Pular para o conteúdo

Ninlaro

Como o Ninlaro funciona?


Ninlaro é um inibidor oral de proteassoma (complexo proteico que
desempenha um papel importante na degradação da maioria das
proteínas). Ele atua induzindo a apoptose (morte celular) de
diversos tipos de células tumorais.

Contraindicação do Ninlaro

Não há contraindicações para o uso deste medicamento.

Como usar o Ninlaro

A dose inicial recomendada de Ninlaro é uma cápsula de 4 mg
administrada por via oral, uma vez por semana, nos Dias 1, 8 e 15
de um ciclo de tratamento de 28 dias.

A dose inicial recomendada de lenalidomida é 25 mg, administrada
diariamente nos Dias 1 até 21 de um ciclo de tratamento de 28
dias.

A dose inicial recomendada de dexametasona é 40 mg, administrada
nos Dias 1, 8, 15 e 22 de um ciclo de tratamento de 28 dias.

Esquema posológico para Ninlaro tomado com lenalidomida
e dexametasona:

Para informações adicionais relacionadas à lenalidomida e à
dexametasona consulte as respectivas bulas.

Modificações da dose

Seu médico irá providenciar exames de sangue durante o
tratamento com Ninlaro para verificar efeitos colaterais.

O seu médico pode alterar a dose ou interromper Ninlaro, a
lenalidomida ou a dexametasona se você tiver efeitos
colaterais.

Medicamentos concomitantes

A profilaxia antiviral deve ser considerada em pacientes que
estão sendo tratados com Ninlaro para diminuir o risco de
reativação de herpes zoster.

Pacientes idosos

Não é necessário ajustar a dose de Ninlaro para pacientes acima
de 65 anos de idade com base nos resultados da análise da
farmacocinética populacional.

Nos estudos de Ninlaro, não foram observadas diferenças
clinicamente significantes na segurança e eficácia entre os
pacientes com menos de 65 anos de idade e pacientes com 65 anos de
idade ou mais velhos.

Pacientes pediátricos

A segurança e a eficácia de Ninlaro (citrato de ixazomibe) não
foram estabelecidas em crianças com menos de 18 anos de idade. Não
há dados disponíveis.

Comprometimento da função do fígado

Uma dose menor de uma cápsula de 3 mg é recomendada para
pacientes com comprometimento moderado ou grave do fígado.

Comprometimento da função dos rins

Uma dose menor de uma cápsula de 3 mg é recomendada para
pacientes com comprometimento grave dos rins ou em estágio final da
doença dos rins que necessita de diálise. Ninlaro não é eliminado
durante o procedimento de diálise e, portanto, pode ser
administrado independentemente do momento da diálise.

Veja na bula do produto as recomendações posológicas da
lenalidomida para pacientes com comprometimento renal.

Método de administração

Ninlaro deve ser tomado aproximadamente na mesma hora nos dias
1, 8 e 15, pelo menos uma hora antes ou pelos menos duas horas
depois da ingestão de alimentos. A cápsula inteira deve ser
deglutida, com água. A cápsula não deve ser esmagada, mastigada ou
aberta.

Ninlaro é citotóxico. As cápsulas não devem ser abertas ou
trituradas. O contato direto com o conteúdo da cápsula deve ser
evitado. Em caso de rompimento da cápsula, evitar contato direto do
conteúdo da cápsula com a pele ou olhos.

Se ocorrer contato com a pele, lave abundantemente com água e
sabão. Se houver contacto com os olhos, lave abundantemente com
água.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou
mastigado.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Ninlaro?


Caso haja atraso ou esquecimento de uma dose de Ninlaro (citrato
de ixazomibe), a dose deve ser tomada apenas se a próxima dose
estiver programada para depois de 72 horas ou mais. Uma dose
esquecida não deve ser tomada nas 72 horas que antecedem a próxima
dose programada. Uma dose duplicada não deve ser tomada para
compensar a dose esquecida.

Se você vomitar após tomar Ninlaro, não repita a dose. Tome sua
próxima dose de Ninlaro na hora programada para a próxima dose.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico ou cirurgião-dentista. 

Precauções do Ninlaro

Trombocitopenia (baixa contagem de
plaquetas)

Trombocitopenia foi relatada com Ninlaro, com a ocorrência de
baixos níveis de plaquetas (nadir) geralmente durante os dias 14-21
de cada ciclo de 28 dias de tratamento e recuperação para o valor
inicial no começo do próximo ciclo. A trombocitopenia não resultou
em aumento de eventos de sangramento ou transfusão de
plaquetas.

Monitorar a contagem de plaquetas pelo menos uma vez por mês
durante o tratamento com Ninlaro. Considerar monitorar mais
frequentemente durante os três primeiros ciclos de acordo com a
bula da lenalidomida.

Controlar a trombocitopenia com modificações da dose e
transfusões de plaquetas conforme as diretrizes médicas padrão.

Toxicidades gastrointestinais

Diarreia, náusea e vômito foram relatadas com ixazomibe e,
ocasionalmente, exigiram o uso de medicamentos antieméticos e
antidiarreicos, e cuidados de suporte. A dose deve ser ajustada
para sintomas graves (Grau 3-4).

Reações Adversas do Ninlaro

Reação muito comum (≥1/10)

Infecção do trato respiratório superior como nasofaringite,
sinusite e faringite, trombocitopenia (baixa contagem de
plaquetas), neuropatias periféricas (problemas dos nervos),
diarreia, constipação, náusea, vômito, erupção cutânea (reações da
pele), dor lombar e edema (inchaço) periférico.

Reação comum (≥1/100 e lt; 1/10)

Herpes zoster.

Alterações da visão e olhos foram relatadas com pacientes que
utilizaram Ninlaro nos estudos clínicos. As reações adversas mais
frequentes foram visão turva, olho seco e conjuntivite.

Falha no funcionamento do fígado, incluindo danos causados ao
fígado (toxicidade hepática) e alterações nas enzimas do fígado,
ocorreu com 6% dos pacientes que utilizaram Ninlaro nos estudos
clínicos.

Atenção:

este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham
indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e
utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos
imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico ou
cirurgião-dentista.

População Especial do Ninlaro

Uso durante a gravidez e a lactação

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Gravidez

Ixazomibe pode causar dano fetal quando administrado a mulheres
grávidas com base no seu mecanismo de ação e achados em animais.
Mulheres com potencial reprodutivo devem ser avisadas para evitar a
gravidez durante o tratamento com ixazomibe. Se ixazomibe for usado
durante a gravidez ou se a paciente engravidar durante o tratamento
com ixazomibe, a paciente deve ser informada do risco potencial
para o feto. Avisar mulheres com potencial reprodutivo de que elas
devem utilizar um método contraceptivo eficaz durante o tratamento
com ixazomibe e durante 90 dias após a dose final. Mulheres que
usam anticoncepcionais hormonais devem utilizar adicionalmente um
método contraceptivo de barreira.

Ixazomibe não é recomendado durante a gravidez e em mulheres em
idade fértil que não utilizam métodos contraceptivos.

Os pacientes do sexo masculino e feminino em idade fértil devem
usar medidas contraceptivas eficazes durante o tratamento e por 90
dias após o seu término. Quando ixazomibe é administrado em
conjunto com a dexametasona, o risco de diminuição da eficácia
de anticoncepcionais orais deve ser considerado. Mulheres que usam
anticoncepcionais hormonais orais devem utilizar adicionalmente um
método contraceptivo de barreira.

Amamentação

Não se sabe se ixazomibe ou seus metabólitos são excretados no
leite humano. Muitos fármacos são excretados no leite humano e,
como resultado, pode haver um potencial para eventos adversos em
lactentes. A amamentação deve ser descontinuada.

Efeitos na capacidade de dirigir veículos e operar
máquinas

Não há dados sobre o efeito de ixazomibe na capacidade de
dirigir veículos ou operar máquinas. Não dirigir veículos ou
utilizar máquinas se sentir fadiga ou tontura.

Composição do Ninlaro

Apresentação

Cápsulas duras contendo 4 mg, 3 mg ou 2,3 mg de ixazomibe.
Embalagens com 3 cápsulas.

Uso oral.

Uso adulto.

Composição

Ninlaro 4 mg

Cada cápsula contém:

5,7 mg de citrato de ixazomibe, equivalente a 4 mg de
ixazomibe.

Excipientes:

celulose microcristalina, estearato de magnésio e talco.

Componentes da cápsula:

gelatina, dióxido de titânio, óxido de ferro amarelo e óxido de
ferro vermelho.

Tinta de impressão:

shellac, propilenoglicol, hidróxido de potássio e óxido de ferro
preto.

Ninlaro 3 mg

Cada cápsula contém:

4,3 mg de citrato de ixazomibe equivalente a 3 mg de
ixazomibe.

Excipientes:

celulose microcristalina, estearato de magnésio e talco.

Componentes da cápsula:

gelatina, dióxido de titânio, óxido de ferro preto.

Tinta de impressão:

shellac, propilenoglicol, hidróxido de potássio e óxido de ferro
preto.

Ninlaro 2,3 mg

Cada cápsula contém:

3,3 mg de citrato de ixazomibe equivalente a 2,3 mg de
ixazomibe.

Excipientes:

celulose microcristalina, estearato de magnésio e talco.

Componentes da cápsula:

gelatina, dióxido de titânio, óxido de ferro vermelho.

Tinta de impressão:

shellac, propilenoglicol, hidróxido de potássio e óxido de ferro
preto.

Superdosagem do Ninlaro

Com base em dados limitados, tem sido relatado que a superdose
com este medicamento causou eventos como náuseas, vômitos,
diarreia, trombocitopenia (baixa contagem de plaquetas) e
neuropatia periférica (problemas dos nervos). Não há um antidoto
específico conhecido para a superdose de ixazomibe. No evento de
uma superdose, o paciente deve ser monitorado e receber cuidados de
suporte apropriados.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Ninlaro

A administração concomitante de indutores fortes de CYP3A4 (como
rifampicina, fenitoína, carbamazepina e erva de São João) e
ixazomibe não é recomendada.

Interação com alimentos

A administração deste medicamento com uma refeição de alto teor
de gordura diminuiu a concentração de ixazomibe no organismo
comparado com a administração após uma noite de jejum.

Ixazomibe deve ser tomado pelo menos uma hora antes ou duas
horas depois da ingestão de alimentos. 

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Interação Alimentícia do Ninlaro

A administração com uma refeição de alto teor de gordura
diminuiu a ASC do Citrato de Ixazomibe (substância ativa) em 28%
comparado com a administração após uma noite de jejum.

Citrato de Ixazomibe (substância ativa) deve ser tomado pelo
menos uma hora antes ou duas horas depois da ingestão de
alimentos.

Ação da Substância Ninlaro

Resultados de Eficácia


A eficácia e a segurança do Citrato de Ixazomibe (substância
ativa) em combinação com a lenalidomida e a dexametasona foram
avaliadas em um estudo de superioridade, internacional,
randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, multicêntrico, de
fase 3, em pacientes com mieloma múltiplo recidivado e/ou
refratário, que haviam recebido pelo menos um tratamento anterior.
Um total de 722 pacientes foram randomizados na proporção de 1:1
para receber a combinação de Citrato de Ixazomibe (substância
ativa), lenalidomida e dexametasona (N=360; esquema do Citrato de
Ixazomibe (substância ativa)) ou placebo, lenalidomida e
dexametasona (N=362; esquema do placebo) até a progressão da doença
ou toxicidade inaceitável.

A randomização foi estratificada de acordo com o número de
linhas de tratamento anteriores (1 versus 2 ou 3), Sistema
Internacional de Estadiamento (ISS) do mieloma (estadio I ou II
versus III) e tratamento anterior com inibidor de
proteassoma (exposto ou virgem). Os pacientes admitidos no estudo
tinham mieloma múltiplo que era mensurável pela presença de
paraproteína no soro, urina ou pela medição da cadeia leve livre e
cuja doença era refratária, incluindo refratariedade primária (isto
é, nunca respondeu ao tratamento anterior), recidiva após
tratamento anterior ou recidiva e refratariedade a qualquer
tratamento anterior. Os pacientes que mudaram de tratamento antes
da progressão da doença também foram elegíveis para o recrutamento,
assim como aqueles com condições cardiovasculares controladas.
Pacientes refratários a inibidores de proteassoma ou a lenalidomida
foram excluídos do estudo.

Tromboprofilaxia era recomendada para todos os pacientes em
ambos os grupos de tratamento de acordo com a bula da lenalidomida.
Medicamentos concomitantes, tais como antieméticos, antivirais e
anti-histamínicos foram administrados aos pacientes a critério
médico, como profilaxia e/ou para controle dos sintomas. Os
pacientes receberam 4 mg de Citrato de Ixazomibe (substância ativa)
ou placebo nos Dias 1, 8 e 15 mais lenalidomida (25 mg) nos Dias 1
a 21 e dexametasona (40 mg) nos Dias 1, 8, 15 e 22 de um ciclo de
28 dias. Os pacientes com comprometimento renal receberam uma dose
inicial de lenalidomida de acordo com a bula do medicamento. O
tratamento continuou até a progressão da doença ou toxicidades
inaceitáveis.

A Tabela 1 resume as características dos pacientes e da doença
no momento inicial do estudo. As características demográficas e da
doença no momento inicial eram equilibradas e comparáveis entre os
esquemas do estudo.

Tabela 1: Características do Paciente e da Doença no
Momento Inicial

*Refratária primária, definida como melhor resposta de doença
estável ou progressão da doença em todas as linhas anteriores de
tratamento, foi documentada em 7% e 6% dos pacientes no esquema do
Citrato de Ixazomibe (substância ativa) e no esquema do placebo,
respectivamente.
a O indivíduo é contado uma vez para cada tipo de
tratamento.

O desfecho primário era a sobrevida livre de progressão (SLP) de
acordo com os Critérios de Resposta do Grupo de Trabalho
Internacional sobre Mieloma (IMWG) de 2011, avaliado por um comitê
de revisão independente (CRI), com base nos resultados do
laboratório central. A resposta foi avaliada a cada quatro semanas
até a progressão da doença. Na primeira análise interina,
aproximadamente 40% dos pacientes tiveram um evento de SLP (286
pacientes de 722 pacientes, os detalhes para cada grupo de
tratamento estão na Tabela 2 e na Figura 1).

Esta primeira análise pré-especificada tornou-se a análise final
para propósitos de testes estatísticos (mediana de seguimento de
14,7 meses e mediana do número de ciclos igual a 13), o esquema do
Citrato de Ixazomibe (substância ativa) demonstrou resultados
significantemente superiores, com uma melhora na mediana da SLP de
aproximadamente 6 meses. Nesta análise, os pacientes que estavam
recebendo o esquema do Citrato de Ixazomibe (substância ativa)
viveram significantemente mais tempo sem piora de sua doença em
comparação aos pacientes no esquema do placebo. A melhora na SLP no
esquema do Citrato de Ixazomibe (substância ativa) foi sustentada
por melhora nas taxas de resposta global. A SLP e as taxas de
respostas estão resumidas na Tabela 2.

Tabela 2: Sobrevida livre de progressão e resultados de
respostas em pacientes com mieloma múltiplo tratados com Citrato de
Ixazomibe (substância ativa) ou placebo em combinação com
lenalidomida e dexametasona (população com intenção de
tratar)

Citrato de Ixazomibe (substância ativa) + lenalidomida e
dexametasona (N=360)

Placebo + lenalidomida e dexametasona
(N=362)

Sobrevida livre de progressão

Eventos, n (%)

129 (36)

157 (43)

Mediana (meses)

20,6

14,7

Valor de p*

0,012

Razão de riscoa
(IC 95%)

0,74
(0,587;0,939)

Taxa de Resposta Global (TRG)*, n(%)
(Revisão Independente)

282 (78,3)

259 (71,5)

Categoria de Resposta, n(%)

RC

42 (11,7)

24 (6,6)

RPMB

131 (36,4)

117 (32,3)

Resposta Parcial (RP)

109 (30,3)

118 (32,6)

Tempo para Resposta, meses

Mediana

1,1

1,9

Duração da Respostaa , meses

Mediana

20,5

15,0

*O valor de p é baseado no teste de log-rank estratificado.
a A razão de risco é baseada em um modelo de regressão
de risco proporcional de Cox estratificado. Uma razão de risco
menor que 1 indica uma vantagem para o esquema do Citrato de
Ixazomibe (substância ativa).
*TRG=RC+RP incluindo RCs e RPMB.
a Baseada naqueles que responderam dentro da população
avaliável para resposta.

O esquema com Citrato de Ixazomibe (substância ativa) demonstrou
uma melhora estatisticamente significante na mediana da sobrevida
livre de progressão em comparação ao esquema do placebo, como
observado abaixo na Figura 1.

Figura 1: Gráfico de Kaplan-Meier da Sobrevida Livre de
Progressão na População com Intenção de Tratar

Uma análise interina planejada da SG em um seguimento mediano de
23 meses foi realizada com 35% do número necessário de mortes para
a análise final de SG; houve 81 mortes no esquema com Citrato de
Ixazomibe (substância ativa) e 90 mortes no esquema com placebo. A
sobrevida global (SG) mediana não foi alcançada em qualquer um dos
regimes. Ao mesmo tempo, foi realizada uma análise exploratória de
SLP não-inferencial. Os resultados (número estimado de SLP mediana
foi de 20 meses no esquema com Citrato de Ixazomibe (substância
ativa) e 15,9 meses no esquema com placebo) foram consistentes com
a conclusão de efeito positivo do tratamento, como demonstrado na
análise primária de SLP. Cento e trinta e sete pacientes com
anomalias citogenéticas de alto risco, del(17), t(4:14), t(14:16) ,
foram inscritos no estudo de Fase 3.

Sessenta e nove destes pacientes tinham del(17). O efeito do
tratamento foi positivo em pacientes com anormalidades
citogenéticas de alto risco. No momento da análise primária para
SLP, a SLP mediana em pacientes com del (17) foi de 21,4 meses no
regime de Citrato de Ixazomibe (substância ativa) em comparação com
9,7 meses no regime de placebo. A SLP mediana na população geral de
alto risco (del (17), t(04:14) e/ou t(14:16)) também foi de 21,4
meses no regime de Citrato de Ixazomibe (substância ativa) em
comparação com 9,7 meses no regime de placebo. No momento da
análise interina planejada de SG, mais mortes ocorreram em
pacientes com del(17) recebendo o esquema de placebo (45 %) em
comparação com pacientes que receberam o esquema de Citrato de
Ixazomibe (substância ativa) (25 %). Além disso, mais mortes
ocorreram em pacientes com anomalias citogenéticas de alto risco
que receberam o esquema de placebo (39%) em comparação com
pacientes que receberam o esquema de Citrato de Ixazomibe
(substância ativa) (20%). A qualidade de vida, avaliada pela
pontuação da saúde global (EORTC QLQ- C30 e MY- 20), foi mantida
durante o tratamento e foi semelhante em ambos os regimes de
tratamento.

Referências bibliográficas:

1. Moreau P, Masszi T, Grzasko N,
et al. Oral Ixazomib, Lenalidomide, and Dexamethasone for
Multiple Myeloma. N Engl J Med. 2016;374(17):1621-1634.
2. Leleu X, Masszi T, Bahlis NJ, et al. Patient-reported
quality of life with ixazomib-lenalidomide-dexamethasone (IRd) vs
placebo-Rd in relapsed/refractory multiple myeloma patients in the
global, placebo-controlled TOURMALINE-MM1 study. Haematologica.
2016;101(s1):261 (abstract P660).
3. Hou J, Jin J, Xu Y, et al. Ixazomib plus
lenalidomide-dexamethasone (IRd) vs placebo-Rd in patients (pts)
with relapsed/refractory multiple myeloma (RRMM): China
Continuation of TOURMALINE-MM1. Haematologica. 2016;101(s1):540
(abstract E1305).
4. Mateos M-V, Masszi T, Grzasko N, et al. Efficacy and
safety of oral ixazomib-lenalidomide-dexamethasone (IRd) vs
placebo-Rd in relapsed/refractory multiple myeloma patients: impact
of prior therapy in the phase 3 TOURMALINE-MM1 study.
Haematologica. 2016;101(s1):527 (abstract E1276).
5. Avet-Loiseau H, Bahlis NJ, Chng WJ, et al. Impact of
cytogenetic risk status on efficacy and safety of
ixazomiblenalidomide-dexamethasone (IRd) vs placebo-Rd in
relapsed/refractory multiple myeloma patients in the global
TOURMALINE-MM1 study. Haematologica. 2016;101(s1):80 (abstract
P269).
6. Garderet L, Laubach JP, Stoppa AM, et al. Longer Time
to Best Response and Depth of Response Are Associated with Improved
Duration of Best Achieved Response and Progression-Free Survival
(PFS): Post-Hoc Analysis of Phase 3 Tourmaline-MM1 Trial in
Relapsed/Refractory Multiple Myeloma (RRMM). Blood.
2016;128(22):2134 (abstract 2134).

Características Farmacológicas


Propriedades farmacodinâmicas

Mecanismo de ação

Citrato de Ixazomibe (substância ativa) é um inibidor oral de
proteassoma, reversível e altamente seletivo. Citrato de Ixazomibe
(substância ativa) preferencialmente ligase e inibe a atividade do
tipo da quimiotripsina da subunidade beta 5 do proteassoma 20S.
Citrato de Ixazomibe (substância ativa) induziu apoptose de
diversos tipos de células tumorais in vitro. O Citrato de
Ixazomibe (substância ativa) demonstrou citotoxicidade in
vitro
contra células de mieloma de pacientes que haviam
apresentado recidiva depois de vários tratamentos anteriores,
incluindo bortezomibe, lenalidomida e dexametasona. A combinação de
Citrato de Ixazomibe (substância ativa) e lenalidomida demonstrou
efeitos citotóxicos sinérgicos em linhagens de células de mieloma
múltiplo. In vivo, Citrato de Ixazomibe (substância ativa)
demonstrou atividade antitumoral em vários modelos de enxerto de
tumor, incluindo modelos de mieloma múltiplo. O Citrato de
Ixazomibe (substância ativa) também altera o microambiente da
medula óssea. In vitro, Citrato de Ixazomibe (substância
ativa) inibiu a proliferação de células de mieloma múltiplo
cultivadas simultaneamente com células estromais da medula óssea.
Citrato de Ixazomibe (substância ativa) demonstrou um efeito
antiangiogênico em um ensaio in vitro de formação de tubo
capilar. Citrato de Ixazomibe (substância ativa) promoveu
osteoblastogênese e atividade osteoblástica e inibiu a
osteoclastogênese e a reabsorção de osteoclastos in vitro.
Adicionalmente, Citrato de Ixazomibe (substância ativa) impediu a
perda óssea em um modelo in vivo de mieloma múltiplo em
camundongos.

Eletrofisiologia cardíaca

Citrato de Ixazomibe (substância ativa) não prolonga o intervalo
QTc em exposições clinicamente relevantes com base nos resultados
de uma análise farmacocinética-farmacodinâmica de dados de 245
pacientes. Na dose de 4 mg, a variação média no QTcF desde o
momento basal é estimada em 0,07 ms (IC 90%; -0,22, 0,36) pela
análise baseada no modelo. Não houve nenhuma relação perceptível
entre a concentração de Citrato de Ixazomibe (substância ativa) e o
intervalo RR, sugerindo que não houve efeito clinicamente
significativo do Citrato de Ixazomibe (substância ativa) na
frequência cardíaca.

Propriedades farmacocinéticas

Absorção

Após a administração oral, o pico das concentrações plasmáticas
de Citrato de Ixazomibe (substância ativa) é atingido em
aproximadamente uma hora após a administração. A biodisponibilidade
oral absoluta média é 58%. A ASC (área sob a curva) do Citrato de
Ixazomibe (substância ativa) aumenta de maneira proporcional à dose
em um intervalo de dose de 0,2-10,6 mg. A administração com uma
refeição de alto teor de gordura diminuiu a ASC de Citrato de
Ixazomibe (substância ativa) em 28% comparado com a administração
após uma noite de jejum.

Distribuição

Citrato de Ixazomibe (substância ativa) apresenta 99% de ligação
às proteínas plasmáticas e se distribui nos glóbulos vermelhos com
uma razão da ASC do sangue para o plasma igual a 10. O volume de
distribuição no estado de equilíbrio é 543L.

Eliminação

Citrato de Ixazomibe (substância ativa) exibe um perfil de
disposição multiexponencial. Baseado na análise da farmacocinética
populacional, a depuração sistêmica foi aproximadamente 1,86 L/h,
com variabilidade interindividual de 44%. A meia-vida terminal
(t1/2) do Citrato de Ixazomibe (substância ativa) foi de 9,5 dias.
Acúmulo de aproximadamente duas vezes foi observado com a
administração oral semanal no Dia 15.

Metabolismo

Após a administração oral de uma dose marcada radioativamente,
70% do material total relacionado com a droga no plasma foi
representado pelo Citrato de Ixazomibe (substância ativa). O
metabolismo por várias enzimas CYP e proteínas não CYP é esperado
como o principal mecanismo de depuração de Citrato de Ixazomibe
(substância ativa). Em concentrações clinicamente relevantes de
Citrato de Ixazomibe (substância ativa), estudos in vitro
usando isoenzimas do citocromo P450 expressas em cDNA humano
indicaram que nenhuma isoenzima CYP específica contribui
predominantemente para o metabolismo de Citrato de Ixazomibe
(substância ativa) e que as proteínas não CYP contribuem para o
metabolismo global. Em concentrações que excederam aquelas
observadas clinicamente, Citrato de Ixazomibe (substância ativa)
foi metabolizado por múltiplas isoformas do CYP, com contribuições
relativas estimadas de 3A4 (42,3%), 1A2 (26,1%), 2B6 (16,0%), 2C8
(6,0%), 2D6 (4,8%), 2C19 (4,8%) e 2C9 (lt;1%).

Excreção

Após a administração de uma dose oral única de 14C-Citrato de
Ixazomibe (substância ativa) a 5 pacientes com câncer avançado, 62%
da radioatividade administrada foi excretada na urina e 22% nas
fezes. Citrato de Ixazomibe (substância ativa) inalterado
representou lt;3,5% da dose administrada recuperada na urina.

Populações Especiais

Idade, Gênero, Raça

Não houve efeito clinicamente significativo da idade (23-91
anos), sexo, área da superfície corporal (1,2-2,7 m2) ou
raça na depuração de Citrato de Ixazomibe (substância ativa), com
base nos resultados de uma análise da farmacocinética
populacional.

Função hepática comprometida

A farmacocinética de Citrato de Ixazomibe (substância ativa) é
similar em pacientes com função hepática normal e em pacientes com
comprometimento hepático leve (bilirrubina total ≤ limite superior
da normalidade (LSN) e aspartato aminotransferase (AST) gt;LSN ou
bilirrubina total gt;1-1,5 x LSN e qualquer AST) com base nos
resultados de uma análise da farmacocinética populacional. A
farmacocinética de Citrato de Ixazomibe (substância ativa) foi
caracterizada em pacientes com função hepática normal em 4 mg
(N=12), comprometimento hepático moderado em 2,3 mg (bilirrubina
total gt; 1,5-3 x LSN, N=13) ou comprometimento hepático grave em
1,5 mg (bilirrubina total gt; 3 x LSN, N=18). A ASC normalizada
para a dose não ligada foi 27% maior em pacientes com
comprometimento hepático moderado ou grave em comparação aos
pacientes com função hepática normal.

Função renal comprometida

A farmacocinética de Citrato de Ixazomibe (substância ativa) é
similar em pacientes com função renal normal e em pacientes com
comprometimento renal leve ou moderado (depuração de creatinina ≥30
mL/min), com base nos resultados de uma análise da farmacocinética
populacional. A farmacocinética de Citrato de Ixazomibe (substância
ativa) foi caracterizada em 3 mg em pacientes com função renal
normal (depuração de creatinina gt;90 mL/min, N=18),
comprometimento renal grave (depuração de creatinina lt;30 mL/min,
N=14) ou estágio final de doença renal exigindo diálise (N=6). A
ASC não ligada foi 38% maior em pacientes com comprometimento renal
grave ou estágio final de doença renal exigindo diálise em
comparação aos pacientes com função renal normal. As concentrações
de Citrato de Ixazomibe (substância ativa) antes e depois do
dialisador, mensuradas durante a sessão de hemodiálise, eram
semelhantes, sugerindo que Citrato de Ixazomibe (substância ativa)
não é dialisável.

Efeito de outros fármacos no Citrato de Ixazomibe
(substância ativa)

Indutores fortes de CYP3A4

A administração concomitante de Citrato de Ixazomibe (substância
ativa) com rifampicina diminuiu a Cmáx de Citrato de
Ixazomibe (substância ativa) em 54% e a ASC em 74%.

Inibidores fortes de CYP3A4

A administração concomitante de Citrato de Ixazomibe (substância
ativa) com claritromicina não resultou em alteração clinicamente
significante na exposição sistêmica de Citrato de Ixazomibe
(substância ativa). A Cmáx de Citrato de Ixazomibe
(substância ativa) foi reduzida em 4% e a ASC aumentou em 11%.

Inibidores fortes da CYP1A2

A administração concomitante de Citrato de Ixazomibe (substância
ativa) com inibidores fortes da CYP1A2 não resultou em alteração
clinicamente significativa na exposição sistêmica de Citrato de
Ixazomibe (substância ativa), com base em uma análise da
farmacocinética populacional.

Efeito de Citrato de Ixazomibe (substância ativa) em
outros fármacos

Não é esperado que Citrato de Ixazomibe (substância ativa)
produza interações medicamentosas através da inibição ou indução do
CYP. Citrato de Ixazomibe (substância ativa) não é um inibidor
reversível ou dependente do tempo das isoenzimas CYPs 1A2, 2B6,
2C8, 2C9, 2C19, 2D6 ou 3A4/5. Citrato de Ixazomibe (substância
ativa) não induziu a atividade da CYP1A2, CYP2B6 e CYP3A4/5 ou os
níveis correspondentes de proteína imunorreativa.

Interações baseadas em transportadores

Não é esperado que Citrato de Ixazomibe (substância ativa) cause
interações medicamentosas mediadas por transportadores. Citrato de
Ixazomibe (substância ativa) é um substrato de P-gp de baixa
afinidade. Citrato de Ixazomibe (substância ativa) não é um
substrato de BCRP, MRP2 e OATPs hepáticas. Citrato de Ixazomibe
(substância ativa) não é inibidor de gp-P, BCRP, MRP2, OATP1B1,
OATP1B3, transportador de cátion orgânico (OCT)2, transportador de
ânion orgânico (OAT)1, OAT3, MATE1 ou MATE2-K.

Dados não-clínicos de segurança

Carcinogênese, Mutagênese, Comprometimento da
Fertilidade

Citrato de Ixazomibe (substância ativa) não foi mutagênico em um
teste de mutação bacteriana reversa (teste de Ames) nem foi
clastogênico em um teste de micronúcleo de medula óssea em
camundongos. Citrato de Ixazomibe (substância ativa) foi
considerado positivo em um teste de clastogenicidade in
vitro
em linfócitos do sangue periférico humano. Entretanto,
Citrato de Ixazomibe (substância ativa) foi negativo em um teste
cometa (comet test) in vivo em camundongos, no qual o DNA
foi avaliado no estômago e no fígado. Portanto, o balanço das
evidências mostra que Citrato de Ixazomibe (substância ativa) não
apresenta risco de genotoxicidade. Não foram realizados estudos de
carcinogenicidade com Citrato de Ixazomibe (substância ativa).
Citrato de Ixazomibe (substância ativa) causou toxicidade
embrio-fetal em ratas e coelhas grávidas apenas em doses maternas
tóxicas e em exposições que foram ligeiramente maiores que as
observadas em pacientes que receberam as doses recomendadas.
Estudos de fertilidade e desenvolvimento embrionário inicial e
toxicologia pré-natal e pós-natal não foram conduzidos com Citrato
de Ixazomibe (substância ativa), mas a avaliação dos tecidos
reprodutores foi conduzida nos estudos gerais de toxicologia.
Não houve efeitos devido ao tratamento com Citrato de Ixazomibe
(substância ativa) nos órgãos reprodutores masculinos ou femininos
em estudos de até 6 meses de duração em ratos e até 9 meses de
duração em cães.

Toxicologia e/ou Farmacologia Animal

Em estudos gerais de toxicidade de ciclos múltiplos conduzidos
em ratos e cães, os principais órgãos alvo incluíram o trato
gastrointestinal (GI), tecidos linfoides e o sistema nervoso. Os
achados gastrointestinais incluíram emese e/ou diarreia, aumentos
nos parâmetros de leucócitos e alterações microscópicas
(inflamação, hiperplasia epitelial, infiltração neutrofílica,
necrose de célula isolada e erosão/ulceração). No sistema linfoide
a toxicidade foi caracterizada por depleção/necrose linfóide
(incluindo a medula óssea), infiltração neutrofílica e necrose de
célula isolada. Os efeitos no sistema nervoso foram observados
primariamente em cães, em doses orais ≥0,1 mg/kg (2
mg/m2) e incluíram achados microscópicos de degeneração
neuronal mínima a leve dos gânglios simpáticos, da raiz dorsal,
autonômicos periféricos (glândula salivar) e de órgão terminal, e
degeneração secundária mínima de fibra axonal/nervosa dos nervos
periféricos e tratos ascendentes nas colunas dorsais da medula
espinhal.

No estudo de 9 meses (10 ciclos) em cães, onde o esquema de
administração se assemelha ao esquema clínico (ciclo de 28 dias),
os efeitos neuronais microscópicos foram, em geral, mínimos quanto
a natureza e observados apenas em 0,2 mg/kg (4 mg/m2;
ASC 168 1940 h*ng/mL). A maioria dos achados em órgãos alvo
demonstrou recuperação parcial a completa após a descontinuação do
tratamento, com exceção dos achados neuronais no gânglio da raiz
dorsal lombar e na coluna dorsal. A ausência de degeneração
neuronal em andamento nos gânglios periféricos e a presença apenas
de alterações degenerativas secundárias nas fibras nervosas e
axônios é consistente com a ausência de toxicidade persistente. Com
base em estudos em animais, Citrato de Ixazomibe (substância ativa)
não cruza a barreira hemato-encefálica. Adicionalmente, os estudos
não clínicos de farmacologia de segurança e as avaliações tanto
in vitro (em canais hERG) como in vivo não
demonstraram efeitos do Citrato de Ixazomibe (substância ativa) nas
funções cardiovascular e respiratória.

Cuidados de Armazenamento do Ninlaro

Ninlaro deve ser conservado em temperatura ambiente (15ºC a
30ºC).

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características do medicamento

As cápsulas de Ninlaro são cor de laranja claro (4 mg), cinza
claro (3 mg) ou rosa claro (2,3 mg).

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Ninlaro

MS – 1.0639.0278

Farm. Resp.:

Carla A. Inpossinato
CRF-SP n° 38.535

Fabricado por:

Haupt Pharma Amareg GmbH
Regensburg, Alemanha

Embalador por:

AndersonBrecon (UK) Limited
Talgarth, Powys, País de Gales, Reino Unido

Ou

Embalado (emb. primária) por:

AndersonBrecon (UK) Limited
Talgarth, Powys, País de Gales, Reino Unido

Embalado (emb. secundária) por:

AndersonBrecon (UK) Limited
Hay-On-Wye, Hereford, Reino Unido
Vide cartucho

Importado por:

Takeda Pharma Ltda.
Rodovia SP 340 S/N, Km 133,5
Jaguariúna – SP
CNPJ 60.397.775/0008-40

Venda sob prescrição médica.

Ninlaro, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.