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Olumiant

Como o Olumiant funciona?


Olumiant é um inibidor seletivo e reversível das enzimas janus
quinases (JAKs), em especial JAK 1 e 2, responsáveis pela
comunicação das células envolvidas na hematopoese (processo de
formação e desenvolvimento das células do sangue), na inflamação e
na função imunológica (função de defesa do corpo).

Após a administração oral, Olumiant é rapidamente absorvido pelo
corpo humano, com um tempo máximo médio de cerca de 1
hora. 

Contraindicação do Olumiant

Olumiant é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade
conhecida ao produto ou a qualquer um de seus componentes da
fórmula e em mulheres grávidas.

Como usar o Olumiant

Olumiant é administrado por via oral com ou sem alimento, e seu
uso deve ser contínuo, interrompido somente sob orientação
médica.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou
mastigado.

Posologia do Olumiant


A dose recomendada de Olumiant é de 4 mg uma vez ao dia. Para
alguns pacientes, a dose de 2 mg uma vez ao dia pode ser aceitável,
como aqueles de 75 anos de idade ou mais e pacientes com histórico
de infecções crônicas ou recorrentes. Uma dose de 2 mg uma
vez ao dia também pode ser considerada para pacientes que
obtiveram controle prolongado da atividade da doença com a dose de
4 mg, uma vez ao dia, e são elegíveis para redução da dose.
Olumiant pode ser usado como monoterapia ou em combinação com
metrotexato.

A combinação com medicamentos DMARDs biológicos ou com outro
inibidor da enzima janus quinase (JAK) não foi estudada e não é
recomendada.

Modificações na dose em pacientes com insuficiência
renal

A dose recomendada de Olumiant em pacientes com taxa de
filtração glomerular (TFG) estimada entre 30 e 60 mL/min/1,73
m2 é de 2 mg uma vez ao dia. Olumiant não é recomendado
para uso em pacientes com TFG estimada lt; 30 mL/min/1,73
m2.

Não é necessário ajuste da dose de Olumiant em pacientes com
insuficiência hepática leve a moderada. Olumiant não é recomendado
para uso em pacientes com insuficiência hepática grave.

Modificações na dose devido a interações
medicamentosas

A dose recomendada de Olumiant para pacientes que tomam
inibidores de transportador de ânion orgânico 3 (OAT3) com forte
potencial de inibição, assim como a probenicida, é de 2 mg uma vez
ao dia.

Uso geriátrico

A experiência clínica em pacientes com idade ≥ 75 anos é
muito limitada. A dose inicial recomendada nesses pacientes é de 2
mg.

Uso pediátrico

A segurança e eficácia de Olumiant em crianças e adolescentes
com idades entre 0 e 18 anos ainda não foram estabelecidas. Não
estão disponíveis dados para esta população.

Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Olumiant?


Caso você se esqueça de uma dose, você deverá tomá-la assim que
lembrar. Se você se esquecer da dose durante um dia inteiro, pule a
dose esquecida e tome apenas uma dose, como de costume, no dia
seguinte. Não tome duas doses para compensar um comprimido
esquecido.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Olumiant

Infecções

O tratamento com Olumiant é associado com um aumento da taxa de
infecções, como infecções do trato respiratório superior. Olumiant
deve ser usado com cautela em pacientes com infecção ativa,
recorrente ou crônica clinicamente importante. Olumiant não deve
ser administrado a pacientes com tuberculose ativa (TB). O médico
deve considerar terapia anti-tuberculose antes de iniciar
tratamento com Olumiant em pacientes com tuberculose latente não
tratada anteriormente.

Reativação viral e herpes zoster

Caso o paciente desenvolva herpes zoster (erupção cutânea com
bolhas causada pelo vírus varicela-zoster), o tratamento com
Olumiant deve ser interrompido até que o episódio se resolva. Fale
com o seu médico se tiver uma erupção cutânea com bolhas durante o
tratamento com Olumiant, pois pode ser sinal de herpes. Antes de
iniciar o tratamento com Olumiant, os pacientes devem ser
examinados para detectar hepatite viral (inflamação do fígado), de
acordo com os guias clínicos.

Imunizações

O uso de Olumiant com vacinas vivas atenuadas não é recomendado.
Atualizar as imunizações de acordo com as diretrizes de imunização
atuais antes de iniciar a terapia com Olumiant.

Anormalidades laboratoriais

Aumentos nos parâmetros de lipídeos (série de exames
laboratoriais que serve como um diagnóstico inicial amplo para
identificar irregularidades em lipídios como colesterol e
triglicerídeos) foram reportados em pacientes tratados com
Olumiant. Os parâmetros lipídicos devem ser avaliados
aproximadamente 12 semanas após o início da terapia com Olumiant. O
efeito das elevações dos parâmetros lipídicos na morbidade
(conjunto de indivíduos, dentro da mesma população, que adquire a
doença num intervalo de tempo) e na mortalidade cardiovascular não
foi determinado.

Aumento na alanina aminotransferase (ALT) e aspartato
aminotransferase (AST) (enzimas do fígado) foram incomumente
observados em pacientes tratados com Olumiant. Aumentos de ALT e
AST para ≥ 5 e ≥ 10 x o limite superior normal (LSN) foram
relatados em menos de 1% dos pacientes em estudos clínicos. Caso
seja observado aumento na ALT ou AST e houver suspeita de lesão
hepática (lesão no fígado) induzida pelo medicamento, Olumiant deve
ser interrompido até que o diagnóstico seja excluído.

Evitar o início ou interromper o tratamento com Olumiant em
pacientes com contagem absoluta de neutrófilos (classe de células
sanguíneas que fazem parte do sistema imunológico) (CAN) lt; 1.000
células/mm3 e com contagem absoluta de linfócitos
(classe de células sanguíneas que fazem parte do sistema
imunológico) (CAL) lt; 500 células/mm3. Evitar o uso de
Olumiant em pacientes com hemoglobina (proteína existente no
interior das células vermelhas do sangue cuja principal função é o
transporte de oxigênio) lt; 8 g/dL.

Foram relatadas contagem absoluta de neutrófilos (CAN) lt; 1.000
células/mm3, contagem absoluta de linfócitos (CAL) lt;
500 células/mm3 e níveis de hemoglobina lt; 8 g/dL, em
menos de 1% dos pacientes em estudos clínicos. O risco de
linfocitose (grande aumento do número de linfócitos no sangue)
aumentou em pacientes idosos com artrite reumatoide. Foram
relatados casos raros de distúrbios linfoproliferativos (alteração
nas células sanguíneas da linhagem dos linfócitos).

Tromboembolismo venoso

Foram reportados eventos de trombose venosa profunda (TVP)
(obstrução da veia por um coágulo) e embolia pulmonar (EP)
(entupimento de um vaso no pulmão) em pacientes que receberam
Olumiant. Olumiant deve ser usado com cautela em pacientes com
fatores de risco para TVP/EP, tais como idosos, obesidade,
histórico de TVP/EP prévias ou pacientes que serão operados e
ficarão imobilizados. Se as características clínicas da TVP (pernas
ou braços inchados, endurecidos ou doloridos) e/ou da EP (falta de
ar, dor no peito e palpitação) ocorrerem, procure um médico
imediatamente para ser avaliado e iniciar um tratamento adequado. O
seu médico decidirá se você deve continuar ou não a tomar
Olumiant.

Eventos de perfuração gastrointestinal (perfuração que permite
que alimentos, sucos digestivos ou conteúdo intestinal vazem para o
abdômen) foram reportados em estudos clínicos com Olumiant.
Olumiant deve ser usado com cautela em pacientes que possam ter o
risco aumentado para perfuração gastrointestinal {por exemplo,
pacientes com histórico de diverticulite [inflamação caracterizada
principalmente por bolsas e quistos pequenos e salientes na parede
interna do intestino (divertículos) que ficam inflamados ou
infectados]}. Pacientes com sintomas abdominais de início recente
devem procurar um médico imediatamente para ser avaliado e iniciar
um tratamento adequado. O seu médico decidirá se você deve
continuar ou não a tomar Olumiant.

Eliminação

Sabe-se que baricitinibe é substancialmente excretado pelos
rins, e o risco de reações adversas a esta droga pode ser maior em
pacientes com função renal comprometida. Uma vez que pacientes
idosos (≥ 65 anos) são mais propensos a apresentar redução da
função renal, deve-se ter cuidado na seleção da dose e o
monitoramento da função renal pode ser útil.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar
máquinas

Olumiant não tem qualquer influência ou tem uma influência
negligenciável sobre a capacidade de conduzir ou utilizar
máquinas.

Reações Adversas do Olumiant

No total, 3.464 pacientes foram tratados com Olumiant em estudos
clínicos em artrite reumatoide representando 4.214 pacientes-anos
de exposição. Destes, 2.166 pacientes com artrite reumatoide foram
expostos a Olumiant durante ao menos um ano. Seis estudos
controlados por placebo foram integrados (997 pacientes tratados
com 4 mg uma vez ao dia e 1.070 pacientes tratados com placebo)
para avaliar a segurança de Olumiant em comparação ao placebo por
até 16 semanas após o início do tratamento.

Nos estudos clínicos, foram relatadas as seguintes
reações adversas com o uso de Olumiant:

Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes
que utilizam este medicamento):

Infecções do trato respiratório superior {inclui: sinusite aguda
(inflamação dos seios da face na região superior); epiglotite
(inflamação da epiglote, uma pequena cartilagem acima da laringe);
laringite (inflamação ou irritação da laringe); nasofaringite
(inflamação do nariz e faringe); dor orofaríngea (dor de garganta);
faringite (inflamação da faringe); faringotonsilite [doença
inflamatória e infecciosa envolvendo faringe, amígdalas e tonsilas
faríngeas (adenoides)]; rinite (inflamação da mucosa nasal);
sinusite (inflamação dos seios da face); amigdalite (inflamação
aguda ou crônica, de origem infecciosa, das amígdalas palatinas ou
linguais); traqueíte (inflamação da traqueia) e infecção do trato
respiratório superior} e colesterol LDL ≥ 130 mg/dL (≥ 3,36
mmol/L).

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento):

Náusea (vontade de vomitar), gastroenterite (inflamação das
paredes do estômago e do intestino), infecções do trato urinário,
herpes simplex (infecção viral que afeta principalmente a boca ou
genital) [inclui eczema herpético (infecção por herpes simplex
disseminada), herpes simplex, herpes simplex ocular, herpes oral],
herpes zoster (erupção cutânea com bolhas causada pelo vírus
varicela-zoster), ALT (enzima do fígado) ≥ 3 x LSN (limite superior
normal) e trombocitose [número excessivo de plaquetas (células
envolvidas na coagulação) no sangue] gt; 600.000
células/mm3.

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
utilizam este medicamento):

Acne, creatinina fosfoquinase (substância produzida a partir da
degradação das proteínas, eliminada pelo rim, servindo de marcador
da função deste órgão) gt; 5 x LSN, ganho de peso, triglicérides
(gordura no sangue) ≥ 500 mg/dL (≥ 5,65 mmol/L), AST (enzima do
fígado) ≥ 3 x LSN e neutropenia (diminuição dos neutrófilos) lt;
1.000 células/mm3.

Outros eventos:

O tratamento com baricitinibe foi associado com o aumento dos
parâmetros de lipídeos, incluindo colesterol total, triglicérides,
colesterol LDL e colesterol HDL. As elevações foram observadas na
semana 12 e se mantiveram estáveis depois disso.

Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as
pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo
que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos
adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu
médico ou cirurgião-dentista.

População Especial do Olumiant

Gravidez

Olumiant não deve ser utilizado durante a gravidez (Gravidez
Categoria C). Mulheres em idade fértil devem tomar as precauções
apropriadas para evitar engravidar durante o tratamento com
Olumiant e por, no mínimo, uma semana depois do final do
tratamento. Mulheres que engravidarem durante o tratamento com
Olumiant devem procurar o seu médico, uma vez que Olumiant não deve
ser utilizado durante a gravidez. A amamentação não é recomendada
durante o tratamento com Olumiant.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Uso pediátrico

A segurança e a eficácia de Olumiant em pacientes pediátricos
não foram estabelecidas.

Insuficiência hepática

Não é necessário ajuste de dose em pacientes com comprometimento
hepático leve ou moderado. O uso de Olumiant não foi estudado em
pacientes com comprometimento hepático grave e, portanto, não é
recomendado.

Composição do Olumiant

Cada comprimido contém:

2 ou 4 mg de baricitinibe.

Excipientes:

manitol, celulose microcristalina, croscarmelose sódica,
estearato de magnésio, álcool polivinílico, dióxido de titânio,
macrogol, talco, lecitina de soja e óxido de ferro vermelho.

Apresentação do Olumiant


Olumiant é apresentado na forma de comprimidos revestidos com 2
ou 4 mg de baricitinibe, em embalagens contendo 30 comprimidos.

Via oral.

Uso adulto.

Superdosagem do Olumiant

Doses únicas acima de 40 mg e múltiplas doses acima de 20 mg
diariamente por 10 dias, foram administradas nos estudos clínicos
sem toxicidade limitante de dose. Os dados de farmacocinética de
dose única de 40 mg em voluntários sadios indicaram que se espera
que mais de 90% da dose administrada seja eliminada dentro de 24
horas. No caso de superdose, é recomendado que o paciente seja
monitorado para sinais e sintomas de reações adversas. Os pacientes
que desenvolverem reações adversas devem receber tratamento
apropriado.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Olumiant

Potencial de baricitinibe em afetar outras
drogas

Em estudos de farmacologia clínica, a administração de
baricitinibe com medicamentos, como a sinvastatina, etinilestradiol
ou levonorgestrol, não resultou em alterações clinicamente
significativas na farmacocinética para estas drogas. Não houve
efeitos clinicamente significativos quando baricitinibe foi
administrado com digoxina ou metotrexato.

Potencial de outras drogas em afetar
baricitinibe

Em estudos de farmacologia clínica, a administração de
baricitinibe com cetoconazol não resultou em efeitos clinicamente
significativos. A coadministração de baricitinibe com fluconazol ou
rifampicina não resultou em efeitos clinicamente significativos na
farmacocinética de baricitinibe. A administração de baricitinibe
com ciclosporina ou metotrexato não resultou em efeitos
clinicamente significativos na exposição ao baricitinibe.

Nenhum estudo foi conduzido para investigar possível interação
entre Olumiant e plantas medicinais, álcool, nicotina e realização
de exames laboratoriais e não laboratoriais.

Medicamentos imunossupressores (utilizados para
controlar a resposta imune do organismo)

Informe o seu médico antes de utilizar Olumiant caso esteja
tomando medicamentos imunossupressores como azatioprina, tacrolimus
ou ciclosporina. O estudo do uso de Olumiant junto com esses
medicamentos foi limitado, não sendo possível excluir o risco de um
efeito aditivo de imunossupressão.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Ação da Substância Olumiant

Resultados de Eficácia


A eficácia e a segurança de Baricitinibe (substância ativa)
foram avaliadas em quatro estudos randomizados, duplo-cegos e
multicêntricos em pacientes com artrite reumatoide ativa,
diagnosticada de acordo com os critérios do Colégio Americano de
Reumatologia (ACR) e da Liga Europeia contra o Reumatismo 2010.
Pacientes acima de 18 anos de idade foram elegíveis caso pelo menos
6 articulações sensíveis e 6 articulações edemaciadas estivessem
presentes na visita basal.

O Estudo I (RA-BEGIN) foi um estudo de 52 semanas de
Baricitinibe (substância ativa), em monoterapia e em associação com
metotrexato em 588 pacientes com artrite reumatoide ativa moderada
a grave, sem tratamento anterior com drogas convencionais ou
biológicas antirreumáticas modificadoras da doença (DMARD), e que
haviam recebido ≤ 3 doses de metotrexato. Os pacientes receberam
Baricitinibe (substância ativa) 4 mg uma vez ao dia, Baricitinibe
(substância ativa) 4 mg uma vez ao dia mais metotrexato, ou
metotrexato. A dose de metotrexato foi aumentada ao longo de um
período de 8 semanas. A partir da semana 24, pacientes não
responsivos foram resgatados para receber Baricitinibe (substância
ativa) 4 mg uma vez ao dia mais metotrexato. Os pacientes foram
avaliados quanto à atividade da doença, função física, progressão
radiográfica do dano articular e resultados relatados pelo
paciente. O desfecho primário foi a proporção de pacientes que
obteve uma resposta ACR20 na semana 24.

O Estudo II (RA-BEAM) foi um estudo clínico de 52 semanas em
1.307 pacientes com artrite reumatoide ativa moderada a grave que
apresentaram resposta inadequada ao metotrexato. Os pacientes
receberam Baricitinibe (substância ativa) 4 mg uma vez ao dia,
adalimumabe 40 mg via subcutânea a cada 2 semanas, ou placebo.
Todos os pacientes receberam metotrexato de base. A partir da
semana 16, pacientes não responsivos puderam ser resgatados para
receber Baricitinibe (substância ativa) 4 mg uma vez ao dia. Na
semana 24, todos os pacientes tratados com placebo que não foram
resgatados passaram a receber Baricitinibe (substância ativa) 4 mg
uma vez ao dia. Os pacientes foram avaliados quanto à atividade da
doença, função física, progressão radiográfica do dano articular e
resultados relatados pelo paciente. O desfecho primário foi a
proporção de pacientes que obteve uma resposta ACR20 na semana
12. O estudo também avaliou a eficácia de Baricitinibe (substância
ativa) versus adalimumabe.

O Estudo III (RA-BUILD) foi um estudo clínico de 24 semanas em
684 pacientes com artrite reumatoide ativa moderada a grave que
apresentaram resposta inadequada ou intolerância às DMARDs
convencionais (cDMARDs). Os pacientes receberam Baricitinibe
(substância ativa) 2 mg ou 4 mg uma vez ao dia, ou placebo, em
adição ao tratamento de base existente com cDMARDs. A partir da
semana 16, pacientes não responsivos puderam ser resgatados para
receber Baricitinibe (substância ativa) 4 mg uma vez ao dia. Os
pacientes foram avaliados quanto à atividade da doença, função
física, progressão radiográfica do dano articular e resultados
relatados pelo paciente. O desfecho primário foi a proporção de
pacientes que obteve uma resposta ACR20 na semana 12.

O Estudo IV (RA-BEACON) foi um estudo clínico de 24 semanas em
527 pacientes com artrite reumatoide ativa moderada a grave que
apresentaram resposta inadequada ou intolerância a ≥ 1 terapia com
inibidor de TNF ± outras DMARDs biológicas (TNFi-IR). Os pacientes
receberam Baricitinibe (substância ativa) 2 mg ou 4 mg uma vez ao
dia, ou placebo, em adição ao tratamento de base com cDMARD. A
partir da semana 16, pacientes não responsivos puderam ser
resgatados para receber Baricitinibe (substância ativa) 4 mg uma
vez ao dia. Os pacientes foram avaliados quanto à atividade da
doença, função física e resultados relatados pelo paciente. O
desfecho primário foi a proporção de pacientes que obteve uma
resposta ACR20 na semana 12.

O Estudo V (RA-BEYOND) é um estudo de extensão em longo prazo,
atualmente em andamento, em pacientes com artrite reumatoide que
concluíram os Estudos I-IV, ou que concluíram um estudo de fase 2.
O objetivo principal é avaliar a segurança e a tolerabilidade de
Baricitinibe (substância ativa). Outro objetivo é avaliar a
eficácia da redução da dose de Baricitinibe (substância ativa) de 4
mg para 2 mg em pacientes que obtiveram um nível sustentado de
baixa atividade da doença com Baricitinibe (substância ativa) 4 mg
uma vez ao dia.

Resposta clínica

Os percentuais de pacientes tratados com Baricitinibe
(substância ativa) que obtiveram respostas ACR20, ACR50 e ACR70,
remissão clínica conforme medido pelo Índice Simplificado de
Atividade da Doença (SDAI) ≤ 3,3 e Pontuação de Atividade da Doença
(DAS28-hsCRP) lt; 2,6 nos Estudos I, II, III e IV são apresentados
nas Tabelas 1 e 2.

Pacientes tratados com Baricitinibe (substância ativa)
apresentaram taxas mais elevadas de resposta ACR, remissão clínica
e DAS28-hsCRP lt; 2,6 versus pacientes tratados com
metotrexato na semana 24 (Estudo I) ou pacientes tratados com
placebo na semana 12 (Estudos II-IV) (Tabelas 1 e 2).

No Estudo II, foram observadas taxas de resposta ACR20
significativamente mais elevadas (Figura 1) e melhoras em todas as
pontuações dos componentes individuais de ACR em uma semana com
Baricitinibe (substância ativa) 4 mg versus placebo, em
pacientes que administraram metotrexato de base, e estas foram
mantidas por 24 semanas. Na semana 12, pacientes tratados com
Baricitinibe (substância ativa) 4 mg mais metotrexato de base
apresentaram uma taxa de resposta ACR20 mais elevada do que
pacientes tratados com adalimumabe 40 mg a cada duas semanas mais
metotrexato (Tabela 1).

Tabela 1: Taxas de Resposta ACR

Percentual de Pacientes

Sem DMARD

MTX-IR

cDMARD-IR

TNFi-IR

Estudo I (RA-BEGIN)

Estudo II (RA-BEAM)

Estudo III (RA-BUILD)

Estudo IV (RA-BEACON)

MTX

Baricitinibe (substância ativa) 4 mg/dia (IC
95%)a

Baricitinibe (substância ativa) 4 mg/dia + MTX (IC
95%)a

Placebo + MTX

Baricitinibe (substância ativa) 4 mg/dia + MTX (IC
95%)a

Adalimumabe 40 mg a cada 2 semanas + MTX (IC
95%)a

Placebo + cDMARDs

Baricitinibe (substância ativa) 2 mg/dia + cDMARDs (IC
95%)a

Baricitinibe (substância ativa) 4 mg/dia + cDMARDs (IC
95%)a

Placebo + cDMARDs

Baricitinibe (substância ativa) 2 mg/dia + cDMARDs (IC
95%)a

Baricitinibe (substância ativa) 4 mg/dia + cDMARDs (IC
95%)a

N

210

159

215

488

487

330

228

229

227

176

174

177

ACR 20

Semana 12 %

59

79 (10,8; 29,3)b

77 (9,4; 26,9)b40

70 (23,5; 35,4)b

61 (1,7; 15,1)b3966 (17,6;
35,3)b
62 (13,2;
31,2)b
2749 (11,7; 31,5)b

55 (18,2; 37,9)b

Semana 24 %

6277 (5,5;
24,1)b
78 (7,7; 24,8)b3774 (31,5; 43,0)b66 (1,1; 14,0)b4261 (10,0;
28,0)b
65 (14,2;
32,0)b
2745 (7,7; 27,4)b

46 (9,2; 28,9)b

Semana 52 %

5673 (7,6;
26,9)b
73 (7,9; 25,8)bNAc7162 (3,1; 16,3)b

ACR 50

Semana 12 %

3355 (11,8;
31,9)b
60 (18,0; 36,3)b1745 (22,6; 33,7)b35 (3,3; 16,9)b1334 (13,4;
28,4)b
33 (13,3;
28,3)b
820 (5,0; 19,3)b

28 (12,5; 28,0)b

Semana 24 %

4360 (6,3;
26,6)b
63 (10,6; 29,2)b1951 (25,6; 36,9)b45 (-1,9; 12,0)2141 (11,7;
28,3)b
44 (14,2;
30,9)b
1323 (1,9; 17,9)b

29 (8,0; 24,7) b

Semana 52 %

3857 (9,5;
29,7)b
62 (15,0; 33,5)bNAc5647 (1,9; 15,8)b

ACR 70

Semana 12 %

1631 (6,4;
23,8)b
33 (9,8; 25,8)b519 (10,2; 18,1)b13 (1,2; 11,2)b318 (9,4;
20,3)b
18 (9,5;
20,5)b
213 (5,0; 15,8)b

11 (3,9; 14,2)b

Semana 24 %

2142 (11,2;
30,2)b
40 (9,5; 26,7)b830 (17,1; 26,5)b22 (1,9; 14,0)b825 (10,8;
24,1)b
24 (9,8;
22,9)b
313 (4,1; 15,5)b

17 (7,4; 19,7)b

Semana 52 %

2542 (7,2;
26,6)b
46 (11,9; 29,7)bNAc3731 (-0,0; 13,1)

a Intervalo de confiança de 95% para a diferença na
taxa de resposta entre o tratamento com Baricitinibe (substância
ativa) e metotrexato, ou entre Baricitinibe (substância ativa) mais
metotrexato e metotrexato (Estudo I); entre o tratamento com
Baricitinibe (substância ativa) e placebo, ou entre o tratamento
com Baricitinibe (substância ativa) e adalimumabe (Estudo II);
entre o tratamento com Baricitinibe (substância ativa) e placebo
(Estudo III, Estudo IV).
b p ≤ 0,05 para a comparação entre monoterapia com
Baricitinibe (substância ativa) ou Baricitinibe (substância ativa)
mais metotrexato e monoterapia com metotrexato (Estudo I); entre o
tratamento com Baricitinibe (substância ativa) e placebo ou
adalimumabe (Estudo II); entre o tratamento com Baricitinibe
(substância ativa) e placebo (Estudo III, Estudo IV).
c NA = não aplicável, tratamento com placebo somente
pelas primeiras 24 semanas.

Tabela 2: Remissão Clínica (SDAI ≤ 3,3) e DAS28-hsCRP
lt; 2,6

Percentual de Pacientes

Sem DMARD

MTX-IR

cDMARD-IR

TNFi-IR

Estudo I (RA-BEGIN)

Estudo II (RA-BEAM)

Estudo III (RA-BUILD)

Estudo IV (RA-BEACON)

MTX

Baricitinibe (substância ativa) 4 mg/dia (IC
95%)a

Baricitinibe (substância ativa) 4 mg/dia + MTX (IC
95%)a

Placebo + MTX

Baricitinibe (substância ativa) 4 mg/dia + MTX (IC
95%)a

Adalimumabe 40 mg a cada 2 semanas + MTX (IC
95%)a

Placebo + cDMARDs

Baricitinibe (substância ativa) 2 mg/dia + cDMARDs (IC
95%)a

Baricitinibe (substância ativa) 4 mg/dia + cDMARDs (IC
95%)a

Placebo + cDMARDs

Baricitinibe (substância ativa) 2 mg/dia + cDMARDs (IC
95%)a

Baricitinibe (substância ativa) 4 mg/dia + cDMARDs (IC
95%)a

N

210

159

215

488

487

330

228

229

227

176

174

177

SDAI ≤ 3,3b

Semana 12 %

6

14 (1,4; 13,9)c

20 (7,1; 19,6)c2

8 (3,8; 9,3)c

7 (-2,6; 4,9)19 (4,4;
12,2)c
9 (4,1;
11,8)c
22 (-2,3; 3,5)

5 (-0,4; 7,1)

Semana 24 %

1022 (3,9;
19,2)c
23 (5,3; 19,3)c316 (9,3; 16,5)c14 (-2,6; 7,3)417 (7,2;
18,1)c
15 (5,7;
16,3)c
25 (-1,5; 6,1)

9 (2,0; 11,5)c

Semana 52 %

13

25 (3,1;
19,3)c
30 (9,2; 24,6)cNAd2318 (-0,8; 10,3)

ACR 50

Semana 12 %

1628 (3,4;
20,5)c
36 (12,0; 28,2)c424 (15,9; 24,4)c19 (-0,4; 11,0)926 (10,2;
23,7)c

26 (10,0; 23,5)c

411 (1,5; 12,4)c

16 (6,2; 18,6)c

Semana 24 %

2440 (6,9;
26,0)c
40 (7,9; 25,4)c834 (21,9; 31,6)c32 (-3,9; 9,2)1131 (12,9;
27,2)c

33 (15,2; 29,8)c

6

11 (-1,2; 10,5)

21 (8,2; 22,2)c

Semana 52 %

2444 (10,6;
29,8)c
49 (16,2; 33,8)cNAd4039 (-6,3; 7,4)

a Intervalo de confiança de 95% para a diferença na
taxa de resposta entre o tratamento com Baricitinibe (substância
ativa) e metotrexato, ou entre Baricitinibe (substância ativa) mais
metotrexato e metotrexato (Estudo I); entre o tratamento com
Baricitinibe (substância ativa) e placebo, ou entre o tratamento
com Baricitinibe (substância ativa) e adalimumabe (Estudo II);
entre o tratamento com Baricitinibe (substância ativa) e placebo
(Estudo III, Estudo IV).
b Índice Simplificado de Atividade da Doença.
c p ≤ 0,05 para a comparação entre monoterapia com
Baricitinibe (substância ativa) ou Baricitinibe (substância ativa)
mais metotrexato e a monoterapia com metotrexato (Estudo I); entre
o tratamento com Baricitinibe (substância ativa) e placebo ou
adalimumabe (Estudo II); entre o tratamento com Baricitinibe
(substância ativa) e placebo (Estudo III, Estudo IV).
d NA = não aplicável, tratamento com placebo somente
pelas primeiras 24 semanas.
e Pontuação de Atividade da Doença 28-proteína C-reativa
de sensibilidade elevada.

O efeito do tratamento com Baricitinibe (substância ativa) nos
componentes dos critérios de resposta ACR para o Estudo II e Estudo
IV é apresentado na Tabela 3. Resultados semelhantes foram
observados nos Estudos I e III.

Tabela 3: Componentes da Resposta ACR nas Semanas 12 e
24 nos Estudos II e IVa

 

MTX-IR

TNFi-IR

Estudo II (RA-BEAM)

Estudo IV (RA-BEACON)

Placebo + MTX

Baricitinibe (substância ativa) 4 mg/dia +
MTX

Adalimumabe 40 mg a cada 2 semanas + MTX

Placebo + cDMARDs

Baricitinibe (substância ativa) 2 mg/dia +
cDMARDs

Baricitinibe (substância ativa) 4 mg/dia +
cDMARDs

N

488

487

330

176

174

177

Número de Articulações Sensíveis (0-68)

Visita Basal

232323283128

Semana 12

1510 (-6,7;
-4,2)b
11 (-2,8; 0,0)2019 (-5,6;
-0,2)b

14 (-8,0; -2,6)b

Semana 24

158 (-8,3;
-5,7)b
9 (-2,5; 0,5)1919 (-4,5; 1,3)

14 (-7,5; -1,7)b

Número de Articulações Edemaciadas (0-66)

Visita Basal

1615151719

16

Semana 12

95 (-4,6;
-3,0)b
6 (-1,7; 0,2)1210 (-3,9;
-0,5)b

8 (-5,5; -2,1)b

Semana 24

95 (-5,1;
-3,3)b
5 (-1,5; 0,5)1211 (-3,3; 0,6)

7 (-6,2; -2,4)b

Dorc

Visita Basal

6062616562

66

Semana 12

4329 (-17,2;
-11,5)b
34 (-8,3;
-2,0)b
5546 (-13,2;
-3,4)b

42 (-18,4; -8,6)b

Semana 24

4327 (-19,0;
-13,3)b
32 (-8,0;
-1,6)b
5443 (-15,4;
-4,7)b

40 (-20,6; -10,0)b

Avaliação Global do Pacientec

Visita Basal

6163646667

66

Semana 12

4431 (-17,2;
-11,8)b
35 (-7,7;
-1,6)b
5646 (-16,3;
-6,6)b

43 (-18,9; -9,2)b

Semana 24

4529 (-18,9;
-13,3)b
33 (-7,1;
-0,8)b
5645 (-16,6;
-6,3)b

40 (-21,1; -10,8)b

Avaliação Global do Médicoc

Visita Basal

6466656767

67

Semana 12

3926 (-16,3;
-11,3)b
31 (-8,4;
-2,7)b
5636 (-18,3;
-8,6)b

32 (-22,8; -13,1)b

Semana 24

3822 (-18,6;
-13,2)b
27 (-8,3;
-2,2)b
5637 (-14,7;
-3,9)b

32 (-19,5; -8,8)b

Índice de Incapacidade (HAQ-DI)d

Visita Basal

1,551,571,591,781,71

1,74

Semana 12

1,210,90 (-0,38;
-0,26)b
1,02 (-0,17;
-0,03)b
1,591,31 (-0,31;
-0,10)b

1,31 (-0,34; -0,13)b

Semana 24

1,200,81 (-0,47;
-0,33)b
0,95 (-0,20;
-0,04)b
1,591,29 (-0,35;
-0,12)b

1,27 (-0,39; -0,17)b

hsCRP (mg/L)

Visita Basal

19,722,221,820,619,9

19,8

Semana 12

18,66,8 (-14,6;
-10,5)b
9,1 (-4,8;
-0,3)b
19,913,5 (-10,1;
-2,5)b

9,8 (-13,8; -6,3)b

Semana 24

18,57,0 (-14,3;
-10,1)b
10,2 (-5,8;
-1,1)b
21,713,4 (-12,4;
-4,1)b

10,3 (-15,5; -7,1)b

a Os dados apresentados são médias nas semanas 12 e
24 e intervalo de confiança de 95% para a diferença entre o
tratamento com Baricitinibe (substância ativa) e placebo, ou entre
o tratamento com Baricitinibe (substância ativa) e adalimumabe.
b p ≤ 0,05 para a comparação entre o tratamento com
Baricitinibe (substância ativa) e placebo ou adalimumabe (Estudo
II); comparação entre o tratamento com Baricitinibe (substância
ativa) e placebo (Estudo IV).
c Escala analógica visual: 0 = melhor, 100 = pior.
d Questionário de Avaliação da Saúde – Índice de
Incapacidade: 0 = melhor, 3 = pior; 20 questões; 8 categorias:
vestir-se e arrumar-se, levantar-se, comer, caminhar, higiene,
alcance, aperto e atividades.

Os percentuais de pacientes que obtiveram resposta ACR20 e
remissão clínica (SDAI ≤ 3,3) por visita no Estudo II são
apresentados nas Figuras 1 e 2, respectivamente. Em comparação com
o placebo, melhoras estatisticamente significativas foram
observadas começando na semana 1 para ACR20 e na semana 4 para as
taxas de remissão clínica. Estas taxas foram mantidas na semana 52
em pacientes tratados com Baricitinibe (substância ativa). Foram
observadas curvas de resposta semelhantes em pacientes tratados com
Baricitinibe (substância ativa) nos Estudos I, III e IV.

Figura 1: Percentual de Pacientes com ACR20

Figura 2: Percentual de Pacientes com Remissão Clínica
(SDAI ≤ 3,3)

Resultados relatados pelos pacientes

Registros eletrônicos diários de pacientes foram usados para
avaliar a duração e a gravidade da rigidez articular matinal
durante as primeiras 12 semanas dos Estudos II e III. No Estudo II,
os pacientes tratados com Baricitinibe (substância ativa)
apresentaram duração mediana da rigidez articular matinal de 27
minutos em comparação com 60 minutos nos pacientes tratados com
placebo e 37 minutos nos pacientes tratados com adalimumabe na
semana 12. No Estudo II, os pacientes tratados com Baricitinibe
(substância ativa) apresentaram gravidade média da rigidez
articular matinal de 3,0 em comparação com 4,1 para os pacientes
tratados com placebo e 3,4 para pacientes tratados com adalimumabe
na semana 12, utilizando uma escala de classificação numérica de
0-10, com 0 indicando ausência de rigidez articular.

No Estudo III, os pacientes tratados com Baricitinibe
(substância ativa) 4 mg e 2 mg apresentaram duração média da
rigidez articular matinal de 34 minutos e 41 minutos,
respectivamente, em comparação com 60 minutos nos pacientes
tratados com placebo na semana 12. No Estudo III, a gravidade média
da rigidez articular matinal em pacientes tratados com Baricitinibe
(substância ativa) 4 mg e 2 mg foi de 3,3 e 3,4, respectivamente,
em comparação com 4,2 para os pacientes tratados com placebo na
semana 12, utilizando uma escala de classificação numérica de 0-10,
com 0 indicando ausência de rigidez articular.

Registros eletrônicos diários de pacientes também foram usados
para avaliar a pontuação do pior cansaço durante as primeiras 12
semanas nos Estudos II e III. No Estudo II, os pacientes tratados
com Baricitinibe (substância ativa) apresentaram cansaço pior médio
de 3,5 em comparação com 4,5 para os pacientes tratados com placebo
e 4,0 para os pacientes tratados com adalimumabe na semana 12,
utilizando uma escala de classificação numérica de 0-10, com 0
indicando ausência de cansaço. No Estudo III, os pacientes tratados
com Baricitinibe (substância ativa) 4 mg e 2 mg apresentaram
cansaço pior médio de 4,0 e 4,0, respectivamente, em comparação com
4,5 para os pacientes tratados com placebo na semana 12, utilizando
uma escala de classificação numérica de 0-10, com 0 indicando
ausência de cansaço.

O status global de saúde foi avaliado pela pesquisa de
saúde do Formulário Resumido (SF-36). Nos Estudos I-IV, os
pacientes que receberam Baricitinibe (substância ativa) 4 mg
demonstraram melhora maior desde a visita basal em comparação com
metotrexato ou placebo na pontuação do componente físico do SF-36
na semana 12.

Resposta radiográfica

Três estudos foram conduzidos para avaliar o efeito de
Baricitinibe (substância ativa) no dano articular estrutural. A
progressão do dano articular estrutural foi avaliada
radiograficamente e expressa como alteração desde a visita basal na
Pontuação Total de Sharp modificada (mTSS) de van der Heijde e seus
componentes, pontuação da erosão e pontuação do estreitamento do
espaço articular, nas semanas 24 (Estudos I, II e III) e 52
(Estudos I e II). A proporção de pacientes sem progressão
radiográfica (alteração de mTSS ≤ 0) também foi avaliada.

No Estudo I, Baricitinibe (substância ativa) 4 mg mais
metotrexato inibiram a progressão do dano articular estrutural
(mTSS) em comparação com metotrexato nas semanas 24 e 52 (Tabela
4). As análises das pontuações da erosão e do estreitamento do
espaço articular foram compatíveis com os resultados de mTSS. No
grupo metotrexato, 68% dos pacientes não apresentaram progressão
radiográfica na semana 24 em comparação com 76% dos pacientes
tratados com Baricitinibe (substância ativa) 4 mg e 81% dos
pacientes tratados com Baricitinibe (substância ativa) 4 mg mais
metotrexato.

No Estudo II, Baricitinibe (substância ativa) 4 mg mais
metotrexato de base inibiram a progressão do dano articular
estrutural em mTSS em comparação com placebo mais metotrexato de
base na semana 24 (Tabela 4). As análises das pontuações da erosão
e do estreitamento do espaço articular foram compatíveis com os
resultados de mTSS. No grupo placebo mais metotrexato, 70% dos
pacientes não apresentaram progressão radiográfica na semana 24, em
comparação com 81% dos pacientes tratados com Baricitinibe
(substância ativa) 4 mg mais metotrexato e 83% dos pacientes
tratados com adalimumabe mais metotrexato.

No Estudo III, Baricitinibe (substância ativa) 2 mg e 4 mg mais
cDMARDs de base inibiram a progressão do dano articular estrutural
em mTSS em comparação com placebo mais cDMARDs na semana 24. As
alterações médias ajustadas, desde a visita basal na Pontuação
Total de Sharp (IC de 95% para as diferenças médias para
Baricitinibe (substância ativa) menos placebo), foram 0,70; 0,33
[-0,74; -0,01] e 0,15 [-0,92; -0,19] para placebo, Baricitinibe
(substância ativa) 2 mg e Baricitinibe (substância ativa) 4 mg
respectivamente, na semana 24. No grupo placebo, 74% dos pacientes
não apresentaram progressão radiográfica na semana 24 em comparação
com 72% dos pacientes tratados com Baricitinibe (substância ativa)
2 mg e 80% dos pacientes tratados com Baricitinibe (substância
ativa) 4 mg.

Tabela 4: Alteração nas Pontuações Radiográficas desde a
Visita Basal até as Semanas 24 e 52 nos Estudos I e
IIa

 

Sem DMARD Estudo I

Resposta Inadequada ao Metotrexato Estudo
II

Metotrexato

Baricitinibe (substância ativa) 4
mg/diab

Baricitinibe (substância ativa) 4 mg/dia +
Metotrexatob

Placebo + Metotrexato

Baricitinibe (substância ativa) 4 mg/diab +
Metotrexato

Adalimumabe 40 mg a cada 2 semanas +
Metotrexatoc

N

210

159

215

488

487

330

Pontuação Total de Sharp, Alteração Média Ajustada desde
a Visita Basal

Semana 24

0,610,390,290,900,41

0,33

Diferença Média Ajustada (IC
95%)b

 -0,22 (-0,52; 0,08)-0,32 (-0,60; -0,04)d -0,49 (-0,73; -0,25)d

0,07 (-0,19; 0,34)

Semana 52

1,020,800,40 0,71

0,60

Diferença Média Ajustada (IC
95%)b

 -0,23 (-0,67; 0,22)-0,62 (-1,04; -0,20)d -1,10 (-1,55; -0,64)d

0,10 (-0,40; 0,61)

Pontuação da Erosão, Alteração Média desde a Visita
Basal

Semana 24

0,470,330,260,610,29

0,24

Diferença Média Ajustada (IC
95%)b

 -0,14 (-0,36; 0,07)-0,22 (-0,42; -0,02)d -0,32 (-0,48; -0,15)d

0,06 (-0,13; 0,24)

Semana 52

0,810,550,341,230,51

0,42

Diferença Média Ajustada (IC
95%)b

 -0,26 (-0,58; 0,06)-0,47 (-0,77; -0,18)d -0,73 (-1,05; -0,41)d

0,09 (-0,27; 0,44)

Pontuação do Estreitamento do Espaço Articular,
Alteração Média desde a Visita Basal

Semana 24

0,140,060,030,290,12

0,10

Diferença Média Ajustada (IC
95%)b

 -0,08 (-0,22; 0,07)-0,10 (-0,23; 0,03) -0,17 (-0,29; -0,06)d

0,01 (-0,11; 0,14)

Semana 52

0,210,250,060,580,21

0,19

Diferença Média Ajustada (IC
95%)b

 0,04 (-0,18; 0,25)-0,15 (-0,35; 0,05) -0,37 (-0,58; -0,16)d

-0,02 (-0,22; 0,25)

a Abreviações: IC = intervalo de confiança.
b Diferença entre as médias ajustadas (Baricitinibe
(substância ativa) mais metotrexato ou monoterapia com Baricitinibe
(substância ativa) menos monoterapia com metotrexato).
c Diferença entre as médias ajustadas (Baricitinibe
(substância ativa) menos adalimumabe).
d p ≤ 0,05 para comparação entre monoterapia com
Baricitinibe (substância ativa) ou Baricitinibe (substância ativa)
mais metotrexato, e monoterapia com metotrexato (Estudo I);
comparação entre o tratamento com Baricitinibe (substância ativa) e
placebo (Estudo II).

Resposta da função física

A melhora na função física foi medida pelo Questionário de
Avaliação da Saúde – Índice de Incapacidade (HAQ-DI).

No Estudo I, Baricitinibe (substância ativa) demonstrou uma
melhora maior desde a visita basal na função física em comparação
com metotrexato na semana 24. No Estudo II, Baricitinibe
(substância ativa) 4 mg mais metotrexato de base demonstraram
melhora maior em comparação com placebo mais metotrexato, e
adalimumabe mais metotrexato, na alteração desde a visita basal em
HAQ-DI na semana 12. Dos pacientes no grupo de tratamento
Baricitinibe (substância ativa) 4 mg mais metotrexato, 67%
apresentaram uma melhora clinicamente relevante em HAQ-DI (≥ 0,3)
na semana 24 em comparação com 37% nos grupos de tratamento placebo
mais metotrexato e 60% adalimumabe mais metotrexato. Resultados
semelhantes foram observados nos Estudos III e IV comparando
Baricitinibe (substância ativa) com placebo. Melhoras na função
física nos Estudos I-IV foram observadas na semana 1 e mantidas até
a semana 52 em pacientes tratados com Baricitinibe (substância
ativa) 4 mg nos Estudos I e II.

Administração com redução de 4 mg para 2 mg

No estudo de extensão em longo prazo, os pacientes dos Estudos
II-IV que apresentaram baixa atividade da doença sustentada (CDAI ≤
10) após pelo menos 15 meses de tratamento com Baricitinibe
(substância ativa) 4 mg (N=293) foram randomizados novamente na
proporção 1:1 de maneira duplo-cega para continuar com 4 mg ou
reduzir a dose para 2 mg. Na avaliação de marco préespecificada em
12 semanas, 93% dos pacientes que continuaram com 4 mg (N=147) e
84% dos pacientes que reduziram para 2 mg (N=146) mantiveram baixa
atividade da doença [IC de 95% para a diferença: (1; 16)].

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Olumiant.

Características Farmacológicas


Descrição:

Baricitinibe (substância ativa) (Baricitinibe (substância
ativa)) é um inibidor da janus quinase (JAK) com o nome químico de
{1-(etilsulfonil)-3-[4-(7H-pirrolo[2,3-d]pirimidina-4-il)-1H-pirazol-1-il]azetidina-3-
il}acetonitrila. Baricitinibe (substância ativa) possui a fórmula
empírica C16H17N7O2S e peso molecular 371,42.

Mecanismo de ação

Janus quinases (JAKs) são enzimas que transmitem sinais
intracelulares desencadeados pela interação entre citocinas e
fatores de crescimento com receptores de superfície celular que
estão envolvidos na hematopoese, na inflamação e na função
imunológica. Dentro da via de sinalização intracelular, as enzimas
JAKs fosforilam e ativam os transdutores de sinal e ativadores da
transcrição (STATs), que ativam a expressão do gene dentro da
célula. Baricitinibe (substância ativa) modula estes caminhos de
sinalização através da inibição parcial da atividade enzimática da
JAK1 e JAK2, reduzindo assim a fosforilação e ativação de
STATs.

Baricitinibe (substância ativa) é um inibidor seletivo e
reversível da JAK1 e JAK2. Em ensaios de enzimas isoladas,
Baricitinibe (substância ativa) inibiu a atividade de JAK1, JAK2,
TYK2 e JAK3 com valores de IC50 de 5,9, 5,7, 53 e gt; 400 nM,
respectivamente.

Propriedades farmacodinâmicas

Inibição de Baricitinibe (substância ativa) da IL-6
induzida por fosforilação de STAT3

A administração de Baricitinibe (substância ativa) resultou numa
inibição dose-dependente da IL-6 induzida por fosforilação de
STAT3, no sangue total de indivíduos saudáveis, com inibição máxima
observada 2 horas após a dosagem, que retornou à linha de base
perto de 24 horas. Níveis semelhantes de inibição foram
observados utilizando tanto IL-6 (interleucina 6) ou TPO
(trombopoetina) como o estímulo.

Imunoglobulinas

Os valores médios de IgG, IgM e IgA no soro diminuíram doze
semanas após o início do tratamento com Baricitinibe (substância
ativa), e mantiveram-se estáveis por pelo menos 52 semanas. Para a
maioria dos pacientes, as mudanças nas imunoglobulinas ocorreram
dentro do intervalo de referência normal.

Linfócitos

A média da contagem absoluta de linfócitos aumentou uma semana
após o início do tratamento com Baricitinibe (substância ativa),
retornou à linha de base na semana 24 e, em seguida, manteve-se
estável por pelo menos 104 semanas. Para a maioria dos pacientes, a
mudança na contagem de linfócitos ocorreu dentro do intervalo
normal de referência.

Proteína C-reativa

Em pacientes com artrite reumatoide, diminuições da proteína
C-reativa (PCR) no soro foram observadas tão cedo quanto uma semana
após o início do tratamento com Baricitinibe (substância ativa) e
foram mantidas ao longo da dosagem.

Creatinina

O Baricitinibe (substância ativa) induziu o aumento médio nos
níveis séricos de creatinina de 3,8 μmol/L após duas semanas de
tratamento, em comparação com o placebo. Posteriormente, os valores
mantiveram-se estáveis por um período de até 104 semanas de
tratamento. Isto pode ser devido à inibição da secreção de
creatinina por Baricitinibe (substância ativa) nos túbulos renais.
Consequentemente, as estimativas da taxa de filtração glomerular
com base na creatinina sérica podem ser ligeiramente reduzidas, sem
que haja uma perda real da função renal ou ocorrência de eventos
adversos renais.

Propriedades farmacocinéticas

Absorção

Após a administração oral, Baricitinibe (substância ativa) é
rapidamente absorvido com um Tmáx mediano de cerca de 1
hora e uma biodisponibilidade absoluta de cerca de 80%. A
administração com as refeições não foi associada a um efeito
clinicamente relevante na exposição.

Distribuição

O volume médio de distribuição após a administração da infusão
intravenosa foi de 76 L, indicando a distribuição de Baricitinibe
(substância ativa) nos tecidos. Baricitinibe (substância ativa) é
ligado aproximadamente 50% às proteínas plasmáticas. Baricitinibe
(substância ativa) é um substrato dos transportadores Pgp, BCRP,
OAT3 e MATE2-K, que desempenham papéis na distribuição de
drogas.

Metabolismo

O metabolismo de Baricitinibe (substância ativa) é mediado por
CYP3A4, com aproximadamente 6% da dose identificada como
biotransformação de primeira passagem. Metabólitos não foram
quantificáveis no plasma. Em um estudo de farmacologia clínica,
Baricitinibe (substância ativa) foi excretado predominantemente
inalterado na urina (69%) e nas fezes (15%), e apenas quatro
metabólitos oxidativos secundários (3 na urina, 1 nas fezes) foram
identificados.

Eliminação

A eliminação renal é o principal mecanismo para o
clearance de Baricitinibe (substância ativa) através de
filtração glomerular e secreção ativa via OAT3, Pgp, BCRP e
MATE2-K. Em um estudo de farmacologia clínica, aproximadamente 75%
da dose administrada foi eliminada na urina, enquanto cerca de 20%
da dose foi eliminada nas fezes. A meia-vida é de aproximadamente
13 horas em pacientes com artrite reumatoide.

Farmacocinética em populações especiais

Idosos

A idade de 65 ou 75 anos não tem efeito sobre a exposição de
Baricitinibe (substância ativa) (Cmáx e AUC).

Insuficiência renal

Foi determinado que a função renal afeta significativamente a
exposição de Baricitinibe (substância ativa). A dose de
Baricitinibe (substância ativa) recomendada em pacientes com taxa
de filtração glomerular (TFG) estimada entre 30 e 60 mL/min/1,73
m2 é de 2 mg, uma vez por dia. Baricitinibe (substância
ativa) não é recomendado para uso em pacientes com TFG estimada lt;
30 mL/min/1,73 m2.

Insuficiência hepática

Não é necessário o ajuste da dose em pacientes com insuficiência
hepática leve ou moderada. O uso de Baricitinibe (substância ativa)
não foi estudado em pacientes com insuficiência hepática grave e,
portanto, não é recomendado.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Olumiant.

Cuidados de Armazenamento do Olumiant

Olumiant deve ser armazenado à temperatura ambiente (15 a 30°C)
e em sua embalagem original.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto físico

Os comprimidos revestidos e de liberação imediata possuem uma
área rebaixada em cada face da superfície do comprimido.

O comprimido de 2 mg

É rosa claro, oblongo, gravado com a inscrição em baixo relevo
“Lilly” de um lado e “2” do outro lado.

O comprimido de 4 mg

É rosa médio, redondo, gravado com a inscrição em baixo relevo
“Lilly” de um lado e “4” do outro lado.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Mensagens de Alerta do Olumiant

Informações para pacientes sobre
Olumiant (baricitinibe)

Este documento contém informações importantes das quais
você deve estar ciente antes e durante o tratamento
com Olumiant.

Mantenha essas informações com você e compartilhe com
outros profissionais da saúde envolvidos em seu cuidado médico ou
tratamento.

  • Seu nome.
  • Nome do médico (que prescreveu Olumiant).
  • Número do telefone do médico.

Gravidez

  • Não tome Olumiant se você estiver grávida ou suspeitar que
    possa estar grávida;
  • Use contracepção eficaz enquanto estiver tomando Olumiant (e
    por uma semana após, se você interromper o tratamento);
  • Informe imediatamente seu médico se você engravidar (ou desejar
    engravidar).

Infecções

Olumiant pode piorar uma infecção existente ou aumentar a chance
de adquirir uma nova infecção ou aumentar a chance de reativação
viral.

Informe imediatamente seu médico se você tiver sintomas
de infecção, tais como:

  • Febre, feridas, estiver se sentindo mais cansado que o usual,
    ou problemas dentais;
  • Tosse que não passa, suores noturnos e perda de peso. Esses
    podem ser sintomas de tuberculose (uma doença infecciosa dos
    pulmões);
  • Erupção cutânea dolorida com bolhas. Isso pode ser um sinal de
    uma infecção por herpes zoster.

Gordura no sangue

Seu médico pode verificar se há alterações nos níveis de gordura
no sangue, como o colesterol, enquanto você estiver tomando
Olumiant.

Dizeres Legais do Olumiant

Registro MS – 1.1260.0198

Farm. Resp.:

Márcia A. Preda
CRF-SP nº 19189

Fabricado por:

Lilly Del Caribe, INC
Carolina – Porto Rico

Embalado por:

Lilly S.A.
Alcobendas – Espanha

Importado por:

Eli Lilly do Brasil Ltda.
Av. Morumbi, 8264
São Paulo, SP – Brasil
CNPJ 43.940.618/0001-44

Venda sob prescrição médica.

Olumiant, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.