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Pegintron Redipen

Alfapeginterferona 2B (substância ativa) é indicado para o
tratamento da hepatite C crônica e hepatite B crônica.

Considera-se o tratamento ideal para a hepatite C crônica a
administração da combinação de alfapeginterferona 2b com
ribavirina.

Quando Alfapeginterferona 2B (substância ativa) for
usado em combinação com ribavirina, verifique também as informações
contidas na bula da ribavirina utilizada.

Essa combinação de Alfapeginterferona 2b e ribavirina é indicada
para pacientes sem tratamento prévio, recidivantes e
não-respondedores com hepatite C crônica que tenham transaminases
normais ou elevadas sem descompensação hepática, incluindo aqueles
com evidência histológica de cirrose (Child-Pugh classe A) e que
sejam positivos para HCV-RNA. Essa combinação também é indicada
para o tratamento de pacientes com hepatite C crônica que estejam
co-infectados com HIV, clinicamente estáveis.

Os pacientes devem ter 18 anos de idade, ou mais, e apresentar
hepatopatia compensada.

Pó Liofilizado 200/300 mcg

Alfapeginterferona 2b (substância ativa) é indicado como
adjuvante no tratamento de pacientes com melanoma estágio III (de
alto risco), evidenciado por doença linfonodal microscópica (N1 –
linfonodos não palpáveis, descobertos por biópsia do linfonodo
sentinela) e presença de ulceração.

Contraindicação do Pegintron Redipen

Pó Liofilizado 80/100/120 mcg

Este medicamento é contraindicado para uso
por:

  • Pessoas com hipersensibilidade à substância ativa, a qualquer
    interferona ou a qualquer um dos excipientes;
  • Mulheres grávidas. O tratamento de Alfapeginterferona 2B
    (substância ativa) em combinação com ribavirina não deve ser
    iniciado antes de um exame comprovando a não existência de
    gravidez;
  • Pacientes com hepatite autoimune ou histórico de doença
    autoimune;
  • Pacientes com hepatopatia descompensada;
  • Pacientes com depuração de creatinina lt; 50 mL/min, quando
    utilizado em combinação com a ribavirina.

Este medicamento é contraindicado para menores de 18
anos.

Este medicamento é contraindicado para uso por homens
cujas parceiras estão grávidas.

Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres
grávidas.

Pó Liofilizado 200/300 mcg

Este medicamento é contraindicado para uso
por:

  • Pessoas com hipersensibilidade à substância ativa, a qualquer
    interferona ou a qualquer um dos excipientes;
  • Pacientes com hepatite autoimune;
  • Pacientes com hepatopatia descompensada.

Como usar o Pegintron Redipen

Pó Liofilizado 80/100/120 mcg

Preparação e Administração

Alfapeginterferona 2B (substância ativa) é apresentado
da seguinte forma:

Apresentação

Concentração em 0,5 mL*

Quantidade de alfapeginterferona
2b/frasco-ampola*

Alfapeginterferona 2B (substância ativa) 80 mcg

80 mcg

118,4 mcg

Alfapeginterferona 2B (substância ativa) 100 mcg

100 mcg

148 mcg

Alfapeginterferona 2B (substância ativa) 120 mcg

120 mcg

177,6 mcg

Alfapeginterferona 2B (substância ativa) 200 mcg

200 mcg296 mcg

Alfapeginterferona 2B (substância ativa) 300 mcg

300 mcg444 mcg

*Cada frasco-ampola deve ser reconstituído com 0,7 mL de
diluente (água estéril para injeção), sendo que o volume total
reconstituído será de 0,74 mL. O volume não utilizado deve ser
desprezado.

Alfapeginterferona 2B (substância ativa) 200/300 mcg é fornecido
como pó em frascos-ampola de uso único com 200 mcg/0,5 mL, 300
mcg/0,5 mL de alfapeginterferona 2b. Cada frasco deve ser
reconstituído com 0,7 mL de diluente (água estéril para

Antes da reconstituição, Alfapeginterferona 2B (substância
ativa) poderá se apresentar como um pó branco ou um sólido
compactado, que pode estar inteiro ou fragmentado.

Para reconstituir Alfapeginterferona 2B (substância
ativa):

Usando seringa de 1 mL esterilizada, injete

lentamente

 0,7 mL de diluente, fazendo com que o jato escorra pela
parede de vidro do frasco. É aconselhável não direcionar o jato
diretamente no pó branco (compactado ou não) ou injetar o diluente
rapidamente, uma vez que isso produzirá uma quantidade maior de
bolhas.

Remova a seringa e a agulha do frasco com a solução
reconstituída.

A solução poderá se apresentar opaca ou borbulhante durante
alguns minutos. Gire o frasco suavemente com movimentos de rotação
para completar a dissolução do pó.

Não agite

, apenas vire suavemente o frasco de cabeça para baixo.

O conteúdo deverá estar completamente dissolvido. Uma vez que a
solução estiver assentada e todas as bolhas tiverem subido para a
superfície da solução, deve-se obter uma solução límpida com um
pequeno anel de minúsculas bolhas ao redor da superfície. Em
seguida, a dose apropriada poderá ser retirada com uma seringa para
injeção subcutânea e, em seguida, ser injetada.

Uma pequena quantidade de volume é perdida durante a preparação
de Alfapeginterferona 2B (substância ativa) no momento em que a
dose é medida e injetada.

Cada unidade contém um excesso de diluente e de pó liofilizado
de Alfapeginterferona 2B (substância ativa) para garantir a
administração da dose indicada.

A concentração indicada no rótulo estará contida em 0,5
mL da solução reconstituída.

A solução reconstituída para cada uma das apresentações citadas
terá uma concentração de 80 mcg/0,5 mL (total de 118,4 mcg de
alfapeginterferona 2b por frasco-ampola para ser reconstituído em
0,7 mL de diluente), 100 mcg/0,5 mL (total de 148 mcg de
alfapeginterferona 2b por frasco-ampola para ser reconstituído em
0,7 mL de diluente) ou 120 mcg/0,5 mL (total de 177,6 mcg de
alfapeginterferona 2b por frasco-ampola para ser reconstituído em
0,7 mL de diluente).

Como todo produto parenteral, verifique visualmente a solução
reconstituída antes da administração. Não administre, se houver
alteração da cor. Despreze toda solução não utilizada.
Alfapeginterferona 2B (substância ativa) não pode ser misturado com
outros medicamentos injetáveis.

Estabilidade da solução reconstituída

As estabilidades química e física da solução reconstituída foram
demonstradas durante 24 horas em temperatura entre 2 e 8ºC. Do
ponto de vista microbiológico, o produto reconstituído deve ser
usado imediatamente, caso contrário, o tempo de armazenamento e as
condições prévias ao uso serão de responsabilidade do usuário.
Normalmente o tempo de armazenamento não pode ser superior a 24
horas em temperaturas entre 2 e 8ºC.

Medindo a dose de Alfapeginterferona 2B (substância
ativa) após a reconstituição

Vire o frasco e a seringa de cabeça para baixo com uma das mãos.
Assegure-se de que a ponta da agulha esteja na solução
reconstituída de Alfapeginterferona 2B (substância ativa). A outra
mão estará livre para mover o êmbolo, puxe-o lentamente para
extrair a dose na seringa prescrita pelo médico.

Segure a seringa com a agulha no frasco apontada para cima,
remova a seringa da agulha comprida deixando-a no frasco e sem
tocar a ponta da seringa. Pegue uma agulha curta e coloque-a
firmemente na ponta da seringa.

Remova cuidadosamente a seringa com a agulha do frasco de
Alfapeginterferona 2B (substância ativa). Verifique se há bolhas de
ar na seringa.

Se houver bolhas, puxe o êmbolo levemente para trás; dê
batidinhas leves na seringa, com a agulha apontando para cima, até
que as bolhas desapareçam. Empurre o êmbolo lentamente de volta
para a dose correta. Ponha de volta o protetor da agulha e coloque
a seringa com a agulha em uma superfície plana.

Certifique-se de que a solução esteja à temperatura ambiente até
25ºC. Se estiver fria, aqueça a seringa entre as palmas das mãos.
Inspecione visualmente a solução reconstituída antes da
administração; não utilize se houver mudança de coloração ou
material particulado presente. A solução está pronta para ser
utilizada.

Injetando a solução

Selecione o local da injeção. Os melhores locais são tecidos com
uma camada de gordura entre a pele e o músculo: coxa, superfície
externa do braço (você pode precisar da ajuda de uma outra pessoa
para utilizar este local), abdômen (exceto no umbigo e na cintura).
Se o paciente for excepcionalmente magro, use apenas a coxa ou a
superfície externa do braço para a injeção.

Varie o local da injeção

Limpe e faça assepsia da pele no local em que a injeção será
aplicada. Espere secar. Remova o protetor da agulha. Com uma mão,
aperte uma dobra de pele livre. Com a outra mão, segure a seringa
como se fosse uma caneta. Insira a agulha na pele puxada em um
ângulo de aproximadamente 45º.

Após a inserção da agulha, remova a mão usada para puxar a pele
e a use para segurar o êmbolo da seringa.

Puxe o êmbolo para trás bem lentamente. Se entrar sangue na
seringa, é porque a agulha perfurou um vaso sanguíneo. Não injete
nesse local; retire a agulha e repita o procedimento. Injete a
solução empurrando todo o êmbolo suavemente.

Puxe a agulha verticalmente para fora da pele. Pressione o local
da injeção com uma pequena bandagem ou gaze esterilizada durante
alguns segundos, se necessário. Não massageie o local da aplicação.
Se continuar sangrando, cubra com uma bandagem adesiva.

O frasco, a ampola e os materiais para a injeção são de
uso único e devem ser descartados. Coloque as seringas e as agulhas
de modo seguro em um recipiente fechado.

Incompatibilidades

Alfapeginterferona 2B (substância ativa) deve ser reconstituído
somente com o diluente fornecido com o produto e não deve ser
misturado com outros medicamentos.

Atenção: O frasco, a ampola e os materiais para
injeção devem ser descartados. Coloque as seringas e as agulhas de
modo seguro em um recipiente adequado.

Posologia

Pó Liofilizado 80/100/120 mcg

Hepatite B Crônica

Alfapeginterferona 2B (substância ativa) é administrado por via
subcutânea na dose de 1,0 a 1,5 mcg/kg uma vez por semana durante
pelo menos 24 semanas e até um máximo de 52 semanas. A dose deve
ser calculada baseada na eficácia e segurança previstas.

Os pacientes com genótipo C e D difíceis de tratar podem se
beneficiar com uma alta dose e maior tempo de tratamento.

O tratamento com Alfapeginterferona 2B (substância ativa) deve
ser iniciado e monitorado somente por médicos com experiência no
tratamento de pacientes com hepatite B.

Quando se recomenda a auto-administração, o paciente deverá ser
orientado a variar o local da injeção a cada administração.

Hepatite C Crônica

Monoteparia com Alfapeginterferona 2B (substância
ativa)

A monoterapia com Alfapeginterferona 2B (substância ativa) é
administrada por via subcutânea em dose de 0,5 ou 1,0 mcg/kg uma
vez por semana, durante pelo menos 6 meses. A dose deve ser
selecionada com base na eficácia e segurança previstas. O
tratamento com Alfapeginterferona 2B (substância ativa) deverá ser
iniciado e acompanhado apenas por médicos com experiência no
tratamento de pacientes com hepatite C.

Em pacientes que apresentarem ausência de HCV-RNA em 6 meses, o
tratamento é mantido por mais 6 meses, ou seja, 1 ano. Nos
pacientes que apresentarem resposta virológica sustentada na Semana
12, o tratamento deve continuar por um período de 9 meses (total de
1 ano de tratamento).

Quando se recomenda a auto-administração, o paciente deverá ser
orientado a variar o local da injeção a cada administração.

Em pacientes que não apresentarem ausência de HCV-RNA em 6
meses, o tratamento com Alfapeginterferona 2B (substância ativa)
deverá ser interrompido.

Alfapeginterferona 2B (substância ativa) em monoterapia não foi
estudado em pacientes co-infectados por hepatite C crônica e
HIV.

Terapia combinada de Alfapeginterferona 2B (substância
ativa) com ribavirina

Alfapeginterferona 2B (substância ativa) 1,5 mcg/kg/semana
subcutâneo em combinação com ribavirina.

A dose de ribavirina a ser usada em combinação com
Alfapeginterferona 2B (substância ativa) é baseada no peso corpóreo
do paciente (Tabela 9). A ribavirina oral deve ser administrada
diariamente em duas doses durante as refeições (pela manhã e à
noite).

Tabela 9 Dose diária de ribavirina baseada no peso
corpóreo

Peso do paciente (kg)

Dose diária de ribavirina

Número de cápsulas de 200 mg

lt; 65

800 mg4a

65 – 80

1.000 mg5b

81 – 105

1.200 mg6c

gt; 105

1.400 mg7d

a: 2 pela manhã, 2 à noite.
b: 2 pela manhã, 3 à noite.
c: 3 pela manhã, 3 à noite.
d: 3 pela manhã, 4 à noite.

Como uma alternativa para o cálculo exato da dose, uma dose
simplificada de Alfapeginterferona 2B (substância ativa) foi
desenvolvida baseada em experiência de estudos clínicos (ver Tabela
10). Essa tabela coordena a dose simplificada de Alfapeginterferona
2B (substância ativa) por grupos baseados em peso e indica a dose
da apresentação mais apropriada. Ela também indica a dose
correspondente de cápsulas de ribavirina.

Alfapeginterferona 2B (substância ativa) é administrado por via
subcutânea uma vez por semana. As cápsulas de ribavirina são
administradas por via oral, todos os dias, divididas em duas doses
nas refeições (manhã e noite).

Tabela 10. Dose para Terapia combinada

a: 2 pela manhã, 2 à noite.
b: 2 pela manhã, 3 à noite.
c: 3 pela manhã, 3 à noite.
d: 3 pela manhã, 4 à noite.

Duração do tratamento em pacientes sem tratamento
prévio

Previsibilidade da resposta virológica
sustentada

Deve ser considerada a descontinuação da terapia combinada de
Alfapeginterferona 2B (substância ativa) após 12 a 24 semanas de
terapia se o paciente falhar em demonstrar uma resposta viral
precoce definida como HCV-RNA indetectável ou pelo menos uma
redução de 2 log10 a partir do nível basal no título
viral por 12 semanas de terapia.

Os pacientes infectados com genótipo 1, que não alcançaram a
resposta virológica na Semana 12, possuem menor chance de se tornar
respondedores virológicos sustentados.

Genótipo 1:

Para pacientes que exibiram resposta virológica na semana 12, o
tratamento deve continuar por outro período de nove meses (total de
48 semanas). No subgrupo de pacientes infectados com genótipo 1 e
baixa carga viral (lt; 2.000.000 cópias/mL) que se tornaram HCVRNA
negativo na Semana 4 do tratamento e continuam negativos na Semana
24, o tratamento pode ser interrompido ou prosseguir por mais 24
semanas (duração total do tratamento de 48 semanas). No entanto,
uma duração total do tratamento de 24 semanas pode ser associada
com um risco maior de recidiva do que o tratamento com 48
semanas.

Genótipos 2 ou 3:

Reecomenda-se que todos os pacientes sejam tratados por 24
semanas, exceto os co-infectados por hepatite C crônica e HIV, que
devem ser tratados por 48 semanas.

Genótipo 4:

Em geral, pacientes infectados com genótipo 4 são considerados
difíceis de tratar, e dados limitados de estudo (n = 66) indicam
que eles são compatíveis com a duração do tratamento do genótipo
1.

Co-infecção por HCV e HIV

A duração recomendada do tratamento para pacientes co-infectados
por HCV e HIV é de 48 semanas, independentemente do genótipo.

Previsibilidade da resposta e não-resposta em pacientes
co-infectados por HCV e HIV

A resposta virológica precoce até a Semana 12, definida como uma
diminuição de 2 log10 de carga viral ou níveis
indetectáveis de HCV-RNA, demonstrou ser previsível para resposta
virológica sustentada.

O valor preditivo negativo para resposta virológica sustentada
em pacientes co-infectados por HCV e HIV tratados com a combinação
de Alfapeginterferona 2B (substância ativa)/ribavirina foi de 99%
(67/68; Estudo 1).

Um valor preditivo positivo de 50% (52/104; Estudo 1) foi
observado para pacientes co-infectados por HCV e HIV recebendo a
terapia combinada.

Duração do tratamento – retratamento para falha de
terapias anteriores (recidivantes e nãorespondedores)

Previsibilidade da resposta virológica
sustentada

Todos os pacientes recidivantes e não-respondedores,
independentemente do genótipo, que tenham HCV-RNA sérico
indetectável na Semana 12, devem ser tratados por 48 semanas.
Pacientes recidivantes que tenham falhado ao tentar alcançar a
resposta virológica na Semana 12 possuem alta probabilidade de não
se tornarem respondedores virológicos sustentados.

Modificação de dose

Se ocorrerem reações adversas graves ou anormalidades
laboratoriais durante o tratamento com Alfapeginterferona 2B
(substância ativa) ou Alfapeginterferona 2B (substância ativa) com
ribavirina, deve-se modificar apropriadamente a dose de cada um dos
medicamentos, até que o evento adverso desapareça.

A redução de dose da terapia combinada de Alfapeginterferona 2B
(substância ativa)/ribavirina é realizada em duas etapas a começar
da dose inicial de 1,5 mcg/kg/semana, para 1 mcg/kg/semana e, em
seguida, para 0,5 mcg/kg/semana, se necessário.

Para pacientes em monoterapia de Alfapeginterferona 2B
(substância ativa): ver a Tabela 11a para o roteiro de modificação
de dose. Os seguintes roteiros para modificação de doses baseados
em valores laboratoriais foram desenvolvidos em estudos clínicos
(ver Roteiro de modificação de doses, Tabela 11a para
Alfapeginterferona 2B (substância ativa) e a Tabela 11b para
Alfapeginterferona 2B (substância ativa) com ribavirina).

Tabela 11a. Roteiro de modificação de dose
para Alfapeginterferona 2B (substância ativa)

Valores laboratoriais

Redução para metade da dose de Alfapeginterferona 2B
(substância ativa) se:

Descontinuação da terapia com Alfapeginterferona 2B
(substância ativa) se:

Neutrófilos

lt; 0,75 x
109 /L

lt; 0,5 x 109 /L

Plaquetas

lt; 50 x 109
/L

lt; 25 x 109 /L

* Limite superior da normalidade.

Nota 1:

A primeira redução de dose da ribavirina é de 200 mg/dia (exceto
para pacientes recebendo 1.400 mg, que devem ter dose reduzida de
400 mg/dia). Se necessário, a segunda redução de dose de ribavirina
é de um adicional de 200 mg/dia.

Nota 2:

Primeira redução de dose de Alfapeginterferona 2B (substância
ativa) é para 1 mcg/kg/semana. Se necessário, a segunda redução de
dose de Alfapeginterferona 2B (substância ativa) é para 0,5
mcg/kg/semana.

Esquema simplificado de redução de dose

A redução de dose em pacientes usando o esquema simplificado de
redução de dose deve ser alcançada por meio do uso de uma
concentração diferente de Alfapeginterferona 2B (substância ativa)
(a menor disponível) ou administrando um volume menor.

Populações especiais

Uso em insuficiência renal

Monoterapia:

A dose inicial de Alfapeginterferona 2B (substância ativa) deve
ser reduzida em 25% em pacientes com disfunção renal moderada
(depuração de creatinina 30 – 50 mL/min). Pacientes com disfunção
renal grave (depuração de creatinina 10 – 29 mL/min), incluindo os
que estão sob hemodiálise, devem ter a dose inicial reduzida em
50%. Se a função renal diminuir durante o tratamento, a terapia com
Alfapeginterferona 2B (substância ativa) deve ser
descontinuada.

Terapia combinada:

Pacientes com depuração de creatinina lt; 50 mL/min não deverão
ser tratados com Alfapeginterferona 2B (substância ativa) em
combinação com a ribavirina. Quando Alfapeginterferona 2B
(substância ativa) é administrado em combinação com a ribavirina,
os pacientes com insuficiência renal e/ou acima de 50 anos devem
ser cuidadosamente monitorados em relação ao desenvolvimento de
anemia.

É aconselhável que a função renal seja avaliada em todos os
pacientes antes do início do tratamento com Alfapeginterferona 2B
(substância ativa). Recomenda-se que pacientes com comprometimento
moderado da função renal sejam acompanhados cuidadosamente e que a
dose de Alfapeginterferona 2B (substância ativa) seja reduzida, se
clinicamente indicado. Se o nível de creatinina sérica aumentar
para gt; 2 mg/dL (ver Tabela 11b), a terapia com Alfapeginterferona
2B (substância ativa) deverá ser descontinuada.

Uso em insuficiência hepática

A segurança e a eficácia da terapia com alfapeginterferona 2b
não foram avaliadas em pacientes com disfunção hepática grave e,
portanto, Alfapeginterferona 2B (substância ativa) não deve ser
usado por esses pacientes.

Uso em pacientes idosos (com 65 anos de idade ou
mais)

Não existe relação aparente entre a idade e a farmacocinética de
alfapeginterferona 2b. Entretanto, assim como em pacientes mais
jovens, deve-se determinar a função renal antes da administração de
Alfapeginterferona 2B (substância ativa).

Uso em Pacientes abaixo de 18 anos de idade

Alfapeginterferona 2B (substância ativa) não é recomendado para
uso em crianças ou adolescentes com menos de 18 anos, uma vez que a
segurança e a eficácia não foram avaliadas nesses grupos.

Pó Liofilizado 200/300 mcg

Adultos

Pré-medicação

É recomendada pré-medicação oral com 500-1.000 mg de
paracetamol, 30 minutos antes da primeira dose de
Alfapeginterferona 2B (substância ativa). Se necessário, a
medicação com 500-650 mg de paracetamol a cada 4 a 6 horas pode ser
continuada, mas não deve exceder 3.000 mg/dia.

Dose recomendada para indução e manutenção

A dose recomendada de Alfapeginterferona 2B (substância ativa)
para melanoma é de 6 mcg/kg/semana por via subcutânea em 8 doses
(fase de indução), seguida de 3 mcg/kg/semana por via subcutânea
(fase de manutenção) conforme tolerado para um tratamento com
duração total de até 5 anos. A dose deve ser ajustada para manter a
ECOG PS de 0 a 1. O volume de Alfapeginterferona 2B (substância
ativa) injetado depende do peso do paciente.

Modificação de dose

Os pacientes devem ser mantidos em tratamento em uma ECOG PS de
0 a 1 conforme tolerada por até 5 anos. Pode-se necessitar de
modificação de dose ou de sua interrupção para controlar a
toxicidade ou manter a ECOG PS de 0 a 1.

Alfapeginterferona 2B (substância ativa) deve ser
permanentemente descontinuado nos casos de:

  • Distúrbio neuropsiquiátrico grave persistente ou piora.
  • Toxicidade não hematológica de grau 4.
  • Incapacidade de tolerar uma dose de 1 mcg/kg/semana.
  • Retinopatia ou piora.

Suspender Alfapeginterferona 2B (substância ativa)
se:

  • Contagem absoluta de neutrófilos (ANC) lt; 0,5×109
    /L.
  • Contagem de plaquetas (PLT) lt; 50×109 /L.
  • ECOG PS ≥ 2.
  • Toxicidade não hematológica ≥ grau 3.

Reinstituir a administração com uma dose reduzida (veja
Tabela 1) quando o paciente apresentar:

  • Contagem absoluta de neutrófilos (ANC) ≥ 0,5×109
    /L.
  • Contagem de plaquetas (PLT) ≥ 50×109 /L.
  • ECOG PS 0-1.
  • Toxicidade não hematológica completamente resolvida ou
    melhorada para grau 1.

Tabela 1. Modificação de dose de Alfapeginterferona 2B
(substância ativa)

Níveis de modificação de dose de Alfapeginterferona 2B
(substância ativa) para tratamento de indução

Modificação de dose para doses de 1 a 8

6 mcg/kg/semana

Primeira modificação de dose: 3 mcg/kg/semana

Segunda modificação de dose: 2 mcg/kg/semana

Terceira modificação de dose: 1 mcg/kg/semana

Suspensão permanente do tratamento se for incapaz de tolerar 1
mcg/kg/semana

Níveis de modificação de dose de Alfapeginterferona 2B
(substância ativa) para tratamento de manutenção

Modificação de dose para doses de 9 a 260

3 mcg/kg/semana

Primeira modificação de dose: 2 mcg/kg/semana

Segunda modificação de dose: 1 mcg/kg/semana

Suspensão permanente do tratamento se for incapaz de tolerar 1
mcg/kg/semana

Pacientes pediátricos

A segurança e a eficácia de Alfapeginterferona 2B (substância
ativa) nesses pacientes não foram avaliadas. Alfapeginterferona 2B
(substância ativa) não é recomendado para uso em crianças e
adolescentes com idade abaixo de 18 anos.

Pacientes idosos

Os estudos clínicos de Alfapeginterferona 2B (substância ativa)
não incluíram um número suficiente de indivíduos com idade de 65
anos ou mais para determinar se eles respondem diferentemente dos
indivíduos mais jovens.

Insuficiência (ou comprometimento) renal

É recomendada redução da dose de 25% e 50% em pacientes com
insuficiência renal moderada e grave, respectivamente, recebendo
alfainterferona para melanoma. Alfapeginterferona 2B (substância
ativa) deve ser usado com cautela em pacientes com insuficiência
renal moderada a grave. Se a função renal reduzir durante o
tratamento, a terapia com Alfapeginterferona 2B (substância ativa)
deverá ser descontinuada.

Insuficiência (ou comprometimento)
hepática(o)

A segurança e a eficácia da terapia com Alfapeginterferona 2B
(substância ativa) não foram avaliadas em pacientes com
insuficiência hepática. Portanto, Alfapeginterferona 2B (substância
ativa) não deve ser utilizado por esses pacientes.

Precauções do Pegintron Redipen

Alterações psiquiátricas e do Sistema Nervoso Central
(SNC)

Pacientes com histórico ou condições psiquiátricas
graves

Se a terapia combinada de Alfapeginterferona 2B (substância
ativa) com ribavirina for necessária em pacientes adultos com
histórico ou com condições psiquiátricas graves, o tratamento deve
ser iniciado somente após confirmação do diagnóstico individual
apropriado e gerenciamento terapêutico da condição
psiquiátrica.

O tratamento com interferonas pode estar associado a sintomas de
distúrbios psiquiátricos em pacientes infectados com HCV e com
ocorrência concomitante de distúrbios psiquiátricos e uso de
substâncias. Se a terapia com interferonas for necessária em
pacientes com histórico ou com condições psiquiátricas graves ou
distúrbios com uso de substâncias, para alcançar sucesso na
aderência ao tratamento com interferonas, o adequado gerenciamento
terapêutico dos sintomas psiquiátricos e do uso de substância
requer estratégia de triagem individualizada e monitoramento
freqüente dos sintomas psiquiátricos. É recomendada a intervenção
precoce para o ressurgimento ou desenvolvimento de sintomas
neuropsiquiátricos e uso de substâncias.

Se forem observados efeitos neuropsiquiátricos graves,
especialmente depressão, a terapia combinada de Alfapeginterferona
2B (substância ativa) deve ser descontinuada. Efeitos graves sobre
o SNC, principalmente depressão e pensamentos homicidas, foram
observados em pacientes tratados com Alfapeginterferona 2B
(substância ativa) e, pensamentos suicidas ou homicidas, suicídio e
tentativa de suicídio foram observados em pacientes durante a
terapia combinada de Alfapeginterferona 2B (substância ativa).

Outros efeitos sobre o SNC, manifestados por comportamento
agressivo, às vezes dirigido a outros, psicose incluindo
alucinações, confusão e outras alterações do nível de consciência
também foram observados. Esses efeitos adversos ocorreram em
pacientes adultos tratados com doses recomendadas, bem como
naqueles em uso de altas doses de alfainterferona.

Perda de consciência mais significativa e coma, incluindo casos
de encefalopatia, foram observadas em alguns pacientes, geralmente
mais velhos, tratados com doses mais altas de alfainterferona 2b.
Embora esses efeitos sejam geralmente reversíveis, duraram até 3
semanas em alguns pacientes.

Foram raros os relatos de epilepsia com altas doses de
alfainterferonas.

Se os pacientes desenvolverem alterações psiquiátricas ou do
SNC, inclusive depressão, é recomendável que sejam acompanhados
cuidadosamente durante o tratamento e no período de acompanhamento
por 6 meses. A gravidade potencial desses efeitos indesejáveis deve
ser levada em conta na prescrição. Se os sintomas psiquiátricos
persistirem ou piorarem, ou forem identificadas ideias suicidas ou
homicidas ou comportamento agressivo, recomenda-se descontinuar a
terapia combinada de Alfapeginterferona 2B (substância ativa) com
ribavirina e encaminhar o paciente para tratamento psiquiátrico
apropriado.

Sistema cardiovascular

Assim como com a alfainterferona, pacientes com histórico de
insuficiência cardíaca congestiva, infarto agudo do miocárdio e/ou
arritmias cardíacas anteriores ou atuais recebendo
Alfapeginterferona 2B (substância ativa) exigem acompanhamento
cuidadoso.

Recomenda-se que pacientes com anormalidades cardíacas
preexistentes sejam submetidos a eletrocardiogramas antes e durante
o tratamento. Arritmias cardíacas (principalmente
supraventriculares) geralmente respondem à terapia convencional,
mas podem exigir a descontinuação de Alfapeginterferona 2B
(substância ativa).

Hipersensibilidade aguda

Raramente foram observadas reações de hipersensibilidade aguda
(p. ex., urticária, angioedema, broncoconstrição, anafilaxia) à
alfainterferona 2b durante sua administração. Se uma dessas reações
ocorrer durante o tratamento com Alfapeginterferona 2B (substância
ativa), deve-se descontinuar o tratamento e introduzir
imediatamente a terapia clinicamente indicada. Erupções cutâneas
transitórias não necessitam de interrupção do tratamento.

Função Hepática

Alfapeginterferona 2B (substância ativa) aumenta o risco de
descompensação hepática e morte em pacientes com cirrose. Assim
como nos tratamentos com qualquer interferona, deve-se descontinuar
o tratamento com Alfapeginterferona 2B (substância ativa) em
pacientes que desenvolverem prolongamento dos marcadores de
coagulação que possam indicar descompensação hepática.

Deve-se monitorar a função hepática por meio dos níveis de
bilirrubina sérica, ALT (alanina aminotransferase), AST (aspartato
aminotransferase), fosfatase alcalina e LDH (lactato desidrogenase)
nas semanas 2, 8 e 12 semanas após o início de Alfapeginterferona
2B (substância ativa), e então a cada 6 meses, enquanto o paciente
receber Alfapeginterferona 2B (substância ativa). Descontinuar
permanentemente Alfapeginterferona 2B (substância ativa) na
evidência de dano hepático grave (grau 3) ou de descompensação
hepática (pontuação Child-Pugh gt; 6 [classes B e C]).

Fígado/rins – rejeição de transplante

Não foram estudadas a segurança e a eficácia de
Alfapeginterferona 2B (substância ativa) ou da combinação de
Alfapeginterferona 2B (substância ativa) com ribavirina no
tratamento de hepatite C em pacientes com fígado ou outro órgão
transplantado.

Dados preliminares indicam que a terapia com alfainterferona
pode estar associada a aumento da taxa de rejeição no transplante
de rins. Rejeição de fígado transplantado também foi relatada, mas
não foi estabelecida uma relação casual com terapia de
alfainterferona.

Febre

Embora a febre possa estar associada com a síndrome semelhante à
gripe, descrita comumente durante tratamento com interferona,
outras causas de febre persistente precisam ser excluídas.

Hidratação

Deve-se manter uma hidratação adequada em pacientes tratados com
Alfapeginterferona 2B (substância ativa) porque, em alguns
pacientes tratados com alfainterferona, observou-se hipotensão
relacionada à redução hídrica, portanto pode haver necessidade de
reposição hídrica.

Alterações pulmonares

Raramente se observaram infiltrados pulmonares, pneumonite,
pneumonia e até mesmo óbito, em pacientes tratados com a
alfainterferona. Devem ser feitas radiografias torácicas em
qualquer paciente que desenvolva febre, tosse, dispneia ou outros
sintomas respiratórios. Se forem observadas infiltrações
pulmonares, ou se houver evidência de comprometimento da função
pulmonar, o paciente deverá ser monitorado cuidadosamente e, se
necessário, o tratamento com Alfapeginterferona 2B (substância
ativa) deverá ser interrompido.

A interrupção imediata da terapia e o tratamento com
corticosteroides estão associados à melhora dos efeitos adversos
pulmonares.

Alterações oculares

Distúrbios oftalmológicos, inclusive hemorragias de retina,
exsudatos algodonosos e obstrução de artéria ou veia da retina,
foram descritos em raras circunstâncias depois do tratamento com
alfainterferona.

Todos os pacientes devem realizar exames oftalmológicos.
Qualquer paciente que se queixe de sintomas oculares, como perda da
acuidade visual ou do campo visual, deve ser submetido a exame
oftalmológico imediato e completo.

Como esses eventos oculares podem ocorrer em conjunto com outras
doenças, são recomendados exames oftalmológicos periódicos durante
o tratamento com Alfapeginterferona 2B (substância ativa) em
pacientes com distúrbios que possam ser associados à retinopatia,
como diabete mellitus ou hipertensão. Deve-se
considerar a descontinuação do tratamento com Alfapeginterferona 2B
(substância ativa) em pacientes que desenvolverem novos distúrbios
oftalmológicos ou agravamento desses.

Outras

Em virtude de relatos de exacerbação da doença psoriásica
preexistente e sarcoidose, o uso de Alfapeginterferona 2B
(substância ativa) em pacientes com psoríase ou sarcoidose é
recomendado apenas se o benefício justificar o risco.

Exames laboratoriais

Exames hematológicos padrão, bioquímica sanguínea e provas de
função tireoidiana são recomendados para todos os pacientes antes
do tratamento com Alfapeginterferona 2B (substância ativa).

Os valores basais aceitáveis que podem ser considerados
como orientação são:

  • Plaquetas gt; 100.000/mm3.
  • Número absoluto de neutrófilos
    gt; 1.500/mm3.
  • Nível de Hormônio Tireoestimulante (TSH) dentro dos
    limites normais.

Os exames laboratoriais devem ser feitos na 2a e na 4a semanas
da terapia e periodicamente durante o tratamento da maneira
clinicamente apropriada.

Efeitos sobre a habilidade de dirigir e operar
máquinas

Pacientes que desenvolvam fadiga, sonolência ou confusão durante
o tratamento com Alfapeginterferona 2B (substância ativa) devem ser
orientados a evitar dirigir ou operar máquinas.

Atenção: Este medicamento contém Açúcar, portanto, deve
ser usado com cautela em portadores de Diabetes.

Pó Liofilizado 80/100/120 mcg

Doenças Autoimunes

O desenvolvimento de auto-anticorpos foi relatado durante o
tratamento com a alfainterferona. As manifestações clínicas da
doença autoimune podem ocorrer mais frequentemente em pacientes com
predisposição ao desenvolvimento de distúrbios autoimunes, durante
a terapia com interferona.

Alterações tireoidianas

Raramente os pacientes tratados de hepatite C crônica com
alfainterferona desenvolveram anormalidades tireoidianas, quer seja
hipo ou hipertireoidismo. Se durante o curso da terapia o paciente
desenvolver sintomas de uma possível disfunção da tireoide, deve-se
determinar os níveis de TSH. Na presença da disfunção tireoidiana,
o tratamento com Alfapeginterferona 2B (substância ativa) poderá
ser mantido, se for possível manter os níveis de TSH dentro dos
limites normais pelo uso de medicação.

Distúrbios dentários e periodintais

Distúrbios dentais e periodontais têm sido relatados por
pacientes recebendo tratamento combinado de peginterferona com a
ribavirina. Relatou-se, também, que a boca seca teve um efeito
prejudicial nos dentes e membrana mucosa oral durante o tratamento
de longa duração dessa combinação. Os pacientes devem escovar
cuidadosamente os dentes duas vezes por dia e fazer exames
odontológicos regularmente.

Alguns pacientes também relataram vômito e foram orientados a
enxaguar cuidadosamente a boca após a sua ocorrência.

Distúrbios metabólicos

Como foram observados hipertrigliceridemia e agravamento desta,
às vezes graves, recomenda-se monitorizar os níveis lipídicos.

Co-infecção por HCV e HIV

Em pacientes co-infectados por HCV e HIV com contagem de CD4
menor que 200 células/mL, os dados disponíveis de segurança e
eficácia (n = 25) são limitados. Portanto, deve-se ter cautela no
tratamento de pacientes com baixa contagem de CD4.

Consulte a bula do medicamento antiretroviral a ser administrado
concomitantemente para conhecimento e manejo da toxicidade
específica de cada produto e o potencial de sobreposição de
toxicidade com Alfapeginterferona 2B (substância ativa) e
ribavirina.

Uso durante a gravidez e a lactação

Categoria C.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Monoterapia

A alfainterferona 2b se mostrou abortiva em primatas. É provável
que Alfapeginterferona 2B (substância ativa) também provoque esses
efeitos. Como não existem dados sobre o uso de Alfapeginterferona
2B (substância ativa) em gestantes, seu uso não é recomendado
durante a gravidez.

Alfapeginterferona 2B (substância ativa) é recomendado para uso
em mulheres em idade fértil somente se estiverem realizando
contracepção eficaz durante o período de tratamento.

Não se sabe se os componentes desse produto são excretados no
leite humano. Portanto, deve-se optar entre interromper o
tratamento ou o aleitamento materno considerando a importância do
medicamento para a mãe.

Terapia combinada

A terapia combinada de Alfapeginterferona 2B (substância ativa)
com ribavirina não deve ser utilizada durante a gravidez.

Teratogenia significativa e/ou potencial embriocida foram
demonstrados para a ribavirina em todas as espécies animais em que
se conduziram estudos adequados, ocorrendo em doses correspondentes
a apenas 1/20 da dose humana recomendada.

Foram observadas malformações no crânio, palato, olhos, maxila,
membros, esqueleto e trato gastrintestinal. A incidência e a
gravidade dos efeitos teratogênicos aumentam de acordo com o
aumento da dose de ribavirina. A sobrevivência dos fetos e da prole
foi reduzida.

Pacientes do sexo feminino

 A ribavirina não deve ser utilizada por mulheres
grávidas.

Deve-se tomar extremo cuidado para evitar gravidez. A terapia
com ribavirina não deve ser iniciada até que se tenha obtido um
teste negativo de gravidez.

Deve ser utilizado método contraceptivo efetivo pela mulher e
seu parceiro durante e após 6 meses da conclusão do tratamento;
como rotina, é necessária a realização mensal de testes de
gravidez. Se ocorrer gravidez durante o tratamento ou nos 6 meses
posteriores à conclusão deste, a paciente deve ser avisada sobre o
risco significativo de teratogênese devido à ribavirina.

Pacientes do sexo masculino e suas
parceiras

Deve-se tomar extremo cuidado para evitar gravidez de parceiras
de pacientes do sexo masculino em tratamento com ribavirina. Há um
acúmulo intracelular de ribavirina que é lentamente depurada no
organismo. Em estudos animais, a ribavirina produz alterações no
esperma em doses abaixo da clínica. Não se sabe se a ribavirina
contida no esperma pode exercer um efeito teratogênico sobre a
fertilização do óvulo.

Pacientes do sexo masculino devem ser aconselhados a utilizar um
método contraceptivo efetivo durante o tratamento e 6 meses após a
conclusão do mesmo. O tratamento com Alfapeginterferona 2B
(substância ativa) em combinação com ribavirina é recomendado para
mulheres férteis apenas se estiverem utilizando métodos
contraceptivos efetivos durante o período de tratamento.

Lactação

Não se sabe se a alfapeginterferona 2b em combinação com
ribavirina é excretada no leite humano. Devido ao potencial de
causar efeitos adversos nos bebês, o aleitamento materno deverá ser
descontinuado antes do início do tratamento.

Uso em insuficiência renal

Pacientes com insuficiência renal crônica ou com depuração de
creatinina lt; 50 mL/min não deverão ser tratados com
Alfapeginterferona 2B (substância ativa).

É aconselhável que a função renal seja avaliada em todos os
pacientes antes do início do tratamento com Alfapeginterferona 2B
(substância ativa). Recomenda-se que aqueles com comprometimento
significativo da função renal sejam acompanhados cuidadosamente e
que a dose semanal de Alfapeginterferona 2B (substância ativa) seja
reduzida, se clinicamente indicado. Se o nível de creatinina sérica
aumentar para gt; 2 mg/dL, a terapia com Alfapeginterferona 2B
(substância ativa) deverá ser descontinuada.

Uso em insuficiência hepática

A segurança e a eficácia da terapia com Alfapeginterferona 2B
(substância ativa) não foram avaliadas em pacientes com disfunção
hepática grave e, portanto, Alfapeginterferona 2B (substância
ativa) não deve ser usado por esses pacientes.

Uso em pacientes idosos (com 65 anos de idade ou
mais)

Não existe relação aparente entre a idade e a farmacocinética de
Alfapeginterferona 2B (substância ativa). Entretanto, assim como em
pacientes mais jovens, deve-se determinar a função renal antes da
administração de Alfapeginterferona 2B (substância ativa).

Uso em pacientes abaixo dos 18 anos de
idade

Alfapeginterferona 2B (substância ativa) não é recomendado para
uso em crianças ou adolescentes com menos de 18 anos de idade, uma
vez que a segurança e a eficácia não foram avaliadas nesses
grupos.

Pó Liofilizado 200/300 mcg

Endocrinopatias

A alfapeginterferona 2b pode causar o aparecimento ou
agravamento de hipotiroidismo, hipertiroidismo, e diabetes
mellitus. No estudo clínico, 1% dos pacientes desenvolveu
hipotiroidismo; a incidência global de distúrbios endócrinos foi de
2% no grupo de pacientes tratados com Alfapeginterferona 2B
(substância ativa) comparado a lt; 1% no grupo de pacientes em
observação.

Deve-se obter os níveis de TSH 4 semanas antes de se iniciar o
tratamento com Alfapeginterferona 2B (substância ativa), nos meses
3 e 6 após o início e então a cada 6 meses subsequentemente,
enquanto o paciente receber Alfapeginterferona 2B (substância
ativa). Descontinuar permanentemente Alfapeginterferona 2B
(substância ativa) em pacientes que desenvolverem hipotiroidismo,
hipertiroidismo ou diabetes mellitus que não possam ser
efetivamente tratados.

Gravidez

Categoria de risco – C.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

A alfainterferona 2b se mostrou abortiva em primatas. É provável
que Alfapeginterferona 2B (substância ativa) também provoque esses
efeitos. Como não existem dados sobre o uso de Alfapeginterferona
2B (substância ativa) em gestantes, seu uso não é recomendado
durante a gravidez.

Alfapeginterferona 2B (substância ativa) é recomendado para uso
em mulheres em idade fértil somente se elas estiverem utilizando
métodos de contracepção eficazes durante o período de
tratamento.

Lactação

Não é conhecido se os componentes deste medicamento são
excretados no leite humano. Portanto, a decisão a ser tomada em
relação à descontinuação do tratamento ou da amamentação deve levar
em consideração a importância do medicamento para a mãe.

Uso pediátrico

A segurança e a eficácia de Alfapeginterferona 2B (substância
ativa) nesses pacientes não foram avaliadas. Alfapeginterferona 2B
(substância ativa) não é recomendado para uso em crianças e
adolescentes com idade abaixo de 18 anos.

Uso em idosos

Os estudos clínicos de Alfapeginterferona 2B (substância ativa)
não incluíram um número suficiente de indivíduos com 65 anos de
idade ou mais para determinar se eles respondem diferentemente dos
indivíduos mais jovens.

Insuficiência (ou comprometimento) renal

Foram conduzidos estudos em indivíduos com insuficiência renal
em duas doses: 1,0 mcg/kg e 4,5 mcg/kg.A depuração renal é
responsável por 30% da depuração total de alfapeginterferona
2b.

Em cada um dos estudos de dose única com 1,0 mcg/kg e 4,5 mcg/kg
em pacientes com comprometimento da função renal, a
Cmáx, a AUC e a meia-vida aumentaram em relação ao grau
de comprometimento renal.

Após doses múltiplas de alfapeginterferona 2b Solução para
Injeção (1 mcg/kg, subcutaneamente, administradas toda semana, por
quatro semanas) a depuração de alfapeginterferona 2b é reduzida em
média 17% em indivíduos com insuficiência renal moderada (depuração
de creatinina 30-49 mL/min/1,73 m2 ) e em média 44% em
indivíduos com insuficiência renal grave (depuração de creatinina
10-29 mL/min/1,73 m2 ) comparada a indivíduos com função
renal normal.

A depuração foi similar em pacientes com insuficiência renal
grave que não estavam em diálise e em pacientes que estavam em
hemodiálise.

O aumento da exposição após uma dose de 4,5 μg/kg em pacientes
com comprometimento renal moderado e grave foi similar ao observado
após dose de 1,0 μg/kg/semana, sugerindo que a magnitude do impacto
não é dependente da dose.

Portanto, a dose de Alfapeginterferona 2B (substância ativa)
deve ser reduzida para 25% e 50% em pacientes com insuficiência
renal moderada e grave, respectivamente.

Insuficiência (ou comprometimento)
hepática(o)

A farmacocinética da alfapeginterferona 2b não foi avaliada em
pacientes com disfunção hepática. Assim, Alfapeginterferona 2B
(substância ativa) não deve ser usado nesses pacientes.

Reações Adversas do Pegintron Redipen

Pó Liofilizado 80/100/120 mcg

Monoterapia com Alfapeginterferona 2B (substância
ativa)

A maioria dos efeitos indesejáveis foi de intensidade leve a
moderada e não limitou o tratamento. Em grande parte dos pacientes,
foram relatadas cefaleia e mialgia.

Efeitos adversos relatados muito frequentemente (gt;10%
dos pacientes) foram: inflamação/dor no local da injeção, fadiga,
calafrios, febre, depressão, artralgia, náuseas, alopécia, dor
músculo-esquelética, irritabilidade, sintomas semelhantes à gripe,
insônia, diarreia, dor abdominal, astenia, faringite, perda de
peso, anorexia, ansiedade, dificuldade de concentração, tontura e
reação no local da injeção.

Efeitos comumente relatados (gt; 2% dos pacientes) foram:
prurido, pele seca, mal-estar, sudorese aumentada, dor no quadrante
superior direito, neutropenia, leucopenia, anemia, erupção cutânea,
vômitos, boca seca, labilidade emocional, nervosismo, dispneia,
infecção viral, sonolência, distúrbios da tireoide, dor torácica,
dispepsia, rubor, parestesia, tosse, agitação, sinusite,
hipertonia, hiperestesia, visão embaçada, confusão, flatulência,
redução da libido, eritema, dor ocular, apatia, hipoestesia, fezes
amolecidas, conjuntivite, congestão nasal, obstipação, vertigem,
menorragia e distúrbio menstrual. 

Eventos psiquiátricos graves foram incomuns em pacientes
tratados com Alfapeginterferona 2B (substância ativa) nos estudos
clínicos, aqueles com risco de morte ocorreram raramente, os quais
incluíram: suicídio, tentativas de suicídio, ideias de suicídio,
comportamento agressivo, às vezes direcionados a outras pessoas e
psicose incluindo alucinações.

Granulocitopenia (lt; 0,75 x 109 /L) ocorreu em 4% e 7% e
trombocitopenia (lt; 70 x 109 /L) em 1% e 3%, respectivamente, dos
pacientes recebendo 0,5 ou 1,0 mcg/kg de Alfapeginterferona 2B
(substância ativa).

Alfapeginterferona 2B (substância ativa) em combinação
com ribavirina

Em adição às reações adversas para a monoterapia com
Alfapeginterferona 2B (substância ativa), as reações adversas a
seguir foram relatadas com a terapia combinada de
Alfapeginterferona 2B (substância ativa) mais ribavirina

Efeitos adversos relatados entre 5 e 10%

Taquicardia, rinite e perda do paladar.

Efeitos adversos relatados entre 2% e 5%

Hipotensão, síncope, hipertensão, doenças na glândula lacrimal,
tremor, sangramento da gengiva, glossite, estomatite, estomatite
ulcerativa, perda/comprometimento de audição, zumbido, palpitações,
sede, agressividade, infecção fúngica, prostatite, otite média,
bronquite, doença respiratória, rinorreia, eczema, alteração na
textura dos cabelos, reação fotossensitiva e linfoadenopatia.

Pacientes co-infectados por HCV e HIV

O tratamento com alfapeginterferona 2b em combinação com a
ribavirina foi associado com a diminuição da contagem absoluta de
células CD4+ dentro das 4 primeiras semanas sem uma redução na
porcentagem de células CD4+. A diminuição na contagem de células
CD4+ foi reversível à redução da dose ou quando a terapia foi
interrompida.

O uso de alfapeginterferona 2b em combinação com ribavirina não
teve impacto negativo observável no controle da viremia do HIV
durante a terapia ou o acompanhamento. Dados de segurança limitados
(n = 25) estão disponíveis em pacientes co-infectados com contagem
de células CD4+ lt; 200/mcL.

A Tabela 12. resume a segurança de Alfapeginterferona 2B
(substância ativa) em combinação com ribavirina em pacientes
coinfectados por HCV e HIV

Para pacientes co-infectados por HCV e HIV recebendo
alfapeginterferona 2b em combinação com ribavirina, outros efeitos
indesejáveis foram reportados no estudo maior (Estudo 1):
neutropenia (26%), desenvolvimento de lipodistrofia (13%),
diminuição de linfócitos CD4 (8%), diminuição do apetite (8%),
aumento da gama-glutamiltransferase (9%), dor nas costas (5%),
rinite (5%), aumento da amilase sanguínea (6%), aumento do ácido
lático sanguíneo (5%), hepatite citolítica (6%), parestesia (5%) e
aumento da lipase (6%).

Valores laboratoriais para pacientes co-infectados por
HCV e HIV

Embora a toxicidade hematológica relacionada à neutropenia,
trombocitopenia e anemia ocorra mais frequentemente em pacientes
co-infectados por HCV e HIV, a maioria pode ser monitorada por
modificação da dose e raramente requer descontinuação prematura do
tratamento. No estudo maior (Estudo 1), a diminuição na contagem
absoluta de neutrófilos abaixo de 500 células/mm3 foi
observada em 4% (8/194) dos pacientes e diminuição de plaquetas
abaixo de 50.000/mm3 foi observada em 4% (8/194) dos
pacientes recebendo alfapeginterferona 2b em combinação com
ribavirina. Anemia (hemoglobina lt; 9,4 g/dL) foi relatada em 12%
(23/194) daqueles tratados com alfapeginterferona 2b em combinação
com a ribavirina.

Consulte a bula do medicamento antiretroviral a ser administrado
concomitantemente com a terapia para HCV para conhecimento e manejo
da toxicidade específica de cada produto e o potencial de
sobreposição de toxicidade com Alfapeginterferona 2B (substância
ativa) e ribavirina.

Dados Pós-Comercialização

Efeitos adversos raramente relatados com a alfainterferona 2b
incluíram: convulsões, pancreatite, hipertrigliceridemia, arritmia,
diabetes e neuropatia periférica.

Muito raramente, as alfainterferonas, incluindo
Alfapeginterferona 2B (substância ativa), usadas em monoterapia ou
em combinação com ribavirina podem ser associadas com anemia
aplástica ou aplasia de células vermelhas puras.

Outros efeitos adversos que podem estar associados à monoterapia
com Alfapeginterferona 2B (substância ativa) ou à terapia combinada
de Alfapeginterferona 2B (substância ativa) com ribavirina:

Doenças oftálmicas que têm sido raramente relatadas com
alfainterferonas incluem retinopatias (incluindo edema macular),
hemorragias na retina, obstrução da artéria ou veia da retina,
exsudatos algodonosos, perda da acuidade ou campo visual, neurite
óptica, papiledema e descolamento seroso de retina.

Os eventos adversos cardiovasculares, particularmente arritmia,
se mostraram correlacionados principalmente com doença
cardiovascular preexistente e com terapias prévias com agentes
cardiotóxicos. Cardiomiopatia, que pode ser reversível após a
descontinuação de alfainterferona, foi raramente relatada em
pacientes sem evidência anterior de doença cardíaca.

Após a comercialização de Alfapeginterferona 2B (substância
ativa), rabdomiólise, miosite, insuficiência renal e falência renal
foram raramente reportadas. Isquemia cardíaca, fibrose pulmonar,
infarto do miocárdio, isquemia cerebrovascular, hemorragia
cerebrovascular, encefalopatia, colite ulcerativa e isquêmica,
sarcoidose ou exacerbação desta, eritema multiforme, síndrome de
Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica e necrose do local de
injeção também foram raramente relatadas, diabetes, cetoacidose
diabética e hipertrigliceridemia também foram relatadas. Uma ampla
variedade de doenças autoimunes e imunomediadas tem sido relatada
com alfainterferonas, incluindo púrpura trombocitopênica idiopática
e trombótica, artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico,
vasculite, síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada.

Foram relatados casos de reações de hipersensibilidade aguda,
incluindo anafilaxia, urticária e angiodema.

Condições astênicas (incluindo astenia, indisposição e fadiga),
desidratação, paralisia facial, enxaqueca, dor de cabeça,
pensamentos homicidas, infecção bacteriana (incluindo septicemia),
hipotireoidismo e psoríase também foram relatadas.

Atenção: Este produto é um medicamento que possui nova
indicação terapêutica no país e, embora as pesquisas tenham
indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e
utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos
imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos
adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –
NOTIVISA, disponível em
” www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm”
ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Interação Medicamentosa do Pegintron
Redipen

Pó Liofilizado 80/100/120 mcg

Não foram observadas interações farmacocinéticas entre
Alfapeginterferona 2B (substância ativa) e ribavirina em um estudo
farmacocinético de doses múltiplas.

Efeito da alfapeginterferona 2b sobre medicamentos
administrados concomitantemente

A interação potencial de Alfapeginterferona 2B (substância
ativa) sobre os substratos de enzimas metabólicas foi avaliada em 4
estudos de farmacologia clínica. Em um estudo, uma dose única
subcutânea (1 mcg/kg) de Alfapeginterferona 2B (substância ativa)
não afetou as atividades de CYP1A2 (cafeína), CYP2C9 (tolbutamida),
CYP2D6 (dextrometorfano), CYP3A4 (midazolam) e N-acetiltransferase
(dapsona), conforme foi avaliado em indivíduos saudáveis (N =
12).

Nos outros 3 estudos, os efeitos de regimes de doses múltiplas
de Alfapeginterferona 2B (substância ativa) foram avaliados em
indivíduos com hepatite C (receberam dose de 1,5 mcg/semana) ou
indivíduos saudáveis (receberam dose de 1 mcg/semana ou 3
mcg/semana) (Tabela 7). Não se observou interação farmacocinética
clinicamente significativa entre Alfapeginterferona 2B (substância
ativa) e tolbutamida, midazolam ou dapsona; portanto, nenhum ajuste
de dose é necessário quando Alfapeginterferona 2B (substância
ativa) é administrado com medicamentos metabolizados por CYP2C9,
CYP3A4 e N-acetiltransferase.

A administração concomitante de Alfapeginterferona 2B
(substância ativa) com cafeína ou desipramina aumentou modestamente
a exposição da cafeína e da desipramina. Quando pacientes recebem
Alfapeginterferona 2B (substância ativa) com medicamentos
metabolizados por CYP1A2 ou CYP2D6, é improvável que o grau da
redução na atividade do citocromo P-450 apresente um impacto
clínico, exceto se tal coadministração for com medicamentos que
possuem uma margem terapêutica estreita.

Tabela 7. Efeito de Alfapeginterferona 2B (substância
ativa) sobre medicamentos administrados
concomitantemente

# Calculado a partir dos dados de urina coletados durante um
intervalo de 24 horas.

Tabela 8. Precauções para coadministração
(Alfapeginterferona 2B (substância ativa) deve ser administrado com
cautela quando coadministrado com os seguintes
medicamentos):

MedicamentosSinais, sintomas e
tratamento

Mecanismo e fatores de risco

Teofilina

A coadministração de
teofilina com Alfapeginterferona 2B (substância ativa) pode
aumentar as concentrações sanguíneas da teofilina. Recomenda-se
cautela na coadministração de teofilina com Alfapeginterferona 2B
(substância ativa). A bula da teofilina deve ser consultada quando
ela for coadministrada com Alfapeginterferona 2B (substância
ativa).

O metabolismo da teofilina é suprimido pela ação inibitória de
Alfapeginterferona 2B (substância ativa) sobre a CYP1A2.

Tioridazina

A coadministração de
tioridazina com Alfapeginterferona 2B (substância ativa) pode
aumentar as concentrações sanguíneas da tioridazina. Recomenda-se
cautela na coadministração de tioridazina com Alfapeginterferona 2B
(substância ativa). A bula da tioridazina deve ser consultada
quando ela for coadministrada com Alfapeginterferona 2B (substância
ativa).

O metabolismo da tioridazina é suprimido pela ação inibitória do
Alfapeginterferona 2B (substância ativa) sobre a CYP2D6.

Teofilina, antipirina, varfarina

Elevação das
concentrações sanguíneas destes medicamentos foi relatada na
administração em combinação com outras preparações de interferona
e, portanto, deve-se ter cautela.

O metabolismo de outros medicamentos pelo fígado pode ser
suprimido.

Zidovudina

Quando administrada em
combinação com outras preparações de interferona, o efeito
supressor na função da medula óssea pode aumentar e pode ocorrer
agravamento da redução das células sanguíneas, como redução das
contagens de leucócitos.

O mecanismo de ação é desconhecido, mas considera-se que ambos
os medicamentos apresentem efeitos depressores da medula óssea.

Terapia imunossupressora

Quando administrada em
combinação com outras preparações de interferona, o efeito da
terapia imunossupressora pode ser enfraquecido em pacientes
transplantados (rins, medula óssea etc.).

Considera-se que podem ser induzidas reações de rejeição ao
transplante.

Co-infecção por HCV e HIV

Análogos nucleosídeos

A ribavirina demonstrou in vitro inibir a
fosforilação da zidovudina e estavudina.

O significado clínico dessas descobertas não é conhecido. No
entanto, levantaram a possibilidade de que o uso concomitante da
ribavirina com zidovudina ou estavudina possa levar ao aumento do
HIV no plasma. Portanto, recomenda-se que os níveis plasmáticos
HIV-RNA sejam cuidadosamente monitorados em pacientes tratados
concomitantemente com ribavirina e um desses dois agentes. Se os
níveis de HIVRNA aumentarem, o uso da ribavirina associado com
inibidores de transcriptase reversa deve ser revisto (ver a bula da
ribavirina).

O uso de nucleosídeos, isolado ou em associação com outros
nucleosídeos, resulta em acidose láctica. Farmacologicamente, a
ribavirina aumenta os metabólitos fosforilados dos nucleosídeos de
purina in vitro. Essa atividade potencializa o risco de
acidose láctica induzida por nucleosídeos análogos da purina in
vitro
(por exemplo didanosina ou abacavir).

A co-administração de ribavirina e didanosina não é recomendada.
Foram relatados casos de toxicidade mitocondrial, em especial
acidose láctica e pancreatite, sendo algumas fatais (ver a bula da
ribavirina).

Pacientes co-infectados com o HIV e que estejam recebendo HAART
(terapia antiretroviral altamente ativa) podem correr um risco
maior de desenvolver acidose láctica.

Deve-se ter cautela quando se adicionar HAART a um tratamento
com Alfapeginterferona 2B (substância ativa) e ribavirina.

Pó Liofilizado 200/300 mcg

Medicamentos metabolizados pelo citocromo
P-450

Em 13 indivíduos saudáveis, foi medido o efeito da
alfapeginterferona 2b, administrada por via subcutânea na dose de 3
mcg/kg, sobre a farmacocinética de cafeína (CYP1A2), midazolam
(CYP3A4), tolbutamida (CYP2C9), e desipramina (CYP2D6).

Uma medição das atividades de CYP1A2, CYP3A4 e CYP2D6 foi
diminuindo à medida que a exposição a cafeína, midazolam e
desipramina aumentava, em aproximadamente 36%, 18%, e 30%,
respectivamente; ao passo que uma medição da atividade de CYP2C9
permaneceu a mesma quando a tolbutamida foi coadministrada com
alfapeginterferona 2b, indicando que a alfapeginterferona 2b pode
afetar fármacos metabolizados pelo CYP1A2 ou CYP2D6.

Uma medição da atividade de CYP2C9 (exposição à tolbutamida) não
apresentou alterações clinicamente significativas. Quando pacientes
recebem Alfapeginterferona 2B (substância ativa) com medicamentos
metabolizados pelo CYP1A2 ou CYP2D6, a amplitude da queda da
atividade do citocromo P-450 provavelmente não tem impacto clínico,
exceto quando há interação com fármacos que possuem estreita margem
terapêutica.

Ação da Substância Pegintron Redipen

Resultados de Eficácia

Pó Liofilizado 80/100/120 mcg

Estudos clínicos

Hepatite C Crônica

Pacientes sem tratamento prévio:

Os resultados de um estudo clínico Fase III, multicêntrico e
randomizado de grande porte demonstraram a eficácia e a segurança
de Alfapeginterferona 2B (substância ativa) para o tratamento de
hepatite C crônica. O objetivo desse estudo, incluindo 1.219
pacientes, foi avaliar a segurança e a eficácia em 48 semanas de
tratamento com 3 doses de Alfapeginterferona 2B (substância ativa)
(0,5; 1,0; 1,5 mcg/kg administradas uma vez por semana por via
subcutânea) vs alfainterferona 2b (3 milhões de UIs – MUI –
administradas por via subcutânea três vezes por semana).

Os pacientes elegíveis para esses estudos apresentavam hepatite
C crônica confirmada por ensaio de reação em cadeia de polimerase
(PCR) positiva para HCV-RNA (gt; 100 cópias/mL), biópsia hepática
compatível com o diagnóstico histológico de hepatite crônica sem
nenhuma outra causa detectável, bem como por ALT sérica
anormal.

As medidas primárias de eficácia no estudo clínico foram:
ausência de HCV-RNA (lt; 100 cópias/mL) (resposta virológica
sustentada) e normalização da ALT (resposta bioquímica) 6 meses
depois de completar 1 ano de tratamento. Usando-se a avaliação
virológica, todas as doses de Alfapeginterferona 2B (substância
ativa) no estudo clínico foram estatisticamente superiores à
alfainterferona 2b (Tabela 1).

* O HCV-RNA sérico é medido por reação em cadeia de polimerase
quantitativa com um limite inferior de detecção de 100 cópias/mL
(National Genetics Institute, Culver City, CA).
** Teste do qui-quadrado.

A qualidade de vida foi menos afetada com a dose de 0,5 mcg/kg
de Alfapeginterferona 2B (substância ativa) do que com 1,0 mcg/kg,
uma vez por semana, ou 3 milhões de UIs de alfainterferona 2b, três
vezes por semana.

Alfapeginterferona 2B (substância ativa) com
ribavirina:

Um estudo clínico randomizado (C/I98-580) foi realizado com a
combinação de Alfapeginterferona 2B (substância ativa) e
ribavirina. Nesse estudo, dois regimes de tratamento foram
comparados com a combinação de alfainterferona 2b + ribavirina.

Os pacientes elegíveis apresentavam hepatite C crônica
confirmada por ensaio de reação em cadeia de polimerase (PCR)
positiva para HCV-RNA (gt; 100 cópias/mL), biópsia hepática
compatível com o diagnóstico histológico de hepatite crônica sem
nenhuma outra causa detectável, bem como por ALT sérica
anormal.

Nesse estudo, 1.530 pacientes sem tratamento prévio foram
submetidos por um ano a um dos seguintes regimes:

  • Alfapeginterferona 2B (substância ativa) (1,5 mcg/kg/semana) +
    ribavirina (800 mg/dia), (n = 511).
  • Alfapeginterferona 2B (substância ativa) (1,5 mcg/kg/semana no
    período de um mês, seguido por 0,5 mcg/kg/semana por mais 11 meses)
    + ribavirina (1.000/1.200 mg/dia), (n = 514).
  • Alfainterferona 2b (3 MUI 3 vezes por semana) + ribavirina
    (1.000/1.200 mg/dia), (n = 505).

Alfapeginterferona 2B (substância ativa) com ribavirina foi
significativamente mais eficaz do que a combinação de
alfainterferona 2b e ribavirina, particularmente em pacientes
genótipo 1 (Tabela 2). A resposta virológica sustentada foi
analisada como sendo a taxa de resposta após 6 meses do final do
tratamento.

O genótipo do vírus da hepatite C (HCV) e a carga viral basal
são fatores conhecidos que afetam as taxas de resposta. Entretanto,
as taxas de resposta desse estudo mostraram ser dependentes também
da dose de ribavirina administrada na combinação.

As taxas de resposta naqueles pacientes que receberam gt; 10,6
mg/kg de ribavirina (dose de 800 mg em um paciente típico de 75
kg), independentemente da carga viral ou do genótipo, foram
significativamente maiores do que naqueles pacientes que receberam
10,6 mg/kg de ribavirina (Tabela 2). Nos pacientes que receberam
gt; 13,2 mg/kg de ribavirina, as taxas foram ainda maiores.

O benefício do Alfapeginterferona 2B (substância ativa) em
combinação com ribavirina foi evidente nos pacientes com cirrose em
desenvolvimento, estabelecida ou fibrose (55%) e para aqueles com
fibrose mínima (61%). Em pacientes com cirrose em desenvolvimento,
estabelecida ou fibrose, a taxa de resposta virológica sustentada
foi maior com Alfapeginterferona 2B (substância ativa) em
combinação com ribavirina do que com alfainterferona 2b também
combinada à ribavirina (55% vs 43%).

As taxas de resposta nesse estudo foram maiores nos pacientes
aderentes ao tratamento.

Independentemente do genótipo, os pacientes que receberam a
combinação de tratamento recomendada, durante um período gt;
80% do tempo total de tratamento com alfapeginterferona 2b e
ribavirina, tiveram uma maior resposta sustentada 6 meses após o
final do tratamento de 1 ano de duração comparada àqueles que
receberam lt; 80% do seu tratamento (72% vs. 46%).

Em um estudo clínico não-comparativo, 235 pacientes com genótipo
1 e baixa carga viral 2.000.000 cópias/mL) receberam 1,5 mcg/kg de
Alfapeginterferona 2B (substância ativa) por via subcutânea, uma
vez por semana, combinado com a ribavirina ajustada ao peso. A
taxa de resposta sustentada global após 24 semanas de tratamento
foi de 50%.

Quarenta e um por cento dos pacientes (97/235) tiveram níveis
plasmáticos de HCV-RNA não-detectáveis na Semana 4 e 24 do
tratamento. Nesse subgrupo, a taxa de resposta virológica
sustentada foi de 92% (89/97). A alta taxa de resposta sustentada
nesse subgrupo de pacientes foi identificada numa análise interina
(n = 49) e confirmada prospectivamente (n = 48).

Dados históricos limitados indicam que o tratamento por 48
semanas pode estar associado com uma alta taxa de resposta
sustentada (11/11) e com menor risco de recidiva (0/11 comparado a
7/96 após 24 semanas de tratamento).

P 1,5/R Alfapeginterferona 2B (substância ativa) combinado com
ribavirina (alfapeginterferona 2b 1,5 mcg/kg + ribavirina 800
mg).
P 0,5/R Alfapeginterferona 2B (substância ativa) combinado com
ribavirina (alfapeginterferona 2b 1,5 a 0,5 mcg/kg + ribavirina
1.000/1.200 mg).
I/R alfainterferona 2b 3 MUI + ribavirina 1.000/1.200 mg.

Um estudo randomizado de grande porte comparou a segurança e a
eficácia do tratamento por 48 semanas com dois regimes de
Alfapeginterferona 2B (substância ativa)/ribavirina
[Alfapeginterferona 2B (substância ativa) 1,5 mcg/kg e 1 mcg/kg por
via subcutânea uma vez por semana, ambos em combinação com
ribavirina 800 a 1.400 mg por via oral uma vez por dia (dividido em
duas doses)] e alfapeginterferona 2a 180 mcg por via subcutânea uma
vez por semana com ribavirina 1.000 a 1.200 mg por via oral uma vez
por dia (dividido em duas doses) em 3.070 adultos sem tratamento
prévio com hepatite C crônica genótipo 1.

A resposta ao tratamento foi definida como HCV-RNA indetectável
após 24 semanas pós-tratamento (ver Tabela 3).

Tabela 3 Resposta Viral no Término do Tratamento,
Resposta Viral Sustentada e Taxa de Recidiva*

* Ensaio PCR de HCV-RNA, com um menor limite de quantificação de
27 UI/mL.

Nos três grupos, as taxas da resposta viral sustentada foram
similares. Na maioria dos pacientes com fatores prognósticos
escassos, o tratamento com a terapia combinada de
Alfapeginterferona 2B (substância ativa) (1,5 mcg/kg)/ribavirina
resultou em uma maior taxa de resposta viral sustentada em
comparação com a dose de Alfapeginterferona 2B (substância ativa) 1
mcg/kg.

Para a dose de Alfapeginterferona 2B (substância ativa) 1,5
mcg/kg mais ribavirina, as taxas de resposta viral sustentada foram
menores em pacientes com cirrose, com níveis de ALT normais, com
nível basal de carga viral gt; 600.000 UI/mL e gt; 40 anos.

Os caucasianos tiveram uma maior taxa de resposta viral
sustentada em comparação com negros.

Entre os pacientes com HCV-RNA indetectável ao término do
tratamento, a taxa de recidiva foi de 24%. Neste estudo, a falta de
resposta viral precoce na Semana 12 do tratamento (HCV-RNA
indetectável ou redução gt; 2 log10 do nível
basal) foi o critério de descontinuação.

Em pacientes com HCV-RNA indetectável na semana 12 do tratamento
que receberam Alfapeginterferona 2B (substância ativa) (1,5
mcg/kg)/ribavirina, a taxa de resposta viral foi 81%
(328/407). 

Pacientes co-infectados por HCV e HIV:

Pacientes co-infectados por HCV e HIV Dois estudos clínicos
foram realizados em pacientes co-infectados por HCV e HIV. A
resposta ao tratamento para os dois estudos está na Tabela 4. O
Estudo 1 (RIBAVIC; P01017), multicêntrico e randomizado, envolveu
412 pacientes adultos com hepatite C crônica não tratados
previamente e coinfectados por HIV.

Os pacientes foram randomizados para receber alfapeginterferona
2b (1,5 mcg/kg/semana) mais ribavirina (800 mg/dia) ou
alfainterferona 2b (3 MUIs; 3x/semana) mais ribavirina (800 mg/dia)
por 48 semanas, com um período de acompanhamento de 6 meses.

O Estudo 2 (P02080) randomizado, com um único centro, envolveu
95 pacientes adultos não tratados previamente, com hepatite C
crônica co-infectados por HIV. Os pacientes foram randomizados para
receber Alfapeginterferona 2B (substância ativa) (100 ou 150
mcg/semana baseado no peso corpóreo) mais ribavirina (800 – 1200
mg/dia baseado no peso corpóreo) ou alfainterferona 2b (3 MUIs;
3x/semana) mais ribavirina (800 – 1200 mg/dia baseado no peso
corpóreo).

A duração da terapia foi de 48 semanas com um período de
acompanhamento de 6 meses, exceto para os pacientes infectados com
genótipos 2 ou 3 e carga viral lt; 800.000 UI/mL (Amplicor), que
foram tratados por 24 semanas com um período de acompanhamento de 6
meses.

a Valor de p baseado no teste de qui-quadrado de
Cochran-Mantel Haenszel.
b Valor de p baseado no teste de qui-quadrado.
c Pacientes lt; 75 kg receberam alfapeginterferona 2b
100 mcg/semana e pacientes gt; 75 kg receberam
alfapeginterferona 2b 150 mcg/semana.
d A dose de ribavirina foi 800 mg para pacientes
lt; 60 kg, 1.000 mg para pacientes 60 – 75 kg e 1.200 mg para
pacientes gt; 75 kg. 

Resposta Biológica:

Biópsias do fígado foram obtidas antes e depois do tratamento no
Estudo 1 e estavam disponíveis para 210 dos 421 pacientes (51%). O
escore de Metavir e o grau de Ishak diminuíram entre os pacientes
tratados com alfapeginterferona 2b em combinação com
ribavirina.

Esse declínio foi significativo entre os respondedores (-0.3
para Metavir e -1,2 para Ishak) e estável (-0,1 para Metavir e –0,2
para Ishak) entre os não-respondedores.

Em termos de atividade, cerca de 1/3 dos respondedores
sustentados mostrou melhora e nenhum mostrou agravamento. Houve
pouca mudança na fibrose, com aproximadamente a mesma proporção
mostrando melhora, assim como agravamento e a maioria não mostrou
alteração.

A esteatose melhorou significativamente em pacientes infectados
com HCV genótipo 3.

Retratamento com Alfapeginterferona 2B (substância
ativa) e ribavirina em estudo clínico envolvendo pacientes com
falha no tratamento anterior:

Em um estudo clínico não-comparativo, 2.293 pacientes com
fibrose de moderada a grave que apresentaram falha no tratamento
anterior com a associação de alfainterferona e ribavirina foram
retratados com Alfapeginterferona 2B (substância ativa), 1,5 mcg/kg
por via subcutânea, uma vez por semana em combinação com a
ribavirina ajustada ao peso.

Todos os pacientes foram tratados por 48 semanas e acompanhados
por mais 24 semanas no pós-tratamento.

A maioria era do sexo masculino (71%), caucasiana (84%) e tinha
um peso médio de aproximadamente 81 kg. Todos os pacientes tinham
fibrose hepática de moderada a avançada ou eram cirróticos. A
maioria dos não respondedores anteriores envolvidos eram infectados
com HCV genótipo 1 (80%) e tinha alta carga viral (gt; 600.000
UI/mL; 63%).

Aproximadamente um quarto dos indivíduos (28%) teve recidiva
para a terapia prévia baseada em interferona. As características
demográficas foram similares em pacientes que receberam terapia de
combinação anterior com alfainterferona, alfapeginterferona 2b e
alfapeginterferona 2a.

A (RVS) resposta virológica sustentada ao tratamento foi
definida como HCV-RNA indetectável nas 24 semanas pós-tratamento
(Tabela 5).

Aproximadamente 36% dos pacientes tinham níveis indetectáveis de
HCV-RNA no plasma na Semana 12 da terapia. Nesse subgrupo, houve
uma taxa de 56% (463/823) de resposta virológica sustentada.

A previsibilidade da resposta nesse subgrupo foi associada ao
grau de fibrose e ao genótipo. Pacientes com baixa pontuação de
fibrose ou que eram genótipos 2 ou 3 tinham uma maior probabilidade
de alcançar a resposta sustentada.

Características basais

RVS (%)

Características basais

HCV-RNA negativo na Semana 12 (n = 823)

Genótipo do HCV

  
114,6 (270/1846)

48,3 (245/507)

258,7 (44/75)

75,9 (44/58)

354,5 (159/292)

68,2 (152/223)

428,4 (19/67)

62,1 (18/29)

Escore METAVIR

  
F229,2 (191/653)

64,2 (174/271)

F321,9 (147/672)

58,7 (142/242)

F416,5 (159/966)

47,6 (147/309)

Carga viral basal

  

gt; 600.000 UI/mL

16,6 (239/1441)

50,9 (220/432)

lt;600.000 UI/mL 3

30,2 (256/848)

62,0 (241/389)

Terapia anterior

  

Alfainterferona + Ribavirina

24,5 (348/1423)

59,4 (326/549)

Alfapeginterferona + Ribavirina

17,3 (149/863)

50,4 (137/272)

Resposta ao tratamento prévio

  

Não respondedores

13,6 (188/1385)

54,4 (173/318)

Recidivantes

37,7 (243/645)

55,9 (226/404)

Resultado geral

21,7 (IC 99%
19,5-23,9)

56,4 (IC 95% 53,0 – 59,8)

Os pacientes que não apresentaram negativação ou
queda gt; 2 log10 do HCV na Semana 12
foram retirados do esquema de tratamento (alfapeginterferona 2b 1,5
mcg/kg/sem + ribavirina 800 – 1.400 mg/dia) e randomizados para os
protocolos de terapia de manutenção. Independentemente do genótipo,
os pacientes previamente tratados que não alcançaram níveis
indetectáveis de HCV-RNA na semana 12 têm grande chance de não
alcançar RVS, nesse caso a descontinuação da terapia deve ser
considerada. 

Dados de eficácia a longo prazo:

Um estudo de acompanhamento a longo-prazo envolveu 567 pacientes
pós-tratamento em avaliação anterior com alfapeginterferona 2b (com
ou sem ribavirina). O objetivo era avaliar a durabilidade da
resposta viral sustentada (RVS) e seu impacto da negatividade viral
contínua nos resultados clínicos.

Trezentos e vinte e sete (327) pacientes completaram pelo menos
5 anos de acompanhamento a longo prazo e somente 4 dos 366 dos
respondedores sustentados tiveram recidiva durante o estudo.

A estimativa Kaplan-Meier para a resposta sustentada contínua
durante 5 anos para todos os pacientes é 99% (IC 95%: 97-100%). A
RVS pós-tratamento da HCV crônica com alfapeginterferona 2b (com ou
sem ribavirina) resulta em uma depuração a longo prazo do vírus,
provendo a interrupção da infecção hepática e a “cura” clínica da
HCV crônica. Entretanto, isto não impossibilita a ocorrência de
eventos hepáticos em pacientes com cirrose (incluindo
hepatocarcinoma).

Hepatite B Crônica

Três estudos chave sobre hepatite B crônica foram realizados com
Alfapeginterferona 2B (substância ativa) e demonstraram sua
eficácia e segurança em combinação ou não com a lamivudina.

Um estudo randomizado duplo-cego multicêntrico internacional
concluiu que o tratamento com Alfapeginterferona 2B (substância
ativa) é eficaz na hepatite B crônica HBeAg-positivo, enquanto a
associação com lamivudina não aumentou sua eficácia (Tabela 6).
Trezentos e sete pacientes foram randomizados para serem tratados
durante 52 semanas com Alfapeginterferona 2B (substância ativa) em
monoterapia (100 mcg/semana por 32 semanas, seguidos por 50
mcg/semana até o final do tratamento), ou Alfapeginterferona 2B
(substância ativa) em associação com lamivudina (100 mg/dia) por 52
semanas.

As análises foram baseadas na população com intenção de
tratamento modificado de 266 pacientes, 21% dos quais receberam
terapia anterior com interferona e 12% com lamivudina. A medida da
eficácia primária foi a resposta sustentada indicada pela perda de
HbeAg no final das 26 semanas de acompanhamento.

Um estudo realizado em Hong Kong (H Chan et al, publicado na
Annals of Int Med, vol. 142, Feb 2005) envolveu 100 pacientes com
hepatite B crônica HBeAg-positivo sem tratamento anterior que foram
randomizados em uma proporção de 1:1 para um regime escalonado da
associação de Alfapeginterferona 2B (substância ativa) (1,5
mcg/kg/semana com dose máxima de 100 mcg/semana) administrado por
32 semanas com lamivudina (100 mg/dia) por 52 semanas, ou para
lamivudina (100 mg/dia) isolada por 52 semanas.

O objetivo primário foi a resposta virológica sustentada
(conversão sérica de HBeAg e nível de HBV-DNA lt; 500.000
cópias/mL) na Semana 24 do acompanhamento. A resposta virológica
sustentada foi de 36% para a associação e de 14% para a monoterapia
com lamivudina, indicando uma clara superioridade quando se associa
Alfapeginterferona 2B (substância ativa).

Outros 230 pacientes com hepatite B crônica HBeAg-positivo em um
estudo realizado em 6 centros na China (HBV-P02775) foram
randomizados em uma proporção de 1:1 para receber
Alfapeginterferona 2B (substância ativa) 1,0 mcg/kg/semana ou
alfainterferona 2b 3 MUIs 3 vezes por semana por 24 semanas.

Oitenta e sete por cento dos pacientes envolvidos não haviam
sido tratados anteriormente. Setenta e quatro por cento (170/230)
dos pacientes nesse estudo eram genótipo C, de mais difícil
tratamento.

A perda de HBeAg no final da Semana 24 foi encontrada em 24%
(28/115) daqueles tratados com Alfapeginterferona 2B (substância
ativa) vs 14% (16/115) com interferona convencional. No subgrupo de
genótipo C, a perda de HBeAg foi de 18% e de 8% para
Alfapeginterferona 2B (substância ativa) e interferona
convencional, respectivamente.

Pó Liofilizado 200/300 mcg

Em um estudo pivotal para melanoma, 1.256 pacientes com melanoma
estágio III foram distribuídos de maneira randômica para tratamento
adjuvante com Alfapeginterferona 2b (substância ativa) (n =
627) ou apenas para observação (n = 629) dentro de 70 dias após
dissecação do linfonodo regional (população com intenção de
tratamento). Os pacientes no grupo de Alfapeginterferona 2b
(substância ativa) foram tratados por 84 dias após a
cirurgia.

O desfecho primário foi Sobrevida Livre de Recidiva (SLR),
definido como o tempo desde que vai da distribuição randômica até a
primeira data de uma eventual recidiva (local, regional, em
trânsito ou distante) ou morte por qualquer causa. Os desfechos
secundários incluíram Sobrevida Livre de Metástase Distante (SLMD),
definido como o tempo que vai da distribuição randômica até a
primeira data de metástase distante ou morte por qualquer causa, e
Sobrevida Global (SG).

Os pacientes no grupo de Alfapeginterferona 2b (substância
ativa) receberam uma dose de 6 mcg/kg por via subcutânea (SC)
uma vez por semana durante um período de indução de 8 semanas e, em
seguida, receberam uma dose de manutenção de 3 mcg/kg SC uma vez
por semana para manter uma escala de desempenho do Eastern
Cooperative Oncology Group (ECOG PS) de 0 a 1 enquanto tolerada por
um período total de tratamento de até 5 anos. Os pacientes
distribuídos de maneira randômica no grupo observacional não
receberam tratamento.

Os pacientes receberam tratamento de indução por um período
médio de 7,1 semanas e mediana de 8,0 semanas com intervalo de 1 a
13,3 semanas. Noventa e quatro pacientes (16%) não participaram da
fase de manutenção. Os pacientes receberam tratamento de manutenção
por uma média de 23,3 meses e mediana de 14,3 meses com intervalo
de 0,03 a 60,2 meses. Após 12 meses da distribuição randômica, 51%
dos pacientes mantinham-se sob tratamento ativo. Nos anos 4 e 5,
aproximadamente 21% permaneceram em tratamento.

A Taxa de Risco (TR) para SLR foi de 0,82 [IC 95% (0,71-0,96); P
= 0,011, teste de log-rank não ajustado] em favor do tratamento com
Alfapeginterferona 2b (substância ativa). As curvas de Kaplan-Meier
começaram a se separar em aproximadamente 3 meses, mantendo-se
separadas até o final do estudo (Figura 1).

A SLR média foi de 34,76 meses e 25,53 meses para os grupos
Alfapeginterferona 2b (substância ativa) e observacional,
respectivamente (diferença de 9,2 meses).

As taxas livre de recidiva de 4 anos foram de 46% e 39% para
pacientes nos grupos de Alfapeginterferona 2b (substância
ativa) e observacional, respectivamente.

Figura 1 Curvas de Kaplan-Meier para SLR na população
com intenção de tratamento (em meses)

A melhora da SLR foi mais pronunciada nos pacientes com um menor
envolvimento tumoral nos linfonodos baseada em subgrupos
predefinidos. Para o subgrupo de pacientes com linfonodo
(microscópico) não palpável clinicamente, a TR para SLR foi de 0,73
[IC 95% (0,57-0,94); P = 0,016, teste de log-rank] a favor do
tratamento com Alfapeginterferona 2b (substância ativa), em
comparação com 0,86 [IC 95% (0,72- 1,04)] em pacientes com nódulos
clinicamente palpáveis. Da mesma forma, a TR em pacientes com um
linfonodo positivo foi de 0,71 [IC 95% (0,57-0,90)] em comparação
com 0,94 [IC 95% (0,77-1,15)] em pacientes com mais de um linfonodo
positivo.

A curva de Kaplan-Meier para o subgrupo de pacientes com
linfonodos microscópicos não palpáveis se separa em torno de 12
meses, aumentando gradualmente esta separação ao longo do período
de estudo (veja Figura 2).

Figura 2 Curvas de Kaplan-Meier para SLR no subgrupo de
pacientes com linfonodos microscópicos não palpáveis (em
meses)

A TR para SLMD foi de 0,88 ([IC 95% (0,75-1,03); P = 0,107,
teste de log-rank] a favor do tratamento com Alfapeginterferona 2b
(substância ativa). Um aumento do tempo médio da SLMD de 9,4 meses
é consistente com o aumento de 9,2 meses na mediana de SLR. Como
observado para SLR, o efeito parece ser mais evidente em pacientes
com menor envolvimento tumoral nos linfonodos.

Alfapeginterferona 2b (substância ativa) utilizado como
tratamento adjuvante não foi associado com nenhum benefício na
Sobrevida Global (SG), com TR de 0,98 [IC 95% (0,82-1,16)].

Figura 3 Sobrevida livre de recidiva da população ITT e
subgrupos

A análise de SLR do subgrupo por subconjuntos de estratificação
(excluindo instituição) e idade demonstra consistência no efeito
(Figura 3).

Características Farmacológicas

Pó Liofilizado 80/100/120 mcg

Ações

Estudos in vitro e in vivo sugerem que a
atividade biológica da alfapeginterferona 2b é consequência de seu
componente alfainterferona 2b.

As interferonas exercem suas atividades celulares ligando-se a
receptores específicos na membrana da superfície celular. Estudos
com outras interferonas demonstraram especificidade por espécie. No
entanto, certas espécies de macacos, p. ex., Rhesus, são
suscetíveis à estimulação farmacodinâmica quando são expostas a
interferonas humanas do tipo 1.

Depois de ligada a seus receptores na membrana celular, a
interferona inicia uma sequência complexa de eventos intracelulares
que incluem a indução de determinadas enzimas. Considera-se que
esse processo, pelo menos em parte, seja responsável por diversas
respostas celulares à interferona, inclusive inibição da replicação
viral em células infectadas por vírus, inibição da proliferação
celular e atividades imunomoduladoras, como aumento da atividade
fagocítica de macrófagos e aumento da citotoxicidade específica dos
linfócitos nas células-alvo.

Qualquer uma dessas atividades ou todas elas podem contribuir
para os efeitos terapêuticos da interferona.

A alfainterferona 2b recombinante também inibe a replicação
viral in vitro e in vivo. Embora o seu modo de
ação antiviral exato seja desconhecido, parece que a
alfainterferona 2b recombinante altera o metabolismo celular do
hospedeiro. Essa atividade inibe a replicação viral ou, se a
replicação ocorrer, os vírions descendentes serão incapazes de
deixar a célula.

Toxicologia pré-clínica

Alfapeginterferona 2b

Os eventos adversos não observados nos estudos clínicos não
ocorreram nos estudos de toxicidade em macacos. Efeitos
significativos em macacos incluíram leucopenia. Esses estudos foram
limitados a 4 semanas por causa do aparecimento de anticorpos
anti-interferona na maioria dos macacos.

Não foram realizados estudos de reprodução com
alfapeginterferona 2b. Uma vez que a alfainterferona 2b se mostrou
abortiva em primatas, a alfapeginterferona 2b provavelmente também
provoca esse efeito. Os efeitos sobre a fertilidade não foram
determinados. A alfapeginterferona 2b não mostrou nenhum potencial
genotóxico

A não-toxicidade do monometoxi-polietilenoglicol (mPEG), que é
parte da molécula da alfapeginterferona 2b, foi demonstrada em
estudos pré-clínicos agudos e subcrônicos em roedores e macacos,
estudos de desenvolvimento embriofetal padronizados e em estudos de
mutagenicidade in vitro.

Peginterferona com ribavirina (segurança
pré-clínica)

A alfapeginterferona 2b, quando usada em combinação com
ribavirina, não causou nenhum efeito não observado previamente com
outra substância ativa ou mesmo isoladamente. A maioria dos eventos
relacionados ao tratamento foi anemia leve a moderada reversível e
a gravidade desses efeitos foi maior do que quando o tratamento foi
realizado com a substância ativa isoladamente.

Farmacológica clínica

A alfapeginterferona 2b é um conjugado covalente de
alfainterferona 2b recombinante com monometoxipolietilenoglicol. O
peso molecular médio da molécula é de aproximadamente 31.300
dáltons.

Os estudos in vitro e in vivo sugerem que a
atividade biológica da alfapeginterferona 2b é derivada da molécula
de alfainterferona 2b.

A alfainterferona 2b recombinante é obtida a partir de um clone
de E. coli que abriga um plasmídio híbrido construído por
engenharia genética que contém o gene de alfainterferona 2b de
leucócitos humanos.

Farmacodinâmica

A farmacodinâmica da alfapeginterferona 2b foi avaliada em
estudo com dose única crescente em indivíduos saudáveis,
examinando-se as alterações da temperatura oral, das concentrações
de proteínas efetoras como neopterina sérica e do número de
leucócitos e neutrófilos.

Os indivíduos tratados com alfapeginterferona 2b apresentaram
discretas elevações de temperatura corporal e níveis de neopterina
e redução do número de leucócitos e neutrófilos relacionada à
dose.

Farmacocinética

A alfapeginterferona 2b é um polietilenoglicol modificado
(‘peguilado’) derivado da alfainterferona 2b, composto
predominantemente por formas monopeguiladas. A meia-vida plasmática
da alfapeginterferona 2b é prolongada em comparação com a da
alfainterferona 2b. Os níveis de Cmáx e AUC da
alfapeginterferona 2b aumentam conforme a dose.

Após administração subcutânea, as concentrações séricas máximas
ocorrem entre 15 – 44 horas após a administração e são mantidas por
48 – 72 horas. O volume médio de distribuição aparente é de 0,99
L/kg. Com administração múltipla, existe um acúmulo de interferonas
imunorreativas.

A meia-vida média de eliminação da alfapeginterferona 2b é de
aproximadamente 40 horas, com depuração aparente de 22,0 mL/h.kg.
Os mecanismos envolvidos na depuração das interferonas no homem
ainda não foram completamente elucidados. No entanto, a eliminação
renal pode ser responsável pela menor parte (aproximadamente 30%)
da depuração aparente da alfapeginterferona 2b.

Fatores neutralizantes de interferona

Ensaios com fatores neutralizantes de interferona foram
realizados em amostras de soro de pacientes que receberam
alfapeginterferona 2b no estudo clínico. Fatores neutralizantes de
interferona são anticorpos que neutralizam a atividade antiviral da
interferona. A incidência clínica desses fatores em pacientes que
receberam alfapeginterferona 2b na dose de 0,5 mcg/kg foi de 1,1% e
na dose de 1,5 mcg/kg foi de 2 a 3%.

Populações Especiais

Função renal:

A depuração renal parece ser responsável por 30% da depuração
total de alfapeginterferona 2b. Em estudo com dose única (1,0
mcg/kg) em pacientes com função renal comprometida, a
Cmáx, a AUC e a meia-vida aumentaram conforme o grau de
comprometimento renal.

Após doses múltiplas de Alfapeginterferona 2B (substância ativa)
(1 mcg/kg/semana administrado por via subcutânea por 4 semanas), a
depuração sofre redução média de 17% em pacientes com insuficiência
renal moderada (depuração de creatinina 30 – 49 mL/min) e de 44% em
pacientes com insuficiência renal grave (depuração de creatinina 10
– 29 mL/min), em comparação com aqueles com função renal normal. A
depuração foi similar em pacientes com insuficiência renal grave
que estavam, ou não, recebendo hemodiálise.

A dose de Alfapeginterferona 2B (substância ativa) em
monoterapia deve ser reduzida em pacientes com insuficiência renal
moderada ou grave.

Função hepática:

A farmacocinética de alfapeginterferona 2b não foi avaliada em
pacientes com disfunção hepática grave. Portanto,
Alfapeginterferona 2B (substância ativa) não deve ser administrado
nesses pacientes.

Pacientes idosos com 65 anos de idade ou
mais:

Não existe relação aparente entre a idade e a farmacocinética de
Alfapeginterferona 2B (substância ativa). Entretanto, assim como em
pacientes mais jovens, deve-se determinar a função renal antes da
administração de Alfapeginterferona 2B (substância ativa).

Pacientes com menos de 18 anos:

Não foram realizadas avaliações farmacocinéticas específicas
nesses pacientes. Alfapeginterferona 2B (substância ativa) é
indicado para o tratamento da hepatite C crônica em pacientes com
18 anos de idade ou mais.

Estudo de interação com metadona:

A farmacocinética da administração concomitante de metadona e
Alfapeginterferona 2B (substância ativa) foi avaliada em 18
pacientes com hepatite C crônica, que ainda não haviam sido
tratados com alfapeginterferona 2b e estavam recebendo
Alfapeginterferona 2B (substância ativa) 1,5 mcg/kg/semana por via
subcutânea.

Todos os pacientes receberam terapia de manutenção com metadona
(gt; 40 mg/dia), antes de iniciar a terapia com Alfapeginterferona
2B (substância ativa). A área sob a curva (AUC) média de metadona
foi aproximadamente 16% maior após 4 semanas de tratamento com
Alfapeginterferona 2B (substância ativa) comparada com os dados
basais.

Pó Liofilizado 200/300 mcg

A alfapeginterferona 2b é um conjugado covalente de
alfainterferona 2b recombinante com monometoxipolietilenoglicol
(mPEG). O peso molecular médio desta molécula é de aproximadamente
31.300 daltons. A alfainterferona 2b é obtida a partir de um clone
de E. coli, que provavelmente abriga um plasmídeo híbrido
geneticamente modificado compreendendo um gene de alfainterferona
2b de leucócitos humanos.

Mecanismo de ação

Estudos in vitro e in vivo sugerem que a
atividade biológica da alfapeginterferona 2b é consequência de seu
componente alfainterferona 2b.

As interferonas exercem suas atividades celulares ligando-se a
receptores específicos na membrana da superfície celular.

Depois de ligar-se aos receptores na membrana celular, a
interferona inicia uma sequência complexa de eventos intracelulares
que inclui a indução de determinadas enzimas. Considera-se que esse
processo, pelo menos em parte, seja responsável por diversas
respostas celulares à interferona, inclusive inibição da replicação
viral em células infectadas por vírus, inibição da proliferação
celular e atividades imunomoduladoras, como aumento da atividade
fagocítica de macrófagos e aumento da citotoxicidade específica dos
linfócitos nas células-alvo.

Qualquer uma dessas atividades ou todas elas podem contribuir
para os efeitos terapêuticos da interferona. A habilidade da
alfapeginterferona 2b de inibir o crescimento do melanoma in
vivo
pode envolver (direta ou indiretamente) um ou mais
efeitos biológicos mencionados anteriormente. A alfainterferona 2b
recombinante também inibe a replicação viral in vitro e
in vivo, embora o seu modo de ação antiviral exato seja
desconhecido.

Toxicologia Pré-clínica

Alfapeginterferona 2b

Não houve qualquer evento adverso observado nos estudos clínicos
que não tenha sido observado nos estudos de toxicidade em macacos.
Efeitos significativos em macacos incluíram leucopenia. Esses
estudos foram limitados a 4 semanas por causa do aparecimento de
anticorpos anti-interferona na maioria dos macacos.

Não foram realizados estudos de reprodução com
alfapeginterferona 2b. Uma vez que a alfainterferona 2b se mostrou
abortiva em primatas, a alfapeginterferona 2b provavelmente também
provoca esse efeito. Os efeitos sobre a fertilidade não foram
determinados. A alfapeginterferona 2b não mostrou nenhum potencial
genotóxico.

A não-toxicidade do monometoxi-polietilenoglicol (mPEG), que é
parte da molécula da alfapeginterferona 2b, foi demonstrada em
estudos de toxicidade pré-clínicos agudos e subcrônicos em roedores
e macacos, estudos de desenvolvimento embriofetal padronizados e em
estudos de mutagenicidade in vitro.

Carcinogênese

Alfapeginterferona 2b (substância ativa) não foi testado
quanto ao seu potencial carcinogênico.

Mutagênese

Nem a alfapeginterferona 2b ou seus componentes, interferona ou
metoxipolietilenoglicol, causaram danos ao DNA quando testados em
uma bateria de testes padrão de mutagênese, na presença e ausência
de ativação metabólica.

Reprodução

Alfapeginterferona 2b (substância ativa) pode comprometer a
fertilidade humana. Foram observados ciclos menstruais irregulares
em macacos cinomolgos fêmeas que receberam injeções subcutâneas de
4.239 mcg/m2 de alfapeginterferona 2b isolada, em dias
alternados, por um mês (aproximadamente 72 a 144 vezes a dose
humana semanal recomendada com base na área de superfície
corporal).

Esses efeitos incluíram redução transitória nos níveis séricos
de estradiol e progesterona, que sugerem a anovulação.

Os ciclos menstruais normais e os níveis de hormônio sérico se
recuperaram nesses animais 2 a 3 meses após a interrupção do
tratamento com alfapeginterferona 2b.

Doses de 262 mcg/m2 em dias alternados
(aproximadamente 3,5 a 7 vezes a dose humana semanal) não tiveram
efeitos na duração do ciclo ou no estado dos hormônios de
reprodução. Os efeitos de Alfapeginterferona 2b (substância
ativa) na fertilidade masculina não foram estudados.

Desenvolvimento

Não há estudos adequados e bem controlados de Alfapeginterferona
2b (substância ativa) em mulheres grávidas. A alfainterferona
2b não peguilada foi abortiva em Macaca mulatta (macacos rhesus) em
15 e 30 milhões de unidades internacionais (UI)/kg (dose
equivalente humana estimada de 5 a 10 milhões UI/kg, com base no
ajuste de área de superfície corporal para um adulto com 60
kg).

A dose equivalente humana estimada de alfainterferona 2b de 5 a
10 milhões de UI/kg diariamente representa 79 a 158 mcg/kg de dose
semanal, aproximadamente 13 a 26 vezes a dose terapêutica de 6
mcg/kg semanal de Alfapeginterferona 2b (substância ativa). Deve-se
utilizar Alfapeginterferona 2b (substância ativa) durante a
gravidez somente se o benefício potencial justificar o risco
potencial para o feto.

Farmacológica Clínica

Classe Terapêutica

A alfainterferona 2b é uma proteína produzida por técnicas de
DNA recombinante. Membro da classe alfa das interferonas, essa
proteína é obtida a partir da fermentação bacteriana de uma
linhagem de E. coli, contendo um plasmídio geneticamente modificado
com um gene alfainterferona 2b de leucócitos humanos.

Mecanismo de Ação

A alfapeginterferona 2b é uma citocina pleiotrópica; o mecanismo
pelo qual exerce seus efeitos em pacientes com melanoma é
desconhecido.

Farmacodinâmica

A farmacodinâmica da alfapeginterferona 2b foi avaliada em
estudo com dose única crescente em indivíduos saudáveis,
examinando-se as alterações da temperatura oral, das concentrações
de proteínas efetoras como neopterina sérica, bem como o
número de leucócitos e neutrófilos. Os indivíduos tratados com
alfapeginterferona 2b apresentaram discretas elevações da
temperatura corporal e dos níveis de neopterina e redução do número
de leucócitos e neutrófilos relacionadas à dose.

Farmacocinética

Introdução geral:

A peguilação da alfainterferona 2b resulta em um produto cuja
depuração é menor que a da alfainterferona 2b não peguilada. Quando
comparada à alfainterferona 2b, a alfapeginterferona 2b (1 mcg/kg)
tem uma depuração aparente média aproximadamente sete vezes menor e
uma meia-vida média cinco vezes maior, o que permite uma redução da
frequência de doses. Sob doses terapêuticas efetivas, a
alfapeginterferona 2b tem aproximadamente uma Cmáx dez
vezes maior e uma AUC cinquenta vezes maior que a alfainterferona
2b.

Absorção:

Após uma dose única subcutânea de alfapeginterferona 2b, a
meia-vida de absorção média (t1/2 ka) foi de 4,6 horas. As
concentrações plasmáticas máximas (Cmáx) ocorrem entre
15 e 44 horas após a dose, e são mantidas por até 48 a 72 horas. Os
valores de Cmáx e AUC da alfapeginterferona 2b aumentam
proporcionalmente à dose.

Após doses múltiplas, há um aumento na biodisponibilidade da
alfapeginterferona 2b. As concentrações mínimas médias na Semana 48
(320 pg/mL; faixa 0,2960) são aproximadamente três vezes maiores
que as concentrações mínimas médias na Semana 4 (94 pg/mL; faixa
0,416) em indivíduos com hepatite C crônica.

A farmacocinética foi estudada em 32 pacientes que receberam
terapia adjuvante para melanoma com alfapeginterferona 2b de acordo
com a dose e o esquema recomendados (6 mcg/kg/semana por 8 doses,
seguido de 3 mcg/kg/semana).

Sob uma dose de 6 mcg/kg/semana uma vez por semana, a média
geométrica da Cmáx foi de 4,4 ng/mL (CV 51%) e a média
geométrica da AUC (tau) foi de 430 ng . h/mL (CV 35%) na semana 8.
A acumulação média da Semana 1 até a Semana 8 foi de 1,7. Após a
administração de 3 mcg/kg/semana uma vez por semana, a média
geométrica da Cmáx foi de 2,5 ng/mL (CV 33%) e a média
geométrica da AUC (tau) foi de 228 ng . h/mL (CV 24%) na Semana
4.

Distribuição:

O volume de distribuição aparente médio é aproximadamente de 1
L/kg.

Metabolismo:

A alfapeginterferona 2b pode despeguilar-se em alfainterferona
2b livre e está sujeita ao metabolismo proteico.

Eliminação:

A eliminação renal é responsável por 30% da depuração.

Em pacientes que recebem terapia adjuvante para melanoma com
alfapeginterferona 2b na dose de 6 mcg/kg/semana uma vez por
semana, a meia-vida terminal média foi cerca de 51 horas (CV 18%)
na Semana 8. Após administração de 3 mcg/kg/semana uma vez por
semana, a meia-vida terminal média foi cerca de 43 horas (CV
19%).

Populações Especiais

Insuficiência renal:

Foram conduzidos estudos em indivíduos com insuficiência renal
em duas doses: 1,0 mcg/kg e 4,5 mcg/kg.

 A área média sob a curva de concentração x tempo
(AUCfinal) após uma dose única de 1 mcg/kg de alfapeginterferona 2b
aumentou 1,3, 1,7, e 1,9 vezes em indivíduos com insuficiência
renal leve (depuração de creatinina: 50-79 mL/min/1,73m2
), moderada (depuração de creatinina: 30-50
mL/min/1,73m2 ) e grave (depuração de creatinina:
10-29mL/min/1,73 m2 ), respectivamente. Após doses
múltiplas, a AUCtau média aumentou 1,3 vezes na insuficiência renal
moderada e 2,1 vezes na insuficiência renal grave.

A Cmáx na Semana 4 aumentou 1,8 vezes na
insuficiência renal grave, mas nenhuma diferença foi observada na
insuficiência renal moderada. Nenhuma quantidade clinicamente
significativa de alfapeginterferona 2b foi removida durante
hemodiálise.

A AUCfinal após dose única de alfapeginterferona 2b em 4,5
mcg/kg aumentou em 1,4 e 2,1 vezes em indivíduos com insuficiência
renal moderada (depuração de creatinina 30-49
mL/min/1,73m2 ) e grave (depuração de creatinina lt;30
mL/min/1,73m2 ), respectivamente. O aumento na exposição
após uma dose de 4,5 mcg/kg em indivíduos com insuficiência renal
moderada e grave é similar à observada após uma dose de 1,0
mcg/kg/semana, sugerindo que a magnitude do efeito não é
dose-dependente.

Portanto, a dose de Alfapeginterferona 2b (substância ativa)
deve ser reduzida para 25% e 50% em pacientes com insuficiência
renal moderada e grave, respectivamente.

Insuficiência hepática:

Alfapeginterferona 2b (substância ativa) não foi avaliado
em pacientes com disfunção hepática.

Pacientes idosos:

Os estudos clínicos de Alfapeginterferona 2b (substância
ativa) não incluíram um número suficiente de indivíduos com
idade de 65 anos ou mais para determinar se eles respondem
diferentemente dos indivíduos mais jovens.

Pacientes pediátricos:

A segurança e a eficácia de Alfapeginterferona 2b (substância
ativa) nestes pacientes não foram avaliadas.
Alfapeginterferona 2b (substância ativa) não é recomendado
para uso em crianças e adolescentes com idade abaixo de 18
anos.

Etnia:

O impacto da etnia na farmacocinética de Alfapeginterferona 2b
(substância ativa) não foi avaliado.

Gênero:

Durante o período de tratamento de 48 semanas com
alfapeginterferona 2b, nenhuma diferença nos perfis
farmacocinéticos foi observada entre indivíduos masculinos e
femininos com infecção por hepatite C.

Pegintron-Redipen, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.