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Primovist


Como o Primovist funciona?

Este medicamento é somente para uso diagnóstico. É fornecido na
forma de solução para injeção intravenosa.

Primovist é utilizado para auxiliar no diagnóstico de alterações
que podem ser encontradas no fígado.

Sinais anormais como quantidade, tamanho e distribuição no
interior do fígado podem ser melhor avaliados com o uso de
Primovist, que também auxilia o médico na determinação da natureza
de quaisquer anormalidades, aumentando assim, a confiabilidade no
diagnóstico.

A IRM é uma forma de diagnóstico médico por imagem que fornece
fotos, utilizando o comportamento das moléculas de água nos tecidos
normais e anormais. Isto é feito por um sistema complexo de ímãs e
ondas de radiação.

A fase tardia (na célula do fígado) começa 10 minutos após a
injeção (em estudos confirmatórios, a maioria dos dados foi obtida
em 20 minutos após a injeção) com uma janela de imagem que dura
pelo menos 120 minutos. A janela de imagem é reduzida para 60
minutos em pacientes que requeiram hemodiálise e em pacientes com
valores elevados de bilirrubina (gt;3mg/dL).

Converse com seu médico para obter maiores esclarecimentos sobre
a ação do produto e sua utilização.

Contraindicação do Primovist

Não há situações em que Primovist não possa ser
administrado.

Como usar o Primovist

Primovist é injetado pelo médico por meio de uma agulha ou
cateter na veia. Seu exame de IRM pode iniciar imediatamente.

As seringas pré-carregadas devem ser retiradas da embalagem e
preparadas para injeção imediatamente antes da administração.
Retirar a tampa da seringa pré-carregada imediatamente antes do
uso. Descartar qualquer solução de meio de contraste não utilizada
no exame.

Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não
deve ser misturado com outros produtos medicinais.

Este medicamento é para administração intravenosa.

Devem ser observadas as regras gerais de segurança normalmente
utilizadas para imagem por ressonância magnética, por exemplo,
exclusão de marcapasso cardíaco e implantes ferromagnéticos.

A dose de Primovist que será administrada depende de seu peso
corporal.

Em adultos uma injeção única de 0,1mL de Primovist por kg de
peso corpóreo (equivalente a 25mcmol/kg de peso corpóreo) é
geralmente suficiente (isto significa que para uma pessoa pesando
70kg a dose deverá ser de 7mL).

Primovist não é recomendado para crianças abaixo de 18 anos.

Não há necessidade de ajuste de dose para pacientes com mau
funcionamento dos rins.

Não há necessidade de ajuste de dose se você é um paciente com
mau funcionamento do fígado ou se você tem 65 anos de idade ou
mais.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.


O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Primovist?

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu
médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Primovist

Primovist deve ser utilizado com cuidado especial nas
seguintes situações:

  • Se você é alérgico (hipersensível) ao gadoxetato dissódico ou a
    quaisquer outros componentes de Primovist. Recomenda-se a
    observação do paciente após a realização do exame. São necessários
    medicamentos para o tratamento de reações de hipersensibilidade,
    assim como preparo para instituição de medidas de emergência.
    Pacientes que estiverem utilizando betabloqueadores e apresentarem
    tais reações podem ser resistentes aos efeitos do tratamento com
    betaagonista;
  • Se você já teve reação a meios de contraste anteriormente;
  • Se você teve alergia (por exemplo: febre do feno, urticária) ou
    asma;
  • Se você tem doença grave do coração ou vasos sanguíneos;
  • Se você tem a função do rim muito pobre;
  • Se você teve recentemente ou espera ter em breve transplante do
    fígado. Antes de receber Primovist fale ao seu médico se alguma
    dessas situações se aplica a você. Ele decidirá se a realização do
    exame é possível ou não.

Reações do tipo alérgicas podem ocorrer após o uso de Primovist.
Reações graves são possíveis. A maioria destas reações ocorre com
30 minutos após a administração. Portanto, você será observado por
pelo menos 30 minutos após a injeção.

Reações tardias (horas ou até dias mais tarde) podem
ocorrer.

Disfunção nos rins

Antes de receber Primovist, seu médico irá verificar o
funcionamento de seus rins. Seu médico pode decidir pela realização
de exame de sangue para verificar o funcionamento de seus rins
antes de decidir pelo uso de Primovist.

Se você tem a função do rim ruim, o médico garantirá que
Primovist foi completamente eliminado de seu corpo antes de você
receber a segunda injeção de Primovist.

Primovist pode ser removido de seu corpo por diálise. Se você já
é submetido a diálise regular, seu médico recomendará quando a
próxima diálise deve ser programada.

Em pacientes com disfunção renal grave, os benefícios devem ser
pesados cuidadosamente em relação aos riscos, uma vez que a
eliminação dos meios de contraste é atrasada em alguns casos.
Deve-se garantir um período de tempo suficiente para a eliminação
de meios de contraste antes de readministração em pacientes com
disfunção renal.

Foram relatados casos de reações graves, principalmente
envolvendo espessamento da pele e tecidos conectivos (fibrose
sistêmica nefrogênica (FSN)). A FSN pode resultar em imobilidade
grave da articulação, fraqueza muscular, ou pode afetar o
funcionamento normal de órgãos internos que pode se potencialmente
fatal.

A FSN tem sido associada ao uso de alguns meios de contraste
contendo gadolínio, em pacientes com distúrbio renal grave.

Esta também tem sido associada com o uso de alguns meios de
contraste contendo gadolínio em pacientes com insuficiência renal
aguda devido a síndrome hepatorrenal (falência dos rins em
pacientes com doença crônica avançada de fígado) ou em pacientes
com insuficiência renal aguda, que recentemente tiveram ou tem
expectativa de ter transplante de fígado.

Se alguma dessas condições se aplica a você, seu médico irá
administrar Primovist após cuidadosas considerações.

Reações Adversas do Primovist

Como todo medicamento, Primovist pode causar reações adversas,
embora nem todos as apresentem.

A maioria das reações adversas foi leve a moderada.

As reações adversas mais frequentemente observadas em pacientes
recebendo Primovist são náusea (enjoo), dor de cabeça, sensação de
calor, pressão sanguínea alta e tontura.

A reação adversa mais grave em pacientes recebendo Primovist foi
choque anafilático (uma reação alérgica grave).

Em raros casos podem ocorrer reações tipo alérgicas,
incluindo reações graves (choque) que necessitam de intervenção
médica imediata. Se você notar:

  • Inchaço moderado da face, lábios, língua ou garganta;
  • Tosse ou espirros;
  • Dificuldade para respirar;
  • Coceira;
  • Coriza;
  • Urticária (erupção cutânea tipo urtiga).

Informe imediatamente ao departamento de IRM. Estas podem ser os
primeiros sinais de reação grave que estão ocorrendo. Seu exame
deve ser interrompido imediatamente e você precisará de tratamento
adicional.

Reações tardias do tipo alérgicas, horas ou dias após a
administração de Primovist podem ocorrer em casos raros. Se isto
ocorrer com você diga a seu médico ou radiologista.

As reações adversas relatadas estão listadas abaixo, conforme a
freqüência.

Frequente: afeta 1 a 10 paciente em 100

  • Dor de cabeça;
  • Náusea (enjoo).

Pouco frequente: afeta 1 a 10 pacientes em
1.000

  • Tontura, vertigem, distúrbio do paladar (disgeusia),
    formigamento (parestesia), parosmia (distúrbios do olfato);
  • Pressão sanguínea alta, vermelhidão;
  • Dispneia, angústia respiratória (dificuldade em respirar);
  • Vômitos, boca seca;
  • Erupção da pele (rash), coceira grave na pele ou olhos
    (prurido);
  • Dor nas costas, dor no peito, diversos tipos de reações no
    local da injeção (incluindo extravasamento (vazamento involuntário
    de meio de contraste e sangramento), queimação, sensação de frio,
    irritação e dor, sensação de calor, calafrio, fadiga (cansaço),
    sensação anormal.

Raro: afeta 1 a 10 pacientes 10.000

  • Tremor, agitação (acatisia);
  • Bloqueio cardíaco (bloqueio de ramo), batimentos ou pulsação de
    coração rápidos e irregulares (palpitação);
  • Desconforto oral (desconforto na boca), hipersecreção de saliva
    (aumento da produção de saliva);
  • Erupções de pele parecidas com sarampo (rash maculopapular),
    hiperidrose (suor excessivo);
  • Desconforto, mal-estar (sensação de mal-estar
    generalizada).

Frequência desconhecida: (a frequência não pode ser
estimada dos dados avaliados)

  • Hipersensibilidade /reação anaflactoide (tipo alérgica), por
    exemplo: choque, hipotensão (baixa pressão
    arterial), edema faringolaringeal (inchaço na língua ou
    garganta), urticária (erupção da pele, erupção cutânea tipo
    urtiga), edema facial (inchaço da face), rinite
    (coriza), conjuntivite, dor abdominal (dor de
    estômago), hipoestesia (redução da sensação ou sensibilidade
    na pele), espirro, tosse, palidez (pele
    pálida);
  • Inquietação;
  • Taquicardia (aumento da frequência cardíacos).

Foram relatados casos fatais ou com risco para a vida para as
seguintes reações adversas: choque ou dispneia (dificuldade em
respirar).

Valores laboratoriais elevados de ferro e bilirrubina podem
ocorrer em um curto período após a administração de Primovist.
Portanto, informe ao profissional de saúde que você se submeteu a
um exame com Primovist se tiver que realizar exame de sangue.

Se alguma dessas reações adversas se tornar séria, ou se você
notar qualquer reação adversa não listada nesta bula, por favor
avise seu médico ou radiologista.

Foram relatadas fibrose sistêmica nefrogênica (uma doença que
envolve principalmente espessamento da pele e tecidos conectivos)
associada ao uso de alguns meios de contraste contendo
gadolínio.

Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as
pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo
que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos
adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu
médico ou cirurgião-dentista.

População Especial do Primovist

Crianças e adolescentes

O uso de Primovist em pacientes menores de 18 anos não é
recomendado, pois não há experiência clínica disponível com este
grupo etário.

Idosos (65 anos de idade ou mais)

Não há necessidade de ajuste de dose. Em estudos clínicos, não
foram observadas diferenças gerais de segurança ou eficácia entre
idosos (65 anos de idade ou mais) e pacientes jovens, e outras
experiências clínicas relatadas não identificaram diferenças entre
idosos e pacientes jovens.

Pacientes com disfunção hepática

Não há necessidade de ajuste de dose. Em estudos clínicos, não
foram observadas diferenças gerais de segurança ou eficácia entre
pacientes com e sem disfunção hepática, e outras experiências
clínicas relatadas não identificaram diferenças em pacientes com
disfunção hepática e pacientes saudáveis.

Pacientes com disfunção renal

Em estudos clínicos, não foram observadas diferenças gerais de
segurança e eficácia entre pacientes com disfunção renal e
pacientes com disfunção renal normal. A eliminação do gadoxetato
dissódico é prolongada em pacientes com disfunção renal. Para
garantir imagens diagnosticamente úteis, não é recomendado ajuste
de dose. Primovist pode ser eliminado do organismo por meio de
hemodiálise. Se você estiver fazendo hemodiálise quando utilizar
Primovist, seu médico poderá considerar o início rápido de uma
hemodiálise após a administração do meio de contraste.

Intolerância local

A administração intramuscular deve ser estritamente evitada
devido a possibilidade de reações de intolerância local.

Gravidez

Avise seu médico se você acha que está ou pode ficar grávida,
uma vez que Primovist deve ser utilizado durante a gravidez somente
se absolutamente necessário.

Não há dados disponíveis de estudos clínicos sobre a exposição
ao gadoxetato dissódico durante a gravidez. Estudos em animais com
doses clinicamente relevantes não mostraram toxicidade reprodutiva
após administrações repetidas. O risco potencial para humanos é
desconhecido.

Primovist somente deve ser usado durante a gravidez se a
condição clínica da mulher solicitar o uso de gadoxetato
dissódico.

Amamentação

Não há necessidade de interronper a amamentação se você precisar
fazer exames envolvendo Primovist. Nenhum efeito ao bebê é esperado
quando Primovist é usado nas doses recomendadas.

Não se sabe se o gadoxetato dissódico é excretado no leite
materno humano. Há evidências de dados de estudos pré-clínicos que
gadoxetato dissódico é excretado no leite materno em quantidades
muito pequenas (menos de 0,5% da dose administrada por via
intravenosa) e a absorção via trato gastrintestinal é ruim (cerca
de 0,4% da dose administrada oralmente foram excretados pela
urina).

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Efeitos na habilidade de dirigir ou operar
máquinas

Não são conhecidos efeitos na habilidade de dirigir ou operar
máquinas.

Composição do Primovist

Cada mL contém:

Gadoxetato dissódico (equivalente a 181,43mg de gadoxetato
dissódico) como princípio ativo: 0,25mmol.

Excipientes:

caloxetato trissódico, trometamol, ácido clorídrico, hidróxido
de sódio e água para injetáveis.

Superdosagem do Primovist

Nenhuma superdose tem sido relatada. Se ocorrer a superdose, o
médico irá tratar quaisquer sintomas resultante e verificará se
seus rins estão funcionando normalmente.

Se você tem perguntas adicionais sobre Primovist, pergunte para
seu médico ou radiologista.

Pacientes com disfunção renal e/ou hepática

Em casos de superdose inadvertida em pacientes com disfunções
renal e/ou hepática graves, Primovist pode ser removido por
hemodiálise.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Primovist

Interação com inibidores OATP

Estudos em animais demonstraram que compostos que pertencem à
classe dos medicamentos aniônicos, por exemplo, rifampicina,
bloqueiam a captação de Gadoxetato Dissódico (substância ativa)
pelo fígado, e deste modo, reduzem o efeito do contraste no fígado.
Neste caso o benefício esperado com o uso de Gadoxetato Dissódico
(substância ativa) pode ser limitado. Não são conhecidas interações
adicionais com medicamentos de estudos com animais.

Um estudo de interação em voluntários sadios demonstrou que a
coadministração de inibidor OATP eritromicina não influencia a
eficácia e a farmacocinética de Gadoxetato Dissódico (substância
ativa). Não foram conduzidos estudos adicionais de interação
clínica com outros medicamentos.

Interferência de níveis elevados de bilirrubina ou de
ferritina em pacientes

Níveis elevados de bilirrubina (gt;3mg/dL) ou de ferritina podem
reduzir o efeito de contraste de Gadoxetato Dissódico (substância
ativa) no fígado. Se Gadoxetato Dissódico (substância ativa) for
usado nestes pacientes, completar a ressonância magnética por
imagem em não mais que 60 minutos após administração de Gadoxetato
Dissódico (substância ativa).

Interferência em testes diagnósticos

A determinação de ferro sérico por métodos de complexometria
(por exemplo, método de complexação de ferrocina) pode apresentar
falsos valores altos ou baixos em até 24 horas após o exame com
Gadoxetato Dissódico (substância ativa), devido à presença de
agente complexante livre caloxetato trissódico contido na solução
do meio de contraste.

Ação da Substância Primovist

Resultados de Eficácia

Um total de 797 pacientes com lesão focal do fígado, conhecida
ou sob suspeita, foram incluídos em quatro (04) estudos clínicos
controlados fase III, dos quais 621 pacientes receberam 0,025
mmol/kg de Gadoxetato Dissódico (substância ativa) injetável e
foram avaliados em relação a eficácia. Dos 621 pacientes, 334 (54%)
eram homens e 287 (46%) eram mulheres; a idade média foi de 57 anos
(entre 19 e 84 anos). Em relação a etnia eram 556 (90%)
caucasianos, 22 (4%) negros, 21 (3%) hispânicos, 15 (2%) asiáticos,
e 7 (1%) de outros grupos étnicos.

Os estudos foram desenhados prospectivamente para
determinar

A sensibilidade da IRM realçada com Gadoxetato Dissódico
(substância ativa) (imagens combinadas pré e pós-contraste) na
detecção da lesão do fígado comparado à IRM pré-contraste (dois
estudos controlados). O padrão de referência foi a combinação da
patologia de espécimes ou amostras do fígado operado e
ultrassonografia intraoperatória para obter informação do fígado
como um todo. O procedimento de rastreamento foi estabelecido para
comparar lesões detectadas no padrão de referência (PR) e no
procedimento de imagiologia.

A proporção de lesão do fígado caracterizada corretamente (tipo
correto de lesão do fígado) na IRM realçada com o contraste
Gadoxetato Dissódico (substância ativa) (imagens combinadas pré e
pós-contraste) comparada com a IRM pré-contraste (dois estudos
clínicos). O PR incluiu vários procedimentos definidos
prospectivamente, por exemplo, histopatologia de lesão maligna,
certos procedimentos de imagiologia de certas lesões benignas.

Após a inclusão, os pacientes foram submetidos a ambos
procedimentos pré-definidos para o PR e para a IRM do fígado, o
qual incluiu IRM não contrastada seguido por IRM com 0,025 mmol/kg
realçada com contraste Gadoxetato Dissódico (substância ativa) com
imagiologia da fase dinâmica e dos hepatócitos (20 min. após a
injeção). Em cada estudo clínico, imagens de IRM do fígado não
contrastada e contrastada com Gadoxetato Dissódico (substância
ativa) foram avaliadas pelos investigadores e, independentemente,
por três radiologistas não envolvidos previamente em nenhum dos
estudos de maneira cega, sistemática, randomizada, pareada e não
pareada. Para os estudos de detecção, outro radiologista
independente realizou o procedimento de rastreamento de lesão.
Apenas lesões detectadas no local idêntico ao segmento do fígado no
padrão de referência e na IRM foram consideradas corretamente
detectadas e constituíram a base para a análise de
sensibilidade.

Em todos os quatro estudos, Gadoxetato Dissódico (substância
ativa) (imagens combinadas pré e pós-contraste) levou a uma melhora
significativa na eficácia diagnóstica quando comparado à IRM não
contrastada. A Tabela 1 mostra uma melhora significativa na
detecção da lesão para todos os leitores em ambos os estudos quando
da avaliação das imagens de IRM combinada pré e pós-contraste
versus imagens de IRM não contrastada. Em relação aos estudos de
caracterização (Tabela 2), a análise combinada do exame de IRM pré
e pós-contraste levou a uma melhora significativa na proporção de
lesões caracterizadas corretamente para dois dos três leitores
cegos em cada estudo. Todas as diferenças para o leitor médio
(média dos três leitores cegos) foram significativas. Tipos de
lesões caracterizadas incluíram metástases, hemangiomas,
hiperplasia nodular focal (HNF), cistos no fígado e carcinoma
hepatocelular (CHC).

Tabela 1 – Sensibilidade na detecção de lesão no fígado
para os Estudos 96129 e 97160

Nota:

Os três leitores cegos para cada estudo são únicos para o
estudo.
a Discrepâncias entre diferença absoluta e valores
apresentados são devido ao arredondamento.
* Melhora estatisticamente significativa na detecção da lesão para
imagens combinadas (p lt; 0,05).

Tabela 2 – Proporção das lesões caracterizadas
corretamente com relação ao PR para estudos 012387 e
014763

Nota:

Os três leitores cegos para cada estudo são únicos para o
estudo.
a Discrepâncias entre diferença absoluta e valores
apresentados são devido ao arredondamento.
b n = número total de pacientes. Número total de lesões
= 259.
c n = número total de pacientes. Número total de lesões
= 269.
* Melhora estatisticamente significativa na detecção da lesão para
imagens combinadas (p lt; 0,05).

Características Farmacológicas

Farmacodinâmica

Mecanismo de ação

Gadoxetato Dissódico (substância ativa) é um meio de contraste
paramagnético para ser usado em Imagem por Ressonância Magnética
(IRM). O efeito de realce do contraste é mediado pelo gadoxetato,
um complexo iônico formado por gadolínio (III) e o ligante ácido
etoxibenzil-dietilenotriamina-pentacético (EOB-DTPA). Quando
sequências de escaneamento ponderadas em T1 são usadas em imagem de
ressonância magnética de próton, a redução do tempo de relaxamento
da grade de spin de núcleos atômicos excitados induzida pelo íon
gadolínio origina um aumento da intensidade de sinal e,
consequentemente, um aumento do contraste de imagem de certos
tecidos.

Efeitos farmacodinâmicos

O gadoxetato dissódico leva a um encurtamento dos tempos de
relaxamento distintos mesmo em baixa concentração. Em pH 7, uma
força do campo magnético de 0,47 T e 40°C de relaxatividade (r1) –
determinada a partir da influência no tempo de relaxamento da grade
de spin (T1) do próton do plasma – é cerca de 8,18 L/(mmol*seg) e a
relaxatividade (r2) – determinada a partir da influência do tempo
de relaxamento spin-spin (T2) – é cerca de 8,56 L/(mmol*seg). A 1,5
T a 37°C as respectivas relaxatividades no plasma são r1 = 6,9
L/(mmol*seg) e r2 = 8,7 L/(mmol*seg). A relaxatividade gera uma
leve dependência inversa na força do campo magnético.

O etoxibenzil-dietilenotriaminapentacetato forma um complexo
estável com o íon gadolínio paramagnético com estabilidade in-vivo
e in-vitro extremamente elevada (constante de estabilidade
termodinâmica: log KGdl = 23,46). O gadoxetato dissódico é um
composto altamente hidrossolúvel, hidrofílico com coeficiente de
partição entre n-butanol e tampão a pH 7,6 de cerca de 0,011.

Devido a sua metade lipofílica etoxibenzil o gadoxetato
dissódico exibe um modo de ação bifásico: primeiro, a distribuição
no espaço extracelular após injeção em bolo e posteriormente
recaptação seletiva pelos hepatócitos. A relaxatividade r1 no
tecido hepático é 16,6 L/(mmol*seg) (a 0,47 T) resultando em
aumento da intensidade do sinal do tecido hepático. Posteriormente
o gadoxetato dissódico é excretado na bile. A substância não exibe
qualquer interação inibitória significante com enzimas em
concentrações clinicamente relevantes.

Farmacocinética

Informações gerais

O gadoxetato dissódico se comporta no organismo como outros
compostos biologicamente inertes altamente hidrofílicos, excretados
por via renal e hepatobiliar.

Absorção e Distribuição

Após administração intravenosa, o perfil de concentração
plasmática do gadoxetato dissódico em função do tempo é
caracterizado por um declínio biexponencial. O volume de
distribuição total do gadoxetato dissódico em estado de equilíbrio
é cerca de 0,21 L/kg (espaço extracelular). A ligação às proteínas
plasmáticas é menos que 10%.

O composto não atravessa a barreira hematoencefálica intacta e
se difunde pela barreira placentária somente em uma pequena
extensão, como demonstrado em ratos.

Em ratas lactantes, menos de 0,5% da dose administrada por via
intravenosa (0,1 mmol/kg) do gadoxetato marcado radioativamente foi
excretado no leite materno. A absorção após administração oral foi
muito pequena em ratos sendo 0,4%.

Metabolismo

O gadoxetato dissódico não é metabolizado.

Eliminação

O gadoxetato dissódico é completamente eliminado pelas vias
renal e hepatobiliar, em igual quantidade.

Sete dias após a injeção intravenosa do gadoxetato, menos que 1%
da dose administrada foi encontrada no corpo de ratos e macacos.
Desta quantidade, a mais alta concentração foi encontrada nos rins
e fígado.

A meia-vida de eliminação terminal média do gadoxetato dissódico
(dose 0,01 a 0,1 mmol/kg) observada em voluntários sadios foi cerca
de 1 hora.

O clearance sérico total (CL) foi de 250 mL/min. O
clearance renal (CLR) corresponde a cerca de 120 mL/min,
um valor semelhante a taxa de filtração glomerular em sujeitos
sadios.

Linearidade / não-linearidade

O gadoxetato dissódico mostrou farmacocinética linear, isto é,
parâmetros farmacocinéticos alteram a dose proporcionalmente (por
exemplo, Cmáx, AUC) ou são dose independentes (por
exemplo, Vss, t1/2) até a dose de 100 µmol/kg de peso corpóreo (0,4
mL/kg).

Características em populações especiais

Um estudo fase III com 25 µmol de Gadoxetato Dissódico
(substância ativa) por kg de peso corpóreo comparou pacientes com
vários níveis de disfunção hepática, disfunção renal, disfunção
hepática e renal coexistindo e pacientes sadios de diferentes
faixas etárias, incluindo idosos.

Sexo

Clearance total foi cerca de 20% menor no sexo feminino
(185 mL/min) que em pacientes do sexo masculino (236 mL/min).

Idosos (65 anos de idade ou mais)

De acordo com as mudanças fisiológicas na função renal com a
idade, o clearance plasmático do gadoxetato dissódico foi
reduzido de 210 mL/min em pacientes não-idosos para 163 mL/min em
pacientes idosos com 65 anos de idade ou mais. A meia-vida terminal
e exposição sistêmica foram maiores em idosos (2,3h e 197 µmol*h/L,
respectivamente) comparado com o grupo controle (1,8h e 160
µmol*h/L, respectivamente). A excreção renal foi completa após 24h
em todos os pacientes sem diferença entre pacientes sadios idosos e
não-idosos.

Disfunção renal e/ou hepática

Em pacientes com disfunção renal moderada, foram observados
aumento na AUC para 237 µmol*h/L e na meia-vida terminal para 2,2h.
Em pacientes com disfunção renal em estágio terminal, a AUC foi
aumentada para cerca de 903 µmol*h/L e a meia-vida terminal
prolongada para cerca de 20h nos pacientes. Cerca de 55% da dose
administrada foi recuperada nas fezes no período de observação de 6
dias, a maioria dentro de 3 dias.

Em pacientes com disfunção hepática leve ou moderada, foram
observados aumento leve a moderado na AUC plasmática, meia-vida e
excreção urinária, bem como redução na excreção hepatobiliar quando
comparados a voluntários sadios.

Em pacientes com disfunção hepática grave, especialmente em
pacientes com níveis de bilirrubina sérica anormalmente aumentados
(gt; 3 mg/dL), a AUC foi aumentada para 259 µmol*h/L comparado com
160 µmol*h/L no grupo controle. A meia-vida de eliminação foi
aumentada para 2,6 h comparada a 1,8 h no grupo controle. A
excreção hepatobiliar diminuiu substancialmente para 5,7% da dose
administrada nestes pacientes.

O gadoxetato dissódico pode ser removido do corpo por
hemodiálise. Cerca de 30% da dose administrada foi recuperada no
dialisado em diálise de 3 horas, iniciando 1 hora após a injeção.
Em estudos com pacientes com disfunção renal em estágio terminal,
gadoxetato dissódico foi quase que completamente eliminado via
diálise e excreção biliar dentro de 6 dias. A concentração
plasmática do gadoxetato dissódico foi mensurável até 72 horas após
a dose nestes pacientes.

Dados de segurança pré-clínicos

Dados pré-clínicos mostram que não há risco especial para
humanos baseado nos estudos convencionais de toxicidade sistêmica,
genotoxicidade e potencial contato-sensibilizante.

Toxicidade reprodutiva

Em estudos no desenvolvimento embriofetal dose intravenosa
repetida de Gadoxetato Dissódico (substância ativa) causou
embriotoxicidade (aumento da perda pós-implantação) em coelhos em
25,9 vezes (baseado na área de superfície corpórea) ou 80 vezes
(baseado no peso corpóreo) a dose única humana.

Tolerância local e potencial
contato-sensibilizante

Estudos de tolerância local experimental com Gadoxetato
Dissódico (substância ativa) indicaram boa tolerabilidade local
após administração intravascular (intravenosa e intraarterial) e
paravenosa.

No entanto, administração intramuscular causou reações de
intolerância local, incluindo hemorragia intersticial, edema, e
necrose focal da fibrose muscular e deve, portanto ser estritamente
evitada em humanos.

Cuidados de Armazenamento do Primovist

Conservar em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C).

Prazo de validade a partir da data de fabricação: 36 meses.

Número de lote e datas de fabricação e de validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Apresentação

Primovist é fornecido como uma solução, límpida, de incolor a
amarelo-pálido.

Este medicamento deve ser inspecionado visualmente antes do
uso.

Não utilizar Primovist se você notar descoloração acentuada,
ocorrência de material particulado ou defeito na embalagem.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Primovist

Venda sob prescrição médica.

MS-1.7056.0086
Farm. Resp.: Dra. Dirce Eiko Mimura
CRF-SP nº 16532

Fabricado por:

Bayer Pharma AG
Berlim – Alemanha

Importado por:

Bayer S.A. Rua Domingos Jorge, 1100
04779-900 – Socorro – São Paulo – SP
C.N.P.J. nº 18.459.628/0001-15

Primovist, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.