesar das doses terapêuticas para crianças com menos de 12 anos
já terem sido estabelecidas, ainda estão sendo realizados estudos
para confirmação da eficácia e da segurança do medicamento nesta
faixa etária.

Uso em pacientes idosos

Não há recomendações especiais relacionadas com a idade do
paciente.

Dirigir veículos ou operar máquinas

O Sulfato de Terbutalina (substância ativa) não afeta a
habilidade de operar máquinas ou dirigir veículos.

Este medicamento pode causar
doping.

Reações Adversas do Sulfato de Terbutalina –
Hipolabor

A intensidade das reações adversas depende da dosagem e da via
de administração. A titulação da dose final frequentemente reduz
as reações adversas.

As reações adversas relatadas são todas características
das aminas simpatomiméticas, como

Tremor, nervosismo, palpitação, dor de cabeça, cãibras
musculares; náusea ou boca seca; distúrbios do sono e de
comportamento (p. ex.: agitação, hiperatividade e inquietação).

A maioria desses efeitos, quando ocorrem, reverte
espontaneamente dentro das duas primeiras semanas de
tratamento.

Podem ocorrer efeitos adversos mais graves
como

Exantema e urticária; reação alérgica (coceira e urticária,
inchaço nas mãos ou face, inchaço ou formigamento na boca ou
garganta, sensação de aperto no peito, dificuldade ao respirar);
dor no tórax com batimento cardíaco rápido, vibrante ou irregular;
tontura, sonolência ou desmaio; dor, vermelhidão ou inchaço debaixo
da pele onde a injeção foi administrada; convulsões.

Quando são usadas altas doses do medicamento durante o
tratamento de parto prematuro, as mães diabéticas podem desenvolver
hiperglicemia e acidose láctica. Nessas pacientes deve-se monitorar
a glicose e o balanço acidobásico.

Altas doses de estimulante beta-2 podem causar hipocalemia como
resultado da redistribuição de potássio, mas geralmente não
necessita de tratamento.

Foram relatados casos de edema pulmonar com o tratamento de
parto prematuro. Também foi descrito um aumento da tendência ao
sangramento em cesarianas.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de
Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou para a
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Interação Medicamentosa do Sulfato de Terbutalina –
Hipolabor

Betabloqueadores, especialmente os não seletivos, podem inibir
parcial ou totalmente os efeitos dos agonistas beta.

A solução injetável de Sulfato de Terbutalina (substância ativa)
não deve ser misturada com soluções alcalinas (pH gt; 7,0).

Hipocalemia (diminuição do potássio no sangue) pode resultar de
terapia com agonistas beta-2, e pode ser potencializada com
tratamento concomitante com derivados de xantina, esteroides e
diuréticos.

O uso concomitante de antagonistas do receptor beta-adrenérgico
(p. ex.: atenolol, propranolol) e agonista beta-2 (terbutalina)
pode causar broncoespasmo severo e diminuição da eficácia do
agonista beta-2.

O uso concomitante ou com menos de 2 semanas de intervalo de
inibidores da MAO (p. ex.: isocarboxazida, fenelzina)
com terbutalina pode causar aumento no risco de efeitos
adversos cardiovasculares. A furozalidona (inibidor da MAO) também
pode causar emergência ou urgência hipertensiva.

A succinilcolina utilizada juntamente com a terbutalina pode
causar aumento do bloqueio neuromuscular da succinilcolina.

A combinação de teofilina e terbutalina ocasionalmente pode
reduzir os níveis de teofilina.

Interferência em exames laboratoriais

Podem ocorrer hiperglicemia e hipocalemia.

O uso de terbutalina concomitantemente com iobeguano I 123 pode
resultar em falso negativo em exames de imagem.

Ação da Substância Sulfato de Terbutalina – Hipolabor

Resultados de eficácia

Estudos demonstram a eficácia e segurança da terbutalina
administrada por via subcutânea na dose de 0,5 mg quando comparada
à epinefrina subcutânea em pacientes com asma. Depois de
controlar os fatores de exposição no ambiente, 28 pacientes
participaram de um estudo duplo-cego e cruzado durante 4 dias.
Todos os pacientes apresentaram respostas significativas às duas
doses de terbutalina e a epinefrina quando comparados com o placebo
[o volume de ar expirado em 1 segundo (FEV1) teve um aumento maior
que 15%].

Conclui-se que a terbutalina é tão eficaz quanto à epinefrina na
reversão do broncoespasmo e pode ser considerada como medicamento
de escolha para asmáticos. 

Injeções repetidas de terbutalina por via subcutânea nas doses
de 0,25 mg a 0,3 mg em cada 12 a 15 minutos foi eficaz no
tratamento da asma refratária em pacientes pediátricos. A dose
total chegou a 4,8 mg em 6 horas e 10 mg em um período de 24
horas.

Cinquenta pacientes tiveram suas contrações uterinas controladas
eficazmente e o prolongamento da gravidez quando tratadas com
infusão continua por via subcutânea na dose de 0,05 mg/hora de
terbutalina. Para controlar o aumento periódico nas contrações, um
bolus de 250 mcg foi administrado regularmente. Quarenta e
quatro pacientes tiveram a gestação continuada com mais de 36
semanas; 4 tiveram o parto entre 35 e 36 semanas. O prolongamento
da gravidez desde o início da terapia com terbutalina via
subcutânea foi de 6,6 semanas. Cerca de 78% chegaram bem a
enfermaria e a média de estadia foi de 2,13 dias.

A terbutalina mostra-se segura quando administrada por via
endovenosa na dose de 1 a 5 mcg/kg/min em crianças com asma aguda
severa, nos parâmetros de frequência cardíaca, pressão arterial e
eletrólitos sanguíneos.

Estudo detectou 98% de sucesso no uso de terbutalina como
relaxante uterino em trabalho de parto prematuro, sendo segura e
eficaz na dose de 0,25 mcg.

Características farmacológicas

Farmacodinâmica

A terbutalina é uma amina simpatomimética sintética que tem o
nome químico sulfato álcool
alfa-((terc-butilamino)metil)-3,5-dihidrobenzil. Estruturalmente, a
terbutalina é diferente da epinefrina, isoproterenol e isoetarina,
pois apresenta um grupo butil terciário no átomo de
nitrogênio. Este grupo aparentemente evita a ativação da monoamino
oxidase que ocorre com os outros medicamentos.

Além disso, essa substituição permite uma duração maior do
efeito (4 a 5 horas) e apresenta maior efeito brônquico do que
efeitos cardíacos.

A terbutalina é um agonista adrenérgico que estimula
predominantemente os receptores beta-2, produzindo relaxamento do
músculo liso bronquial, inibição do edema causado por mediadores
endógenos, aumento do movimento mucociliar e relaxamento do músculo
uterino.

Acredita-se que os efeitos farmacológicos de todos os agonistas
beta-adrenérgicos são causados pela ativação da adenil ciclase que
catalisa a conversão de ATP para AMP-cíclico. O AMP-cíclico causa
um leve relaxamento muscular.

A terbutalina tem sido largamente usada por muitos anos para
promover alívio do broncoespasmo, sem identificação de qualquer
área de preocupação.

Farmacocinética

Absorção

Após a injeção subcutânea, o efeito broncodilatador se inicia
dentro de 5 a 15 minutos e o efeito máximo é alcançado dentro de
30 minutos.

Metabolismo e excreção

A terbutalina é metabolizada principalmente por conjugação com
ácido sulfúrico e excretada como sulfato conjugado, não sendo
formados metabólitos ativos. A meia-vida plasmática é de
aproximadamente 16 horas. Após a administração endovenosa ou
subcutânea, 90% da terbutalina é excretada pelos rins em 48-96
horas, sendo 60% de terbutalina não metabolizada. O maior efeito
tóxico da terbutalina é igual ou menos acentuado do que aqueles de
outros agonistas beta-receptores.

Sulfato-De-Terbutalina-Hipolabor, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.