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Myfortic

Se você tem alguma dúvida sobre como Myfortic funciona ou por
que este medicamento foi prescrito para você, pergunte ao seu
médico.

Como o Myfortic funciona?


Myfortic comprimidos revestidos gastrorresistentes pertence à
classe de medicamentos conhecida como imunossupressores. Os
imunossupressores reduzem a resposta do corpo a agentes
reconhecidos como “estranhos” – assim como órgãos
transplantados.

Contraindicação do Myfortic

 Não tome Myfortic se você:

  • For alérgico (hipersensível) ao ácido micofenólico,
    micofenolato de sódio, micofenolato de mofetila ou a qualquer um
    dos excipientes listados;
  • Suspeitar que seja alérgico, solicite orientação do seu
    médico.

Se alguma das situações acima se aplicar a você, informe ao seu
médico antes de tomar Myfortic.

Se você acha que pode ser alérgico, converse com seu médico.

Como usar o Myfortic

Siga cuidadosamente as instruções do seu médico. Não exceda a
dose recomendada.

Engula os comprimidos inteiros com um copo de água.

Não quebre ou amasse os comprimidos.

Não tome nenhum comprimido que esteja quebrado.

Posologia do Myfortic


A dose diária recomendada é 1.440 mg (8 comprimidos de Myfortic
180 mg ou 4 comprimidos de Myfortic 360 mg), tomada em 2 doses
separadas de 720 mg cada, de estômago vazio, 1 hora antes ou duas
horas após a ingestão de alimento.

Isto significa tomar 4 comprimidos de Myfortic 180 mg ou 2
comprimidos de Myfortic 360 mg pela manhã e 4 comprimidos de
Myfortic 180 mg ou 2 comprimidos de Myfortic 360 mg à noite.

A primeira dose de 720 mg será dada dentro de 48 horas após o
transplante.

Seu médico vai dizer exatamente quantos comprimidos de Myfortic
tomar.

Por quanto tempo tomar Myfortic

O tratamento continuará enquanto você precisar de
imunossupressão para prevenir a rejeição do seu rim
transplantado.

Se você parar de tomar Myfortic

A interrupção do tratamento com Myfortic pode aumentar o risco
de rejeição do rim transplantado. Não pare de tomar o seu
medicamento, a menos que seu médico lhe diga.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou
mastigado.

O que fazer quando eu me esquecer de usar o
Myfortic?


Se você se esquecer de tomar Myfortic, tome-o assim que se
lembrar, então, continue a tomá-lo nos horários habituais. Pergunte
ao seu médico.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Myfortic

Myfortic somente será prescrito para você por um médico com
experiência em transplantes.

Siga cuidadosamente as instruções do seu médico. Elas podem
diferir da informação geral contida nesta bula.

Tome cuidado especial com Myfortic:

  • Durante exposição à luz solar. Myfortic reduz o mecanismo de
    defesa do seu corpo, o que pode aumentar o risco de câncer de pele.
    Desta forma, você deve limitar sua exposição à luz solar e à luz UV
    (ultravioleta), utilizando roupa protetora apropriada e aplicando
    frequentemente protetor solar com um alto fator de proteção;
  • Se você já teve hepatite B ou C, Myfortic pode aumentar o risco
    de estas doenças reaparecerem. Seu médico poderá realizar análises
    sanguíneas e verificar se há sintomas destas doenças. Se você
    apresentar quaisquer sintomas (pele e olhos amarelados, náuseas,
    perda de apetite, urina escura), você deve informar ao seu médico
    imediatamente;
  • Se você apresentar qualquer sintoma de infecção (por exemplo,
    febre, dor de garganta), lesão e/ou sangramentos inesperados. Neste
    caso você deve informar imediatamente ao seu médico;
  • Se precisar ser vacinado consulte o seu médico antes;
  • Se você tem ou teve um distúrbio grave do trato digestivo, como
    por exemplo úlcera estomacal;
  • Se você tem uma deficiência hereditária rara da enzima
    hipoxantina-guanina fosforibosil-transferase (HGPRT), como a
    síndrome de Lesch-Nyhan (também conhecida como síndrome de
    Kelley-Seegmiller);
  • O uso de Myfortic em mulheres grávidas pode aumentar o risco de
    defeitos no bebê e perda da gravidez, incluindo aborto espontâneo.
    Se você for mulher e estiver em idade fértil o tratamento com
    Myfortic não deve ser iniciado até que seja realizado um teste com
    resultado negativo para gravidez e você deve utilizar método
    contraceptivo durante o tratamento e por pelo menos 6 semanas após
    o término do tratamento. Se você estiver grávida, desconfia que
    esteja grávida ou pretende engravidar, consulte seu médico;
  • Se você estiver amamentando.

Se alguma das situações acima se aplicar a você, informe ao seu
médico antes de tomar Myfortic.

Mulheres em idade fértil

Seu médico deve orientá-la quanto ao uso de contraceptivos antes
de iniciar o tratamento com Myfortic.

Você deve utilizar contraceptivo antes e durante o tratamento
com Myfortic e por 6 semanas após você ter parado de tomar
Myfortic.

Fale com seu médico imediatamente se você engravidar durante o
tratamento com Myfortic.

Homens

Se você é homem sexualmente ativo, você deve utilizar
preservativos (camisinha) durante o tratamento com Myfortic e por
13 semanas após o término do tratamento.

Sua parceira também deve utilizar um método contraceptivo
efetivo durante o seu tratamento com Myfortic e por 13 semanas após
o término do seu tratamento.

Informe seu médico imediatamente se sua parceira engravidar
enquanto você estiver tomando Myfortic.

Reações Adversas do Myfortic

Como todo medicamento, Myfortic pode causar reações adversas,
embora nem todas as pessoas as apresentem.

Algumas das mais frequentes são:

  • Constipação;
  • Diarreia;
  • Náuseas;
  • Infecções;
  • Diminuição de células brancas em seu sangue.

O seu médico fará exames de sangue regulares para monitorar
qualquer alteração no número de suas células sanguíneas ou
alterações nos níveis de substâncias presentes em seu sangue, como
açúcar, colesterol e lipídeos.

Algumas reações adversas podem ser graves

Caso apresente qualquer um desses sinais ou sintomas, informe
imediatamente ao seu médico.

  • Se você apresentar sintomas de infecção, incluindo febre,
    calafrio, suor, sensação de cansaço, sonolência ou falta de
    energia. Se você está tomando Myfortic você pode estar mais
    susceptível a infecções do que o usual. Estas podem ocorrer em
    vários sistemas do seu corpo, mas são mais comuns no trato
    urinário, sistema respiratório e pele;
  • Se você apresentar alterações visuais, perda de coordenação,
    perda de memória, dificuldade na fala ou compreensão e fraqueza
    muscular. Esses podem ser sinais e sintomas de uma infecção do
    cérebro denominada leucoencefalopatia multifocal progressiva;
  • Se você apresentar glândulas aumentadas, crescimento novo ou
    aumentado de pele ou uma alteração de uma pinta existente. Como
    pode ocorrer em pacientes sob tratamento imunossupressor, um número
    muito pequeno de pacientes tratados com Myfortic desenvolveu câncer
    de pele ou nódulos linfáticos;
  • Se você apresentar cansaço não usual, dor de cabeça, falta de
    ar com exercício ou em repouso, tontura, dor no peito, palidez.
    Esses são sintomas de anemia (redução de células vermelhas do
    sangue).

Outras reações adversas podem incluir:

Algumas reações adversas são muito comuns (ocorrem em
mais de 10% dos pacientes que utilizam este
medicamento)

  • Baixo nível de células brancas no sangue;
  • Nível de cálcio reduzido no sangue, algumas vezes com cólicas
    (hipocalcemia);
  • Fraqueza muscular, espasmos musculares, ritmo cardíaco anormal
    (possíveis sintomas de nível baixo de potássio no sangue)
    (hipocalemia);
  • Resultados anormais nos exames de sangue (nível alto de ácido
    úrico no sangue) (hiperuricemia);
  • Dor de cabeça, tontura (possíveis sintomas de pressão sanguínea
    alta) (hipertensão);
  • Tontura, delírio (possíveis sintomas de pressão sanguínea
    baixa) (hipotensão);
  • Diarreia.

Algumas reações adversas comuns (ocorre entre 1% e 10%
dos pacientes que utilizam este medicamento)

  • Hemorragia ou hematomas com mais facilidade do que o normal
    (sinais de baixo nível de plaquetas no sangue);
  • Espasmos musculares, ritmo cardíaco anormal (possíveis sintomas
    de nível alto de potássio no sangue) (hipercalemia);
  • Resultados anormais nos exames de sangue (nível baixo de
    magnésio no sangue) (hipomagnesemia);
  • Excessiva aflição emocional, preocupação (sintomas de
    ansiedade);
  • Tontura;
  • Dor de cabeça;
  • Tosse;
  • Dor de cabeça, tontura, possivelmente com náuseas (possíveis
    sintomas graves de pressão sanguínea alta (piora da
    hipertensão);
  • Falta de ar, respiração com dificuldade (possíveis sintomas de
    dispneia ou dispneia de esforço);
  • Dor (por exemplo, no abdômen, estômago);
  • Constipação;
  • Indigestão;
  • Flatulência
  • Fezes amolecidas;
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Cansaço;
  • Febre;
  • Resultados anormais no teste de função hepática ou renal;
  • Dor nas articulações (artralgia);
  • Fraqueza (astenia);
  • Dor muscular (mialgia);
  • Inchaço nas mãos, tornozelos ou pés (possíveis sintomas de
    edema periférico).

Algumas reações adversas incomuns (ocorre em menos de 1%
dos pacientes que utilizam este medicamento)

  • Cisto contendo líquido linfático;
  •  Dificuldade em dormir, tremores;
  • Congestão pulmonar;
  • Falta de ar;
  • Arrotos;
  • Mau hálito;
  • Obstrução intestinal;
  • Inflamação do esôfago;
  • Fezes escuras ou com sangue;
  • Boca seca, lesões no lábio;
  • Bloqueio das glândulas salivares, azia, inflamação das
    gengivas, inflamação do revestimento da cavidade abdominal;
  • Sintomas gripais, calafrios;
  • Inchaço dos tornozelos e pés;
  • Perda de apetite;
  • Dor nas costas, dor muscular;
  • Queda de cabelo;
  • Equimose da pele;
  • Acne;
  • Batimento cardíaco acelerado;
  • Cansaço dos olhos com coceira, vermelhidão e inchaço, visão
    turva;
  • Ideias delirantes;
  • Distúrbios renais, estreitamento anormal do tubo pelo qual a
    urina passa para fora do corpo, sangue na urina;
  • Tosse, dificuldade em respirar, dor ao respirar (possíveis
    sintomas de doença pulmonar intersticial incluindo fibrose pulmonar
    fatal).

Outras reações adversas tem frequência desconhecida (a
frequência não pode ser estimada a partir dos dados
disponíveis)

  • Rash;
  • Febre, dor de garganta, infecções frequentes (possíveis
    sintomas da falta de células brancas no sangue)
    (agranulocitose).

Outras reações adversas reportadas com medicamentos
semelhantes ao Myfortic

Reações adversas adicionais foram relatadas com a classe
de medicamentos a qual Myfortic pertence

  • Inflamação do cólon ou do esôfago;
  • Dor abdominal, vômitos, perda de apetite, náuseas (inflamação
    do pâncreas);
  • Perfuração intestinal;
  • Sangramento do estômago ou intestino;
  • Dor de estômago com ou sem fezes escuras ou com sangue;
  • Obstrução intestinal;
  • Infecções graves;
  • Redução do número de células brancas específicas ou de todas as
    células do sangue.

Se alguma destas reações adversas afetar você, informe ao seu
médico.

Caso apresente outras reações adversas não mencionadas nesta
bula, informe ao seu médico ou farmacêutico. No entanto, não pare
de tomar seus medicamentos a menos que tenha discutido isso com o
seu médico.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento.

Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Myfortic

Gravidez

O uso de Myfortic na gravidez pode aumentar o risco de defeitos
de nascença e de perda da gravidez. Se você estiver grávida ou
achar que pode estar, ou planeja engravidar, informe ao seu médico.
O seu médico irá discutir com você os riscos potenciais de tomar
Myfortic durante a gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em
caso de suspeita de gravidez.

Amamentação

Informe ao seu médico se estiver amamentando.

Não amamente durante o tratamento com Myfortic e por até 6
semanas após você ter parado de tomar Myfortic.

Idosos

Myfortic pode ser usado por idosos. Não é necessário ajuste de
dose.

Crianças e adolescentes

A experiência com Myfortic em crianças é muito limitada.

Efeitos na habilidade de dirigir veículos e/ou operar
máquinas

Não é provável que Myfortic afete a habilidade de dirigir
veículos e/ou operar máquinas.

Composição do Myfortic

Apresentações

Comprimidos revestidos gastrorresistentes de 180 mg ou 360 mg.
Embalagem com 120 comprimidos revestidos.

Via oral.

Uso adulto.

Composição

Myfortic 180 mg

Cada comprimido contém:

180 mg de ácido micofenólico equivalente a 192,4 mg de
micofenolato de sódio.

Excipientes:

amido, povidona, crospovidona, lactose, dióxido de silício,
estearato de magnésio, ftalato de hipromelose, dióxido de titânio,
óxido férrico amarelo e indigotina.

Myfortic 360 mg

Cada comprimido contém:

360 mg de ácido micofenólico equivalente a 384,8 mg de
micofenolato de sódio.

Excipientes:

amido, povidona, crospovidona, lactose, dióxido de silício,
estearato de magnésio, ftalato de hipromelose, dióxido de titânio,
óxido férrico amarelo e óxido férrico vermelho.

Superdosagem do Myfortic

Se você tomar acidentalmente muitos comprimidos, informe ao seu
médico imediatamente. Você pode precisar de cuidados médicos.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível.

Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais
orientações.

Interação Medicamentosa do Myfortic

Medicamentos imunossupressores podem ativar focos primários de
tuberculose. Os médicos que acompanham pacientes sob
imunossupressão devem estar alertas quanto à possibilidade de
surgimento de doença ativa, tomando, assim, todos os cuidados para
o diagnóstico precoce e tratamento.

Informe ao seu médico ou farmacêutico sobre qualquer medicamento
que esteja usando, ou tenha usado recentemente.

Lembre-se de avisar seu médico sobre os medicamentos que você
obteve sem prescrição médica como, por exemplo, os antiácidos
(medicamentos usados para tratar dispepsia e azia).

É particularmente importante informar ao seu médico se
você está tomando algum dos seguintes medicamentos:

  • Azatioprina ou qualquer outro medicamento imunossupressor;
  • Colestiramina (medicamento utilizado para tratar altos níveis
    de colesterol no sangue);
  • Aciclovir (medicamento utilizado para tratar herpes);
  • Antiácidos que contenham magnésio e alumínio;
  • Ganciclovir (medicamento utilizado para tratar infecção por
    citomegalovírus [CMV]);
  • Antes de administrar vacinas vivas atenuadas;
  • Contraceptivos orais.

Tomando Myfortic com alimentos e
bebidas

Myfortic deve ser tomado sem alimento.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use este medicamento sem o conhecimento do seu
médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Ação da Substância Myfortic

Resultados de Eficácia

Estudos clínicos

Dois estudos pivotais, multicêntricos, randomizados, duplo-cegos
foram usados para aprovação de Micofenolato de Sódio
(substância ativa) (MPA) em adultos. Ambos foram estudos clínicos
controlados de terapia de referência usando como comparador o
Cellcept (MMF) comercializado. Ambos demonstraram eficácia e
segurança comparáveis ao MMF. O primeiro estudo incluiu 423 adultos
com transplante renal de novo (ERLB301) e demonstrou que MPA foi
equivalente ao MMF na eficácia e tinha um perfil de segurança
comparável. O segundo estudo foi conduzido em 322 receptores de
transplante renal de manutenção (ERLB302) e demonstrou que
pacientes submetidos a transplante renal recebendo MMF como terapia
de manutenção imunossupressora poderia utilizar MPA com segurança,
sem comprometer a eficácia. 

Pacientes Adultos com Transplante Renal de novo (Estudo ERLB301)
O estudo duplo-cego, duplo-placebo randomizado de novo (ERLB301)
foi conduzido em 423 pacientes submetidos a transplante renal (MPA
= 213, MMF = 210), com idades entre 18-75 anos, e foi desenhado
prospectivamente para testar a equivalência terapêutica de MPA para
MMF como medida da incidência de falta de eficácia (ou seja,
rejeição aguda comprovada por biópsia (RACB), perda do enxerto,
morte ou perda de acompanhamento nos primeiros 6 meses de
tratamento (objetivo primário) e pela incidência de morte, perda do
enxerto ou perda de acompanhamento aos 12 meses (objetivo
coprimário).

Foram administrados aos pacientes MPA 1,44 g/dia ou MMF 2 g/dia
dentro de 48 horas pós-transplante, durante 12 meses em combinação
com ciclosporina e corticosteroides. Nos grupos de MPA e MMF, 39,4%
e 42,9%, respectivamente, receberam a terapia de anticorpos como
tratamento de indução.

Com base na incidência de falta de eficácia em 6 meses (MPA
25,8% vs MMF 26,2%, 95% IC: [-8,7, +8,0]) a equivalência
terapêutica foi demonstrada. Aos 12 meses, a incidência de RACB,
perda de enxerto ou morte foi de 26,3% e 28,1%, e de RACB isolada
foi de 22,5% e 24,3% para MPA e MMF, respectivamente. Entre aqueles
com RACB, a incidência de rejeição aguda grave foi de 2,1% com MPA
e 9,8% com MMF (p = ns).

Tabela 3: Análise do objetivo primário de eficácia e de
seus componentes em 6 e 12 meses (Estudo ERLB301)

 

MPA
1,44 g/dia
(n = 213)

MMF
2 g/dia
(n = 210)

IC 95%
MPA-MMF

6 meses

n (%)n (%) 
Episódios de rejeição aguda comprovada por biópsia, perda do
enxerto, morte ou perda de acompanhamento
55 (25,8)55 (26,2)(-8,7, 8,0)
Episódios de rejeição aguda comprovada por biópsia46 (21,6)48 (22,9)(-9,2, 6,7)
Perda do enxerto ou morte8 (3,8)11 (5,2)(-5,4, 2,5)
Perda do enxerto7 (3,3)9 (4,3)(-4,6, 2,6)
Morte1 (0,5)2 (1,0) 
Perda de acompanhamento*3 (1,4)0 

12 meses

   
Episódios de rejeição aguda comprovada por biópsia, perda do
enxerto, morte ou perda de acompanhamento
60 (28,2)59 ( 28,1)(-8,5, 8,6)
Episódios de rejeição aguda comprovada por biópsia48 (22,5)51 (24,3)(-9,8, 6,3)
Perda do enxerto ou morte10 (4,7)14 (6,7)(-6,4, 2,4)
Perda do enxerto8 (3,8)9 (4,3)(-4,3, 3,2)
Morte2 (0,9)5 (2,4) 
Perda de acompanhamento*5 (2,3)0 

*

Perda de acompanhamento indica pacientes que perderam
acompanhamento sem rejeição aguda prévia comprovada por biópsia,
perda do enxerto ou morte. Os critérios para a equivalência
terapêutica foram atendidos: o IC 95% para a diferença na
incidência da variável primária (RACB, perda do enxerto, morte ou
perda de acompanhamento no mês 6) foi inteiramente mantido no
intervalo (12%, 12% ).

A segurança global e os perfis hematológicos foram semelhantes
entre os dois grupos de tratamento. Eventos adversos suspeitos do
fármaco foram 51,1% e 60,5% no MPA vs MMF,
respectivamente. Nenhuma diferença na incidência global de infecção
foi observada. A incidência global de infecções graves foi de 22,1%
no grupo MPA e 27,1% no grupo MMF. A incidência de pneumonia grave
foi menor no grupo MPA (0,5% vs 4,3%, p = 0,01). Nenhuma
diferença na incidência geral de eventos adversos GI foi observada
(80,8% vs 80%, p = ns, MPA vs MMF,
respectivamente).

Pacientes adultos com Transplante Renal em Manutenção
(Estudo ERLB302)

O estudo de manutenção foi realizado em 322 pacientes
transplantados renais (MPA = 159, MMF = 163), com idades entre 18 e
75 anos, com pelo menos 6 meses pós-transplante recebendo MMF 2
g/dia em combinação com a ciclosporina, com ou sem corticosteroides
por pelo menos quatro semanas antes da entrada no estudo. Os
pacientes foram randomizados 1:1 para MPA 1,44 g/dia ou MMF 2 g/dia
durante 12 meses.

O parâmetro de eficácia foi a incidência de falta de eficácia
(por exemplo, RACB, perda do enxerto ou morte) aos 6 e 12 meses.
Aos 12 meses, taxas semelhantes de falta de eficácia (MPA 2,5%; MMF
6,1%; p = ns), rejeição aguda comprovada por biópsia (MPA 1,3%; MMF
3,1%; p = ns) e rejeição crônica comprovada por biópsia (MPA 3,8%;
MMF 4,9%; p = ns) foram observados em ambos os grupos.

Tabela 4: Objetivos secundários de eficácia (Estudo
ERLB302)

 

Micofenolato de Sódio (substância ativa) 1,44
g/dia (n = 159)

MMF 2 g/dia (n = 163)

(IC 95% ) Micofenolato de Sódio (substância
ativa) MMF

6 meses

n (%)n (%) 
Episódios de rejeição aguda comprovada por biópsia, perda do
enxerto, morte ou perda de acompanhamento
6 (3,8)10 (6,1)(-7,1, 2,4)
Episódios de rejeição aguda comprovada por biópsia, rejeição
crônica comprovada por biópsia, perda do enxerto, morte ou perda de
acompanhamento
9 (5,7)11 (6,7)(-6,4, 4,2)
Rejeição aguda2 (1,3)3 (1,8)(-10,9, 5,5)
Rejeição aguda comprovada por biópsia2 (1,3)2 (1,2)
Rejeição crônica comprovada por biópsia4 (2,5)4 (2,5)
Perda de acompanhamento*4 ( 2,5)6 (3,7)
Perda do enxerto ou morte02 (1,2)

12 meses

n (%) n =110n (%) n = 113
Episódios de rejeição aguda comprovada por biópsia, perda do
enxerto, morte ou perda de acompanhamento)
10 (9,1)14 (12,4)
Episódios de rejeição aguda comprovada por biópsia, rejeição
crônica comprovada por biópsia perda do enxerto, morte ou perda de
acompanhamento
13 (11,8)15 (13,3)
Perda de acompanhamento*7 (6,4)8 (7,1) 
Perda do enxerto ou morte1 (0,9)4 (3,5) 

*

Perda de acompanhamento indica pacientes que perderam
acompanhamento sem RACB, perda do enxerto ou morte.

O estudo de manutenção também demonstrou um perfil de segurança
global semelhante, com exceção da incidência de infecções graves
(8,8 vs 16%, p lt;0,05, MPA vs MMF). A incidência
de infecções em geral foi de 59% em cada grupo. Pneumonia foi menos
observada no grupo MPA (1,9%) do que o grupo MMF (4,9%), mas não
foi estatisticamente significativa. Incidência semelhante de
eventos adversos GI geral foi observada (69,2 vs 61,8%,
MPA vs MMF), embora ‘qualquer evento adverso GI’ foi
numericamente mais elevado nos pacientes tratados com MPA até 12
meses (29,6% vs 24,5% no mês 12 ), e o aumento da
gravidade da GI tendeu a ser menor nos pacientes em uso de MPA.

Características farmacológicas

Farmacodinâmica

Grupo farmacoterapêutico: imunossupressor (código ATC L04 A
A06).

Mecanismo de ação

O MPA inibe a proliferação de linfócitos T e B de forma mais
potente do que outras células porque a proliferação dos linfócitos
é criticamente dependente da via de-novo para a síntese de purinas,
em contraste com outros tipos de células que podem utilizar a via
de salvamento. Logo, o mecanismo de ação é complementar aos
inibidores de calcineurina, que interferem com a transcrição de
citocinas poupando linfócitos T.

Farmacocinética

Absorção

Após administração oral, o Micofenolato de Sódio
(substância ativa) é amplamente absorvido. De acordo com seu
revestimento gastrorresistente, o tempo para concentração máxima de
MPA foi aproximadamente de 1,5 a 2 horas. Estudos in vitro
demostraram que a formulação do revestimento gastrorresistente de
Micofenolato de Sódio (substância ativa) previne a
liberação do MPA sob condições ácidas como no estômago.
Em pacientes receptores de transplantes renais estáveis sob
imunossupressão com ciclosporina para microemulsão, a absorção
gastrintestinal de MPA foi de 93% e a biodisponibilidade absoluta
foi de 72%.

A farmacocinética de Micofenolato de Sódio (substância
ativa) é proporcional à dose e linear nas doses estudadas de 180 a
2.160 mg. Comparado ao jejum, a administração de
Micofenolato de Sódio (substância ativa) 720 mg com uma
refeição hiperlipídica (55 g de gordura, 1.000 calorias) não teve
efeito na exposição sistêmica ao MPA (AUC) que é o parâmetro
farmacocinético mais importante ligado à eficácia. Entretanto,
houve uma diminuição de 33% na concentração máxima de MPA
(Cmáx). Para evitar a variabilidade na absorção entre as
doses MPA, Micofenolato de Sódio (substância ativa) deve
ser tomado com estômago vazio.

Distribuição

O volume de distribuição do MPA no estado de equilíbrio é de 50
litros. O ácido micofenólico e o ácido micofenólico glucuronídeo
possuem alta ligação às proteínas, 97% e 82% respectivamente. A
concentração de MPA livre pode aumentar sob condições de diminuição
de sítios de ligação das proteínas (uremia, deficiência hepática,
hipoalbuminemia, uso concomitante de fármacos com alta ligação às
proteínas). Isto pode submeter os pacientes a um risco maior de
reações adversas ao MPA.

Biotransformação / metabolismo

A meia-vida do MPA é 11,7 horas e o clearance
(depuração) é 8,6 L/h. O MPA é metabolizado principalmente pela
glucuronil transferase para formar o glucuronídeo fenólico do MPA,
ácido micofenólico glucuronídeo (MPAG). O MPAG é o metabólito
predominante do MPA e não manifesta atividade biológica.

Em pacientes estáveis submetidos ao transplante renal sob
imunossupressão com ciclosporina para microemulsão, aproximadamente
28% do Micofenolato de Sódio (substância ativa) oral é
convertido a MPAG por metabolismo pré-sistêmico. A meia-vida do
MPAG é maior do que a do MPA, aproximadamente 15,7 horas e seu
clearance (depuração) é 0,45 L/h.

Eliminação

Embora quantidades mínimas de MPA estejam presentes na urina
(lt;1,0%), a maioria do MPA é eliminada pela urina como MPAG. O
MPAG secretado na bile está disponível para desconjugação pela
flora intestinal. O MPA resultante desta desconjugação pode então
ser reabsorvido. Aproximadamente 6-8 horas após a administração de
Micofenolato de Sódio (substância ativa), um segundo pico
de concentração de MPA pode ser determinado, de acordo com a
reabsorção do MPA desconjugado.

Farmacocinética em pacientes submetidos ao transplante
renal sob imunossupressão com ciclosporina para
microemulsão

Estão apresentados na Tabela 5 os principais parâmetros
farmacocinéticos para MPA após administração de
Micofenolato de Sódio (substância ativa). A
farmacocinética de dose única de Micofenolato de Sódio
(substância ativa) prediz a farmacocinética da dose múltipla e da
administração crônica de Micofenolato de Sódio
(substância ativa). No período inicial pós-transplante, a AUC média
do MPA e principal Cmáx do MPA foi aproximadamente
metade da medida seis meses após o transplante.

Tabela 5: Principais (DP) parâmetros farmacocinéticos de
MPA após administração oral de Micofenolato de Sódio
(substância ativa) em pacientes submetidos a transplante renal sob
imunossupressão com ciclosporina para microemulsão.

População especial

Insuficiência renal

A farmacocinética do MPA parece ser inalterada sob a variação de
função renal de normal até a ausência de função. Em contraposição,
a exposição do MPAG aumentou com a diminuição da função renal,
sendo a exposição do MPAG aproximadamente 8 vezes maior em anúria.
O clearance (depuração) do MPA ou MPAG não foi afetado
pela hemodiálise. O MPA livre pode também aumentar
significantemente na ocorrência de insuficiência renal. Isto pode
ocorrer devido à diminuição da ligação de MPA às proteínas
plasmáticas na presença de alta concentração sanguínea de
ureia.

Insuficiência hepática

Em voluntários com cirrose alcoólica, o processo de
glucuronidação hepática do MPA foi relativamente pouco afetado pela
doença hepática parenquimal. Os efeitos da doença hepática neste
processo provavelmente dependem da doença em particular.
Entretanto, doença hepática com dano predominantemente biliar, como
cirrose biliar primária, pode mostrar um efeito diferente.

Pediátrico

A segurança e a eficácia em crianças não foram estabelecidas.
Existem dados farmacocinéticos limitados do uso de
Micofenolato de Sódio (substância ativa) em crianças. Na
tabela acima a farmacocinética média de MPA (DP) é mostrada para
pacientes pediátricos estáveis de transplante renal sob
imunossupressão com ciclosporina para microemulsão. Uma maior
variabilidade da Cmáx e AUC de MPA foi notada nestes
pacientes pediátricos comparados com pacientes adultos de
transplante renal. A AUC média do MPA nesta dose foi maior do que a
tipicamente medida em adultos recebendo 720 mg de
Micofenolato de Sódio (substância ativa). O
clearance (depuração) médio aparente do MPA foi
aproximadamente 7,7 L/h. Para uma dose de
Micofenolato de Sódio (substância ativa) de 200-300
mg/m2 seria esperado resultar em uma AUC de MPA de 30 a
50 μg.h/mL.

Sexo

Não há diferenças clinicamente significantes com respeito ao
sexo na farmacocinética de Micofenolato de Sódio
(substância ativa).

Idosos

Baseado em dados preliminares, a exposição de MPA não aparenta
variar em grau clinicamente significante em função da idade.

Grupos étnicos / raça

Após uma administração de dose única de 720 mg de
Micofenolato de Sódio (substância ativa) em 18 indivíduos
japoneses e caucasianos saudáveis, a exposição (AUCinf) para MPA e
MPAG foram 15 e 22% menores em indivíduos japoneses comparado com
os caucasianos. As concentrações máximas (Cmáx) para
MPAG foram semelhantes entre as duas populações, no entanto, os
indivíduos japoneses tinham C max 9,6% maior para MPA. Estes
resultados não sugerem qualquer diferença clinicamente
relevante.

Dados de segurança pré-clínicos

Carcinogenicidade, mutagênese, prejuízo da
fertilidade

Em um estudo de carcinogenicidade oral de 104 semanas em ratos,
o Micofenolato de Sódio (substância ativa) em doses
diárias de até 9 mg/kg não foi tumorigênico. A dose mais alta
testada resultou em aproximadamente 0,6-1,2 vezes a exposição
sistêmica observada em pacientes submetidos a transplante renal na
dose recomendada de 1,44 g/dia. Resultados semelhantes foram
observados em um estudo paralelo, em ratos, realizado com
micofenolato de mofetila.

Em um estudo de carcinogenicidade oral de 26 semanas em um
modelo de rato transgênico P53± (heterozigoto), o
Micofenolato de Sódio (substância ativa) em dose diária
de até 200 mg/kg não foi tumorigênico. A dose mais alta testada foi
200 mg/kg, resultando em aproximadamente 5 vezes a exposição
sistêmica observada em pacientes submetidos a transplante renal
(1,44 g/dia).

O potencial tóxico genético do Micofenolato de Sódio
(substância ativa) foi determinado em cinco ensaios. O MPA foi
genotóxico em ratos no teste linfoma/timidinaquinase, no teste de
micronúcleo em células de hamsters chineses V79 e no teste in
vivo
de micronúcleos de rato. O
Micofenolato de Sódio (substância ativa) não foi
genotóxico no ensaio de mutação bacteriana ou no ensaio de
aberração cromossômica em linfócitos humanos.

A menor dose que mostrou efeitos tóxicos genéticos em
micronúcleos de medula óssea de rato resultou em aproximadamente 3
vezes a exposição sistêmica (AUC ou Cmáx) observada em
pacientes submetidos a transplante renal na dose clínica testada de
1,44 g de Micofenolato de Sódio (substância ativa) por
dia. É provável que a atividade mutagênica observada deveu-se a uma
alteração na abundância relativa de nucleotídeos no pool celular
usado para a síntese de DNA.

O Micofenolato de Sódio (substância ativa) não teve
efeito na fertilidade em ratos machos na dose oral de até 40
mg/kg/dia. A exposição sistêmica a esta dose representa
aproximadamente 9 vezes a exposição da dose clínica testada de 1,44
g de Micofenolato de Sódio (substância ativa) por dia.
Nenhum efeito na fertilidade nas fêmeas foi observado até a dose de
20 mg/kg, uma dose na qual já foi observada toxicidade materna e
embriotoxicidade.

Toxicidade animal e farmacologia

Os sistemas hematopoiético e linfoide foram os principais órgãos
a serem afetados em estudos toxicológicos conduzidos com
Micofenolato de Sódio (substância ativa) em ratos e
camundongos. Anemia aplástica e regenerativa foi identificada como
sendo a toxicidade dose-limite em roedores expostos a MPA.

A avaliação de mielogramas mostrou uma diminuição marcada em
células eritroides (eritroblastos policromáticos e normoblastos) e
um alargamento dose-dependente do baço e aumento da hematopoese
extramedular. Estes efeitos ocorreram em níveis de exposição
sistêmica que são equivalentes ou menores à exposição clínica da
dose recomendada de 1,44 g/dia de Micofenolato de Sódio
(substância ativa).

O perfil da toxicidade não clínica do
Micofenolato de Sódio (substância ativa) parece estar de
acordo com efeitos adversos observados em humanos expostos ao MPA,
que agora fornecem dados de segurança de maior relevância à
população de pacientes.

Doses orais únicas de MPA são moderadamente bem toleradas em
ratos (DL50 de 350 – 700 mg/kg), bem toleradas em camundongos ou
macacos (DL50 maior que 1.000 mg/kg), e extremamente bem toleradas
em coelhos (DL50 maior que 6.000 mg/kg).

Em um estudo de teratologia realizado com
Micofenolato de Sódio (substância ativa) em ratos, em
dose tão baixa quanto 1 mg/kg, foram observadas malformações na
prole, incluindo anoftalmia, exencefalia e hérnia umbilical. A
exposição sistêmica a esta dose representa 0,05 vezes a exposição
clínica da dose de 1,44 g/dia de Micofenolato de Sódio
(substância ativa). Em um estudo de desenvolvimento pré e pós-natal
em ratos, o ácido micofenólico (como sal sódico) causou atrasos de
desenvolvimento (reflexo pupilar anormal em fêmeas e separação
prepucial nos machos) na maior dose de 3 mg/kg.

Cuidados de Armazenamento do Myfortic

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), proteger da
umidade e da luz.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas

180 mg

Comprimido verde redondo, com bordas chanfradas e com a letra C
impressa em uma face do comprimido.

360 mg

Comprimido vermelho alaranjado pálido, ovaloide, com bordas
chanfradas e com as letras CT impressas em uma face do
comprimido.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Myfortic

Reg. MS – 1.0068.0897

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