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Ropi

  • Bloqueio peridural, incluindo cesárea.
  • Bloqueio nervoso maior.
  • Bloqueios infiltrativo e do campo operatório.

Estados dolorosos agudos

  • Infusão peridural contínua ou administração intermitente em
    bolus, como por exemplo, em dor pós-operatória ou trabalho de
    parto.
  • Bloqueios infiltrativo e do campo operatório.
  • Injeção intra-articular.
  • Bloqueio nervoso periférico em infusão contínua ou em injeções
    intermitentes, como por exemplo, em dor pós-operatória.

Estados dolorosos agudos em pediatria

Para o controle da dor peri e pós-operatória
em:

Bloqueio peridural caudal.

Como Ropi funciona?

A ropivacaína é um anestésico local de longa duração que promove
a perda local da sensibilidade e a eliminação da dor.

A administração em altas doses produz anestesia cirúrgica,
enquanto que em baixas doses produz insensibilidade à dor com
bloqueio limitado e não progressivo dos movimentos.

O início e a duração do efeito anestésico local de Ropi dependem
da dose e do local de aplicação.

Contraindicação do Ropi

Você não deve utilizar Ropi se tiver alergia a anestésicos
locais do tipo amida.

Como usar o Ropi

Ropi deve apenas ser utilizado por ou sob a supervisão de
médicos experientes em anestesia regional.

Não contém conservantes. Não reutilizar as embalagens ou sobras
da solução. Produto para uso único.

Não usar por via intravenosa.

Podem ocorrer sintomas de toxicidade do SNC se for administrado
por via intravenosa.

Incompatibilidades: a alcalinização pode causar precipitação,
pois a ropivacaína é pouco solúvel em pH superior a 6.

Posologia

A tabela a seguir é um guia de dose para os bloqueios mais
usados. A dose deve ser baseada na experiência do anestesista e no
conhecimento da condição física do paciente.

Em geral, a anestesia cirúrgica (ex.: administração peridural)
requer o uso de altas concentrações e doses. Para analgesia
recomenda-se o uso de Ropi 2 mg/mL, exceto para a administração
injeção intra-articular onde 7,5 mg/mL é recomendado.

Vias de administração

Ropi 2 mg/mL:

Peridural lombar, peridural torácica, bloqueio de campo e
bloqueio nervoso periférico.

Ropi 7,5 mg/mL:

Peridural lombar para cirurgia e cesárea, peridural torácica,
bloqueio nervoso maior, bloqueio de campo e injeção
intra-articular.

Ropi 10 mg/mL:

Peridural lombar para cirurgia.

Recomendação de dose para Ropi em adultos e maiores de
12 anos de idade:

N/a: Não se aplica.

a A dose para bloqueio nervoso maior deve
ser ajustada de acordo com o local de administração e a condição do
paciente. Os bloqueios interescalênico e do plexo braquial
supraclavicular podem estar associados a frequência maior de
reações adversas graves, independentemente do anestésico local
utilizado.
b Se for utilizada quantidade adicional de ropivacaína
por outras técnicas no mesmo paciente, não exceder a dose limite de
225 mg.
c Houve relatos pós-comercialização de condrólise
(degradação de cartilagem) em pacientes recebendo infusão contínua
intra-articular de anestésicos locais no pós-operatório. Esta
indicação não é aprovada para Ropi.

As doses apresentadas na tabela acima são aquelas consideradas
como necessárias à produção de bloqueio com sucesso, devendo ser
utilizadas como guia para uso em adultos. Podem ocorrer variações
individuais no início e duração do efeito. Os dados mostram a faixa
de dose média necessária esperada. Literatura padrão deve ser
consultada para fatores que afetam as técnicas específicas de
bloqueio e para necessidades individuais do paciente.

A fim de evitar a injeção intravascular recomenda-se aspiração
cuidadosa antes e durante a administração da dose principal, a qual
deve ser injetada lentamente ou em doses crescentes, na velocidade
de 25-50 mg/min, sempre observando atentamente as funções vitais do
paciente e mantendo contato verbal. Quando se pretende administrar
uma dose peridural, recomenda-se uma dose teste prévia de 3-5 mL de
lidocaína com epinefrina (lidocaína 1-2%). Uma injeção
intravascular acidental pode ser reconhecida pelo aumento
temporário da frequência cardíaca e em caso de injeção intratecal
acidental, por sinais de bloqueio espinhal. A injeção deve ser
interrompida imediatamente se ocorrerem sintomas tóxicos.

Em bloqueio peridural para cirurgia, doses únicas de até 250 mg
de ropivacaína foram usadas e são bem toleradas.

Quando bloqueios peridurais prolongados são utilizados, tanto
por infusão contínua como por administração repetida em bolus,
devem ser considerados os riscos de indução de lesão neural local
ou de atingir concentração plasmática tóxica.

Doses acumulativas de até 800 mg de ropivacaína administradas em
cirurgia e analgesia pós-operatória por mais de 24 horas foram bem
toleradas em adultos, assim como infusão peridural contínua
pós-operatória de até 28 mg/h por 72 horas.

Para o tratamento da dor pós-operatória recomenda-se a seguinte
técnica: a menos que seja instalado antes da operação, induzir o
bloqueio peridural com Ropi 7,5 mg/mL (0,75%) pelo catéter
peridural. A analgesia é mantida com infusão de Ropi 2 mg/mL
(0,2%). Estudos clínicos demonstraram que taxas de infusão de 6-14
mL/h (12-28 mg/h) proporcionam analgesia adequada com somente leve
bloqueio motor não progressivo na maioria dos casos de dor
pós-operatória de grau moderado a grave. Com essa técnica, foi
observada redução significativa da necessidade de opioides.

Em estudos clínicos uma infusão peridural de cloridrato de
ropivacaína 2 mg/mL isolado ou associado a 1-4 mcg/mL de fentanila
foi administrada por até 72 horas para o controle da dor
pós-operatória. Cloridrato de ropivacaína 2 mg/mL (6-14 mL/h)
proporcionou alívio da dor adequado para a maioria dos pacientes. A
combinação de cloridrato de ropivacaína e fentanila proporcionou
melhor alívio da dor, mas causou efeitos colaterais de
opioides.

A administração peridural de ropivacaína em concentrações de 10
mg/mL não foi documentada para uso em cesárea.

Quando bloqueios nervosos periféricos prolongados são aplicados,
seja por infusão contínua ou através de injeções repetidas, os
riscos de atingir a concentração plasmática tóxica ou induzir a
lesão neural local devem ser considerados. Em estudos clínicos, o
bloqueio do nervo femoral foi estabelecido com 300 mg de cloridrato
de ropivacaína 7,5 mg/mL e o bloqueio interescalênico com 225 mg de
cloridrato de ropivacaína 7,5 mg/mL, respectivamente, antes da
cirurgia. Então, a analgesia foi mantida com cloridrato de
ropivacaína 2 mg/mL. Taxas de infusão ou injeções intermitentes de
10-20 mg/h durante 48 horas proporcionaram analgesia adequada e
foram bem toleradas.

Pacientes pediátricos

Recomendações de dose de cloridrato de ropivacaína em
pacientes pediátricos com 0 a 12 anos de idade (incluindo crianças
com 12 anos de idade):

A dose na tabela serve como guia para uso em pediatria, pois
ocorrem variações individuais. Em crianças com peso corpóreo alto,
em geral, é necessária redução gradual da dose com base no peso
corpóreo ideal.

O volume para um único bloqueio peridural caudal e o volume para
administração peridural em bolus não deve exceder 25 mL em nenhum
paciente.

Literatura padrão deve ser consultada para fatores que afetam
técnicas específicas de bloqueio e para as necessidades individuais
do paciente.

Recomenda-se aspiração cuidadosa antes e durante a injeção para
prevenir a administração intravascular. As funções vitais do
paciente devem ser observadas de perto durante a administração. Se
ocorrerem sintomas de toxicidade, a injeção deve ser imediatamente
interrompida.

Uma injeção peridural caudal única de ropivacaína 2 mg/mL produz
analgesia pós-operatória adequada abaixo de T12 na maioria dos
pacientes quando é usada uma dose de 2 mg/kg em volume de 1 mL/kg.
Em crianças acima de 4 anos de idade, doses de até 3 mg/kg têm sido
usadas com segurança. O volume da injeção peridural caudal pode ser
ajustado para obter uma distribuição diferente do bloqueio
sensório, conforme recomendado na literatura padrão.

O fracionamento da dose calculada do anestésico local é
recomendado, qualquer que seja a via de administração.

O uso de ropivacaína em bebês prematuros não foi
documentado.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de tomar
Ropi?

Este medicamento somente poderá ser utilizado/administrado,
interrompido e ter sua posologia alterada pelo médico
responsável.

Ropi deve ser utilizado apenas em locais que ofereçam condições
adequadas para monitorização e ressuscitação de emergência, sob a
supervisão de médicos experientes em anestesia regional.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Ropi

Os procedimentos anestésicos devem sempre ser realizados em
local com pessoal, equipamentos e medicamentos adequados. O médico
responsável deverá ser devidamente treinado e estar familiarizado
com o diagnóstico e tratamento de efeitos colaterais, toxicidade
sistêmica e outras complicações.

Recém-nascidos, pacientes em condição geral debilitada devido à
idade ou outros fatores, tais como problemas na condução cardíaca,
doença avançada do fígado ou mau funcionamento dos rins, requerem
atenção especial.

Informe seu médico caso apresente alguma das condições
descritas.

Ropi deve ser somente prescrito a pacientes com porfiria aguda
(distúrbio congênito ou adquirido no metabolismo de porfirinas)
quando nenhuma alternativa segura estiver disponível, a critério
médico. Informe seu médico caso apresente esta condição.

Efeito sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas:
além do efeito anestésico direto, os anestésicos locais podem ter
efeitos muito leves na função mental e coordenação até mesmo na
ausência evidente de toxicidade do SNC (Sistema Nervoso Central) e
podem temporariamente prejudicar a locomoção e vigília.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Não existem estudos sobre a excreção de ropivacaína ou de seus
metabólitos no leite humano.

Interações medicamentosas

Pacientes tratados com fármacos antiarrítmicos (para tratamento
de alterações no ritmo cardíaco) classe III (ex.: amiodarona) devem
ser devidamente monitorados, uma vez que os efeitos cardíacos podem
se somar.

Ropi deve ser usado com cuidado em pacientes sob tratamento com
outros anestésicos locais ou outras substâncias com fórmula
semelhante a dos anestésicos locais do tipo amida, como por
exemplo, certos antiarrítmicos como a lidocaína e a mexiletina, uma
vez que os efeitos sistêmicos tóxicos se somam.

A administração da ropivacaína em longo prazo deve ser evitada
em pacientes tratados com inibidores potentes da CYP1A2 (enzima do
fígado) como a fluvoxamina e a enoxacina.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Ropi

O perfil de reações adversas de cloridrato de ropivacaína é
similar a de outros anestésicos locais de longa duração do tipo
amida.

As reações adversas causadas pela ropivacaína são difíceis de
distinguir dos efeitos fisiológicos do bloqueio nervoso, como por
exemplo, hipotensão (pressão baixa), bradicardia (diminuição dos
batimentos cardíacos), eventos causados diretamente (ex.: trauma
nervoso) ou indiretamente, como abscesso (lesão purulenta)
peridural, pela introdução da agulha.

Tabela de reações adversas (dados agrupados de todos os
tipos de bloqueio)

Frequência

Sistemas

Reações adversas

Muito comum (ocorre em 10% ou mais dos pacientes que
utilizam Ropi)

Alterações
vasculares
Hipotensãoc
(pressão baixa)
Alterações
gastrointestinais
Náusea

Comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam
Ropi)

Alterações do sistema nervosoParestesia (sensação de
dormência)
Vertigem
Cefaléiaa
(dor de cabeça)
Alterações
vasculares
Hipertensão 
Alterações
gastrointestinais
Vômitoa,d
Alterações renal e
urinária
Retenção
urináriaa
Alterações gerais e do local de aplicaçãoHipertermia
Rigor
Lombalgia (dor nas
costas)

Incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
utilizam Ropi

Alterações
psiquiátricas
Ansiedade
Alterações do sistema nervoso

Convulsões

Convulsões do tipo grande mal

Crises epiléticas

Sensação de tontura/e ou desmaio

Parestesia perioral

Dormência da língua

Hiperacusia

Zumbidos

Alterações visuais

Disartria

Contratura muscular

Tremorb

Hipoestesiaa

Alterações
vasculares
Síncopea
(desmaio)
Alterações
respiratória, torácica e do mediatismo
Dispneiaa
(dificuldade respiratória)
Alterações
gerais e do local de aplicação
Hipotermiaa

Rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que
utilizam Ropi)

Alterações cardíacasParada cardíaca
Arritmia cardíaca
Alterações gerais e do local de aplicaçãoReações
anafiláticas
Edema
angioneurótico
Urticária

a Estas reações são mais frequentes após anestesia
espinhal.
b Estes sintomas ocorrem, em geral, por injeção
intravascular acidental, superdose ou absorção rápida.
c A hipotensão é menos frequente em crianças (gt;
1%).
d O vômito é mais frequente em crianças (gt;10%).

Reações adversas relacionadas à classe
terapêutica

Este item inclui complicações relacionadas com a técnica
anestésica independente do anestésico local utilizado.

Complicações neurológicas

Neuropatia (doença no sistema nervoso) e disfunção medular, como
a síndrome da artéria espinhal anterior (condição na qual o fluxo
sanguíneo na artéria vertebral é prejudicado), aracnoidites
(inflamação das membranas que recobrem a medula espinhal), síndrome
da cauda equina (condição neurológica grave) têm sido associadas à
anestesia peridural.

Bloqueio espinhal total

O bloqueio espinhal total pode ocorrer se uma dose peridural é
inadvertidamente administrada intratecalmente ou se uma grande dose
é administrada.

Toxicidade Sistêmica Aguda

As reações sistêmicas tóxicas envolvem, primariamente, o SNC e o
Sistema Cardiovascular. Tais reações são causadas pela alta
concentração sanguínea do anestésico local, que pode ocorrer devido
à injeção intravascular (acidental), superdose ou por absorção
excepcionalmente rápida de áreas altamente vascularizadas. As
reações do SNC são similares para todos os anestésicos locais do
tipo amida, enquanto que as reações cardíacas são mais dependentes
do fármaco, tanto quantitativamente quanto qualitativamente.

A toxicidade do SNC é uma resposta gradual com sinais e sintomas
de gravidade crescente. Em geral, os primeiros sintomas são:
sensação de tontura e/ou desmaio, parestesia perioral (sensação de
dormência ao redor da boca), dormência da língua, hiperacusia
(acuidade auditiva anormalmente alta), zumbidos e alterações
visuais. Disartria (dificuldade na pronúncia das palavras),
contraturas musculares ou tremores são mais graves e precedem o
início de convulsões generalizadas. Estes sinais não devem ser
confundidos com comportamento neurótico. Em sequência, podem
ocorrer inconsciência e convulsões do tipo grande mal, podendo
durar de poucos segundos até muitos minutos.

Hipóxia (deficiência de oxigênio) e hipercarbia (quantidade
excessiva de dióxido de carbono no sangue) ocorrem rapidamente
durante as convulsões devido ao aumento da atividade muscular, em
conjunto com a interferência com a respiração e possível perda da
função respiratória. Em casos graves, pode ocorrer apneia
(distúrbio causado pela interrupção da respiração). Acidose
(aumento da concentração sanguínea de íons hidrogênio),
hipercalemia (concentração superior ao normal de íons de potássio
no sangue), hipocalcemia (concentração inferior ao normal de íons
de cálcio no sangue) e hipóxia (deficiência de oxigênio) aumentam e
prolongam os efeitos tóxicos dos anestésicos locais.

A recuperação é devida à redistribuição do anestésico local no
SNC e subsequente metabolismo e eliminação.

A recuperação pode ser rápida a menos que tenha sido
administrada uma grande quantidade de anestésico.

A toxicidade do sistema cardiovascular pode ser vista em casos
graves e, em geral, é precedida por sinais de toxicidade no SNC. Em
pacientes sob sedação pesada ou recebendo anestesia geral, podem
estar ausentes os sintomas prodrômicos (anteriores à doença) do
SNC. Podem ocorrer hipotensão (pressão baixa), bradicardia
(diminuição dos batimentos cardíacos), arritmia (alterações no
ritmo dos batimentos cardíacos) e até mesmo parada cardíaca como
resultado de altas concentrações sistêmicas de anestésicos locais,
mas casos raros de parada cardíaca ocorreram sem efeitos
prodrômicos (anteriores à doença) do SNC.

Em crianças, os sinais iniciais de toxicidade do anestésico
local podem ser de difícil detecção quando elas não conseguem se
expressar verbalmente ou quando elas são submetidas à anestesia
geral.

Tratamento da Toxicidade Sistêmica Aguda

Se sinais de toxicidade sistêmica aguda aparecerem, a
administração do anestésico local deve ser interrompida
imediatamente e sintomas do SNC (convulsão, depressão do SNC) devem
ser tratados imediatamente com suporte ventilatório adequado e a
administração de fármacos anticonvulsivantes.

Em caso de parada circulatória, instituir ressuscitação
cardiopulmonar imediatamente. Adequada oxigenação, ventilação e
suporte cardiovascular, bem como o tratamento da acidose (aumento
da concentração sanguínea de íons hidrogênio) são de importância
vital.

Se ocorrer depressão cardiovascular (pressão baixa, diminuição
dos batimentos cardíacos), deve-se considerar um tratamento
adequado com fluidos intravenosos, vasopressor e/ou agentes
inotrópicos (aumentam a força de contração do coração). Crianças
devem receber doses proporcionais à idade e ao peso.

Se ocorrer parada cardíaca, podem ser necessários esforços de
ressuscitação prolongados para que se obtenha um resultado
satisfatório.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

Composição do Ropi

Cada mL da solução injetável 2mg
contém:

Cloridrato de ropivacaína

2mg

Veículo estéril q.s.p.

1mL

Cada mL da solução injetável 7,5mg
contém:

Cloridrato de ropivacaína

7,5mg

Veículo estéril q.s.p.

1mL

Cada mL da solução injetável 10mg
contém:

Cloridrato de ropivacaína

10mg

Veículo estéril q.s.p.

1mL

Veículo:

cloreto de sódio, ácido clorídrico e/ou hidróxido de sódio para
ajuste de pH e água para injetáveis.

Superdosagem do Ropi

As injeções intravasculares acidentais de anestésicos locais
podem causar reações tóxicas sistêmicas imediatas (dentro de
segundos a poucos minutos). Na ocorrência de superdose, a
toxicidade sistêmica aparece mais tarde (15-60 minutos após a
injeção) por causa do aumento mais lento da concentração sanguínea
do anestésico local.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Ropi

O Cloridrato de Ropivacaína (substância ativa) deve ser usado
com cuidado em pacientes em tratamento com outros anestésicos
locais ou outras substâncias estruturalmente relacionadas com os
anestésicos locais do tipo amida, como por exemplo, certos
antiarrítmicos como a lidocaína e a mexiletina, uma vez que os
efeitos sistêmicos tóxicos são aditivos.

Não foram realizados estudos de interação específica com
ropivacaína e fármacos antiarrítmicos classe III (ex.: amiodarona),
porém recomenda-se precaução.

Em voluntários sadios, a depuração da ropivacaína foi reduzida
em até 77% durante a administração concomitante de fluvoxamina, um
inibidor competitivo potente da P4501A2. A CYP1A2 está envolvida na
formação da 3-hidroxi-ropivacaína, um metabólito importante.

Portanto, inibidores potentes da CYP1A2 como a fluvoxamina e a
enoxacina, administrados concomitantemente com o Cloridrato de
Ropivacaína (substância ativa), podem causar uma interação
metabólica que leva ao aumento da concentração plasmática de
ropivacaína. Portanto, a administração da ropivacaína em longo
prazo deve ser evitada em pacientes tratados com inibidores
potentes da CYP1A2 como a fluvoxamina e a enoxacina.

Ação da Substância Ropi

Resultados da eficácia

Adultos e crianças acima de 12 anos de
idade

Em bloqueio peridural para cirurgia, doses únicas de até 250 mg
de ropivacaína foram usadas e são bem toleradas .

Para o tratamento da dor pós-operatória recomenda-se a seguinte
técnica: a menos que seja instituído antes da operação, induzir o
bloqueio peridural com Cloridrato de Ropivacaína (substância ativa)
7,5 mg/mL pelo catéter peridural. A analgesia é mantida com infusão
de Cloridrato de Ropivacaína (substância ativa) 2 mg/mL.

Os estudos clínicos demonstraram que velocidades de infusão de
6-14 mL/h (12-28 mg/h) proporcionam analgesia adequada, com somente
leve bloqueio motor não progressivo na maioria dos casos de dor
pós-operatória de grau moderado a grave. Com essa técnica, foi
observada redução significativa da necessidade de opioides.

Em estudos clínicos uma infusão peridural de Cloridrato de
Ropivacaína (substância ativa) 2 mg/mL isolado ou associado a 1-4
mcg/mL de fentanila foi administrada por até 72 horas para o
controle da dor pós-operatória.

O Cloridrato de Ropivacaína (substância ativa) 2 mg/mL (6-14
mL/h) proporcionou alívio da dor adequado para a maioria dos
pacientes. A combinação de Cloridrato de Ropivacaína (substância
ativa) e fentanila proporcionou melhor alívio da dor, mas causou
efeitos colaterais de opioides.

Quando bloqueios nervosos periféricos prolongados são aplicados,
seja por infusão contínua ou através de injeções repetidas, os
riscos de atingir a concentração plasmática tóxica ou induzir a
lesão neural local, devem ser considerados. Em estudos clínicos, o
bloqueio do nervo femoral foi estabelecido com 300 mg de Cloridrato
de Ropivacaína (substância ativa) 7,5 mg/mL e o bloqueio
interescalênico com 225 mg de Cloridrato de Ropivacaína (substância
ativa) 7,5 mg/mL, respectivamente, antes da cirurgia.

Então, a analgesia foi mantida com Cloridrato de Ropivacaína
(substância ativa) 2 mg/mL. Taxas de infusão ou injeções
intermitentes de 10-20 mg/h durante 48 horas proporcionaram
analgesia adequada e foram bem toleradas.

Pediatria

Uma injeção peridural caudal única de ropivacaína 2 mg/mL produz
analgesia pós-operatória adequada abaixo da T12 na maioria dos
pacientes, quando é usada uma dose de 2 mg/kg em volume de 1
mL/kg.

Em crianças acima de 4 anos de idade, doses de até 3mg/kg têm
sido usadas com segurança.

Características Farmacológicas

Propriedades Farmacodinâmicas

A ropivacaína é um anestésico local do tipo amida de longa
duração com efeitos anestésico e analgésico. A administração de
altas doses produz anestesia cirúrgica, enquanto que em baixas
doses produz bloqueio sensitivo (analgesia) com bloqueio motor
limitado e não progressivo.

O início e a duração do efeito anestésico local de Cloridrato de
Ropivacaína (substância ativa) dependem da dose e do local de
administração, enquanto que a presença de um vasoconstritor (ex.:
epinefrina) tem pouca ou nenhuma influência. A ropivacaína, como
outros anestésicos locais, causa bloqueio reversível da propagação
do impulso pelas fibras nervosas, impedindo a entrada dos íons
sódio através da membrana celular das fibras nervosas.

Os anestésicos locais podem apresentar efeitos similares em
outras membranas excitáveis, como por exemplo, no cérebro e
miocárdio. Se uma quantidade excessiva do fármaco alcançar a
circulação sistêmica, sintomas e sinais de toxicidade provenientes
dos Sistemas Nervoso Central e Cardiovascular podem aparecer.

Os efeitos sobre o coração medidos in vivo, em estudos
em animais, mostraram que a toxicidade cardíaca da ropivacaína é
menor que a da bupivacaína.

Ovelhas prenhes não apresentaram sensibilidade maior aos efeitos
sistêmicos tóxicos da ropivacaína do que as ovelhas não
prenhes.

Voluntários sadios expostos a infusões intravenosas de doses
tóxicas para o Sistema Nervoso Central (SNC) mostraram
significativamente menos efeitos cardíacos após a ropivacaína do
que após a bupivacaína.

Efeitos cardiovasculares indiretos (hipotensão, bradicardia)
podem ocorrer após a administração peridural, dependendo da
extensão do bloqueio simpático concomitante, mas são menos comuns
em crianças.

Propriedades Farmacocinéticas

A ropivacaína tem um centro quiral e é o S-(-)-enantiômero puro.
A ropivacaína possui pKa de 8,1 e razão de distribuição de 141
(25oC n-octanol/tampão fosfato pH 7,4). Os metabólitos têm
atividade farmacológica menor que a ropivacaína.

A concentração plasmática da ropivacaína depende da dose, via de
administração e vascularização do local da injeção. A ropivacaína
apresenta farmacocinética linear e a concentração plasmática máxima
é proporcional à dose.

A ropivacaína apresenta, após administração peridural, absorção
completa e bifásica, sendo as meias-vidas de 14 min e 4 horas,
respectivamente. A absorção lenta é um fator limitante na
eliminação da ropivacaína, o queexplica porque a meia-vida de
eliminação aparente é maior após a administração peridural do que
após a via intravenosa. A ropivacaína também mostra uma absorção
bifásica no espaço peridural caudal em crianças.

A ropivacaína apresenta depuração plasmática total média de 440
mL/min, depuração de fração livre de 8 L/min, depuração renal de 1
mL/min, volume de distribuição no estado de equilíbrio de 47 L e
meia-vida de eliminação terminal de 1,8 h após a administração
i.v.. A ropivacaína tem uma razão de extração hepática
intermediária de aproximadamente 0,4. Está principalmente ligada a
1-glicoproteína ácida no plasma, com fração livre de
aproximadamente 6%.

Um aumento das concentrações plasmáticas totais foi observado
durante infusão peridural contínua e interescalênica, relacionado
ao aumento pós-operatório da 1-glicoproteína ácida. Variações na
concentração da fração livre, isto é, farmacologicamente ativa,
foram muito menores do que na concentração plasmática total.

A ropivacaína atravessa imediatamente a placenta e o equilíbrio
em relação à concentração livre é rapidamente alcançado. A taxa de
ligação às proteínas plasmáticas no feto é menor do que na mãe, o
que resulta em menores concentrações plasmáticas no feto.

A ropivacaína é extensivamente metabolizada no fígado em
3-hidroxi-ropivacaína, principalmente por hidroxilação aromática
mediada pelo citocromo P4501A2, e em PPX por N-desalquilação
mediada pela CYP3A4. Após administração intravenosa única,
aproximadamente 37% da dose total é excretada na urina como
3-hidroxi-ropivacaína livre e conjugada, o metabólito principal.
Concentrações baixas de 3-hidroxi-ropivacaína foram encontradas no
plasma. A excreção urinária de PPX e outros metabólitos representa
menos de 3% da dose. Durante a infusão peridural, tanto o PPX como
a 3-hidroxi-ropivacaína são os principais metabólitos excretados na
urina.

A concentração total de PPX no plasma foi cerca de metade da
concentração de ropivacaína total, entretanto, as concentrações
médias de PPX livre foram cerca de 7 a 9 vezes maiores que a da
ropivacaína livre após infusão peridural contínua por até 72 horas.
O limiar para concentrações plasmáticas de PPX livre tóxicas para o
SNC em ratos é cerca de 12 vezes maior que aquele para a
ropivacaína livre.

A insuficiência renal tem pouca ou nenhuma influência na
farmacocinética da ropivacaína. A depuração renal de PPX é
significativamente correlacionada com a depuração de creatinina. A
ausência de correlação entre a exposição total, expressa como AUC,
com a depuração de creatinina indica que a depuração total de PPX
contempla uma eliminação não renal em adição à excreção renal.
Alguns pacientes com a função renal comprometida podem apresentar
uma exposição aumentada à PPX, resultante da baixa depuração não
renal. Devido à reduzida toxicidade de PPX ao sistema nervoso
central em comparação à ropivacaína, as consequências clínicas são
consideradas insignificantes em tratamentos em curto prazo.

Não há evidências de racemização in vivo da
ropivacaína.

Pediatria

A farmacocinética da ropivacaína foi caracterizada em uma
população agrupada pela análise de dados de PK a partir de seis
estudos com 192 crianças em idades entre 0 e 12 anos. A depuração
da ropivacaína livre e do PPX e o volume de distribuição da
ropivacaína livre dependem tanto do peso corpóreo quanto da idade
até a maturidade da função hepática, após os quais dependem em
grande parte do peso corpóreo.

A maturação da depuração da ropivacaína livre parece estar
completa aos 3 anos de idade, a do PPX a 1 ano de idade e o do
volume de distribuição da ropivacaína livre aos 2 anos de idade. O
volume de distribuição de PPX livre depende apenas do peso
corpóreo.

A depuração da ropivacaína livre aumenta de 2,4 e 3,6 L/h/kg em
recém-nascidos e em neonatos de um mês para cerca de 8-16 L/h/kg em
crianças acima de 6 meses de idade, valores que estão dentro
daqueles no adulto.

Os valores da depuração da ropivacaína total por kg de peso
corpóreo aumentam a partir de aproximadamente 0,10 e 0,15 L/h/kg em
recém-nascidos e neonatos de um mês para aproximadamente 0,3 – 0,6
L/h/kg em crianças acima de 6 meses de idade. O volume de
distribuição da ropivacaína livre por kg de peso corpóreo aumenta
de 22 e 26 L/kg em recém-nascidos e neonatos de um mês para 42 – 66
L/kg em crianças acima de 6 meses de idade.

O volume de distribuição da ropivacaína total por kg de peso
corpóreo aumenta de 0,9 e 1,0 L/kg em recém-nascidos e em neonatos
de um mês para 1,7 – 2,6 L/kg em crianças acima de 6 meses de
idade. A meia- vida terminal da ropivacaína é maior em
recém-nascidos e em neonatos de um mês (6 horas a 5 horas) em
comparação à observada em crianças maiores (cerca de 3 horas). A
meia-vida terminal do PPX também é maior em recém-nascidos e em
neonatos de um mês (43 horas e 26 horas, respectivamente) que em
crianças maiores (cerca de 15 horas).

Aos 6 meses, ponto de mudança para alterações na faixa de dose
recomendada para infusão peridural contínua, a depuração da
ropivacaína livre alcança 34% e o PPX livre alcança 71% dos seus
valores maduros. A exposição sistêmica é maior em neonatos e é
também um pouco maior em crianças entre 1 a 6 meses comparada com
crianças maiores, as quais estão relacionadas à imaturidade de suas
funções hepáticas.

Entretanto, isto é parcialmente compensado pela diminuição de
50% da faixa de dose recomendada para infusão contínua em crianças
abaixo de 6 meses de idade.

Simulações na soma das concentrações plasmáticas livres de
ropivacaína e PPX, baseadas nos parâmetros de PK e suas variações
na análise da população, indicam que para um bloqueio caudal único
a dose recomendada deve ser aumentada por um fator de 2,7 no grupo
mais jovem e por um fator de 7,4 no grupo de 1 a 10 anos de idade
com o objetivo de que no máximo 90% do limite do intervalo de
confiança previsível atinja o limiar da toxicidade sistêmica.
Fatores correspondentes para a infusão peridural contínua são 1,8 e
3,8, respectivamente.

Dados de segurança pré-clínica

Baseado em estudos convencionais de farmacologia de segurança,
toxicidade de doses únicas e repetidas, toxicidade reprodutiva,
potencial mutagênico e toxicidade local, nenhum risco para humanos
foi identificado além daqueles que podem ser esperados com relação
à ação farmacodinâmica de altas doses de ropivacaína (ex.: sinais
do SNC, incluindo convulsões e cardiotoxicidade).

Cuidados de Armazenamento do Ropi

O produto deve ser armazenado em temperatura ambiente, entre 15
e 30°C, protegido da luz e umidade.

Se o produto for congelado acidentalmente, deverá ser
descartado.

O prazo de validade é de 36 meses a partir da data de fabricação
impressa na embalagem.

Não contém conservantes. Não reutilizar as embalagens ou sobras
da solução. Produto para uso único.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características do medicamento

Solução límpida, incolor ou quase incolor, essencialmente livre
de partículas visíveis.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Ropi

MS nº 1.0298.0339

Farm. Resp.:

Dr. José Carlos Módolo – CRF-SP N.º 10.446

Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos
Ltda.

Rodovia Itapira-Lindóia, km 14 – Itapira-SP
CNPJ N.º 44.734.671/0001-51
Indústria Brasileira

N.º do lote, data de fabricação e prazo de
validade:

Vide cartucho / rótulo.

SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente):

0800 701 19 18

Venda sob prescrição médica.

Ropi, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.