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Oxaliplatina Glenmark

Oxaliplatina está indicada, em combinação com fluorouracil e
ácido folínico (leucovorin) (5-FU/FA) para o tratamento adjuvante
de câncer colón retal em pacientes que retiraram completamente o
tumor primário, reduzindo o risco de reincidência do tumor.

Não fica indicado para os pacientes em estágio II sem
características de alto risco.

Como Oxaliplatina
Glenmark funciona?

Oxaliplatina é um medicamento quimioterápico utilizado no
tratamento do câncer de cólon e reto. Inibe o crescimento tumoral
por ligar-se ao material genético das células (DNA), portanto
impedindo sua multiplicação e proliferação.

Contraindicação do Oxaliplatina – Glenmark

Oxaliplatina não deve ser utilizado nos seguintes
casos:

  • Período de amamentação;
  • História de alergia à oxaliplatina e a outros derivados de
    platina;
  • Pacientes com supressão da função da medula óssea (neutrófilos
    lt; 2 x 109/L e/ou contagem de plaquetas lt; 100 x 109/L) antes do
    primeiro ciclo de tratamento;
  • Doença dos nervos periféricos com redução da função antes do
    primeiro ciclo de tratamento.

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes
pediátricos.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica.

Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de
gravidez.

Como usar o Oxaliplatina – Glenmark

Somente deve ser administrado em adultos.

Oxaliplatina deve ser utilizada por via intravenosa (IV).

Por ser um medicamento de manipulação e administração exclusivas
por profissionais especializados, as orientações para manipulação,
reconstituição do pó liófilo, preparo da infusão intravenosa,
administração do medicamento e descarte estão contidas no texto de
bula destinado aos profissionais de saúde. Em caso de dúvidas,
consulte o seu médico.

A dose recomendada de oxaliplatina para câncer de cólon no
cenário adjuvante é de 85 mg/m2 intravenosamente
repetido a cada 2 semanas em associação com fluoropirimidinas por
12 ciclos (6 meses).

A dose recomendada de oxaliplatina para o tratamento do câncer
colón retal metastático/avançado é de 85 mg/m2
intravenosamente repetido a cada 2 semanas até progressão da doença
ou toxicidade inaceitável.

A dose administrada deve ser ajustada de acordo com a
tolerabilidade de cada paciente.

Quando utilizado em combinação com 5-FU/FA e bevacizumabe,
oxaliplatina deve ser administrado após o bevacizumabe, mas antes
da administração de 5-FU.

Não há estudos dos efeitos de oxaliplatina administrado por vias
não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a
eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por
via intravenosa, conforme recomendado pelo médico.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
Oxaliplatina Glenmark?

Seu médico terá as instruções de quando administrar este
medicamento para você.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Oxaliplatina – Glenmark

Oxaliplatina somente deve ser utilizada em unidades
especializadas na administração de medicamentos utilizados no
tratamento de câncer e deve ser administrado sob a supervisão de um
médico capacitado, com experiência no uso de medicamentos
antitumorais.

Devido à informação limitada de segurança em pacientes com
redução severa da função dos rins, a administração deve ser
considerada após uma avaliação apropriada do risco/benefício para o
paciente.

Neste caso, a função dos rins deve ser rigorosamente monitorada
e a dose inicial recomendada de oxaliplatina é 65
mg/m2.

Os pacientes com histórico de reações alérgicas a produtos
contendo platina devem ser monitorados quanto aos sintomas
alérgicos. Reações alérgicas podem ocorrer durante qualquer ciclo.
No caso de
ocorrer reações de natureza alérgica graves em decorrência da
oxaliplatina, deve-se interromper a infusão imediatamente e
implementar tratamento para alívio dos sintomas. A reintrodução de
oxaliplatina nestes pacientes é contraindicada.

No caso de extravasamento de oxaliplatina, a infusão deve ser
interrompida imediatamente e deve ser implementado tratamento local
padrão para alívio dos sintomas. Evite o uso de compressas frias em
caso de extravasamento de oxaliplatina.

O potencial tóxico de oxaliplatina à parte sensorial do sistema
nervoso periférico deve ser cuidadosamente monitorado,
especialmente se administrado concomitantemente com outros
medicamentos com toxicidade específica ao sistema nervoso
periférico. Uma avaliação do sistema nervoso deve ser realizada
antes de cada administração e depois periodicamente.

No caso de ocorrer sintomas do sistema nervoso (sensação
anormal de ardor, formigamento ou coceira, percebidos nas
extremidades e sem motivo aparente), deve ser realizada a seguinte
recomendação de ajuste na dose de oxaliplatina, baseado na duração
e gravidade destes sintomas:

  • Se os sintomas persistirem por mais de 7 dias e forem
    desagradáveis, ou se a sensação anormal de ardor, formigamento ou
    coceira, percebida nas extremidades e sem motivo aparente sem
    redução da função persistir até o próximo ciclo, a dose subsequente
    de oxaliplatina deve ser reduzida em 25%;
  • Se a sensação anormal de ardor, formigamento ou coceira,
    percebida nas extremidades e sem motivo aparente com redução da
    função persistir até o próximo ciclo, o tratamento com oxaliplatina
    deve ser interrompido;
  • Se os sintomas melhorarem após a interrupção do tratamento com
    oxaliplatina, a reintrodução do tratamento pode ser
    considerada.

Para pacientes que desenvolvem sensação aguda anormal de ardor
ou formigamento na faringe e na laringe, durante ou algumas horas
após uma infusão de duas horas, a próxima infusão com oxaliplatina
deve ser administrada durante um período de seis horas. Para
prevenir tais sensações, deve-se evitar exposição ao frio e a
ingestão de alimentos e bebidas geladas ou frias durante ou algumas
horas após a administração de oxaliplatina.

Sinais e sintomas de Síndrome de Leucoencefalopatia Posterior
Reversível (RPLS, também conhecida como Síndrome de Encefalopatia
Posterior Reversível – PRES) podem ser dor de cabeça, funcionamento
mental alterado, convulsões, visão anormal desde borrada até
cegueira, associados ou não com pressão alta. O diagnóstico da
Síndrome de Leucoencefalopatia Posterior Reversível é embasado
mediante confirmação por imagem do cérebro.

A toxicidade ao aparelho digestivo, que se manifesta como enjoo,
sensação desagradável no estômago e vômitos, permite uma terapia de
prevenção e/ou terapia para evitar vômitos. A desidratação,
obstrução funcional dos intestinos, concentração anormalmente baixa
de potássio no sangue, acúmulo de ácido no organismo e até
distúrbios nos rins podem estar associadas com diarreia/vômito
severos, particularmente quando oxaliplatina é utilizado em
associação com 5-fluorouracil (5-FU).

Se ocorrer toxicidade no sangue (evidenciados por
valores de contagem das células do sangue no estado basal, por
exemplo:

Neutrófilos lt; 1,5 x 109/L ou plaquetas lt; 75 x 109/L) após um
ciclo de tratamento, ou se supressão da função da medula óssea
estiver presente antes do início da terapia (1° ciclo), a
administração do próximo ciclo ou do primeiro ciclo de tratamento
deve ser adiado até que a contagem das células do sangue retorne a
níveis aceitáveis. Um exame de sangue completo com contagem
diferencial das células brancas do sangue deve ser realizado antes
de iniciar o tratamento e antes de cada ciclo subsequente.

Existe risco de ocorrência de diarreia/vômito e diminuição do
número de neutrófilos no sangue após administração concomitante de
oxaliplatina e 5-fluorouracil (5-FU). Nesses casos, deve-se
contatar imediatamente o médico para uma conduta apropriada.

Para administração concomitante de oxaliplatina e 5-fluorouracil
(com ou sem ácido folínico), os ajustes de dose usuais para as
toxicidades associadas ao 5-fluorouracil devem ser aplicados. Se
ocorrer diarreia severa/com risco de vida, diminuição severa do
número de neutrófilos no sangue (neutrófilos lt; 1,0 x 109/L) e
diminuição severa no número de plaquetas sanguíneas (plaquetas lt;
50 x 109/L), o tratamento com oxaliplatina deve ser interrompido
até a melhora ou a recuperação, e a dose de oxaliplatina deve ser
reduzida em 25% nos ciclos subsequentes, além de quaisquer reduções
necessárias na dose do 5-fluorouracil.

Caso ocorram sintomas respiratórios inexplicados, tais
como:

Tosse sem catarro, dificuldade respiratória, ruídos
respiratórios ou líquidos pulmonares radiológicos, o tratamento com
oxaliplatina deve ser interrompido até que as investigações do
pulmão tenham eliminado a possibilidade de doença intersticial dos
pulmões.

No caso dos resultados de testes de função do fígado anormais ou
pressão alta na veia porta que não resulte evidentemente de
metástases no fígado, casos muito raros de distúrbios das veias
hepáticas
induzidos pelo fármaco devem ser considerados.

Para os detalhes de ajuste de dose de bevacizumabe, consulte as
informações contidas na bula deste produto.

Incompatibilidades

  • Oxaliplatina não deve ser misturado com qualquer outro produto
    na mesma bolsa de infusão ou não deve ser administrado
    simultaneamente pela mesma linha de infusão.
  • Oxaliplatina não deve ser utilizado em associação com soluções
    ou produtos de pH básico, em particular 5-fluorouracil (5-FU),
    soluções básicas, preparações de ácido folínico (FA) contendo
    trometamol como excipiente e sais de trometamol de outras
    substâncias ativas. Soluções ou produtos de pH básico afetarão
    desfavoravelmente a estabilidade da oxaliplatina.
  • Não se deve utilizar agulhas ou equipamentos contendo partes de
    alumínio que podem entrar em contato com a solução. O alumínio pode
    degradar combinações de platina.
  • Não se deve utilizar solução de cloreto de sódio ou outra
    solução contendo cloreto para diluir oxaliplatina.

Pacientes com função reduzida dos rins

Estudos realizados em pacientes com função renal normal e função
renal reduzida, tratados com oxaliplatina (infusão intravenosa de
duas horas, a cada duas semanas, por um máximo de 12 ciclos) em
associação com 5-fluorouracil e leucovorin, demonstraram que a taxa
de descontinuação do tratamento foi maior no grupo de pacientes com
função renal reduzida, em função de maior incidência de eventos
adversos.

Portanto, em pacientes com função renal normal ou redução leve a
moderada da função renal, a dose recomendada de oxaliplatina é 85
mg/m2. Em pacientes com redução severa da função renal, a dose
inicial recomendada deve ser reduzida para 65 mg/m2.

Pacientes com função reduzida do fígado

Durante o desenvolvimento clínico, não foram realizados ajustes
de dose específicos para pacientes com testes da função do fígado
anormais.

Interações medicamentosas

Medicamento-medicamento

Não foi observada alteração no nível de exposição ao
5-fluorouracil (5-FU) nos pacientes que receberam dose única de 85
mg/m2 de oxaliplatina imediatamente antes da administração de
5-fluorouracil.

O uso de oxaliplatina conjuntamente com eritromicina,
salicilatos, granisetrona, paclitaxel e valproato de sódio não
modifica a disponibilidade do medicamento ao paciente, conforme
estudos de laboratório.

Medicamento-exame laboratorial

Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência da
oxaliplatina em exames laboratoriais.

Medicamento-alimento

Não há dados disponíveis até o momento sobre a interação entre
alimentos e a oxaliplatina.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Oxaliplatina – Glenmark

Terapia combinada de oxaliplatina com 5-FU/FA
(FOLFOX):

As frequências das reações adversas são definidas utilizando-se
a seguinte convenção:

  • Muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam
    este medicamento);
  • Comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este
    medicamento);
  • Incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este
    medicamento);
  • Raro (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este
    medicamento);
  • Muito raro (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam
    este medicamento);
  • Não conhecido (não pode ser estimado a partir dos dados
    disponíveis).

Investigações:

Muito comum

Elevação da atividade das enzimas transaminases e fosfatases
alcalinas de leve a moderada.

Distúrbios do sistema sanguíneo e
linfático:

Muito comum

  • Diminuição do número de células vermelhas no sangue, diminuição
    do número de neutrófilos no sangue, diminuição no número de
    plaquetas sanguíneas.
  • A frequência aumenta quando oxaliplatina é administrada (85
    mg/m2 a cada 2 semanas) em combinação com 5-fluorouracil +/- ácido
    folínico, quando comparado à administração isolada de oxaliplatina
    (130 mg/m2 a cada 3 semanas), ex. diminuição do número
    de células vermelhas no sangue (80% vs 60% dos pacientes),
    diminuição do número de neutrófilos no sangue (70% vs 15%),
    diminuição do número de plaquetas sanguíneas (80% vs 40%).
  • Diminuição severa do número de células vermelhas no sangue
    (hemoglobina lt; 8,0 g/dL) ou diminuição do número de plaquetas
    sanguíneas (plaquetas lt; 50 x 109/L) ocorrem com frequência
    similar (lt; 5% dos pacientes) quando oxaliplatina é administrado
    isoladamente ou em combinação com 5-fluorouracil (5- FU).
  • Diminuição severa do número de neutrófilos no sangue
    (neutrófilos lt; 1,0 x 109/L) ocorre com maior frequência quando
    oxaliplatina é administrado em combinação com 5-fluorouracil (5-FU)
    do que quando administrado isoladamente (40% vs lt; 3% dos
    pacientes).

Raro

Diminuição do número de células vermelhas e plaquetas no sangue
em decorrência do aumento da velocidade de destruição destas
células, devido a reações imunoalérgicas.

Distúrbios do sistema nervoso

Muito comum

Sintomas agudos da função da sensibilidade do sistema nervoso
periférico.

Estes sintomas normalmente se desenvolvem ao final de 2 horas da
administração de oxaliplatina ou após algumas horas, diminuem
espontaneamente dentro das próximas horas ou dias e frequentemente
recorrem em ciclos subsequentes. Eles podem ser precipitados ou
exacerbados pela exposição a temperaturas ou objetos frios.

Estes são usualmente caracterizados por sensação anormal (e por
vezes transitória) de ardor, formigamento ou coceira, percebida nas
extremidades e sem motivo aparente e diminuição de várias formas de
sensibilidade. Uma síndrome aguda com sensação anormal de ardor ou
formigamento na faringe e na laringe ocorre em 1-2% dos pacientes e
é caracterizada por sensações subjetivas de dificuldade para
engolir ou dificuldade respiratória /sensação de asfixia, sem
qualquer evidência de insuficiência respiratória (sem descoloração
azulada da pele e membranas mucosas ou deficiência de oxigênio) ou
de espasmos da laringe ou contração dos brônquios e bronquíolos
(sem ruídos respiratórios).

Outros sintomas ocasionalmente observados, particularmente de
disfunção de nervos do crânio ou podem estar associados com os
eventos mencionados acima, ou ocorrer também isoladamente, tais
como: queda da pálpebra, visão dupla, perda da fala/dificuldade ou
dor durante a fala/rouquidão, algumas vezes descrito como paralisia
nas cordas vocais, sensação anormal na língua ou dificuldade de
articular as palavras, algumas vezes descrito como dificuldade em
compreender ou expressar a linguagem falada, dor nos olhos/dor
facial/dor aguda no nervo trigêmeo, redução da percepção visual,
distúrbios no campo visual. Além disso, foram observados os
seguintes sintomas: espasmo da mandíbula/ espasmo muscular/
contrações musculares involuntárias/ contração muscular com
espasmos/ contrações involuntárias e de ritmo e amplitude
irregulares, seguidas por relaxamento de um músculo ou grupo de
músculos, coordenação anormal/ marcha anormal/ falta de coordenação
dos movimentos/ distúrbios de equilíbrio/ rigidez no tórax ou
garganta/pressão/desconforto/dor.

Sensação anormal de ardor, formigamento ou coceira, percebida
nas extremidades e sem motivo aparente e doença que afeta os nervos
periféricos.

A toxicidade limitante de oxaliplatina se dá no sistema nervoso.
Isto envolve doença que afeta a parte sensorial dos nervos
periféricos, caracterizada por sensação anormal de ardor,
formigamento ou coceira, percebida nas extremidades e sem motivo
aparente e acompanhada ou não por cãibras, geralmente precipitadas
pelo frio (85 a 95% dos pacientes).

A duração desses sintomas, que geralmente regridem entre os
ciclos de tratamento, aumenta conforme o número de ciclos. O início
da dor e/ou distúrbio funcional e sua duração são indicações para
ajuste na dose ou até mesmo a interrupção do tratamento. Esse
distúrbio funcional, que inclui dificuldade na execução de
movimentos delicados, é uma possível consequência de dano
sensorial. O risco de ocorrência de distúrbio funcional para uma
dose cumulativa de aproximadamente 800 mg/m2 (por exemplo, 10
ciclos) é menor ou igual a 15%. Na maioria dos casos, os sinais e
sintomas no sistema nervoso melhoram quando o tratamento é
interrompido.

Distúrbio do sentido gustativo

Raro

  • Dificuldade de articular as palavras.
  • Perda do reflexo do tendão profundo.
  • Sinal de Lhermitte’s.
  • Síndrome de Leucoencefalopatia Posterior Reversível.

Distúrbios da visão

Raro

  • Percepção visual reduzida transitoriamente, distúrbios do campo
    visual, inflamação do nervo óptico.
  • Perda de visão transitória, reversível após interrupção do
    tratamento.

Distúrbios auditivos e do labirinto

Raro

Surdez.

Distúrbios respiratórios, do tórax e do
mediastino

Muito comum

Tosse.

Comum

Soluço.

Raro

Doença intersticial aguda dos pulmões, algumas vezes fatal,
fibrose pulmonar.

Distúrbios do aparelho digestivo

Muito comum

  • Enjoo, sensação desagradável no estômago, vômito,
    diarreia.
  • Desidratação, concentração anormalmente baixa de potássio no
    sangue, acúmulo de ácido no organismo, obstrução funcional dos
    intestinos e distúrbios dos rins podem estar associados à
    diarreia/vômitos severos, particularmente quando oxaliplatina é
    combinado com 5-fluorouracil (5-FU).
  • Inflamação da mucosa da boca, inflamação dos tecidos moles da
    boca.
  • Dor abdominal.

Comum

Hemorragia do aparelho digestivo.

Raro

  • Inflamação do intestino grosso, incluindo diarreia pela
    bactéria Clostridium difficile (colite).
  • Inflamação do pâncreas (pancreatite).

Distúrbios da urina e dos rins

Muito raro

Morte aguda das células dos túbulos dos rins, inflamação aguda
dos rins e redução aguda das funções dos rins.

Distúrbios da pele

Comum

Perda de cabelo (lt; 5% dos pacientes, quando oxaliplatina é
utilizado isoladamente).

Distúrbios músculo-esquelético e das
cartilagens

Muito comum

Dor nas costas. No caso de tal reação adversa, destruição das
células vermelhas do sangue, que tem sido raramente relatada, deve
ser investigada.

Comum

Dor nas articulações.

Distúrbios metabólicos e nutricionais

Muito comum

Diminuição ou perda da fome acompanhada por uma aversão à comida
e incapacidade para comer.

Distúrbios vasculares

Muito comum

Sangramento nasal.

Comum

  • Formação ou presença de um coágulo sanguíneo dentro de uma
    veia.
  • Eventos relacionados à obstrução de um vaso sanguíneo devido a
    um coágulo de sangue na corrente sanguínea.
  • Pressão alta.

Distúrbios gerais e condições no local da
aplicação

Muito comum

  • Cansaço.
  • Febre, rigidez (tremores), devido à infecção (com ou sem
    diminuição do número de neutrófilos no sangue, acompanhada de
    febre) ou possivelmente do mecanismo de defesa do organismo.
  • Fraqueza.
  • Reações no local da injeção.
  • Foram relatadas reações no local da injeção incluindo dor
    local, vermelhidão, inchaço e formação de coágulos sanguíneos. O
    extravasamento também pode resultar em dor local e inflamação, que
    podem ser severas e conduzir a complicações incluindo morte
    celular, especialmente quando oxaliplatina é administrada através
    de uma veia periférica.

Distúrbios do sistema de defesa do
organismo

Muito comum

Reações alérgicas como:

Erupções cutâneas (particularmente erupções na pele que causam
coceira), conjuntivite, rinite.

Comum

Reações alérgicas incluindo contração dos brônquios e
bronquíolos, inchaço em região subcutânea ou em mucosas, pressão
baixa, sensação de dor no peito e choque anafilático.

Distúrbios do fígado e da bile

Muito raro

Doença oclusiva das veias do fígado ou manifestações como
distúrbio do fígado, incluindo doença vascular do fígado,
hiperplasia regenerativa nodular, fibrose perisinusoidal. As
manifestações clínicas podem ser pressão alta da veia porta e/ou
elevação das enzimas transaminases.

Experiência pós-comercialização com frequência
desconhecida:

Distúrbios dos sistemas sanguíneo e
linfático

Síndrome hemolítica urêmica.

Distúrbios do sistema nervoso

  • Convulsão.
  • Laringoespasmo (espasmos da laringe).

Terapia combinada de oxaliplatina com 5-FU/FA (FOLFOX) e
bevacizumabe:

A segurança do primeiro tratamento dos pacientes com câncer
colón retal com metástases com a combinação de oxaliplatina,
5-FU/FA e bevacizumabe foi avaliada em 71 pacientes (estudo TREE).
Além dos efeitos colaterais esperados com o regime de tratamento
FOLFOX, os efeitos colaterais relatados com a combinação de
FOLFOX/bevacizumabe foram sangramento (45,1%; formas graves: 2,8%),
presença de proteína aumentada na urina (11,3%; formas graves: 0%),
dificuldade de cicatrização de ferida (5,6%), perfuração no
aparelho digestivo (4,2%) e pressão alta (1,4%; formas graves:
1,4%).

Neste mesmo estudo, o regime mFOLFOX levou a uma maior
incidência de diminuição do número de neutrófilos no sangue de
formas graves, porém uma menor incidência de toxicidade no aparelho
digestivo em relação aos outros dois regimes. Ocorreram poucos
casos de diminuição do número de neutrófilos no sangue, acompanhada
de febre observada nos braços (de 0 – 2% para o regime semanal e a
cada 3 semanas até 4% e 3% para o regime mFOLFOX e mFOLFOX +
bevacizumabe, respectivamente).

Os resultados deste estudo demonstraram a incidência de sensação
anormal de ardor, formigamento ou coceira, percebida nas
extremidades e sem motivo aparente, de formas graves de 11% com o
tratamento utilizando oxaliplatina associada ao bevacizumabe, tanto
para os pacientes que receberam 5-FU, quanto para os pacientes que
receberam capecitabina.

De acordo com os resultados do estudo NO16966, os efeitos
colaterais ocorridos com o tratamento em combinação com o
bevacizumabe foram: diminuição do número de neutrófilos no sangue
(37%) e diminuição no número de plaquetas sanguíneas (13%).

O estudo NO16966 não reportou separadamente as taxas de doença
afetando os nervos periféricos observadas com o uso de tratamento
com oxaliplatina combinada ao bevacizumabe.

Para informações mais detalhadas sobre a segurança de
bevacizumabe, consulte a bula do produto.

Informe ao seu médico ou farmacêutico o aparecimento de
reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à
empresa através do seu serviço de atendimento.

Atenção: este produto é um medicamento que possui nova
indicação terapêutica no país e, embora as pesquisas tenham
indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e
utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos
imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu
médico.

População Especial do Oxaliplatina –
Glenmark

Pacientes pediátricos

Não foi estabelecida a efetividade de oxaliplatina como agente
único nas populações pediátricas que foram avaliadas em estudos
clínicos.

Gravidez e lactação

Até o momento não existem dados disponíveis com relação à
segurança de oxaliplatina em mulheres grávidas. Baseado em dados de
estudos pré-clínicos, o uso de oxaliplatina é provavelmente letal
e/ou causa malformação do feto humano na dose terapêutica
recomendada e, portanto, não é recomendado durante a gravidez e
deve ser somente considerado depois que a paciente for informada
apropriadamente sobre os riscos ao feto e com consentimento da
paciente.

Assim como com outros agentes utilizados no tratamento
quimioterápico contra o câncer, medidas efetivas para evitar
gravidez devem ser tomadas em pacientes potencialmente férteis
antes do início do tratamento do câncer com oxaliplatina.

Não foi estudada a passagem da oxaliplatina para o leite
materno. A amamentação é contraindicada durante o tratamento com
oxaliplatina.

Pacientes idosos

Não foi observado aumento de toxicidade severa quando
oxaliplatina foi utilizado como agente único ou em associação com
5-fluorouracil (5-FU), em pacientes com idade superior a 65
anos.

Consequentemente, não é necessário um ajuste na dose específico
para pacientes idosos.

Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar
máquinas

Nenhum estudo sobre os efeitos na habilidade de dirigir veículos
e operar máquinas foi realizado.

Entretanto, o tratamento com oxaliplatina resultando em um
aumento no risco de tontura, enjoo, sensação desagradável no
estômago e vômito e outros sintomas do sistema nervoso que afetam a
locomoção e o equilíbrio podem levar a uma influência pequena ou
moderada na habilidade de dirigir e operar máquinas.

As anormalidades na visão, em particular perda de visão
transitória (reversível após a interrupção do tratamento), podem
afetar a habilidade de dirigir ou operar máquinas. Portanto,
deve-se ter cuidado com o potencial efeito destes eventos na
habilidade de dirigir ou operar máquinas.

Composição do Oxaliplatina – Glenmark

Apresentações

Pó liófilo injetável 50 mg e 100 mg: embalagem com 1
frasco-ampola.

Uso intravenoso.

Uso adulto.

Composição

Cada frasco-ampola de 50 mg contém:

50 mg de oxaliplatina.

Excipiente:

manitol.

Cada frasco-ampola de 100 mg contém:

100 mg de oxaliplatina.

Excipiente:

manitol.

Superdosagem do Oxaliplatina – Glenmark

Não se conhece antídoto específico para oxaliplatina. Pode ser
esperado um aumento da intensidade dos efeitos colaterais, em caso
de superdose. Deve ser iniciado o monitoramento dos parâmetros
sanguíneos e deve ser administrado tratamento para alívio dos
sintomas.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Oxaliplatina –
Glenmark

Não foram observadas interações medicamentosas entra a
Oxaliplatina (substância ativa) com outros medicamentos.

Devido à incompatibilidade com cloreto de sódio e com soluções
básicas (em particular a 5-fluoruracil, leucovorin e o trometanol),
a Oxaliplatina (substância ativa) não deve ser misturada com essas
substâncias ou administrado pela mesma via venosa.

Vacinas de vírus vivos ou bactérias

Não devem ser administradas em pacientes que recebem tratamento
com agente quimioterápico.

Interação Medicamento-substância Química

Grave

A Oxaliplatina (substância ativa) não dever ser administrada com
materiais que contenham alumínio.

Efeito da interação

Degradação dos componentes da platina.

Exame laboratorial

Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência da
Oxaliplatina (substância ativa) em exames laboratoriais.

Interação Alimentícia do Oxaliplatina – Glenmark

Não há dados disponíveis até o momento sobre a interação entre
alimentos e a Oxaliplatina (substância ativa).

Ação da Substância Oxaliplatina – Glenmark

Resultados de eficácia

Estudo multicêntrico comparando a associação de 5-fluouracil
(5-FU) / leucovorin(LV), irinotecano e Oxaliplatina (substância
ativa) em pacientes com câncer de colón metastático nunca tratados
anteriormente, mostrou que os pacientes que receberam Oxaliplatina
(substância ativa) em conjunto com 5-fluouracil e leucovorin,
tiveram uma maior taxa de resposta ao tratamento e uma maior
sobrevida média. Apresentaram também um maior intervalo livre de
doença quando comparados ao tratamento controle.

Foram estudados 795 pacientes entre maio de 1999 e abril
de 2001, que foram separados em três grupos

  • 264 pacientes no grupo controle receberem irinotecano,
    5-fluouracil e leucovorin (IFL);
  • 267 pacientes receberam Oxaliplatina (substância ativa),
    5-fluouracil e leucovorin (FOLFOX4);
  • 264 pacientes receberam Oxaliplatina (substância ativa) e
    irinotecano (IROX).

 Os regimes administrados foram os
seguintes

  • IFL = 125 mg/m² de irinotecano, bolus de 5-FU 500mg/m²
    e 20 mg/m2 de LV nos dias 1, 8,15, 22, a cada 6
    semanas;
  • FOLFOX4 = 85 mg/m² de Oxaliplatina (substância ativa) no dia 1
    e bolus de 5-FU 400 mg/m² + 200 mg/m² de LV seguidos de
    600 mg/m² de 5-FU em após as 22 horas nos dias 1 e 2, repetidos a
    cada duas semanas;
  • IROX = 85 mg/m² de Oxaliplatina (substância ativa) e 200
    mg/m2 de irinotecano a cada duas semanas.

Os resultados demonstraram que os pacientes que receberam o
regime FOLFOX tiveram um intervalo maior entre o tempo de
progressão da doença (média, 8,7 meses; p=0,0014) em relação aos
pacientes recebendo IFL (média de 6,9 meses). Em relação aos
pacientes que receberam IROX também foi significante (média de 6,5
meses).

A média de sobrevida dos pacientes recebendo IFL foi de 15 meses
comparado a 19,5 meses nos pacientes tratados no regime FOLFOX
(p=0,001) e 17,4 meses para os que receberem IROX (p=0,04 comparado
ao controle). Não houve diferença na média de sobrevida entre os
pacientes recebendo FOLFOX e IROX (p=0,09). A taxa de resposta em
pacientes recebendo FOLFOX (45%) foi maior que os pacientes que
receberam IFL (32% p=0,002) ou IROX (35% p=0,03). A taxa de
resposta não diferiu entre os pacientes dos grupos controle e IROX
(p=0,034).

Um estudo internacional, multicêntrico, aberto, randomizado
comparou a eficácia e avaliou a segurança da Oxaliplatina
(substância ativa) em combinação com 5-FU/LV em comparação com
5-FU/LV isolado, em pacientes com câncer cólon estágio II (Dukes
B2) ou câncer de cólon III (Dukes C) que haviam sido submetidos à
ressecção completa do tumor primário. O principal objetivo do
estudo foi comparar o intervalo de sobrevida livre de doença em 3
anos em pacientes recebendo Oxaliplatina (substância ativa) em
associação a 5-FU/LV, com aqueles que recebem apenas 5-FU/LV. O
objetivo secundário de eficácia foi a sobrevivência global.

Os pacientes foram tratados por um total de 6 meses (ou seja, 12
ciclos). Foram randomizados no total 2246 pacientes, 1123 em cada
grupo do estudo. Pacientes no estudo tinham idades entre 18 e 75
anos, histologicamente comprovadas estágio II (T3-T4 N0 M0;Dukes
B2) ou III (qualquer T N1-2 M0; Dukes C) de carcinoma de cólon (com
o polo inferior do tumor acima da reflexão peritoneal, isto é, ≥ 15
cm da margem anal) e (dentro de 7 semanas antes da randomização)
submetidos a ressecção completa do tumor primário sem evidências
macro ou microscópica da doença residual. Os pacientes não haviam
recebido tratamento quimioterápico prévio.

Os regimes terapêuticos foram os seguintes

Oxaliplatina (substância ativa) + 5-FU/LV (FOLFOX4) (n
=1123). Esquema realizado a cada duas semanas por 12 ciclos no
total

Dia 1

Oxaliplatina (substância ativa):

85 mg/m² (infusão em 2 horas) + LV: 200 mg/m² (infusão em 2
horas), seguida por 5- FU: 400 mg/m² (bolus), 600 mg/m²
(infusão após as 22 horas).

Dia 2

LV:

200 mg/m² (infusão em 2 horas), seguida por 5-FU: 400 mg/m²
(bolus).

5-FU/LV (n=1123). Esquema realizado a cada duas semanas
por 12 ciclos no total

Dia 1

LV:

200 mg/m² (infusão em 2 horas), seguida por 5-FU: 400 mg/m²
(bolus), 600 mg/m² (infusão após as 22 horas).

Dia 2

LV:

200 mg/m² (infusão em 2 horas), seguida por 5-FU: 400 mg/m²
(bolus). O intervalo de sobrevida livre de doença em 3
anos foi estatisticamente significante na população global e nos
pacientes em estágio III da doença tratados com Oxaliplatina
(substância ativa) em combinação com 5-FU/LV (78.2% vs. 72.9%
p=0,002; 72.2% vs. 65.3% p=0,005) em comparação com o grupo que
recebeu apenas com 5-FU/LV. Esse achado não foi significativamente
estatístico nos pacientes em estágio II da doença (87.0% vs. 84.3%
p=0,23).

Um estudo europeu multicêntrico de fase III avaliou a eficácia
da Oxaliplatina (substância ativa) como tratamento de primeira
linha no câncer colón retal metastático. Foram estudados 420
pacientes de agosto de 1995 a julho de 1997. Todos tinham
diagnóstico histopatológico confirmado de adenocarcinoma de colón
ou reto, metástases inoperáveis e sem tratamento quimioterápico
prévio, além de ao menos uma lesão mensurável a exames de imagem
(ressonância nuclear magnética ou tomografia computadorizada).

Pacientes randomizados para o grupo controle foram tratados com
leucovorin 200 mg/m2 IV por 2 horas, seguido de 5-FU 400
mg/m² administrado como um bolus IV seguido de uma infusão
após as 22 horas de 600 mg/m² nos dias 1 e 2 a cada 2 semanas. Os
pacientes randomizados para o grupo experimental receberam, nos
mesmos horários, 5-FU e leucovorina, com Oxaliplatina (substância
ativa) 85 mg/m2 IV por 2 horas em um único dia. Os
pacientes foram avaliados quanto o intervalo de sobrevivência livre
de doença. Como objetivo secundário, foram avaliados a taxa de
resposta ao tratamento, avaliada por exame de imagem após 4
semanas, a sobrevida total, qualidade de vida e segurança dos
regimes. A associação de Oxaliplatina (substância ativa) com
5-FU/LV melhorou significativamente o intervalo de sobrevivência
livre de doença quando comparada 5-FU/LV (8,2 meses vs 6,0
meses; p =0.0003). Em relação à taxa de resposta avaliada
radiologicamente confirmou taxa de resposta significativamente
maior no grupo experimental do que no controle, 50.0% vs
21,9%; p = 0, 0001.Embora tenha sido observada uma tendência para
uma maior sobrevida no grupo tratados com Oxaliplatina (substância
ativa), 16,2 vs 14,7 meses, essa diferença não alcançou
significância estatística (p = 0,12).

Características farmacológicas

A Oxaliplatina (substância ativa) pertence a uma nova classe de
sais da platina, na qual o átomo central de platina é envolvido por
um oxalato e um 1,2-diaminociclohexano (“dach”) em posição
trans. A Oxaliplatina (substância ativa) é um estéreo-isômero.

Assim como outros derivados da platina, a Oxaliplatina
(substância ativa) atua sobre o DNA, formando ligações alquil que
levam à formação de pontes inter e intrafilamentos, inibindo a
síntese e posterior formação de novas moléculas nucléicas de
DNA.

A cinética de ligação da Oxaliplatina (substância ativa) com o
DNA é rápida, ocorrendo no máximo em 15 minutos, enquanto que com a
cisplatina essa ligação é bifásica, com uma fase tardia após 4 a 8
horas.

No homem, observou-se presença dos complexos de inclusão nos
leucócitos 1 hora após a administração.

A replicação e posterior separação do DNA são inibidas, da mesma
forma que, secundariamente, é inibida a síntese do RNA e das
proteínas celulares.

A Oxaliplatina (substância ativa) é eficaz sobre certas linhas
de tumores resistentes à cisplatina.

Farmacocinética

O pico plasmático de platina total é de 5,1 ± 0,8 mcg/ml e a
área sob a curva de 0 a 48 horas é de 189 ± 45 mcg/mL/h, após
administração por 2 horas de perfusão venosa de 130
mg/m2 de Oxaliplatina (substância ativa). Ao final da
perfusão, 50% da platina estão fixados nos eritrócitos e 50% se
encontram no plasma, sendo que 25% na forma livre e 75% ligados às
proteínas plasmáticas. A ligação às proteínas aumenta
progressivamente, estabilizando-se em 95% no quinto dia após a
administração.

A eliminação é bifásica, com meia-vida terminal de cerca de 40
horas. Um máximo de 50% da dose administrada é eliminado na urina
em 48 horas, e 55% ao fim de 6 dias. A excreção fecal é pequena (5%
da dose ao final de 11 dias).

Não há necessidade de adaptação posológica nos pacientes com
insuficiência renal moderada, pois apenas a depuração da platina
ultra-filtrável se mostrou diminuída nesses pacientes, não
ocorrendo, portanto, aumento da toxicidade. A eliminação da platina
dos eritrócitos é bastante lenta; no 22° dia o nível de platina
intra-eritrocitária corresponde a 50% da concentração plasmática
máxima, sendo que a maior parte da platina plasmática já foi
eliminada nesse período. Ao longo do curso de ciclos sucessivos de
tratamento, observou-se que não há aumento significativo dos níveis
plasmáticos de platina total e ultrafiltrável, enquanto que há um
acúmulo nítido e precoce da platina eritrocitária.

Em animais de laboratório, a Oxaliplatina (substância ativa)
demonstra o perfil de toxicidade geral característica dos complexos
de platina. Entretanto, nenhum órgão-alvo em particular foi
identificado, a não ser a cardiotoxicidade no cão, própria desta
espécie animal. Digno de nota é que a Oxaliplatina (substância
ativa) não apresenta a nefrotoxicidade da cisplatina nem a
mielotoxicidade da carboplatina.

Cuidados de Armazenamento do Oxaliplatina –
Glenmark

Oxaliplatina deve ser mantida em sua embalagem original, em
temperatura ambiente (entre 15 e 30°C).

Proteger da luz e umidade.

A solução reconstituída pode ser conservada durante 6 horas em
temperatura ambiente menor que 25°C ou durante 24 horas entre 2°C e
8°C.

Prazo de validade: 24 meses a partir da data de
fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características do medicamento

Oxaliplatina apresenta-se como pó liofilizado branco a quase
branco. Após reconstituição apresenta-se como solução clara,
incolor a levemente amarelada.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Oxaliplatina – Glenmark

MS 1.1013.0237

Farmacêutica Responsável:

Valéria Medeiros Miqueloti
CRF/SP nº 51.263

Fabricado por:

Laboratórios IMA S.A.I.C.
Buenos Aires – Argentina

Embalado por:

Glenmark Generics S.A.
Buenos Aires – Argentina

Registrado por:

Glenmark Farmacêutica Ltda.
São Paulo – SP
C.N.P.J. 44.363.661/0001-57

Importado e distribuido por:

Glenmark Farmacêutica Ltda
Rua Edgar Marchiori, 255
Vinhedo – SP
CNPJ nº 44.363.661/0005-80

Venda sob prescrição médica.

Uso restrito a hospitais.

Oxaliplatina-Glenmark, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.