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Oxycontin

Como o Oxycontin funciona?


Oxycontin é um opióide que atua como analgésico com ação
semelhante à da morfina.

Contraindicação do Oxycontin

Oxycontin comprimidos é contraindicado em pacientes com
conhecida hipersensibilidade à oxicodona, ou em situações nas quais
os opióides são contraindicados. Incluem-se os pacientes com
significativa depressão respiratória (em quadros sem controle, ou
na ausência de equipamentos de reanimação), bem como pacientes com
asma brônquica ou na hipercapnia aguda ou severa.

Oxycontin comprimidos é contraindicado em pacientes acometidos
ou que apresentem suspeita de íleo paralítico.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas e durante a lactação sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Como usar o Oxycontin

Os comprimidos de liberação controlada e oxycontin devem ser
deglutidos inteiros, não devendo ser fracionados, mastigas nem
triturados. A ingestão de comprimidos fracionados, mastigados ou
triturados poderá provocar uma liberação rápida de oxicodona, com
absorção de dose potencialmente fatal.

A natureza da liberação controlada da formulação permite que
Oxycontin comprimidos seja administrado a cada 12 horas. Embora a
dosagem simétrica (doses matinais e vespertinas iguais) a cada 12
horas seja adequada para a maioria dos pacientes, alguns deles
poderão beneficiar-se de uma dosagem assimétrica (com a dose da
manhã diferindo da dose da tarde), ajustada ao caso. Normalmente é
adequado o tratamento com um único opióide, usando-se terapia de 24
horas.

Pacientes que ainda não estejam utilizando
opióides

Os ensaios clínicos demonstraram que em tais pacientes a terapia
analgésica poderá ser iniciada com Oxycontin comprimidos. Para a
maioria dos pacientes nessa categoria, uma dose inicial razoável
consistiria em 10 mg cada 12 horas. Caso administrado um analgésico
não opióide (aspirina, acetaminofeno ou uma droga antiinflamatória
não-esteroide), este não-opióide poderá ser continuado. Se for
descontinuado, é possível que a dose de Oxycontin comprimidos tenha
que ser aumentada.

Pacientes tratados com terapia opióide

Se o paciente já estiver recebendo medicamentos contendo
opióides, antes da terapia com Oxycontin comprimidos, a dose diária
total (24 horas) deverá ser determinada pelo seu médico.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento de seu médico.

Este medicamento não deve ser partido, ou mastigado.
Este medicamento não deve ser cortado.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Oxycontin?


Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico.

Precauções do Oxycontin

O uso de Oxycontin comprimidos está vinculado ao aumento
de riscos potenciais, devendo ser somente usado com cautela nas
seguintes condições

Alcoolismo; insuficiência adrenocortical (por exemplo, na doença
de Addison); depressão do SNC ou coma; delirium tremens
(psicose causada pelo alcoolismo); pacientes debilitados;
cifoscoliose (Deformação da coluna vertebral) associada com
depressão respiratória; mixedema ou hipotireoidismo; hiperplasia
prostática ou obstrução uretral; insuficiência hepática grave,
pulmonar ou renal; epsicose tóxica.

Em pacientes com quadros de abdômen agudo, a administração de
oxicodona – como a de todo analgésico opióide – pode mascarar o
diagnóstico ou o curso clínico. A oxicodona pode agravar as
convulsões em pacientes com transtornos convulsivos, sendo que
todos os opióides podem induzir ou agravar as convulsões em alguns
quadros clínicos.

Utilização em doenças do trato
pancreático/biliar

A oxicodona pode causar espasmo do esfíncter de Oddi (músculo
circular localizado na junção do colédoco com o duodeno), devendo
ser usada com cautela em pacientes com doenças do trato biliar,
inclusive pancreatite aguda.

Os opióides, inclusive a oxicodona, podem elevar o nível de
amilase sérica.

Tolerância e dependência física

A tolerância causa a necessidade de aumento das doses de
opióides, a fim de se manter constante um determinado efeito, tal
como a analgesia.

A dependência física reflete-se na ocorrência de sintomas de
abstinência, depois da retirada abruptada droga ou da administração
de um antagonista.

Se o uso de Oxycontin comprimidos for descontinuado
abruptamente, em um paciente fisicamente dependente, poderá ocorrer
uma síndrome de abstinência.

A síndrome de abstinência caracteriza-se pelos seguintes
sintomas

Inquietude; lacrimejamento; coriza; bocejamento; transpiração;
calafrios; dor muscular; e dilatação da pupila.

Outros sintomas também podem surgir, tais
como irritabilidade; ansiedade; dor nas costas; dor articular;
fraqueza; cólicas abdominais; insônia; náuseas; anorexia; vômitos;
diarreia; elevações na pressão sanguínea, frequência respiratória
ou cardíaca.

Informações para pacientes e cuidadores

  • Os comprimidos de Oxycontin foram formulados para atuarem
    adequadamente, somente se forem engolidos inteiros. Se forem
    partidos, mastigados ou triturados, poderão liberar imediatamente
    seu conteúdo inteiro, acarretando o risco de superdose;
  • Informe sobre episódios de dor incidental (dor de aparição
    súbita) ou experiências adversas que ocorram durante a terapia. É
    essencial que a dosagem seja individualizada, a fim de otimizar a
    ação do medicamento;
  • Não ajuste a dose de Oxycontin comprimidos, exceto com
    autorização do médico responsável;
  • Oxycontin comprimidos pode afetar a capacidade mental e/ou
    física, necessária para desempenhar tarefas potencialmente
    arriscadas, tais como dirigir veículos ou acionar maquinaria
    pesada;
  • Não combine a ingestão de Oxycontin comprimidos com álcool ou
    outros depressores do Sistema Nervoso (tranquilizantes);
  • As mulheres em idade reprodutiva que estão grávidas ou
    pretendam engravidar devem consultar seu médico sobre os efeitos da
    administração, durante a gravidez, de analgésicos e de outras
    drogas capazes de afetarem a própria mulher e o bebê;
  • Oxycontin comprimidos é um medicamento com potencial para
    vício, sendo dever de cada paciente zelar ao máximo por sua
    medicação. Este produto somente deverá ser entregue ou administrado
    à pessoa à qual o medicamento foi receitado;
  • É possível a evacuação das “matrizes” vazias dos comprimidos,
    seja por colostomia, seja nas fezes, o que não representa um
    fenômeno preocupante, já que o medicamento ativo já foi
    absorvido;
  • No caso de uso de Oxycontin comprimidos por um período maior
    que algumas poucas semanas, ao indicar-se o fim da terapia, talvez
    seja aconselhável reduzir gradualmente a dose, evitando-se a
    suspensão abrupta; minimizando o risco de sintomas de abstinência.
    Seu médico poderá indicar um programa de dosagem, a fim de
    implementar a retirada gradual do medicamento.

Este medicamento pode causar
doping.

Advertências

A oxicodona é considerada substância controlada; a possibilidade
de causar dependência ou vício é comparável a da morfina. O vício,
a dependência física e a tolerância poderão desenvolver-se com o
uso prolongado.

Os comprimidos de oxicodona de liberação controlada deverão ser
deglutidos inteiros, não devendo ser fracionados, mastigados ou
triturados, já que tal ação ocasionaria uma liberação rápida do
princípio ativo e a absorção de uma dose de oxicodona
potencialmente fatal.

Depressão respiratória

A depressão respiratória ocorre com maior frequência em
pacientes idosos ou debilitados; habitualmente ocorre também após
altas doses iniciais em pacientes que não tenham desenvolvido
tolerância farmacológica, ou quando os opióides são administrados
em conjunto com outros agentes que deprimam a respiração.

A oxicodona deve ser utilizada com extrema cautela em pacientes
com doença pulmonar obstrutiva crônica significante, corpulmonale
(forma de insuficiência cardíaca, onde há diminuição da capacidade
de funcionamento das câmaras direitas do coração, por doença
pulmonar), ou com reserva respiratória substancialmente reduzida;
em casos de hipóxia (falta de oxigênio); hipercapnia (aumento do
gás carbônico no sangue arterial); ou depressão respiratória
pré-existente.

Afecções cerebrais

A oxicodona afeta as respostas das pupilas e da consciência, de
modo capaz de mascarar os sinais neurológicos de aumentos
subsequentes da pressão intracraniana, em pacientes com lesões
crânio encefálicas.

Efeito hipotensor

Oxycontin comprimidos pode causar hipotensão (pressão baixa)
severa, em indivíduos cuja capacidade de manter a pressão sanguínea
apresente-se comprometida pela depleção do volume sanguíneo, ou
após a administração concomitante de drogas tais como fenotiazinas
ou outros agentes que comprometam o tônus vasomotor.

Oxycontin comprimidos pode produzir hipotensão (pressão baixa)
ortostática em pacientes ambulatoriais. Oxycontin comprimidos deve
ser administrado com cautela a pacientes com choque circulatório,
já que a vasodilatação produzida pela droga pode reduzir ainda mais
o rendimento cardíaco e a pressão arterial.

Reações Adversas do Oxycontin

As reações adversas graves que podem estar associadas ao uso
clínico de Oxycontin comprimidos incluem depressão respiratória;
apneia e, em menor grau, depressão circulatória; parada
respiratória; hipotensão (pressão baixa) ou choque.

Reações comuns (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Acima de 5% 

Constipação intestinal; náuseas; sonolência; vertigem; vômitos;
coceira; dor de cabeça; secura na boca; suor excessivo; e
cansaço.

Muitas dessas reações adversas desaparecerão ou diminuirão em
intensidade, à medida que for continuada a terapia com Oxycontin
comprimidos.

Entre 1% e 5% 

Anorexia; nervosismo; insônia; febre; confusão; diarreia; dor
abdominal; indigestão; erupção cutânea; ansiedade; euforia; falta
de ar; hipotensão (pressão baixa) postural; calafrios; contorções;
gastrite; distúrbios do sono; anormalidades do pensamento e
soluços.

Informe ao seu médico ou farmacêutico o aparecimento de
reações indesejáveis pelo uso do medicamento.

Informe também a empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Oxycontin

Gravidez

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Efeitos não teratogênicos

Recém-nascidos cujas mães estejam recebendo oxicodona de forma
crônica podem apresentar depressão respiratória e/ou outros
sintomas de abstinência medicamentosa, ao nascimento ou mesmo
durante a lactação.

Trabalho de parto e parto

Oxycontin comprimidos não é recomendado para uso em mulheres,
imediatamente antes ou durante o trabalho de parto e parto, já que
opióides orais podem causar depressão respiratória em
recém-nascidos.

Mulheres amamentando

Baixas concentrações de oxicodona são detectadas no leite
materno. Os sintomas de abstinência medicamentosa podem ocorrer em
crianças em amamentação, após a suspensão abrupta de qualquer
analgésico opióide à mãe. Não convém praticar a amamentação
enquanto estiver recebendo Oxycontin comprimidos, já que a
oxicodona pode ser eliminada no leite materno.

Uso pediátrico

A segurança e eficácia oxicodona comprimidos não foram
estabelecidas em pacientes pediátricos menores de 18 anos de idade.
Contudo, a oxicodona tem sido largamente utilizada na população
pediátrica, em outras apresentações assim como os excipientes
utilizados nesta formulação. Desde que a dose seja ajustada ao peso
dos pacientes, não se prevê nenhum aumento específico no risco de
seu uso, caso esta forma de oxicodona seja utilizada em pacientes
pediátricos com idade suficiente para engolir os comprimidos
inteiros.

Uso geriátrico

Em estudos farmacocinéticos controlados realizados em idosos
(maiores de 65 anos de idade), a excreção de oxicodona mostrou-se
levemente reduzida. Como ocorre com qualquer opióide, a dose
inicial deve ser reduzida em um terço ou metade da dose habitual em
pacientes debilitados não tolerantes.

Insuficiência hepática

Pacientes com insuficiência hepática devem usar doses iniciais
entre um terço a metade da dose habitual, seguido por ajustes
criteriosos de dosagem.

Insuficiência renal

Em pacientes com insuficiência renal, as concentrações
plasmáticas da oxicodona serão aproximadamente 50% mais elevadas do
que as encontradas em indivíduos com função renal normal.

O início da dose deve ocorrer de forma conservadora. As doses
posteriores deverão ser ajustadas de acordo com a situação clínica
de cada paciente.

Diferenças por sexo

Em estudos farmacocinéticos, as mulheres não tratadas com
opióides demonstraram concentrações plasmáticas médias até 25%
maiores do que as apresentadas pelos homens, além de maior
frequência de efeitos adversos típicos dos opióides. Não foram
detectadas diferenças entre os sexos, relativas à eficácia ou
efeitos adversos, nos ensaios clínicos.

Capacidade de dirigir veículos ou operar
máquinas

Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou
operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem ser
prejudicadas.

Composição do Oxycontin

Oxycontin 10 mg

Cada comprimido revestido de liberação controlada de
10mg contém:

Cloridrato de oxicodona 10,00 mg.

Excipientes:

lactose, álcool estearílico, copolímero metacrilato de amônio,
povidona, talco, triacetina, estearato de magnésio e opadry
branco.

Oxycontin 20 mg

Cada comprimido revestido de liberação controlada de
20mg contém:

Cloridrato de oxicodona 20,00 mg.

Excipientes:

lactose, álcool estearílico, copolímero metacrilato de amônio,
povidona, talco, triacetina, estearato demagnésio e opadry
rosa.

Oxycontin 40 mg

Cada comprimido revestido de liberação controlada de
40mg contém:

Cloridrato de oxicodona 40,00 mg.

Excipientes:

lactose, álcool estearílico, copolímero metacrilato de amônio,
povidona, talco, triacetina, estearato de magnésio e opadry
amarelo.

Superdosagem do Oxycontin

Abuso e vício (drogadição)

O vício é caracterizado pelo uso compulsivo, para fins
não-médicos, de forma continuada, apesar do dano e risco de dano
que causa. A drogadição é uma doença tratável, embora as recaídas
sejam frequentes. As medidas necessárias para ajudar a limitar o
abuso dos fármacos opióides incluem a avaliação adequada do
paciente; as práticas apropriadas de emissão de receitas; as
reavaliações periódicas da terapia; e o armazenamento e a entrega
apropriados dos medicamentos.

Oxycontin comprimidos destinando-se exclusivamente ao uso oral.
O abuso de comprimidos triturados traz o perigo de superdose e
morte. Esse risco aumenta com o uso concomitante de álcool e outras
substâncias. No caso de abuso por via parenteral, os excipientes do
comprimido podem acarretar a necrose do tecido local, infecções,
granulomas pulmonares, bem como maior risco de endocardite
(inflamação do tecido do coração) e lesões cardíacas valvulares. O
abuso parenteral do fármaco é comumente associado à transmissão de
doenças infecciosas tais como a hepatite e o HIV.

Conduta em caso de superdose

Em caso de superdosagem dê imediatamente 2 copos de água e
induza vômito sob orientação do profissional médico. Se a pessoa
estiver inconsciente, nunca dê nada pela boca. Procure ajuda médica
imediatamente.

Superdoses agudas de oxicodona podem manifestar-se por depressão
respiratória; sonolência progressiva até o estupor ou o coma;
flacidez dos músculos esqueléticos; pele fria e pegajosa; pupilas
contraídas; bradicardia (frequência cardíaca baixa); hipotensão
(pressão baixa); e morte. No tratamento da superdose de oxicodona
deve-se atentar inicialmente ao restabelecimento das vias
respiratórias e à aplicação de ventilação assistida ou
controlada.

Caso indicadas, devem ser instituídas medidas de apoio
específicas para choque circulatório e/ou edema pulmonar. Eventuais
paradas cardíacas ou arritmias podem necessitar de massagem
cardíaca ou desfibrilação. Os antagonistas opióides puros, tais
como a naloxona ou o nalmofene, são antídotos específicos contra a
depressão respiratória provocada por superdose de opióide.

Os antagonistas opióides não devem será administrados na
ausência de depressão respiratória ou circulatória, clinicamente
significativas, secundárias a superdose de oxicodona. Além disso,
devem ser administrados com cautela a pessoas das quais se sabe ou
se suspeita que sejam fisicamente dependentes de algum agonista
opióide, inclusive Oxycontin comprimidos.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Em caso de intoxicação ligue para 0800
722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Oxycontin

Pode haver um aumento do efeito depressor sobre o SNC durante
tratamento concomitante com drogas que também afetem o SNC, como
álcool, outros opioides, sedativos, hipnóticos, antidepressivos,
fenotiazinas e drogas neurolépticas, etc.

Os analgésicos opioides, inclusive Oxicodona (substância ativa
deste medicamento), podem potencializar a ação de bloqueio
neuromuscular dos relaxantes músculo-esqueléticos, aumentando o
grau de depressão respiratória.

A administração concomitante de oxicodona com anticolinérgicos
ou medicamentos com atividade anticolinérgica (por exemplo,
antidepressivos tricíclicos, anti-histamínicos, anti-psicóticos,
relaxantes musculares, medicamentos antiParkinson) podem resultar
em aumento dos efeitos adversos anticolinérgicos.

A oxicodona é metabolizada principalmente pela CYP3A4 com
contribuição da CYP2D6. A atividade dessas vias metabólicas podem
ser bloqueada ou induzida por uma variedade de drogas ou elementos
da dieta. Pode ser necessário ajuste da dose da oxicodona.

Inibidores da CYP3A4, como antibióticos macrolídeos (por
exemplo, claritromicina), agentes antifúngicos azólicos (por
exemplo, cetoconazol), inibidores de protease (por exemplo,
ritonavir), e suco de toranja podem causar redução da depuração de
oxicodona, o que pode levar a um aumento das concentrações de
oxicodona plasmática.

Indutores de CYP3A4, como rifampicina, carbamazepina, fenitoína
e erva de São João podem induzir o metabolismo da oxicodona e
causar um aumento da depuração da droga, resultando em uma redução
das concentrações plasmáticas de oxicodona.

Drogas que inibem a atividade da CYP2D6, como paroxetina e
quinidina, podem causar redução da depuração de oxicodona, o que
pode levar a um aumento nas concentrações plasmáticas da
substância.

Interação Alimentícia do Oxycontin

Efeitos dos alimentos:

Em contraste às fórmulas de liberação imediata, os alimentos não
têm efeito significativo sobre a absorção da oxicodona de Oxicodona
(substância ativa deste medicamento). A liberação de oxicodona de
Oxicodona (substância ativa deste medicamento) é independente do
pH. Suco de toranja e erva de São João podem apresentar efeitos no
metabolismo da oxicodona.

Ação da Substância Oxycontin

Resultados de eficácia

Quatro estudos duplos cegos em dor oncológica compararam o uso
de Oxicodona (substância ativa deste medicamento) administrados a
cada 12 horas, com cloridrato de oxicodona de liberação imediata
administrada quatro vezes ao dia. Dois destes
estudos utilizaram o modelo grupo paralelo e dois utilizaram
investigações cruzadas.

O primeiro estudo envolveu 111 pacientes e avaliou a
eficácia, segurança e aceitabilidade de Oxicodona (substância ativa
deste medicamento) (n = 57) versus comprimidos de
oxicodona de liberação imediata (n = 54), cada um em dose diária
fixa total de 60 mg de oxicodona, não sendo permitido uso de
analgésico suplementar ou titulação de dose. As medidas primárias
da eficácia da intensidade média da dor e da aceitabilidade da
terapia não mostraram diferenças estatisticamente significativas
entre os tratamentos para qualquer dia do estudo. A análise
farmacocinética/farmacodinâmica mostrou que concentrações elevadas
de oxicodona estavam geralmente associadas a taxas médias de
intensidade de dor mais baixas, apoiando a sensibilidade do ensaio
e a relação entre magnitude da concentração de oxicodona no plasma
e os efeitos analgésicos.

O segundo estudo grupo paralelo avaliou a eficácia de
oxicodona em 164 pacientes com dor oncológica de moderada a alta
intensidade, com 81 pacientes randomizados para Oxicodona
(substância ativa deste medicamento) e 83 para oxicodona de
liberação imediata. Os resultados não mostraram diferenças
estatisticamente significativas entre os grupos de tratamento para
valores de intensidade média diária da dor e aceitabilidade, não
havendo diferença entre os grupos quanto intensidade da dor em
função da hora do dia. A média de intensidade da dor em 5 dias foi
leve em ambos os grupos, correspondendo a 102% da eficácia relativa
para Oxicodona (substância ativa deste medicamento) comparado com
oxicodona de liberação imediata, com 95% de confiança de 89% a
118%.

O terceiro estudo foi a comparação dose-repetida,
duplo-cega, randomizada, cruzada em dois períodos, multicêntrica,
entre Oxicodona (substância ativa deste medicamento) e oxicodona de
liberação imediata, consistindo de 1) estimativa da eficácia do
controle da dor sobre a duração dos intervalos de dose, 2)
desenvolvimento de um perfil farmacocinético/farmacodinâmico, e 3)
exame da relação entre concentração plasmática de oxicodona em
estado de equilíbrio e efeitos da droga. Mais de 91% dos pacientes
tratados com Oxicodona (substância ativa deste medicamento)
obtiveram controle da dor dentro de 1,6 dias. Durante a fase
duplo-cega, os pacientes continuaram estabilizados em níveis leves
de intensidade da dor, sem diferenças estatisticamente
significativas entre os tratamentos. Concluindo, tanto Oxicodona
(substância ativa deste medicamento) quanto oxicodona de liberação
imediata foram eficazes nos intervalos de dose e mostraram
diferentes perfis farmacocinéticos e efeitos de droga
comparáveis.

O quarto estudo foi ensaio de centro único randomizado,
duplo cego e cruzado em dois períodos, comparando a eficácia de
Oxicodona (substância ativa deste medicamento) com comprimidos de
oxicodona de liberação imediata final do período da dosagem. Cada
período do estudo durou 3 a 7 dias, sem intervalo de pausa entre os
tratamentos. A aceitabilidade da terapia foi avaliada como “boa”
por 60% dos pacientes com Oxicodona (substância ativa deste
medicamento) e 63% dos pacientes com oxicodona de liberação
imediata. A fase duplo cego deste estudo apoia os estudos prévios
que mostravam eficácia analgésica equivalente de Oxicodona
(substância ativa deste medicamento) e oxicodona de liberação
imediata.

Estudo dose-resposta multicêntrico, duplo cego, randomizado,
placebo controlado, grupo paralelo, dose repetida, em pacientes
entre 32 e 90 anos (média de 62 anos de idade) com osteoartrite
crônica, envolveu 133 pacientes, dos quais 44 foram randomizados
para tratamento com Oxicodona (substância ativa deste medicamento)
de 10mg a cada 12 horas ou Oxicodona (substância ativa deste
medicamento) de 20 mg (2 x 10 mg) a cada 12 horas por 14 dias. Os
45 pacientes remanescentes receberam placebo a cada 12 horas pelo
mesmo período. Não foram permitidos titulação de dose ou analgésico
suplementar. Os resultados demonstraram clara
relação dose-resposta para a redução da intensidade da dor. A
análise de regressão mostrou correlações inversas significativas (P
lt; 0,05) entre a concentração plasmática de oxicodona e
intensidade de dor (medidas através de escala CAT e VAS) e efeitos
de droga.

Estudo dose repetida, randomizado, cruzado em dois períodos,
multicêntrico, duplo cego, comparou perfis farmacocinéticos e
farmacodinâmicos de Oxicodona (substância ativa deste medicamento)
e de comprimidos de oxicodona de liberação imediata, envolvendo 57
adultos com dor lombar crônica estável, randomizados a uma fase de
titulação aberta e tomando Oxicodona (substância ativa deste
medicamento) a cada 12 horas ou oxicodona de liberação imediata.
Dos 57 pacientes envolvidos, 47 (82%) completaram com sucesso a
fase de titulação aberta dentro de 4 dias, e 44 pacientes
completaram a fase duplo cega do estudo.

Daqueles que se submeteram a titulação, 87% dos pacientes
tratados com Oxicodona (substância ativa deste medicamento)
atingiram controle estável da dor em média de 2,5 dias e mais de
96% dos tratados com oxicodona de liberação imediata atingiram este
estado numa média de 3 dias. Diferenças de tratamento
estatisticamente significativas (P lt; 0,05) foram observadas entre
as concentrações plasmáticas de Oxicodona (substância ativa deste
medicamento) e oxicodona de liberação imediata em 0, 1, 3 a 4, 5 e
6 horas pósdosagem. Relações estatisticamente significativas foram
encontradas entre a concentração plasmática de oxicodona e os
efeitos de droga MSDEQ. Observou-se também uma significativa
relação inversa entre concentração plasmática de oxicodona e
intensidade da dor.

A neuralgia pós-herpética foi utilizada como modelo para
estudo da eficácia e segurança de Oxicodona (substância ativa
deste medicamento) na dor neuropática. Estudo randomizado, duplo
cego, cruzado, avaliando doentes com neuralgia pós-herpética com
dor de intensidade no mínimo moderada, comparou Oxicodona
(substância ativa deste medicamento) 10mg a cada 12 horas ou
placebo, cada um administrado durante 4 semanas. Houve aumento da
dose semanalmente até o máximo de 30mg a cada 12 horas, e a
avaliação da intensidade e alívio da dor foram diárias. Dos 50
pacientes envolvidos, 38 (idades 70 ± 11 anos) completaram ambos os
períodos duplos cegos. Comparado ao placebo, Oxicodona (substância
ativa deste medicamento) mostrou valores superiores para alívio da
dor, eficácia clínica e incapacidade (eficácia clínica placebo =
0,7 ± 1,0 ; Oxicodona (substância ativa deste medicamento) 1,7 ±
1,1; valor-P 0,0001).

Características Farmacológicas

Farmacodinâmica

O cloridrato de oxicodona é um agonista opioide sem ação
antagonista. Seus efeitos são similares aos da morfina.

O efeito terapêutico é principalmente analgésico, ansiolítico,
antitussígeno e sedativo. O mecanismo de ação envolve os receptores
opioides do sistema nervoso central para compostos endógenos com
atividade similar a opioides.

Sistema endócrino

Os opioides podem influenciar os eixos
hipotalâmico-pituitário-adrenal ou gonadal. Algumas alterações que
podem ser observadas incluem um aumento da prolactina sérica e
redução no cortisol e testosterona plasmáticos. Devido a essas
alterações hormonais, sintomas clínicos podem se manifestar.

Sistema gastrointestinal

Opioides podem induzir espasmos do esfíncter de Oddi.

Outros efeitos farmacológicos

Estudos in vitro e em animais indicam vários efeitos
dos opioides naturais, como morfina, em componentes do sistema
imunológico. A significância clínica desses achados é desconhecida.
Não se sabe se a oxicodona, um opioide semisintético, possui
efeitos imunológicos similares aos da morfina.

Farmacocinética

Absorção:

Após a administração de comprimidos de liberação prolongada, os
picos de concentração plasmática geralmente são obtidos em torno de
3 a 5 horas. A meia vida de eliminação plasmática é aproximadamente
4,5 horas.

Efeitos dos alimentos:

Os alimentos não têm efeito significativo sobre a absorção da
oxicodona de Oxicodona (substância ativa deste medicamento). A
liberação de oxicodona de Oxicodona (substância ativa deste
medicamento) é independente do pH.

Distribuição:

Após a administração endovenosa, o volume de distribuição (Vss)
de oxicodona foi de 2,6 L/kg. Após absorção, a oxicodona é
distribuída para todo o organismo. Aproximadamente 45% é ligada à
proteína plasmática.

Metabolismo:

A oxicodona é metabolizada no fígado pela CYP3A4 e CYP2D6 à
noroxicodona, oximorfona e noroximorfona, as quais são
subsequentemente glucuronidadas.

A noroxicodona e noroximorfona são os principais metabólitos
circulantes. A noroxicodona é um agonista fraco do receptor opioide
mu. A noroximorfona é um potente agonista do receptor opioide mu,
no entanto, não atravessa a barreira hematoencefálica de forma
significativa. A oximorfona é um potente agonista do receptor
opioide mu, porém está presente em concentrações muito baixas após
a administração de oxicodona. Dessa forma, nenhum desses
metabólitos são conhecidos por contribuir de modo significativo com
o efeito analgésico da oxicodona.

Eliminação:

A oxicodona e seus metabólitos são eliminados tanto na urina
quanto nas fezes.

Populações especiais

Idosos:

As concentrações de oxicodona no plasma são afetadas apenas
parcialmente pela idade, sendo 15% superiores em idosos, quando
comparado a indivíduos jovens.

Sexo:

Em média, as mulheres apresentam concentrações plasmáticas
médias de oxicodona até 25% mais altas em relação a homens, mesmo
após o ajuste por peso corpóreo.

Insuficiência renal:

Quando comparado a indivíduos normais, pacientes com disfunção
renal moderada a severa podem apresentar concentrações plasmáticas
mais elevadas de oxicodona e seus metabólitos. Pode haver um
aumento da meia-vida de eliminação da oxicodona, e isto pode ser
acompanhado por um aumento nos efeitos do medicamento.

Insuficiência hepática:

Quando comparados a indivíduos normais, pacientes com disfunção
hepática moderada a severa podem apresentar concentrações
plasmáticas maiores de oxicodona e noroxicodona, e concentrações
plasmáticas mais baixas de oximorfona. Pode haver um aumento na
meia-vida de eliminação da oxicodona, e isto pode ser acompanhado
por um aumento nos efeitos do medicamento.

Dados de segurança pré-clínicos

Teratogenicidade

A oxicodona não apresentou efeito na fertilidade e no
desenvolvimento embrionário inicial em ratos machos e fêmeas quando
administrada em doses de até 8 mg/kg/dia. Também, a oxicodona não
induziu nenhuma malformação em ratos em doses de até 8 mg/kg/dia ou
em coelhos em doses de até 125 mg/kg/dia. Aumentos em variações no
desenvolvimento relacionadas a dose (aumento da incidência de
vértebra extra pré-sacral (27) e par extra de costelas) foram
observados em coelhos quando foram analisados os dados de fetos
individuais. No entanto, quando os mesmos dados foram analisados
utilizando ninhadas ao invés de fetos individuais, não houve
aumento relacionado à dose nas variações do desenvolvimento, embora
a incidência de vértebra pré-sacral tenha permanecido
significativamente maior no grupo que recebeu 125 mg/kg/dia quando
comparado ao grupo de controle. Uma vez que esta dose foi associada
a efeitos farmacotóxicos severos nas fêmeas prenhas, os achados nos
fetos foram uma consequência secundária da toxicidade materna
severa.

Em um estudo de desenvolvimento peri e pós-natal realizado em
ratos, os parâmetros de peso materno e ingesta alimentar foram
reduzidos em animais tratados com doses ≥ 2 mg/kg/dia quando
comparados ao grupo de controle. Os pesos corporais foram menores
na geração F1 de ratas incluídas no grupo de dose de 6 mg/kg/dia.
Não houve efeitos nos parâmetros físicos, reflexológicos e de
desenvolvimento sensorial ou no comportamento e índices
reprodutivos dos filhotes da F1 (a NOEL para filhotes da F1 foi 2
mg/kg/dia baseado nos efeitos sobre o peso corpóreo observados com
doses de 6 mg/kg/dia). Não houve efeitos na geração F2 em qualquer
dose do estudo.

Carcinogenicidade:

Não foram realizados estudos em animais para avaliar o potencial
carcinogênico da oxicodona.

Mutagenicidade:

Resultados de estudos in vitro e in vivo
indicam que o risco genotóxico da oxicodona aos humanos é mínimo ou
ausente nas concentrações sistêmicas obtidas terapeuticamente. A
oxicodona não foi genotóxica em testes de mutagenicidade bacteriana
ou em testes in vivo de micronúcleo em camundongos. A
oxicodona produziu resposta positiva no teste in vitro de
linfoma de camundongos na presença de ativação metabólica de fígado
de rato S9 em doses maiores que 25 mcg/mL. Dois testes in
vitro
de aberração cromossômica foram realizados com
linfócitos humanos. No primeiro teste, a oxicodona foi
negativa quando não houve ativação metabólica, porém foi positiva
quando houve ativação metabólica S9 no tempo 24 horas, mas não em
48 horas após a exposição. No segundo teste, a oxicodona não
demonstrou clastogenicidade tanto com ativação metabólica quanto
sem ativação metabólica em qualquer concentração ou tempo.

Cuidados de Armazenamento do Oxycontin

Oxycontin deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15°
e 30°C), proteger da luz e umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas

Oxycontin 10mg

Apresenta-se como comprimidos redondos, biconvexos brancos,
revestidos por película.

Oxycontin 20mg

Apresenta-se como comprimidos redondos, biconvexos rosas,
revestidos por película.

Oxycontin 40mg

Apresenta-se como comprimidos redondos, biconvexos amarelos,
revestidos por película.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Oxycontin

MS 1.2214.0027

Resp. Téc.:

Marcia da Costa Pereira
CRF-SP n° 32.700

Importado por:

Zodiac Produtos Farmacêuticos S.A.
Rodovia Vereador Abel Fabrício Dias, 3400
Pindamonhangaba – SP
C.N.P.J. 55.980.684/0001-27
Indústria Brasileira

Fabricado por:

Purdue Pharmaceuticals L.P.
4701 Purdue Drive, Wilson, NC 27893
North Carolina / Estados Unidos.

Venda sob prescrição médica, só pode ser vendido com
retenção da receita.

Atenção: Pode causar dependência física ou
psíquica.

Oxycontin, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.