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Stilamin

Como o Stilamin funciona?

A somatostatina, princípio ativo do Stilamin é um
tetradecapeptídeo cíclico obtido por síntese. Suas estrutura e ação
são idênticas às da somatostatina natural. No homem, a
somatostatina natural é encontrada especialmente no trato
gastrointestinal, no hipotálamo e nas terminações nervosas.

Contraindicação do Stilamin

Stilamin é contraindicado em:

  • Pacientes com hipersensibilidade (alergia) à somatostatina ou a
    qualquer outro componente da fórmula;
  • Gravidez;
  • Puerpério (pós-parto);
  • Amamentação.

Como usar o Stilamin

Stilamin é um medicamento para uso exclusivamente hospitalar e
seu uso é de inteira responsabilidade da equipe médica.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários,
as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
o Stilamin?

Stilamin é um medicamento para uso exclusivamente hospitalar e
seu uso é de inteira responsabilidade da equipe médica.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Stilamin

Devido ao seu efeito inibidor sobre a secreção de insulina e
glucagon, Stilamin deve ser administrado com cautela a pacientes
insulino-dependentes hemorrágicos. Nestes casos, hipoglicemia pode
ocorrer e ser precedida, após 2-3 horas, por hiperglicemia. É
recomendado, portanto, o controle glicêmico a intervalos regulares
de 3 a 4 horas.

No caso de administração concomitante com açúcares que podem
estimular a secreção de insulina, a somatostatina deve ser evitada
na medida do possível.

Nos casos de fístulas pancreáticas ou intestinais devidas à
problemas inflamatórios ou neoplásicos, é necessário tratar
primeiramente tais casos.

A somatostatina prolonga o sono induzido pelo hexabarbital e
potencializa a ação do pentetrazol. Stilamin, portanto, não deverá
ser administrado concomitantemente com esses medicamentos.

A somatostatina parece estar associada à trombocitopenia e
diminuição da agregação plaquetária e diminuição da agregação
plaquetária em animais, quando usada em doses maiores que as
propostas para uso clínico. Embora a maioria dos estudos não mostre
alterações significativas no homem, é aconselhável, um controle da
coagulação sanguínea durante o tratamento.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Stilamin

A administração de somatostatina pode causar transitoriamente
náusea, tontura e rubor na face. Estas reações aparecem quando o
fármaco é injetado por via intravenosa muito rápida e não durante
infusão continua.

Estudos publicados com somatostatina demonstraram
que

  • Arritmias foram raramente relatadas durante a infusão;
  • Hipersecreção de rebote de hormônio de crescimento ocorreu após
    a interrupção da infusão;
  • Náusea, vômitos, diarreia e cólicas abdominais foram relatadas
    durante o uso. Em um estudo controlado, náusea, vômito ou ambos
    foram relatados em 25% dos pacientes em tratamento de varizes com
    infusão de somatostatina;
  • Leucocitose foi relatada em pacientes com artrite psoriática em
    tratamento com somatostatina.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento.

Informe também a empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Stilamin

Gravidez e lactação

Nos estudos de reprodução em animais, não demonstrou risco
fetal, no entanto não foram realizados estudos controlados em
mulheres grávidas.

Entretanto, Stilamin é contraindicado no período de gravidez,
durante a lactação ou no período pré-natal, em razão de seus
efeitos inibitórios na secreção de hormônio do crescimento.

Efeitos na habilidade de dirigir e operar
máquinas

Até o momento, não existem dados sobre efeitos na habilidade de
dirigir e operar máquinas.

Adolescente e Crianças abaixo de 16 anos

Não estão disponíveis estudos clínicos a respeito da
administração de Stilamin a crianças e adolescentes abaixo de 16
anos de idade.

Composição do Stilamin

Cada ampola contém:

Somatostatina (sob forma de acetato) – 3 mg.

Excipiente:

manitol.

Cada ampola de solvente contém:

Cloreto de sódio9 mg
Água bidestilada1 ml

Superdosagem do Stilamin

Não existem dados sobre dose excessiva. No caso de qualquer
suspeita de superdose deve ser efetuada monitoração pela equipe
médica que atende o paciente que está recebendo o medicamento.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Stilamin

A somatostatina prolonga o efeito hipnótico do hexobarbital e
potencializa a ação do pentetrazol. Sendo assim
somatostatina não deve ser administrado concomitantemente com
essas substâncias, somente após o encerrado o efeito das
mesmas.

Estudos publicados com somatostatina demonstraram que o uso
concomitante desta substância com a morfina reduz o efeito
analgésico da morfina.

Incompatibilidades

Com exceção de uma solução de glicose a 5%, Somatostatina
(substância ativa) não deve ser misturado com outras soluções
contendo açúcar.

Ação da Substância Stilamin

Resultados de eficácia

Dados pré-clínicos

Os estudos da toxicidade aguda e subcrônica em diversas espécies
animais (roedores e não- roedores) não forneceram evidência de
efeitos tóxicos específicos.

A somatostatina não foi testada para efeitos mutagênicos. Como
uma substância que é inerente ao organismo, a somatostatina
utilizada em doses terapêuticas não é suspeita à mutagenicidade.
Não estão disponíveis estudos em longo prazo do potencial
tumorigênico em animais.

A somatostatina é capaz de atravessar a placenta. A toxicidade
reprodutiva da somatostatina não foi suficientemente investigada,
mas sabe-se que não ocorreram eventos adversos em camundongos.
Entretanto, efeitos em algum nível não podem ser excluídos em teste
de embriotoxicidade especifica em ratos embora o dano visualizado
fosse inespecífico.

Dados clínicos

Hemorragia aguda severa do trato gastrointestinal
superior

Em uma meta-análise publicada nos Anais de Medicina Interna de
1997, 14 estudos clínicos randomizados foram incluídos comparando
somatostatina ou ocreotida a um antagonista H2 (7 estudos com
cimetidina e 5 estudos com ranitidina) ou a placebo (7 estudos
placebo-controlados). Oito (8) desses estudos eram duplo-cego. Os
pacientes incluídos eram portadores de hemorragia superior aguda
não-variceal com confirmação da fonte do sangramento por
endoscopia.

Quando todos os 1.829 pacientes referentes aos 14 estudos
clínicos randomizados foram considerados, a somatostatina reduziu o
risco de sangramento contínuo ou ressangramento para 0,53, uma
redução de 47% do risco. Em relação aos 12 estudos que mediam o
sangramento contínuo isolado, a eficácia da somatostatina fez com
que o risco reduzisse em 56%. Em 13 estudos que mediram a
necessidade de cirurgia, a somatostatina reduziu o risco para 0,71,
redução esta de 29% do risco.

Profilaxia de complicações pós-cirúrgicas

Uma meta-análise incluiu 28 estudos clínicos sobre o uso de
somatostatina (12 estudos), octreotida (10 estudos) e mesilato de
gabexato (6 estudos) após condução de colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada (ERCP). As medições das evoluções avaliadas
foram a incidência de pancreatite aguda, hiperamilasemia e dor
pancreática. Quando todos os estudos foram analisados,
somatostatina e mesilato de gabexato foram associados
significativamente com melhoras nessas três evoluções. As odds
ratio (OR) para mesilato de gabexato foram 0,27 com p = 0,001 para
pancreatite aguda, 0,66 com p = 0,007 para hiperamilasemia e 0,33
com p = 0,0005 para dor pós-procedimento.

Somatostatina reduziu OR para pancreatite aguda para 0,38 com p
lt; 0,001, OR para dor para 0,24, com p lt; 0,001 e OR para
hiperamilasemia para 0,65 com p = 0,008. Octreotida foi associada
apenas com uma redução do risco de hiperamilasemia pós ERCP, com OR
0,51 e p = 0,007, mas não teve nenhum efeito sobre pancreatite
aguda nem dor. A lesão pancreática depois de ERCP pode ser
prevenida com a administração de somatostatina ou mesilato de
gabexato, mas somatostatina é mais efetiva em termos de
custo-benefício.

Tratamento de fístulas pancreáticas

Um estudo prospectivo randomizado controlado incluindo 51
pacientes com fístulas gastrintestinais ou pancreáticas aferiu,
avaliou e comparou o potencial benefício clínico e economicidade de
farmacoterapia (somatostatina (SS) vs. octreotida (OC) em relação à
terapia convencional. A porcentagem de fechamento de fístula foi de
84% no grupo SS, 65% no grupo OC e 27% no grupo controle. (p =
0,007). A porcentagem total de mortalidade foi menor do que 5%.

Em geral, a terapia farmacológica (SS e OC) foi mais custo
efetiva do que a terapia convencional e a somatostatina foi mais
efetiva em termos de custo-benefício do que a octreotida. A média
de permanência hospitalar foi: 21,6 dias para SS, 27,0 dias para OC
e 31,5 dias para o grupo controle. Esses dados sugerem que a
farmacoterapia reduz o custo envolvido no tratamento de fístula
(reduzindo a internação) e também promove uma porcentagem aumentada
de fechamento espontâneo.

Tratamento de pancreatite aguda

Foi conduzida uma meta-análise de estudos clínicos em que
somatostatina (SS), octreotida (OC) e mesilato de gabexato (FOY)
foram usados para tratar pacientes com pancreatite aguda (PA).
Foram avaliados cinco endpoints: mortalidade precoce e
global, pacientes com complicações, porcentagem de complicação e
pacientes que necessitaram de cirurgia.

Em PA leve, nenhum agente demonstrou ter valor. Em PA grave,
tanto SS quanto OC foram benéficos na melhora de mortalidade geral
com OR 0,36 e p = 0,001 para SS e 0,57 e p = 0,006 para OC,
respectivamente. Agentes antissecretórios, como SS e OC, são
capazes de reduzir a mortalidade sem afetar as complicações,
enquanto que antiproteases, como FOY, não têm efeito sobre a
mortalidade, mas reduzem as complicações.

Características farmacológicas

Farmacodinâmica

A somatostatina é um tetradecapeptídeo cíclico obtido por
síntese. Sua estrutura e ação são idênticas à da somatostatina
natural.

Em humanos, a somatostatina é encontrada principalmente no trato
gastrointestinal, hipotálamo e nas terminações nervosas. A
somatostatina inibe a secreção de gastrina, ácido gástrico e
pepsina, diminui as secreções endócrinas e exócrinas do pâncreas e
reduz a secreção de hormônio do crescimento.

A ação favorável da somatostatina no tratamento da cetoacidose
diabética é atribuída à sua atividade inibitória sobre a secreção
do glucagon. Além disso, a somatostatina é capaz de reduzir
significativamente o fluxo sanguíneo esplâncnico sem determinar
alterações notáveis na pressão arterial sistêmica.

No sistema nervoso central, a somatostatina está envolvida no
mecanismo de dor.

Farmacocinética

Em indivíduos saudáveis, os níveis de somatostatina endógenos no
plasma periféricos são muito baixos, na ordem de 175 pg/ml.

Com administração intravenosa, os níveis plasmáticos dependem da
velocidade da infusão. Para uma dose de 250 mcg/h, o nível máximo é
atingido em 15 minutos. Os níveis plasmáticos normais são
normalmente entre 300 e 3000 pg/ml.

A somatostatina administrada por via endovenosa possui meia-vida
plasmática muito curta. Em indivíduos saudáveis (medida por
radioimunoensaio), ela é de 1,1 a 3,0 minutos.

Cinética em situações clínicas particulares

A meia-vida plasmática em pacientes com distúrbios hepáticos é
prolongada para 1,2-4,8 minutos e, em pacientes com insuficiência
renal, para 2,6-4,9 minutos.

Cuidados de Armazenamento do Stilamin

Conservar em temperatura abaixo de 25°C, proteger da luz e da
umidade excessiva.

Após a reconstituição em solução fisiológica ou em solução de
glicose a 5% a estabilidade é de 24 horas até a temperatura de
25°C. Por razões microbiológicas, recomenda-se sua utilização
imediatamente após a reconstituição e a diluição,
respectivamente.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Stilamin

M.S. 1.0089.0382

Farmacêutico Responsável:

Alexandre Canellas de Souza
CRF-RJ nº 23277

Fabricado por:

Merck Serono S.A.
Aubonne – Suíça

Embalado por:

Ares Trading Uruguay S.A.
Montevidéu – Uruguai

Importado por:

Merck S.A.
CNPJ 33.069.212/0001-84
Estrada dos Bandeirantes, 1099
Rio de Janeiro – RJ CEP 22710-571
Indústria Brasileira

Serviço de atendimento ao cliente
0800 727-7293

Stilamin, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.