Pular para o conteúdo

Plavasc

  • – Redução do risco de acidente vascular cerebral
    (AVC) (derrame cerebral) primário ou recorrente, em pacientes com
    história de pelo menos um dos seguintes eventos:

    AVC isquêmico completo, AVC menor, déficit neurológico isquêmico
    reversível ou ataque isquêmico transitório (inclusive amaurose
    monocular transitória – perda transitória total ou parcial da
    percepção visual de um olho).

  •  Prevenção de acidentes isquêmicos extensos, especialmente
    coronarianos, em pacientes com arteriosclerose obliterante crônica
    (doença na parede das artérias levando à oclusão) dos membros
    inferiores, com sintomas de claudicação intermitente (suprimento
    sanguíneo insuficiente nos membros inferiores para caminhar).
  • – Prevenção e correção dos distúrbios plaquetários
    induzidos por circuitos extracorpóreos:

    cirurgia com circulação extracorpórea (circulação do sangue que
    ocorre fora do corpo do paciente, em um aparelho) e hemodiálise
    crônica.

  • Prevenção de oclusões subagudas após implante de “stent”
    (dispositivo metálico, utilizado com a finalidade de manter a
    artéria aberta) coronariano.

Como Plavasc funciona?

Plavasc é um medicamento que possui em sua fórmula uma
substância chamada ticlopidina. Plavasc é prescrito pelo
médico para evitar a formação de trombos (coágulos), prevenindo
assim a ocorrência de infarto do miocárdio, obstrução em um vaso
sanguíneo no cérebro (acidente vascular cerebral isquêmico) ou
outras doenças decorrentes da obstrução dos vasos sanguíneos por
trombose (formação ou presença de um coágulo sanguíneo dentro de um
vaso sanguíneo).

Contraindicação do Plavasc

Você não deve utilizar Plavasc nos casos de antecedentes de
alergia a ticlopidina ou a qualquer outro componente da fórmula,
problemas relacionados a alterações no sangue (como redução de
glóbulos brancos ou de plaquetas), síndromes com tendência a
hemorragia por deficiência na coagulação, lesões orgânicas
susceptíveis a sangramento como: úlcera do estômago e hemorragia
cerebral, hematopatias (alteração do sangue) com aumento do tempo
de sangramento.

Como usar o Plavasc

Você deve tomar o comprimido, sem mastigar, com líquido, por via
oral.

Uso em adultos

2 comprimidos ao dia, durante as refeições.

Não há estudos dos efeitos de Plavasc administrado por vias
não recomendadas. Portanto, por segurança e para eficácia deste
medicamento, a administração deve ser somente pela via oral,
conforme recomendado pelo médico.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu
médico.

Este medicamento não deve ser partido ou
mastigado.


O que devo fazer quadno eu me esquecer de usar
Plasvac?

Caso esqueça de administrar uma dose, administre-a assim que
possível. No entanto, se estiver próximo do horário da dose
seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo
determinado pela posologia. Nunca devem ser administradas duas
doses ao mesmo tempo.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico.

Precauções do Plavasc

Você deve seguir as orientações de seu médico e fazer exames de
sangue regularmente a cada duas semanas, nos primeiros três meses
de tratamento. Informe ao seu médico sobre as doenças que já teve
ou que tem atualmente. Informe-o também caso venha a ser submetido
a qualquer cirurgia (inclusive dentária).

Foram observados efeitos adversos hematológicos (no sangue) e
hemorrágicos, com consequências usualmente graves e às vezes
fatais.

Tais efeitos graves podem estar associados
a:

  • Monitorização inadequada, diagnóstico tardio e medidas
    terapêuticas inadequadas quanto aos efeitos adversos;
  • Administração concomitante de anticoagulantes ou antiagregantes
    plaquetários tais como ácido acetilsalicílico ou
    anti-inflamatórios. Entretanto, no caso de implantação de “stent”,
    a ticlopidina pode ser associada ao ácido acetilsalicílico (100 a
    325mg diários) durante cerca de 1 mês, conforme orientação do seu
    médico.

Controle hematológico (do sangue)

Durante os primeiros três meses de tratamento com Plavasc o
paciente deve realizar exame de sangue completo (inclusive contagem
de plaquetas) a partir do início do tratamento e a intervalos de
duas semanas durante os três primeiros meses, e no decorrer de 15
dias após a suspensão do Plavasc, caso o tratamento seja
interrompido antes de três meses.

Controle clínico

Todos os pacientes devem ser cuidadosamente acompanhados quanto
a sinais e sintomas de reações adversas, especialmente nos três
primeiros meses de tratamento. Os pacientes devem ser instruídos
sobre sinais e sintomas possivelmente relacionados à quantidade de
neutrófilos abaixo do normal (febre, dor de garganta, ulcerações na
mucosa oral), a trombocitopenia (quantidade de plaquetas abaixo do
normal) ou alteração da hemostasia (sangramento prolongado ou
inusitado, equimoses, púrpura, fezes escuras) e hepatite (incluindo
icterícia, urina escura e fezes claras).

Suspenda o tratamento e procure imediatamente o médico, caso
surja algum destes sintomas.

A decisão de reiniciar o tratamento dependerá do resultado dos
exames clínicos, laboratoriais e da avaliação do médico.

Sensibilidade cruzada entre tienopiridinas

Pacientes devem ser avaliados quanto à história de
hipersensibilidade com outra tienopiridina (como clopidogrel,
prasugrel), já que reatividade cruzada entre tienopiridinas tem
sido reportada.

As tienopiridinas podem causar reações alérgicas leves a
severas, tais como rash (erupções cutâneas), angioedema (inchaço em
região subcutânea ou em mucosas, geralmente de origem alérgica) ou
reações hematológicas como trombocitopenia (diminuição no número de
plaquetas sanguíneas) e neutropenia (diminuição do número de
neutrófilos no sangue). Pacientes que tenham desenvolvido reação
alérgica anteriormente e/ou reação hematológica a uma
tienopiridina, podem ter um risco aumentado de desenvolver a mesma
ou outra reação para uma outra tienopiridina. É aconselhável o
monitoramento de sensibilidade cruzada.

Hemostasia

O uso do Plavasc deve ser feito com prudência em pacientes
com risco aumentado de sangramento. Em princípio, a ticlopidina não
deve ser associada à heparina, anticoagulantes orais e a
antiagregantes plaquetários. No caso excepcional de tratamento
concomitante, o controle clínico e hematológico deverá ser
cuidadoso, incluindo determinações do tempo de sangramento
periodicamente. Em caso de intervenção cirúrgica eletiva, sempre
que possível o tratamento com a ticlopidina deve ser suspenso pelo
menos 10 dias antes da cirurgia. Plavasc deve ser utilizado
com cuidado nos pacientes com insuficiência hepática,
suspendendo-se o tratamento em caso de hepatite ou icterícia.

Reações Adversas do Plavasc

  • – Reação muito comum:

    ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este
    medicamento.

  • –  Reação comum:

    ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este
    medicamento.

  • – Reação incomum:

    ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este
    medicamento.

  • – Reação rara:

    ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este
    medicamento.

  • – Reação muito rara:

    ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este
    medicamento.

 Distúrbios do sangue e sistema
linfático

  • – Comuns:

    neutropenia (quantidade de neutrófilos abaixo do normal)
    incluindo neutropenia severa.

A maioria dos casos de neutropenia severa ou agranulocitose
(falta ou número insuficiente de neutrófilos, basófilos e
eosinófilos) manifetou-se nos primeiros três meses de tratamento
com ticlopidina (necessária monitorização das células sanguíneas).
A medula óssea revelou redução dos precursores mieloides.

  • – Raros:

    púrpura trombocitopênica trombótica (doença caracterizada por
    número de plaquetas abaixo do normal, anemia hemolítica,
    manifestações neurológicas, quantidades excessivas de ureia e
    creatinina, febre e trombose nas arteríolas e capilares terminais),
    aplasia medular (destruição da medula óssea) ou pancitopenia
    (diminuição dos elementos do sangue, como glóbulos vermelhos,
    glóbulos brancos e plaquetas).

  • – Incomuns:

    trombocitopenia (número de plaquetas abaixo do normal) isolada
    ou excepcionalmente acompanhada de anemia hemolítica (anemia devido
    à diminuição do tempo de vida dos glóbulos vermelhos).

Distúrbios do sistema nervoso

Dor de cabeça, tontura e neuropatia periférica (doença que afeta
um ou vários nervos) tem sido reportadas.

Distúrbios vasculares

Complicações hemorrágicas, principalmente, mas não limitado a,
hematoma ou equimose (mancha na pele resultante do extravasamento
de sangue) e epistaxe (sangramento do nariz) podem ocorrer durante
o tratamento. Foram relatados casos de hemorragia pré e
pósoperatória. Hemorragia intracerebral, hematúria (sangue na
urina) e hemorragia da conjuntiva também foram reportadas.

Distúrbios gastrointestinais

Diarreia foi a reação mais comumente relatada seguida em
frequência, pela náusea. A diarreia é usualmente leve e
transitória, ocorrendo principalmente durante os primeiros três
meses de tratamento. Geralmente essas manifestações regridem em 1 a
2 semanas, mesmo na vigência do tratamento. Foram relatados muito
raramente casos de diarreia grave com colite (infecção do intestino
por bactéria), incluindo colite linfocítica. Se o efeito for severo
e persistente, o tratamento deve ser descontinuado.

Úlcera gastroduodenal (lesão localizada no estômago ou duodeno
com destruição da mucosa da parede destes órgãos) também foi
reportada.

Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos

Foram descritos casos de placas elevadas na pele,
particularmente maculopapulares (escamosas) ou urticariformes (que
coçam e/ou ardem), frequentemente acompanhados com prurido
(coceira). Tais manifestações aparecem em geral nos primeiros três
meses de tratamento (tempo médio de início: 11 dias), e podem ser
generalizadas. Com a suspensão do tratamento as reações cutâneas
regridem em poucos dias. Estas manifestações cutâneas podem ser
generalizadas. Têm sido relatados raros casos de eritema multiforme
(manchas vermelhas planas ou elevadas, com bolhas, ou feridas que
podem acontecer em todo o corpo), Síndrome de Stevens Johnson
(forma grave de reação alérgica caracterizada por bolhas em mucosas
e grandes áreas do corpo) e Síndrome de Lyell (Doença exfoliativa
da pele, encontrada principalmente em adultos e caracterizada por
bolhas flácidas, de maneira que a pele tenha a aparência de ter
sido queimada).

Dermatite esfoliativa (alteração da pele acompanhada de
descamação) também foi reportada.

Distúrbios hepatobiliares

O tratamento com ticlopidina foi acompanhado do aumento das
enzimas hepáticas (do fígado). O tratamento com ticlopidina também
foi acompanhado de pequena elevação de bilirrubina (pigmento
amarelo produto da degradação da hemoglobina).

  • – Raros:

    hepatite nos primeiros três meses de tratamento. A evolução foi
    em geral favorável após suspensão do tratamento. No entanto foram
    relatados casos raríssimos de óbito. Casos de hepatite fulminante
    também foram reportados.

 Distúrbios do sistema imune

  • – Muito raros:

    reações imunológicas com diferentes manifestações, tais como:
    reações alérgicas, anafilaxia (reação alérgica grave), artralgia
    (dor nas articulações), pneumopatia alérgica, vasculite (inflamação
    de qualquer um dos vasos sanguíneos), síndrome lúpica, edema de
    Quincke (tipo de urticária), nefropatia (lesão ou doença no rim)
    por hipersensibilidade (alergia) resultando às vezes em falência
    dos rins, eosinofilia (aumento do número de um tipo de leucócito do
    sangue chamado eosinófilo).

  • – Desconhecidos:

    reação cruzada de hipersensibilidade à droga entre
    tienopiridinas (como clopidogrel, prasugrel).

Distúrbios gerais

  • – Muito raro:

    febre isolada.

Alterações laboratoriais

  • – Hematológicas:

    Neutropenia e, mais raramente, pancitopenia, assim como
    trombocitopenia isolada ou excepcionalmente associada à anemia
    hemolítica, foram descritas durante o tratamento com a
    ticlopidina.

  • – Hepáticas (do fígado):

    O uso de ticlopidina pode ser acompanhado de elevação isolada ou
    não da fosfatase alcalina, transaminases (mais que 2 vezes o limite
    de normalidade) e bilirrubina (pequeno aumento).

  • – Investigações:

    Tratamento crônico com ticlopidina pode estar associado a
    aumento de colesterol e triglicerídeos séricos.

Informe ao seu médico ou farmacêutico o aparecimento de
reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a
empresa através do seu serviço de atendimento.

População Especial do Plavasc

Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar
máquinas

As reações adversas da ticlopidina, como tontura, podem
prejudicar a habilidade de dirigir e operar máquinas.

Gravidez e amamentação

A segurança de ticlopidina em mulheres grávidas não foi
estabelecida. Plavasc não deve ser usado por mulheres grávidas
a menos que seja absolutamente necessário.

Estudos em ratas mostram que a ticlopidina é excretada no leite.
A segurança da ticlopidina em lactantes não foi estabelecida. A não
ser em casos de indicação estrita, Plavasc não deverá ser
administrado a lactantes.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica.

Idosos

Os principais estudos clínicos incluíram uma amostragem com
idade média de 64 anos. A farmacocinética (absorção e eliminação)
da ticlopidina é modificada em pacientes idosos, mas as atividades
farmacológicas (modo de ação) e terapêuticas de doses de 500mg/dia
não são afetadas pela idade do paciente.

Crianças

A segurança e eficácia na população pediátrica não foram
estabelecidas.

Uso em pacientes com disfunção hepática (do
fígado)

A ticlopidina deve ser utilizada com cuidado em pacientes com
disfunção hepática. O tratamento deve ser suspenso e testes da
função hepática monitorados se o paciente desenvolver hepatite
(inflamação do fígado) ou icterícia (coloração amarelada da pele e
das membranas mucosas, devido ao fluxo irregular da bile).

Uso em pacientes com disfunção renal (dos
rins)

A experiência em pacientes com disfunção renal é limitada. Pode
ser necessária a redução da dose de ticlopidina em pacientes com
disfunção renal ou ainda, a descontinuação do tratamento, se
problemas hemorrágicos e hematopoiéticos (nos elementos do sangue)
ocorrerem.

Composição do Plavasc

Cada comprimido revestido contém:

Cloridrato de ticlopidina250mg
Excipiente q.s.p1 comprimido

Excipientes:

celulose microcristalina, dióxido de silício, amido,
crospovidona, copovidona, ácido cítrico, povidona, ácido esteárico,
estearato de magnésio, etilcelulose, hipromelose/macrogol, álcool
etílico, dióxido de titânio e água de osmose reversa.

Superdosagem do Plavasc

Se for ingerida uma quantidade acima da indicada de Plavasc,
existe o risco de sangramento. Neste caso, deve-se procurar,
imediatamente, atendimento médico.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Em caso de intoxicação ligue para 0800
722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Plavasc

Associações que aumentam o risco
hemorrágico

Medicamentos associados com risco
hemorrágico

Aumento do risco de sangramento, devido ao efeito potencial
aditivo. A administração concomitante de medicamentos associados ao
risco de sangramento, deve ser feita com cautela.

Anti-inflamatórios não esteroidais

Aumento de risco hemorrágico pelo aumento da atividade
antiagregante plaquetária e do efeito dos AINEs sobre a mucosa
gastroduodenal.

Caso o uso de anti-inflamatórios seja imprescindível ao
paciente, deve-se proceder a cuidadoso controle clínico e
laboratorial.

Antiagregantes plaquetários

Aumento do risco hemorrágico (aumento da atividade antiagregante
plaquetária). Se a associação não puder ser evitada, é necessário
um estrito controle clínico e laboratorial do paciente.

Anticoagulantes orais

Aumento do risco hemorrágico pela combinação da ação
anticoagulante com a atividade antiplaquetária da Ticlopidina
(substância ativa). Caso esses fármacos sejam necessários, deve-se
realizar estrito controle clínico e biológico.

Heparinas

Aumento do risco hemorrágico (combinação da ação anticoagulante
com a atividade antiplaquetária). Caso a associação tenha que ser
prescrita, o paciente deve merecer cuidadoso controle clínico e
biológico (inclusive APTT).

Pentoxifilina

Em razão do aumento do risco de hemorragia, a administração
concomitante de pentoxifilina com Ticlopidina (substância ativa)
deve ser feita com cautela.

Derivados salicilados (inclusive ácido
acetilsalicílico), via sistêmica

Aumento de risco hemorrágico pela soma do efeito antiplaquetário
e da ação lesiva dos derivados salicilados sobre a mucosa
gastroduodenal. É necessário um estrito controle clínico e
laboratorial do paciente. No caso de implante de
stent.

Associações que exigem precauções especiais

Teofilina

Possibilidade de aumento dos níveis plasmáticos de teofilina com
risco de superdose (diminuição do clearance plasmático de
teofilina). Deve-se realizar controle clínico estrito e, se
necessário, determinações do nível plasmático da teofilina. Adaptar
a dose de teofilina durante e após o tratamento com a Ticlopidina
(substância ativa).

Digoxina

Possibilidade de redução (aproximadamente 15%) no nível
plasmático de digoxina, sem, contudo, afetar sua eficácia
terapêutica.

Fenobarbital

Estudos em voluntários sadios não mostraram efeito de
administração crônica do fenobarbital sobre a ação antiplaquetária
da Ticlopidina (substância ativa).

Fenitoína

Estudos in vitro mostram que a Ticlopidina (substância
ativa) não altera a ligação da fenitoína às proteínas plasmáticas.
Entretanto, não foram feitos estudos in vivo.

Existem raros relatos de aumento nos níveis de fenitoína e
toxicidade de fenitoína quando Ticlopidina (substância ativa) é
coprescrita. A administração conjunta deve ser feita com cautela, e
o nível sérico de fenitoína deve ser medido, ao se iniciar ou
descontinuar a Ticlopidina (substância ativa).

S-cetamina

A administração concomitante de Ticlopidina (substância ativa) e
S-cetamina pode aumentar os níveis plasmáticos de S-cetamina,
principalmente com a inibição do metabolismo mediado pela
CYP2B6.

Outros medicamentos

O Cloridrato de Ticlopidina (substância ativa) foi utilizado
concomitantemente com beta-bloqueadores, antagonistas dos canais de
cálcio e diuréticos, sem que fosse observada nenhuma interação
clinicamente significativa.

Estudos in vitro indicam que a Ticlopidina (substância
ativa) se liga às proteínas plasmáticas (98%) de modo reversível,
sem, contudo, interagir com a ligação do propranolol (droga que tem
alta ligação às proteínas plasmáticas) às mesmas.

Em ocasiões muito raras, foi relatada redução dos níveis
sanguíneos da ciclosporina. Portanto, os níveis de ciclosporina
devem ser monitorizados se houver coadministração com Ticlopidina
(substância ativa).

Medicamento – exame laboratorial

Existe a possibilidade da ocorrência de alterações laboratoriais
com o uso de Cloridrato de Ticlopidina (substância ativa). Por
isso, recomenda-se monitoramento médico.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Ticlid®.

Interação Alimentícia do Plavasc

Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de
alimentos na ação de Cloridrato de Ticlopidina (substância
ativa).

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Ticlid®.

Ação da Substância Plavasc

Resultados da Eficácia


A Ticlopidina (substância ativa) é uma droga antiplaquetária com
mecanismo de ação diferente do acido acetilsalicílico (aas) e dos
anti-inflamatórios não-esteroidais. A Ticlopidina (substância
ativa) demonstrou reduzir o risco de AVC trombótico em pacientes
com AVC prévio. A droga está indicada para pacientes submetidos a
implante de stent coronário (junto com o aas).

Devido ao risco associado à neutropenia ou agranulocitose, a
Ticlopidina (substância ativa) deve ser reservada a pacientes que
sejam intolerantes ao aas, se indicado. O uso preliminar da
Ticlopidina (substância ativa) para doenças tromboembólicas
demonstrou utilidade na manutenção da patência do enxerto em
pacientes com “pontes” coronárias, mantendo a patência do acesso
aos sítios nos pacientes em “regime” de hemodiálise, melhorando o
desempenho do exercício nos pacientes com doença cardíaca isquêmica
e prevenindo a trombose venosa profunda pós-operatória.

A Ticlopidina (substância ativa) pode também ser útil na
prevenção da mortalidade cardiovascular, do infarto do miocárdio, e
na prevenção da oclusão de vasos durante as crises de anemia
falciforme (crise de “falcização”). Estudos definitivos são
necessários para avaliar a utilidade clínica da Ticlopidina
(substância ativa) nestas áreas. (Anon, 2002; Panak E et al ,
1983; Johnson M et al , 1977; Knudsen JB, Gormsen J, 1979; David JL
et al, 1979; O´Brien JR, 1978; Thebault JJ et al, 1975).

Uma meta-análise de estudos comparando a terapia antiplaquetária
com placebo ou uma alternativa antiplaquetária, indica que esta
terapia proporciona a profilaxia efetiva contra o infarto
miocárdico, AVC ou morte vascular ou por causas desconhecidas em
pacientes de alto risco (Anon, 2002). Esta meta-análise foi
desenvolvida pelo grupo Antithrombotic Trialists’s
Collaboration
 (localizado na Inglaterra); este foi um
estudo randomizado com estudos disponíveis antes de setembro de
1997, e estava constituído por 287 estudos envolvendo 135.000
pacientes em comparação do agente antiplaquetário com placebo (197
estudos) (Panak E, 1983). 77.000 pacientes em comparação de
diferentes regimes antiplaquetários (90 estudos).

Os pacientes incluídos foram agrupados de acordo com eventos
vasculares ou condições que os colocassem sob alto risco – infarto
miocárdico (IM), IM prévio, AVC agudo, AVC prévio, ou outra
condição de alto risco (como angina estável, fibrilação atrial,
doença arterial periférica).

A mortalidade geral (vascular), IAM não-fatal, ou AVC não-fatal
ocorreu em 7705 dos 71.912 pacientes (10,7%) no grupo da terapia
antiplaquetária comparada com 9502 de 72.139 (13,2%) alocado para o
grupo controle (p menor que 0,0001). O grupo recebendo da terapia
antiplaquetária foi associado a uma redução de risco para morte por
causas vasculares de 15%; com uma redução de risco para IM
não-fatal de 34%, e uma redução de risco para o AVC não fatal de
25%.

No geral, a terapia antiplaquetária resultou em uma redução de
risco proporcional de aproximadamente 25% para qualquer evento
vascular sério entre todas as categorias de pacientes de alto
risco, exceto para aqueles com AVC agudo. Entre os estudos que
reportaram ao menos 1 AVC hemorrágico, houve um aumento do AVC
hemorrágico fatal ou não-fatal para 22% (p menor que 0,01) e
reduziu os AVC fatais e não-fatais de 30% (p menor que 0,0001).O
risco absoluto de AVC foi reduzido significantemente.

Entre os pacientes com AVC agudo a redução absoluta no
risco de um evento vascular sério em 9 de 1000 pacientes
(p=0,0009); por comparação, o risco foi reduzido de 22 para 38
eventos a menos em 1000 pacientes, aqueles com IAM, com IAM prévio,
com história de AVC ou outra condição (p menor que 0,0001 para
todos). AAS foi o antiplaquetário mais comum estudado, e doses
diariamente de 75 a 150 milligramas (mg) foram ao menos tão
efetivos quanto as maiores doses.

Clopidogrel demonstrou reduzir os eventos vasculares para,
adicionalmente 10% comparada com AAS, e Ticlopidina (substância
ativa) conferiu uma redução 12% superior ao aas; adicionando o
dipiridamol ao aas, não teve efeito significativo.

Os autores notaram também que seus achados suportavam a
introdução da terapia antiplaquetária durante um AVC agudo
presumido, com a continuação a longo prazo da terapia
antiplaquetária. (Anon, 2002; Panak E et al , 1983; Johnson M et al
, 1977; Knudsen JB, Gormsen J, 1979; David JL et al, 1979; O´Brien
JR, 1978; Thebault JJ et al, 1975).

Referências Bibliográficas

1 Anon: Collaborative meta-analysis
of randomised trials of antiplatelet therapy for prevention of
death, myocardial infarction, and stroke in high risk patients;
Antithrombotic Trialists’ Collaboration. BMJ 2002; 324:71-86.
2 Panak E, Maffrand JP, Picard-Fraire C, et al: Ticlopidine: a
promise for the prevention and treatment of thrombosis and its
complications. Haemostasis 1983; 13:1-52.
3 Johnson M, Walton PL, Cotton RC, et al: Pharmacological
evaluation of ticlopidine, a novel inhibitor of platelet function.
Thromb Haemost 1977; 38:64.
4 Knudsen JB amp; Gormsen J: The effect of ticlopidine on platelet
function in normal volunteers and in patients with platelet
hyperaggregability in vitro. Thrombo Res 1979; 16:663-671.
5 David JL, Monfort F, Herion F, et al: Compared effects of three
dose-levels of triclopidine on platelet function in normal
subjects. Thromb Res 1979; 14:35-49.
6 O’Brien JR, Etherington MD, amp; Shuttleworth RD: Ticlopidine. An
antiplatelet drug: effects in human volunteers. Thromb Res 1978;
13:245-254.
7 Thebault JJ, Blatrix CE, Blanchard JF, et al: Effects of
ticlopidine, a new platelet aggregation inhibitor in man. Clin
Pharmacol Ther 1975; 18:485-490.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Ticlid®.

Características Farmacológicas


Propriedades farmacodinâmicas

O Cloridrato de Ticlopidina (substância ativa) é um
antiagregante plaquetário que produz a inibição da agregação das
plaquetas e da liberação de fatores plaquetários; essa inibição é
dependente da dose e do tempo de administração e reflete-se por um
prolongamento do tempo de sangramento.

A Ticlopidina (substância ativa) não tem ação significativa
in vitro, mas apenas in vivo; entretanto, não há
evidência de metabólito ativo circulante.

O Cloridrato de Ticlopidina (substância ativa) interfere com a
agregação plaquetária inibindo a ligação ADP-dependente do
fibrinogênio à membrana da plaqueta; sua ação não envolve inibição
da ciclo-oxigenase, como ocorre com o ácido acetilsalicílico. O AMP
cíclico plaquetário não parece estar envolvido no mecanismo de ação
da Ticlopidina (substância ativa).

A Ticlopidina (substância ativa) inibe fortemente o citocromo
P450 (CYP2B6). Também inibe a CYP2D6 e CYP2C19 em menor
potência.

O tempo de sangramento medido pelo método de Ivy, com manguito
sob pressão de 40 mm Hg, alcança mais de duas vezes os valores
iniciais, ao passo que essa medida sem manguito não aumenta
substancialmente. Após a suspensão do tratamento, o tempo de
sangramento e outros testes da função plaquetária voltam aos
valores normais dentro de uma semana, na maioria dos pacientes.

O efeito antiagregante plaquetário pode ser observado após dois
dias do início da administração de Cloridrato de Ticlopidina
(substância ativa), na dose de 250mg duas vezes ao dia. O efeito
máximo é alcançado após 5 a 8 dias de tratamento com a referida
dose.

Em doses terapêuticas, o Cloridrato de Ticlopidina (substância
ativa) inibe 50 a 70% da agregação plaquetária induzida pelo ADP
(2,5 micromol/L). Doses menores correspondem a um menor efeito
antiagregante.

Em um estudo comparativo com o ácido acetilsalicílico realizado
nos Estados Unidos, mais de 3000 pacientes que haviam experimentado
ataque isquêmico transitório cerebral ou acidente vascular cerebral
(AVC) menor foram tratados e controlados por um período médio de 3
anos. Os resultados mostram que o Cloridrato de Ticlopidina
(substância ativa) reduziu em 48% o risco de AVC fatal ou não fatal
no primeiro ano, em comparação ao ácido acetilsalicílico. Essa
redução de risco ao longo do estudo foi de 27%, valor ainda
estatisticamente significativo. Outro estudo comparando Ticlopidina
(substância ativa) e placebo em 1073 pacientes com AVC isquêmico
prévio demonstrou clara superioridade da Ticlopidina (substância
ativa) na redução do risco de novo AVC; essa redução foi de 33% no
primeiro ano de tratamento.

Um terceiro estudo multicêntrico em 687 pacientes com
claudicação intermitente mostrou que a Ticlopidina (substância
ativa) foi significativamente superior ao placebo na redução da
mortalidade (29%) e de eventos cardio ou cerebrovasculares (fatais
ou não fatais) (41%).

Propriedades Farmacocinéticas

A absorção da Ticlopidina (substância ativa) é rápida. Após
administração por via oral em dose única, valores plasmáticos
máximos são alcançados em cerca de 2 horas. A absorção é
praticamente completa, e a biodisponibilidade do Cloridrato de
Ticlopidina (substância ativa) é aumentada quando o medicamento é
administrado após as refeições.

Concentrações plasmáticas de equilíbrio são alcançadas 7 a 10
dias após administração de 250mg duas vezes ao dia. A meia-vida
média de eliminação após o equilíbrio plasmático é de cerca de 30 a
50 horas. Entretanto, a inibição da agregação plaquetária não está
correlacionada às concentrações plasmáticas.

A Ticlopidina (substância ativa) é largamente metabolizada no
fígado. Após administração oral do medicamento marcado
radioativamente, 50 a 60% da radioatividade são detectados na urina
e o restante nas fezes.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Ticlid®.

Cuidados de Armazenamento do Plavasc

Durante o consumo este produto deve ser mantido no cartucho de
cartolina, conservado em temperatura ambiente (15 a 30º). Proteger
da luz e umidade.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características do medicamento:

Comprimido circular revestido de cor branca.

Os comprimidos de Plavasc não apresentam características
organolépticas marcantes que permitam sua diferenciação em relação
a outros comprimidos.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Mensagens de Alerta do Plavasc

Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum
outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance de
crianças.

Venda sob prescrição médica.

Dizeres Legais do Plavasc

M.S. nº 1.0370. 0534

Farm. Resp.:

Andreia Cavalcante Silva
CRF-GO nº 2.659

Laboratório Teuto Brasileiro S/A.

CNPJ – 17.159.229/0001 -76
VP 7-D Módulo 11 Qd. 13 – DAIA
CEP 75132-140 – Anápolis – GO
Indústria Brasileira

Plavasc, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.