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Posidon

  • Carcinoma de pequenas células de pulmão.
  • Leucemia aguda monocítica e mielomonocítica.
  • Doença de Hodgkin.
  • Linfoma não Hodgkin.
  • Tumores testiculares (em esquemas quimioterápicos combinados de
    primeira linha, com procedimentos cirúrgicos e/ou radioterápicos
    adequados) e tumores testiculares refratários (em combinação com
    outros agentes quimioterápicos adequados, em pacientes com tumores
    testiculares refratários que já tenham sofrido cirurgia adequada,
    tratamento quimioterápico e radioterápico).

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Eunades® CS.

Contraindicação do Posidon

Etoposídeo (substância ativa) não deve ser administrado a
pacientes com insuficiência hepática grave ou com
hipersensibilidade ao Etoposídeo (substância ativa) ou a qualquer
um dos componentes do produto. Está também contraindicado a
pacientes com mielossupressão grave e infecções agudas. Está
contraindicado na gravidez e lactação.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Eunades® CS.

Como usar o Posidon

Monoterapia

A dose usual de Etoposídeo (substância ativa) deve se basear na
resposta clínica e hematológica e na tolerância do paciente. A dose
deverá ser modificada em função dos efeitos mielodepressores de
outros fármacos associados ou dos efeitos de terapia prévia com
radiação ou da quimioterapia que possam ter comprometido a reserva
medular. Não se deve repetir a dose de Etoposídeo (substância
ativa) até que a função hematológica retorne a limites
aceitáveis.

Etoposídeo (substância ativa) deve ser administrado com cautela
em pacientes com insuficiência hepática leve a moderada. Pode ser
necessário ajuste posológico em pacientes com disfunção renal, uma
vez que parte do Etoposídeo (substância ativa) (cerca de 30%) é
excretada inalterada pela urina.

População adulta

A posologia usual desse produto é de 50-60 mg/m2 /dia
por via intravenosa durante 5 dias consecutivos. A dose total não
deve, normalmente, exceder 400 mg/m2 por período de
tratamento. A infusão deve ser administrada por um período de 30 a
60 minutos. Etoposídeo (substância ativa) deve ser diluído antes de
sua administração. As concentrações resultantes não devem exceder
0,4 mg/mL, porque pode ocorrer precipitação. Geralmente, o
Etoposídeo (substância ativa) é adicionado a 250 mL de soro
fisiológico (cloreto de sódio a 0,9%) ou glicose a 5%. Contato com
soluções aquosas tamponadas com pH acima de 8 deve ser evitado.

População idosa

Não é necessário ajuste da dose. Deve-se ter cautela na
disfunção renal ou hepática.

População pediátrica

A segurança e a eficácia em crianças não foram
estabelecidas.

Administração

Foi relatado que os dispositivos plásticos de acrílico ou ABS
(um polímero de acrilonitrila, butadieno e estireno) podem se
romper ou vazar quando usados com o produto não diluído.

O Etoposídeo (substância ativa) deve ser administrado lentamente
por via intravenosa (normalmente durante um período de 30 a 60
minutos), uma vez que se verificou hipotensão após administração
intravenosa rápida. Períodos de infusão mais longos podem ser
necessários, de acordo com a tolerância do paciente.

Etoposídeo (substância ativa) não deve ser administrado por via
intrapleural ou intraperitoneal, nem por infusão intravenosa
rápida.

Incompatibilidades e estabilidade

Etoposídeo (substância ativa) não deve ser fisicamente misturado
com quaisquer outros fármacos. Sempre que a solução e recipiente
permitirem, os fármacos destinados à administração parenteral devem
ser inspecionados quanto à possível existência de partículas e
descoloração, antes de serem usados.

Deve-se evitar o contato com soluções tampão aquosas com pH
superior a 8. As soluções diluídas a 0,4 mg/mL em glicose a 5% ou
cloreto de sódio a 0,9% são estáveis durante 24 horas, desde que
conservadas a temperaturas entre 2 e 8°C.

Os frascos-ampola fechados de Etoposídeo (substância ativa)
devem ser conservados em temperaturas inferiores a 25°C, protegidos
da luz.

A apresentação desse produto com 5 mL (100 mg de Etoposídeo
(substância ativa)) é para uso único. Demonstrou-se estabilidade
microbiológica de pelo menos 16 horas após a primeira perfuração da
tampa de borracha quando o produto é armazenado em temperatura
inferior a 25o C. Deve-se descartar o restante da solução não
utilizada.

Precauções especiais de utilização e
manipulação

As recomendações que se seguem devem-se à natureza tóxica do
produto.

Tal como acontece com todos os agentes antineoplásicos, a
preparação das soluções de Etoposídeo (substância ativa) deve ser
efetuada por pessoal treinado, numa área reservada para isso
(preferencialmente, uma câmara de fluxo laminar para citotóxicos).
A superfície de trabalho deve ser protegida por material
descartável, constituído de papel absorvente com fundo
plástico.

Durante a manipulação do Etoposídeo (substância ativa)
devem ser utilizadas

Bata protetora, máscara, luvas e proteção adequada dos olhos. No
caso de contato acidental da solução com a pele ou olhos, a área
atingida deve ser imediatamente lavada com água e sabão,
procurando-se cuidados médicos em seguida.

Não é recomendável a manipulação de agentes citotóxicos, como o
Etoposídeo (substância ativa), por mulheres grávidas.

Recomenda-se a utilização de seringas ‘Luer-Lock’ ajustáveis e
de largo diâmetro interno para minimizar a pressão e eventual
formação de ‘aerossol’. A formação de ‘aerossol’ pode ser diminuída
pela utilização, durante a preparação, de agulha com vácuo.

Precauções especiais para eliminação dos materiais
utilizados na preparação do produto

Os materiais utilizados na preparação das soluções de Etoposídeo
(substância ativa), ou materiais usados para proteção corporal,
devem ser colocados num saco de polietileno duplamente selado e
incinerados a 1.100°C.

Procedimentos em caso de Extravasamento

Em caso de extravasamento, o acesso à área afetada deve ser
restringido. Usar dois pares de luvas (borracha látex), uma máscara
respiratória, uma bata protetora e óculos de segurança. Limitar a
extensão do extravasamento utilizando uma toalha absorvente ou
grânulos adsorventes. Pode-se também utilizar hidróxido de sódio a
5%. Reunir o material absorvente/adsorvente e outros resultantes do
extravasamento e colocá-los num recipiente de plástico estanque,
rotulando-o de acordo com o conteúdo. Os resíduos citotóxicos devem
ser considerados perigosos ou tóxicos, sendo claramente rotulados
‘Resíduo citotóxico para incineração a 1.100°C’. Estes
resíduos devem ser incinerados a essa temperatura durante, por pelo
menos, 1 segundo. Lavar o restante da área de extravasamento com
quantidade abundante de água.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Eunades® CS.

Precauções do Posidon

O Etoposídeo (substância ativa) deve ser administrado por
pessoal experiente no uso de quimioterapia antineoplásica.

Efeitos hematológicos

Agentes citotóxicos, como o Etoposídeo (substância ativa), podem
produzir mielossupressão (incluindo, mas não limitado a,
leucopenia, granulocitopenia, pancitopenia e trombocitopenia). Se
radioterapia e/ou quimioterapia foi administrada previamente ao
início do tratamento com Etoposídeo (substância ativa), um
intervalo adequado deve ser proporcionado para permitir a
recuperação da medula óssea. Se a contagem leucocitária cair abaixo
de 2.000/mm3, o tratamento deve ser suspenso até que os
níveis dos componentes do sangue tenham retornado a valores
aceitáveis (plaquetas acima de 100.000/mm3 e leucócitos
acima de 4.000/mm3), isso acontece, geralmente, dentro
de 10 dias. Hemogramas de sangue periférico devem ser monitorados
periodicamente.

Consequências clínicas da mielossupressão grave incluem
infecções. Infecções virais, bacterianas, fúngicas e/ou
parasitárias, localizada ou sistêmica, pode estar associada com o
uso do Etoposídeo (substância ativa) sozinho ou em combinação com
outros agentes imunossupressores. Estas infecções podem ser leves,
mas podem ser graves e por vezes fatais. As infecções generalizadas
devem ser controladas antes do início do tratamento com Etoposídeo
(substância ativa).

Infarto do miocárdio

Foi observado infarto do miocárdio em pacientes tratados com
Etoposídeo (substância ativa) como parte da quimioterapia com
múltiplos agentes. Pacientes com história prévia de radiação
mediastinal ou receptores de quimioterapias prévias podem estar em
risco.

Efeitos renal e hepático

Foi demonstrado que Etoposídeo (substância ativa) atinge
concentrações elevadas no fígado e nos rins, apresentando, assim,
um potencial de acumulação em casos de insuficiências funcionais.
Podem ocorrer elevações transitórias nas enzimas hepáticas e
bilirrubina. É recomendado monitorar periodicamente as funções
renais e hepáticas do paciente.

Efeito no sistema imune

Reações anafiláticas podem ocorrer, sendo usualmente responsivas
à interrupção da terapia e administração de agentes pressóricos,
corticoides, anti-histamínicos ou expansores de volume, conforme
apropriado.

Leucemia secundária

A ocorrência de leucemia aguda, que pode ocorrer com ou sem uma
fase pré-leucêmica, foi relatada, raramente, em pacientes tratados
com Etoposídeo (substância ativa) em associação a outros
medicamentos antineoplásicos.

Nem o risco cumulativo, nem os fatores predisponentes
relacionados ao desenvolvimento da leucemia secundária são
conhecidos. Os papéis dos dois esquemas de administração e doses
cumulativas de Etoposídeo (substância ativa) foram sugeridos, mas
não foram claramente definidos.

Síndrome da lise tumoral (SLT)

A síndrome de lise tumoral, algumas vezes fatal, tem sido
relatada após o uso de Etoposídeo (substância ativa) em associação
com outras drogas quimioterápicas. Os pacientes com alto risco de
SLT, como pacientes com alta taxa proliferativa, alta carga tumoral
e alta sensibilidade a agentes citotóxicos, devem ser monitorados
rigorosamente e devem ser tomadas precauções apropriadas.

Extravasamento

O Etoposídeo (substância ativa) deve ser administrado apenas por
via intravenosa e não deve ser utilizado por outras vias. Deve-se
tomar cuidado para não causar extravasamento durante a infusão.

Contudo, caso ocorra extravasamento:

  • Interrompa a infusão ao primeiro sinal de queimadura;
  • Injete corticosteroide (hidrocortisona) na região subcutânea ao
    redor da lesão;
  • Aplique pomada de hidrocortisona a 1% na área afetada até o
    eritema desaparecer;
  • Aplique curativo seco na área afetada por 24 horas.

Efeitos imunossupressores/aumento da suscetibilidade às
infecções

A administração de vacinas com antígenos vivos ou atenuados em
pacientes imunocomprometidos por agentes quimioterápicos, incluindo
o Etoposídeo (substância ativa), pode resultar em infecções graves
ou fatais. A vacinação com antígenos vivos deve ser evitada em
pacientes recebendo Etoposídeo (substância ativa). Vacinas com
antígenos mortos ou inativos podem ser administradas, no entanto, a
resposta à vacina pode estar diminuída.

Outros

O Etoposídeo (substância ativa) também contém etanol como
excipiente, o que pode constituir fator de risco em pacientes
portadores de doença renal, alcoolismo, epilepsia e em mulheres
grávidas e crianças. 

Gravidez

O Etoposídeo (substância ativa) pode causar dano fetal quando
administrado a mulheres grávidas. Em estudos realizados em
camundongos e ratos, o Etoposídeo (substância ativa) demonstrou ser
teratogênico e embriotóxico, não sendo, portanto, recomendável sua
administração a mulheres grávidas. O Etoposídeo (substância ativa)
não deve ser utilizado em mulheres em idade fértil a menos que os
benefícios esperados se sobreponham aos riscos da terapia, ou que
seja utilizado um método anticoncepcional adequado. No caso da
paciente engravidar durante o tratamento com Etoposídeo (substância
ativa), ela deverá ser advertida quanto ao risco potencial para o
feto.

Etoposídeo (substância ativa) é um medicamento
classificado na categoria D de risco de gravidez. Portanto, este
medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem
orientação médica. A paciente deve informar imediatamente seu
médico em caso de suspeita de gravidez.

Fertilidade

O Etoposídeo (substância ativa) pode reduzir a fertilidade
masculina. Considerando seu potencial mutagênico, o fármaco poderia
induzir dano cromossômico em espermatozoides humanos. Portanto,
homens em tratamento com Etoposídeo (substância ativa) devem
empregar medidas contraceptivas.

Lactação

É desconhecido se o Etoposídeo (substância ativa) é excretado no
leite materno, como medida de precaução, a amamentação deve ser
descontinuada durante a terapia com o fármaco.

Efeitos na habilidade de dirigir e operar
máquinas

O efeito do Etoposídeo (substância ativa) na habilidade de
dirigir e de operar máquinas não foi sistematicamente avaliado.

A tampa de borracha de fechamento do frasco contém látex
natural.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Eunades® CS.

Reações Adversas do Posidon

Distúrbios dos sistemas sanguíneo e
linfático

O efeito adverso limitante da dose de Etoposídeo (substância
ativa) é a mielossupressão, predominantemente leucopenia e
trombocitopenia. Anemia ocorre infrequentemente. O nadir (efeito
deteriorante máximo) na contagem leucocitária ocorre
aproximadamente 21 dias após o tratamento.

Distúrbios cardíacos

Infarto do miocárdio foi relatado em pacientes tratados com
Etoposídeo (substância ativa) como parte da quimioterapia com
múltiplos agentes.

Distúrbios oculares

Cegueira cortical transitória tem sido relatada.

Distúrbios gastrintestinais

Náuseas e vômitos são as principais toxicidades gastrintestinais
(GI) e ocorrem em mais de um terço dos pacientes. Antieméticos são
úteis no controle desses efeitos colaterais. Outros efeitos
infrequentes incluem dor abdominal, anorexia, diarreia, esofagite e
estomatite. Disfagia foi relatada.

Distúrbios gerais e condições no local da
administração

Fadiga, pirexia e astenia têm sido relatadas.

Distúrbios do sistema imune

Reações anafilactoides foram relatadas após a administração de
Etoposídeo (substância ativa). As taxas mais altas de reações
anafilactoides foram relatadas em crianças que receberam infusões
em doses mais altas do que aquelas recomendadas. Essas reações
usualmente responderam à cessação da terapia e à administração de
agentes pressóricos, corticoides, anti-histamínicos ou expansores
de volume, conforme apropriado.

Infecções e infestações

Choque séptico, sepse, sepse neutropênica, pneumonia e
infecção.

Lesões, toxicidade e complicações
processuais

Fenômeno de radiação tem sido relatado.

Distúrbios nutricionais e do metabolismo

A síndrome da lise tumoral, algumas vezes fatal, tem sido
relatada após o uso de Etoposídeo (substância ativa) em associação
com outras drogas quimioterápicas.

Distúrbios do sistema nervoso central

Foi reportada neuropatia periférica infrequentemente em
pacientes tratados com Etoposídeo (substância ativa). Sonolência e
sabor residual também foram relatados. Convulsões foram
relatadas.

Distúrbios respiratório, torácico e
mediastinal

Tem sido descrita apneia, com retomada espontânea da respiração
após a interrupção da infusão. Observou-se uma reação aguda fatal
associada ao broncoespasmo.

Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo

Foi observada alopecia em aproximadamente 2/3 dos pacientes e
usualmente reversível à cessação da terapia. Rash,
distúrbio na pigmentação, prurido e urticária foram relatados.

Distúrbios vasculares

Hipotensão pode ocorrer seguida de uma infusão excessivamente
rápida e pode ser revertida pela desaceleração da taxa de infusão.
Foram também relatadas hipertensão e/ou rubor facial. A pressão
sanguínea geralmente retoma os níveis normais poucas horas após o
término da infusão.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de
Notificação de Eventos Adversos a Medicamentos – VIGIMED,

Posidon, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.