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Senes


Como o Sene funciona? 

Acredita-se que Senes exerça sua ação terapêutica com o aumento
da concentração da acetilcolina (substância presente na junção
entre células do sistema nervoso) através da inibição reversível da
quebra da mesma pela enzima acetilcolinesterase (tipo de enzima que
quebra a acetilcolina).

O tempo estimado para o início da ação farmacológica do Senes é
de cerca de 2 semanas após a administração oral, quando é esperado
que a concentração plasmática (sanguínea) do Senes alcance o estado
de equilíbrio.

Contraindicação do Senes

Não utilize Senes se tiver conhecimento de hipersensibilidade ao
cloridrato de donepezila (princípio ativo desse medicamento), a
derivados de piperidina ou a qualquer componente da formulação.

Como usar o Senes

Senes deve ser administrado por via oral.

Adultos/Idosos

Senes deve ser tomado por via oral, uma vez por dia. As doses
clinicamente eficazes são 5 e 10 mg nos pacientes com doença
leve a moderadamente grave. A dose de 10 mg é a dose clinicamente
eficaz nos pacientes com doença moderadamente grave a grave. A dose
inicial é de 5 mg/dia e pode ser aumentada para 10 mg/dia após 4 a
6 semanas. A dose diária máxima recomendada é de 10 mg.

Tratamento de Manutenção

O tratamento de manutenção pode ser mantido enquanto houver
benefício terapêutico para o paciente.

Com a descontinuação do tratamento, observa-se diminuição
gradativa dos efeitos benéficos de Senes. Não há evidências de
efeito rebote ou de abstinência após a descontinuação repentina da
terapia.

Comprometimento Renal (dos rins) e Hepático (do
fígado)

Os pacientes com insuficiência hepática (diminuição da função do
fígado) leve a moderada ou insuficiência renal (diminuição da
função dos rins) podem seguir um esquema posológico semelhante
porque a depuração do cloridrato de donepezila (princípio ativo do
Senes) não é significativamente alterada por essas condições.

Crianças

Não existem estudos adequados e bem controlados para documentar
a segurança e a eficácia do Senes em qualquer tipo da doença
que ocorre em crianças.

Senes deve ser tomado à noite, logo antes de deitar.

Senes poderá ser tomado com ou sem alimentos.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários,
as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

Este medicamento não pode ser partido ou
mastigado.


O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Senes? 

Caso você se esqueça de tomar Senes no horário estabelecido,
tome-o assim que lembrar. Entretanto, se já estiver perto do
horário de tomar a próxima dose, pule a dose esquecida e tome a
próxima.

Neste caso, não tome o medicamento em dobro para compensar doses
esquecidas. O esquecimento de dose pode comprometer a eficácia do
tratamento.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Senes

Anestesia

Informe ao seu médico o uso de Senes, pois este medicamento é um
inibidor da colinesterase (classe medicamentosa do Senes) e
pode aumentar o relaxamento muscular de alguns anestésicos.

Condições Cardiovasculares

Foram relatados episódios de desmaio durante o uso de cloridrato
de donepezila devido a efeitos cardíacos (por exemplo, diminuição
da frequência cardíaca), principalmente para alguns pacientes com
problemas cardíacos.

Condições gastrintestinais

Medicamentos da mesma classe de Senes, os chamados
colinomiméticos (substâncias que imitam os efeitos da
acetilcolina no organismo), podem promover o aumento da secreção
ácida gástrica (quantidade de ácido liberado no estômago).
Portanto, os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados quanto
a sintomas de sangramento gastrintestinal (no estômago e
intestino), especialmente aqueles com maior risco de desenvolver
úlceras (feridas) (p.ex., pacientes com história de doença ulcerosa
ou recebendo drogas anti-inflamatórias não esteroide). Pode ocorrer
diarreia, náusea e vômito.

Esses efeitos, quando ocorrem, aparecem com mais frequência na
dose de 10 mg/dia do que na dose de 5 mg/dia. Na maioria dos casos,
esses efeitos têm sido leves e transitórios, algumas vezes durando
de 1 a 3 semanas, e têm se resolvido com o uso continuado de
Senes. Os pacientes devem ser cuidadosamente observados no início
do tratamento e após o aumento da dose.

Condições neurológicas

Acredita-se que os colinomiméticos tenham certo potencial para
causar convulsões generalizadas. Entretanto, tal situação pode ser
também uma manifestação da doença de Alzheimer.

Síndrome neuroléptica maligna é um evento adverso muito raro que
se caracteriza por tremores, febre alta e alteração no nível de
consciência que, se não tratado adequadamente, pode levar à
morte.

Rabdomiólise é um evento raro que pode se manifestar em
pacientes com predisposição individual e que estejam ou não em uso
de outros medicamentos que, sabidamente, causam este efeito com
maior frequência, como as estatinas (medicamento para tratamento de
colesterol) e medicamentos com ação no sistema nervoso. Caso você
sinta dores generalizadas, apresente escurecimento da urina,
fraqueza e mal estar com o uso de Senes procure
seu médico.

Condições pulmonares

Devido às suas ações colinomiméticas, Senes deve ser prescrito
com cuidado a pacientes com história de asma ou doença pulmonar
obstrutiva (por exemplo: enfisema pulmonar causado pelo vício do
cigarro).

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Senes

Reação muito comum (ocorre em 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Diarreia, cefaleia (dor de cabeça), náusea e queda.

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Dores, acidentes, fadiga, desmaios, vômitos, anorexia, cãibras,
insônia, tontura, sonhos anormais, resfriado comum e distúrbios
abdominais.

Foram observados casos de bradicardia (diminuição da frequência
cardíaca), bloqueio sinoatrial (alteração do ritmo cardíaco),
bloqueio atrioventricular (alteração do ritmo cardíaco) e
diminuição da concentração sanguínea de potássio.

Existem relatos pós-comercialização de alucinações, agitação,
convulsão, hepatite (inflamação do fígado), úlcera gástrica (ferida
dentro do estômago), úlcera duodenal (ferida dentro do duodeno) e
hemorragia gastrintestinal (sangramento no estômago e/ou
intestino), rabdomiólise (destruição das células musculares) e
síndrome neuroléptica maligna (contração muscular involuntária
grave, febre alta, aceleração importante dos batimentos do coração,
tremores generalizados).

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Senes

Crianças

Não existem estudos adequados e bem controlados para documentar
a segurança e a eficácia do Senes em qualquer tipo de doença que
ocorra em crianças.

Gravidez e lactação

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se ocorrer gravidez
ou iniciar amamentação durante o uso deste medicamento.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Dirigir e operar máquinas

Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou
operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar
prejudicadas.

Composição do Senes

Cada comprimido revestido contém:

Cloridrato de donepezila 

5 mg *

Excipientes q.s.p

1 comprimido
revestido

* Equivalente a 4,56 mg de donepezila.

Excipientes:

amido pré-gelatinizado, celulose microcristalina,
hidroxipropilcelulose, lactose, estearato de magnésio,
hipromelose, macrogol, dióxido de titânio.

Cada comprimido revestido contém:

Cloridrato de donepezila 

10 mg *

Excipientes q.s.p

1 comprimido
revestido

* Equivalente a 9,12 mg de donepezila.

Excipientes:

amido pré-gelatinizado, celulose microcristalina,
hidroxipropilcelulose, lactose, estearato de magnésio, hipromelose,
macrogol, dióxido de titânio, óxido de ferro amarelo.

Superdosagem do Senes

No caso de ingestão, ou suspeita de ingestão, de uma grande
quantidade de Senes, procure imediatamente um médico ou um
serviço de saúde mais próximo.

Sintomas da superdose

A superdose com inibidores da colinesterase (classe terapêutica
do Senes) pode resultar em crise colinérgica caracterizada por
náusea grave, vômitos, salivação, sudorese, bradicardia (diminuição
da frequência cardíaca), diminuição da pressão sanguínea,
diminuição dos movimentos respiratórios, falência do organismo e
convulsões.

Existe a possibilidade de aumento da fraqueza muscular, que pode
resultar em óbito se os músculos respiratórios forem
envolvidos.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Senes

Deve-se evitar a administração do Cloridrato de Donepezila
concomitantemente a outros inibidores da colinesterase.

O Cloridrato de Donepezila e seus metabólitos não inibem o
metabolismo da teofilina, varfarina, cimetidina, digoxina,
tioridazina, risperidona e sertralina em humanos. O metabolismo do
Cloridrato de Donepezila não é alterado pela administração
concomitante de digoxina, cimetidina, tioridazina, risperidona e
sertralina. Em um estudo em pacientes com doença de Parkinson que
receberam tratamento ideal com l-dopa/carbidopa, a administração do
Cloridrato de Donepezila por 21 dias não teve efeitos sobre os
níveis sanguíneos da l-dopa ou da carbidopa.

Nesse estudo, não foram observados efeitos sobre a atividade
motora. Os estudos in vitro demonstraram que a isoenzima
3A4 do citocromo P450 e, em menor grau, a 2D6 estão envolvidas no
metabolismo da donepezila. Os estudos de interação medicamentosa
realizados in vitro demonstram que o cetoconazol e a
quinidina, inibidores conhecidos da CYP3A4 e da CYP2D6,
respectivamente, inibem o metabolismo da donepezila. Portanto,
esses e outros inibidores da CYP3A4, como o itraconazol e a
eritromicina, e os inibidores da CYP2D6, como a fluoxetina,
poderiam inibir o metabolismo da donepezila. Em um estudo em
voluntários saudáveis, o cetoconazol aumentou as concentrações
médias da donepezila em cerca de 30%. Esses aumentos são menores
que os provocados pelo cetoconazol para outros agentes que utilizam
a mesma via da CYP3A4. A administração da donepezila não tem efeito
sobre a farmacocinética do cetoconazol.

Com base em estudos in vitro, a donepezila demonstra
pequena ou nenhuma evidência de inibição direta da CYP2B6, CYP2C8 e
CYP2C19 em concentrações clinicamente relevantes.

Os indutores enzimáticos como a rifampicina, a fenitoína, a
carbamazepina e o álcool, podem reduzir os níveis de donepezila.
Como a magnitude do efeito inibitório ou indutor ainda é
desconhecida, essas associações medicamentosas devem ser usadas com
cautela. O Cloridrato de Donepezila tem potencial para interferir
com medicamentos com ação anticolinérgica. Também há potencial para
atividade sinérgica com o tratamento concomitante com medicamentos
como a succinilcolina e outros bloqueadores neuromusculares, mas um
estudo in vitro demonstrou que o Cloridrato de Donepezila
apresenta efeitos mínimos sobre a hidrólise da succinilcolina.
Também existe potencial para ação sinérgica com agonistas
colinérgicos ou betabloqueadores que apresentam efeitos sobre a
condução cardíaca.

A donepezila não demonstrou ser substrato da glicoproteína-P em
um estudo in vitro.

Ação da Substância Senes

Doença de Alzheimer Leve a Moderadamente Grave1, 2,
3, 4, 5

Em pacientes com demência de Alzheimer participantes de estudos
clínicos, a administração de doses únicas diárias de 5 mg ou 10 mg
de Cloridrato de Donepezila (substância ativa) provocou a inibição
no estado de equilíbrio da atividade da acetilcolinesterase (medida
nas membranas dos eritrócitos) de 63,6% e 77,3%, respectivamente.
Demonstrou-se que a inibição da acetilcolinesterase (AChE) em
eritrócitos pela donepezila está correlacionada a alterações da
ADAS-Cog, uma escala sensível que avalia alguns aspectos da
cognição. O potencial da donepezila de alterar o curso da
neuropatologia subjacente ainda não foi estudado.

Nos estudos clínicos com pacientes com doença de Alzheimer de
grau leve a moderadamente grave, foi realizada uma análise ao final
de 6 meses de tratamento com o Cloridrato de Donepezila (substância
ativa) usando uma combinação de três critérios de eficácia: a
ADAS-Cog, a CIBIC-plus (sigla em inglês para Impressão da Alteração
com Base na Entrevista com o Médico com Informação dos Dados pelo
Cuidador — medida de desempenho global) e as Atividades Combinadas
dos Domínios de Atividades Diárias da Escala de Graduação da
Demência Clínica — CDR (medida da capacidade de relacionamento na
comunidade e em casa, hobbies e cuidado pessoal).

Os pacientes que atenderam aos critérios apresentados a seguir
foram considerados respondedores ao tratamento.

Resposta

  • Melhora da ADAS-Cog de, no mínimo, 4 pontos;
  • Ausência de piora da CIBIC-plus;
  • Ausência de piora das Atividades Combinadas dos Domínios de
    Atividades Diárias da CDR.

Grupo de tratamento

% de Resposta

População ITT

n=365

População de Avaliação

n=352

Grupo Placebo

10%

10%

Grupo donepezila 5 mg

18%*

18%*

Grupo donepezila 10 mg

21%*

22%**

*plt;0,05.
**plt;0,01.

O Cloridrato de Donepezila (substância ativa) promoveu aumento
dose-dependente estatisticamente significativo da porcentagem de
pacientes considerados respondedores ao tratamento. As porcentagens
de pacientes randomizados que completaram o estudo foram: Placebo
80%, 5 mg/dia 85% e 10 mg/dia 68%.

Tanto os pacientes designados para o grupo placebo como os para
o grupo Cloridrato de Donepezila (substância ativa)
apresentaram uma ampla gama de respostas, mas os grupos com
tratamento ativo apresentaram maior probabilidade de apresentar
melhoras significativas.

Quanto à distribuição de frequência de pontuações CIBIC-plus
atingidas pelos pacientes designados para cada um dos três grupos
de tratamento que completaram 24 semanas de tratamento, as
diferenças médias entre o medicamento e o placebo nesses grupos de
pacientes foram de 0,35 unidades e 0,39 unidades para 5 mg/dia e 10
mg/dia de Cloridrato de Donepezila (substância ativa),
respectivamente. As diferenças foram estatisticamente
significativas. Não houve diferença estatisticamente significativa
entre os dois tratamentos ativos.

Doença de Alzheimer Grave6,7,8

Estudo sueco de 6 meses

A eficácia de Cloridrato de Donepezila (substância ativa) no
tratamento da doença de Alzheimer grave é demonstrada pelos
resultados de um estudo clínico randomizado, duplo-cego, controlado
por placebo conduzido na Suécia (estudo de 6 meses) em pacientes
com doença de Alzheimer provável ou possível, diagnosticada pelos
critérios NINCDS-ADRDA e DSM-IV, MMSE: variação de 1-10. Duzentos e
quarenta e oito (248) pacientes com doença de Alzheimer grave foram
randomizados para Cloridrato de Donepezila (substância ativa) ou
placebo. Para os pacientes randomizados para Cloridrato de
Donepezila (substância ativa), o tratamento foi iniciado com 5 mg
uma vez ao dia durante 28 dias e depois houve aumento para 10 mg
uma vez ao dia. No final do período de tratamento de 6 meses, 90,5%
dos pacientes tratados com Cloridrato de Donepezila (substância
ativa) estavam recebendo a dose de 10 mg. A idade média dos
pacientes era de 84,9 anos, com uma variação de 59 a 99.
Aproximadamente 77% dos pacientes eram mulheres e 23% eram homens.
Quase todos os pacientes eram caucasianos. A doença de Alzheimer
provável foi diagnosticada na maioria dos pacientes (83,6% dos
pacientes tratados com Cloridrato de Donepezila (substância ativa)
e 84,2% dos pacientes tratados com placebo).

Efeitos sobre a SIB (sigla em inglês para Bateria de
Piora da Severidade)

Após 6 meses de tratamento, a média de diferença na mudança dos
escores da escala SIB para os pacientes tratados com cloridrato de
donepezil comparada ao placebo foi de 5,9 unidades. O tratamento
com Cloridrato de Donepezila (substância ativa) foi, do ponto de
vista estatístico, significativamente superior ao placebo.

Efeitos sobre o ADCS-ADL-grave

Após 6 meses de tratamento, a diferença média nas classificações
de alteração de ADCS-ADL-grave para pacientes tratados com
Cloridrato de Donepezila (substância ativa), em comparação aos
pacientes tratados com placebo, foi de 1,8 unidades. O tratamento
com Cloridrato de Donepezila (substância ativa) foi, do ponto de
vista estatístico, significativamente superior ao placebo.

Estudo Japonês de 24 semanas

Em estudo de 24 semanas de duração, conduzido no Japão, 325
pacientes com doença de Alzheimer grave foram randomizados para
doses de 5mg/dia ou 10 mg/dia de Cloridrato de Donepezila
(substância ativa) administradas uma vez ao dia, ou placebo. 248
pacientes completaram o estudo com proporções similares de
pacientes completando o estudo em cada grupo de tratamento. A
medida de eficácia primária do estudo foi avaliada pela SIB e
CIBIC-plus. Após 24 semanas de tratamento, diferenças
estatisticamente significativas no tratamento foram observadas
entre as doses de 10 mg/dia de Cloridrato de Donepezila (substância
ativa) e placebo tanto no SIB quanto no CIBIC-plus. A dose de 5
mg/dia de Cloridrato de Donepezila (substância ativa) demonstrou
superioridade estatisticamente significativa em relação ao placebo
na SIB, mas não na CIBIC-plus.

Estudo multicêntrico em vários países em pacientes com
doença de Alzheimer grave

Um estudo multinacional, multicêntrico, randomizado, duplo-cego,
controlado por placebo, grupo-paralelo, de 24 semanas com pacientes
com doença de Alzheimer grave também foi conduzido. Um total de 343
indivíduos foram randomizados, 176 com Cloridrato de Donepezila
(substância ativa) e 167 com placebo. Os pacientes receberam 5
mg/dia de donepezila (de liberação imediata) nas primeiras 6
semanas, seguida de 10 mg/dia de Cloridrato de Donepezila
(substância ativa) no restante da fase duplo-cega do estudo. O
Cloridrato de Donepezila (substância ativa) foi do ponto de vista
estatístico significativamente superior ao placebo na pontuação SIB
no parâmetro para ambas as populações do ITT LOCF (diferença média
do LS de 5,32 pontos; P = 0,0001). No CIBIC-plus, a diferença
favoreceu o tratamento com Cloridrato de Donepezila (substância
ativa), mas não atingiu significância estatística (P = 0,0905).
Entretanto, após a queda do ponto 7 da escala para o ponto 3
(melhora, nenhuma mudança ou piora), houve diferenças
estatisticamente significativas favorecendo o grupo de Cloridrato
de Donepezila (substância ativa) em relação ao grupo placebo para
ambas as população do ITT LOCF (P = 0,0156).

Referências
Bibliográficas

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Rosen WG, Mohs RC, Davis KL. A new
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Joffres C, Graham J, Rockwood K.
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change (Plus): methodological issues and implications for clinical
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Black SE, Doody R, Li H, et al.
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severe Alzheimer’s disease. Neurology 2007; 69:459-69.

Homma A, Imai Y, Tago H, et al.
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a Japanese population: results from a 24-week, double-blind,
placebo-controlled, randomized trial. Dement Geriatr Cogn Disord
2008;25:399-407.

Características Farmacológicas


Propriedades farmacodinâmicas

Cloridrato de Donepezila (substância ativa) (substância ativa) é
um inibidor seletivo reversível da enzima acetilcolinesterase, a
colinesterase predominante no cérebro. O Cloridrato de Donepezila
(substância ativa) é cerca de 1000 vezes mais potente como inibidor
dessa enzima em comparação a butirilcolinesterase, uma enzima que
está presente principalmente fora do sistema nervoso central
(SNC).

Farmacologia clínica

As teorias atuais sobre a etiologia patológica dos sinais
cognitivos e dos sintomas da doença de Alzheimer atribuem alguns
deles a uma deficiência da neurotransmissão colinérgica.
Acredita-se que o Cloridrato de Donepezila (substância ativa)
exerça sua ação terapêutica incrementando a função colinérgica.
Isto se dá com o aumento da concentração da acetilcolina através da
inibição reversível da hidrólise pela acetilcolinesterase. Não há
comprovação de que a donepezila mude o curso do processo de
demência subjacente.

Farmacocinética

Absorção

Os níveis plasmáticos máximos são atingidos aproximadamente 3 a
4 horas após a administração oral de 5 mg e 10 mg comprimidos
revestidos. As concentrações plasmáticas e a AUC aumentaram de
forma proporcional à dose. A meia-vida de distribuição terminal é
de aproximadamente 70 horas. Assim, a administração de doses únicas
diárias múltiplas resulta em aproximação gradativa do estado de
equilíbrio. O estado de equilíbrio é atingido em 2-3 semanas após o
início da terapia. Uma vez atingido o estado de equilíbrio, as
concentrações plasmáticas do Cloridrato de Donepezila (substância
ativa) e a atividade farmacodinâmica relacionada mostram pouca
variabilidade em relação ao decorrer do dia.

Os alimentos não alteraram a absorção do Cloridrato de
Donepezila (substância ativa).

Distribuição

A donepezila apresenta taxa de ligação a proteínas
plasmáticas humanas de 95%. Em um estudo de equilíbrio de massa
conduzido em homens voluntários saudáveis, 240 h após a
administração de uma dose única de 5 mg de Cloridrato de Donepezila
(substância ativa) marcado com 14C, aproximadamente 28% do fármaco
marcado permaneceu não recuperado. Isso indica que a donepezila
e/ou seus metabólitos podem persistir no organismo por mais de 10
dias.

Metabolismo e excreção

A donepezila é metabolizada pelo fígado e a via
predominante de eliminação da donepezila inalterada e seus
metabólitos é renal, uma vez que 79% da dose recuperada foram
encontrada na urina e os 21% restantes nas fezes. Além disso, o
fármaco-mãe (donepezila) é o produto de eliminação predominante na
urina. Os metabólitos mais importantes da donepezila são o M1 e o
M2 (via O-desalquilação e hidroxilação), o M11 e o M12 (via
glicuronidação do M1 e do M2, respectivamente), o M4 (via
hidrólise) e o M6 (via N-oxidação). As concentrações plasmáticas da
donepezila diminuíram com meia-vida de aproximadamente 70 horas.
Sexo, raça e história de tabagismo não influenciaram de modo
clinicamente significativo as concentrações plasmáticas da
donepezila. A farmacocinética da donepezila ainda não
foi formalmente estudada em pacientes com doença de Alzheimer.
No entanto, os níveis plasmáticos médios dos pacientes foram bem
próximos dos observados em voluntários saudáveis. Dentro da
variação de peso corpóreo de 50 a 110kg, o clearance
aumentou de 7,77L/h para 14,04 L/h, com valor de 10L/h para
indivíduos com 70Kg.

Dados de Segurança Pré-Clínicos

Geral

Extensos testes em animais experimentais demonstraram que
Cloridrato de Donepezila (substância ativa) causa alguns efeitos
adicionais aos efeitos farmacológicos previstos com a sua ação como
inibidor de colinesterase.

Mutagenicidade

O Cloridrato de Donepezila (substância ativa) não é genotóxico
em mutação reversa bacteriana e ensaios de linfoma tk de
camundongo. Em ensaios in vitro de aberração cromossômica,
alguns efeitos clastogênicos foram observados em concentrações
abertamente tóxicas para as células e 3000 vezes maior que as
concentrações plasmáticas no estado de equilíbrio por 10 mg/dia. No
entanto, nenhum potencial clastogênico foi observado no modelo de
micronúcleos de camundongos in vivo e não foram observados
danos no DNA em ensaios in vivo/in vitro UDS. Em resumo, a
donepezila foi negativa numa bateria de ensaios de genotoxicidade
(mutação bacteriana reversa in vitro, linfoma tk de
camundongo in vitro, aberração cromossômica in
vitro
e micronúcleos em camundongos in vivo).

Carcinogenicidade

Não há evidência de potencial efeito carcinogênico através de
resultados de um estudo de carcinogenicidade de 88 semanas de
cloridato de donepezila conduzido em camundongos CD-1 em doses de
até 180 mg/kg/dia (aproximadamente 39 vezes a dose máxima estudada
em humanos (23 mg/dia), ou no estudo de carcinogenicidade de 104
semanas em ratos Sprague-Dawley com doses de até 30 mg/kg/dia
(aproximadamente 13 vezes a dose máxima recomendada em humanos com
base em mg/m2).

Fertilidade

A administração de Cloridrato de Donepezila (substância ativa)
em machos e fêmeas, antes e durante o acasalamento, e continuando
na fêmea através de implante, não mostrou efeito na fertilidade nas
doses maiores que 10 mg/kg/dia (aproximadamente 4 vezes a dose
máxima estudada em humano (23 mg/dia) em base mg/m2). O
Cloridrato de Donepezila (substância ativa) não foi teratogênico em
ratos e coelhos. O Cloridrato de Donepezila (substância ativa) teve
um pequeno efeito sobre os natimortos e a sobrevivência dos
filhotes quando administrados em ratas gravidas em doses de ate 10
mg/kg/dia.

Cuidados de Armazenamento do Senes

Conserve este medicamento em temperatura ambiente (temperatura
entre 15 e 30°C).

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características

  • – Comprimidos de Senes 5 mg:

    brancos, biconvexos, revestidos, sulcados, medindo 6,5 mm de
    diâmetro.

  • – Comprimidos de Senes 10 mg:

    amarelos, biconvexos, revestidos, medindo 9,5 mm de
    diâmetro.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Mensagens de Alerta do Senes

Este medicamento pode causar
doping.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Atenção: Este medicamento contém corantes que podem,
eventualmente, causar reações alérgicas.

Este medicamento contém lactose.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Venda sob prescrição médica. 

Dizeres Legais do Senes

MS: 1.0372.0254

Farm. Resp.:

Dra. Silmara Souza Carvalho Pinheiro.
CRF-SP n° 37.843

Registrado por:

Supera Farma Laboratórios S.A
Avenida das Nações Unidas, 22532, bloco 1
Vila Almeida – São Paulo – SP.
CNPJ: 43.312.503/0001-05
Indústria Brasileira

Fabricado por:

Cristália – Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda
Rod. Itapira-Lindóia, km 14 – Itapira – SP
CNPJ: 44.734.671/0001-51
Indústria Brasileira

Comercializado por:

Supera RX Medicamentos Ltda.
Rua Guará S/N, Quadra 04/05/06, Galpão 08
Aparecida de Goiânia – GO.

Senes, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.