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Lupron

Como o Lupron funciona?


O acetato de leuprorrelina, substância ativa do medicamento
Lupron, é um hormônio sintético que, quando usado todos os dias,
age diminuindo a produção do hormônio gonadotrofina pelo corpo.
Essa diminuição da produção do hormônio gonadotrofina bloqueia a
função dos ovários e dos testículos. Esse bloqueio deixa de existir
se o medicamento for descontinuado. O uso do acetato de
leuprorrelina impede o desenvolvimento de alguns tumores
dependentes de hormônios (como, por exemplo, alguns tipos de
tumores de próstata).

O medicamento começa a fazer efeito dentro de 02 a 04
semanas.

Contraindicação do Lupron

Lupron injetável não deve ser usado por pessoas que tenham
alergia ao acetato de leuprorrelina, ou a outros medicamentos
parecidos ou a qualquer outro componente do medicamento. Foram
relatados casos isolados de anafilaxia (reação alérgica grave) com
a formulação mensal de acetato de leuprorrelina.

Lupron não deve ser usado por mulheres grávidas ou que possam
engravidar durante o tratamento.

Lupron não deve ser usado por mulheres com sangramento vaginal
de causa desconhecida. 

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas ou que possam ficar grávidas durante o
tratamento.

Como usar o Lupron

Lupron não tem ação se tomado por via oral.

Lupron deve ser administrado sob supervisão de um médico.

Orientação para uso de Lupron – frasco-ampola de
múltiplas doses

  1. Lavar bem as mãos com água e sabão;

  1. Se estiver utilizando um frasco pela primeira vez, retirar a
    capa protetora do frasco-ampola até aparecer a tampa de borracha.
    Limpar o anel metálico e a tampa de borracha com algodão umedecido
    em álcool sempre que for utilizar o produto. Verificar o líquido no
    interior do frasco. Se possuir alguma partícula ou não estiver
    límpido, não usar;

  1. Puxar o êmbolo de uma seringa até a marca 20 (a marca 20 nessa
    seringa é igual a 0,2 mL);

 

  1. Retirar a cobertura da agulha e colocá-la no frasco-ampola
    através do centro da tampa de borracha. Empurrar todo o êmbolo para
    o ar da seringa entrar no frasco-ampola. Virar o frascoampola e a
    seringa de cabeça para baixo. Verificar se a ponta da agulha
    encontrase em contato com o líquido do frascoampola. Retirar a
    quantidade de Lupron que o médico prescreveu puxando lentamente o
    êmbolo. Após várias aplicações, a quantidade de líquido dentro do
    frasco-ampola diminui. Cuidado para que a ponta da agulha esteja
    sempre dentro do líquido enquanto estiver puxando o êmbolo.
    Verificar se há bolhas de ar na seringa. Se houver, empurrar
    lentamente o êmbolo para o ar ir novamente para dentro do frasco.
    Se necessário, puxar o êmbolo novamente para aumentar a quantidade
    do líquido dentro da seringa, de acordo com o volume
    prescrito;

  1. Repetir o procedimento acima quantas vezes for necessário para
    que as bolhas sejam eliminadas. Remover a agulha do frasco. Não
    tocar a agulha nem permitir que ela toque em qualquer
    superfície;
  2. Escolher o local de aplicação. Para evitar irritações no local
    de injeção, alternar as partes do corpo (o local da injeção deve
    variar). Limpar a pele com algodão umedecido em álcool;

  1. Segurar a seringa em uma das mãos. Com a outra, manter a pele
    esticada ou fazer uma pequena dobra. Empurrar a agulha
    perpendicularmente à superfície da pele (90°) e injetar o
    medicamento empurrando o êmbolo;

  1. Colocar um algodão umedecido em álcool sobre o local onde a
    agulha foi inserida e retirá-la pelo mesmo ângulo em que foi
    inserida;

  1. Usar cada seringa somente uma vez. Cuidado ao descartá-la. As
    agulhas jogadas sem proteção no lixo podem ferir acidentalmente as
    pessoas. Nunca deixe seringas, agulhas ou medicamentos ao alcance
    das crianças.

O limite máximo diário de administração é de 1 mg, ou seja, 0,2
mL da solução injetável.

Nota: Os frascos incluem um pequeno excesso para
facilitar a retirada do produto. Assim sendo, os frascos de 2,8 mL
destinam-se habitualmente a 14 doses.

Os sachês de álcool que acompanham o produto podem
substituir o algodão embebido em álcool nas etapas do uso de
Lupron.

Posologia do Lupron


A dose recomendada é de 1 mg (0,2 mL) administrada numa única
injeção subcutânea, uma vez por dia. Como com outros medicamentos
de uso prolongado por via subcutânea, o local da injeção deve
variar periodicamente.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Lupon?


Em caso de esquecimento de dose, entre em contato com o seu
médico que lhe orientará como proceder em caso de esquecimento de
dose.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Lupron

Algumas pessoas podem sentir piora dos sintomas durante as
primeiras semanas de tratamento. A piora dos sintomas pode
contribuir para paralisias, com ou sem complicações fatais.

Pessoas alérgicas ao álcool benzílico (que existe na fórmula do
medicamento) podem apresentar reações alérgicas no local onde foi
aplicada a injeção (esse local pode ficar vermelho e
endurecido).

Densidade mineral óssea

Em homens durante o tratamento prolongado e em mulheres em
estado hipoestrogênico (diminuição do hormônio estrogênio), podem
ocorrer alterações da densidade mineral óssea (perda da massa
óssea).

Não há estudos em homens quanto à reversibilidade da perda de
massa óssea após a retirada do acetato de leuprorrelina. Em
mulheres, a perda de massa óssea pode ser reversível após a
suspensão do uso de acetato de leuprorrelina.

Convulsões

Foi observado convulsão em pacientes durante o tratamento com
acetato de leuprorrelina. Entre os pacientes estão mulheres,
população pediátrica, pacientes com histórico de crises
convulsivas, epilepsia, distúrbios cerebrovasculares, anomalias do
sistema nervoso central ou tumores, e em pacientes que utilizaram
medicamentos concomitantes que são associados com convulsões como
bupropiona e inibidores da recaptação de serotonina. Convulsões
também foram relatadas em pacientes fora das condições mencionadas
acima.

Câncer de Próstata

Inicialmente, o acetato de leuprorrelina, como qualquer agonista
do LH-RH, causa aumento de aproximadamente 50% nos níveis séricos
de testosterona durante a primeira semana de tratamento.
Ocasionalmente pode-se desenvolver breve piora dos sintomas, ou
maior ocorrência de sinais e sintomas do câncer de próstata durante
as primeiras semanas de tratamento com acetato de leuprorrelina em
suspensão de depósito (Lupron Depot).

Um pequeno número de pacientes pode experimentar um aumento
temporário de dor nos ossos, que pode ser controlado
sintomaticamente. Pessoas com disseminação do tumor para ossos da
coluna (vértebras) e/ou que não conseguem urinar por obstrução pelo
tumor, devem prestar mais atenção nas primeiras semanas do
tratamento e avisar o médico o mais rápido possível se perceberem
piora ou surgimento de alguma outra reação desagradável.

Nos pacientes sob este risco, deve-se iniciar a terapia com
Lupron apresentação para uso subcutâneo diário, nas primeiras duas
semanas, para facilitar a interrupção do tratamento, caso isso seja
necessário. Pacientes com lesões vertebrais metastáticas e/ou
obstrução do trato urinário devem ser observados atentamente nas
primeiras semanas de tratamento.

Hiperglicemia (alta concentração de glicose no sangue) e um
aumento do risco de desenvolvimento de diabetes foi reportado em
homens recebendo agonistas do LH-RH. Hiperglicemia pode representar
o desenvolvimento de diabetes mellitus ou o agravamento do
controle da glicemia (glicose no sangue) em pacientes com diabetes.
O médico deve realizar monitoramento periódico da glicose sanguínea
e/ou hemoglobina glicosilada (HbA1c) em pacientes recebendo
agonistas do LH-RH e controlados de acordo com as práticas atuais
para o tratamento de hiperglicemia ou diabetes.

Aumento do risco de desenvolvimento de infarto do miocárdio
(músculo do coração), morte súbita cardíaca e acidente vascular
cerebral associados com o uso de agonistas do LH-RH tem sido
relatado em homens. O risco é relativamente baixo baseado nas
probabilidades e razões reportadas e, deve ser avaliado
cuidadosamente pelo médico ao determinar o tratamento de pacientes
com câncer de próstata, juntamente aos fatores de risco
cardiovascular. Pacientes recebendo agonistas do LH-RH devem ser
monitorados sobre sinais e sintomas sugestivos para o
desenvolvimento de doenças cardiovasculares e devem ser controlados
pelo médico.

Efeitos no Eletrocardiograma

Os médicos devem avaliar o risco-benefício antes de iniciar a
administração do acetato de leuprorrelina em pacientes com
histórico ou fator de risco para alterações no eletrocardiograma e
pacientes que fazem uso concomitante de medicamentos que podem
resultar nesta alteração. O uso concomitante de medicamentos
antiarrítmicos de Classe IA (quinidina, disopiramida) ou Classe III
(amiodarona, sotalol, dofetilida, ibutilida), metadona,
moxiloxacina, antipsicóticos ou medicamentos que podem provocar
alterações no eletrocardiograma, deve ser cuidadosamente
avaliados.

Exames laboratoriais

A resposta ao acetato de leuprorrelina deve ser monitorada
pela avaliação dos níveis plasmáticos de testosterona, assim como
do antígeno prostático específico. Na maioria dos pacientes, os
níveis de testosterona se elevam acima dos valores basais na
primeira semana de tratamento, retornando a esses valores ou abaixo
deles no final da segunda semana. Níveis de castração são
alcançados dentro de 2 a 4 semanas e, uma vez obtidos, são mantidos
pelo tempo que o paciente utilizar o fármaco.

Interações medicamentosas

Não foram realizados estudos; no entanto, não são esperadas
reações com outros medicamentos.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Lupron

As reações adversas a seguir estão comumente associadas
com a ação farmacológica do acetato de leuprorrelina na
esteroidogênese, a frequência dessas reações é
desconhecida:

Neoplasia benigna, malígna ou inespecífica (incluindo
cistos e pólipos)

Aumento do tumor da próstata, piora do câncer de próstata.

Alterações do metabolismo e nutrição

Ganho e perda de peso.

Alterações psiquiátricas

Perda ou diminuição do libido (desejo sexual), aumento do libido
(desejo sexual).

Alterações do sistema nervoso

Cefaleia (dor de cabeça), fraqueza muscular.

Alterações vasculares

Vasodilatação (dilatação dos vasos saguíneos), fogachos (ondas
de calor), hipotensão (pressão baixa), hipotensão postural.

Alterações de pele e tecidos subcutâneos

Pele seca, hiperidrose (suor em excesso), rash
(vermelhidão/erupção na pele), urticária (alergia de pele),
crescimento anormal de pelos, transtornos do tecido capilar, suores
noturnos, hipotricose (diminuição dos pelos), alterações na
pigmentação da pele, suor frio, hirsutismo (crescimento excessivo
de pelos).

Alterações do sistema reprodutor

Ginecomastia (crescimento das mamas nos homens), mastalgia (dor
nos seios), disfunção erétil (dificuldade de manter ou ter ereção),
dor testicular, aumento das mamas, dor nas mamas, dor prostática,
inchaço do pênis, alterações no pênis, atrofia testicular
(diminuição do tamanho dos testículos).

Alterações gerais e no local da aplicação

Ressecamento das mucosas.

Alterações investigacionais

Aumento do antígeno prostático específico (PSA), diminuição da
densidade óssea.

Longa exposição (6 a 12 meses)

Diabetes mellitus, tolerância à glicose diminuída,
aumento do colesterol total, aumento do LDL, aumento do
triglicérides, osteoporose.

As reações adversas a seguir foram relatadas em estudos
clínicos e na experiência pós-comercialização:

Câncer de próstata

Na maioria dos pacientes, os níveis de testosterona aumentaram
acima do basal durante a primeira semana do tratamento, diminuindo
logo depois a níveis normais ou inferiores no final da segunda
semana do tratamento.

A potencial exacerbação dos sinais e sintomas durante as
primeiras semanas de tratamento é uma preocupação em pacientes com
metástases vertebrais e/ou obstrução urinária ou hematúria, as
quais, quando agravadas, podem ocasionar problemas neurológicos
como fraqueza temporária e/ou parestesia dos membros inferiores ou
piora dos sintomas urinários.

As reações adversas estão distribuídas por sistema e por
frequência:

  • Muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam
    este medicamento);
  • Comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este
    medicamento);
  • Incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este
    medicamento).

Para a maioria das reações adversas, a relação causa e efeito
não foi estabelecida.

Reações muito comuns (ocorre em mais de 10% dos
pacientes que utilizam este medicamento)

Alterações vasculares:

Fogachos (ondas de calor).

Reações comuns (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Alterações no metabolismo e nutrição:

Anorexia (perda do apetite).

Alterações psiquiátricas:

Diminuição do libido (desejo sexual), insônia (dificuldade para
dormir).

Alterações no sistema nervoso:

Tontura, cefaleia (dor de cabeça), parestesia (sensações
cutâneas subjetivas), letargia (perda temporária e completa da
sensibilidade), sonolência, transtornos de memória, disgeusia
(distorção ou diminuição do senso do paladar), hipoastenia
(fraqueza).

Alterações visuais:

Visão embaçada.

Alterações cardiovasculares:

Insuficiência cardíaca congestiva (perda da capacidade do
coração de bombear sangue com eficiência), arritmia (alteração do
ritmo cardíaco), infarto do miocárdio.

Alterações respiratórias, torácicas e do
mediastino:

Atrito pleural, fibrose pulmonar (substituição do tecido
pulmonar normal por um tecido de cicatrização).

Alterações gastrointestinais:

Constipação (prisão de ventre), náusea, vômito, hemorragia
gastrointestinal (sangramento pelo vômito ou nas fezes), distensão
abdominal (aumento do abdômen), diarreia.

Alterações de pele e tecidos subcutâneos:

Eritema (vermelhidão), alopécia (perda de cabelo), equimose
(hematomas).

Alterações musculoesqueléticas e do tecido
conectivo:

Dor nos ossos, mialgia (dor muscular), edema ósseo.

Alterações renais e urinárias:

Hematúria (sangue na urina).

Alterações do sistema reprodutor:

Ginecomastia (crescimento das mamas nos homens), mastalgia (dor
nos seios), disfunção erétil (dificuldade de manter ou ter ereção),
atrofia testicular (diminuição dos testículos) e bolhas no
pênis.

Alterações gerais e no local da aplicação:

Dor, edema (inchaço), astenia (fraqueza), fadiga, pirexia
(febre).

Investigações:

Diminuição do hematócrito e hemoglobina (anemia), aumento da
ureia no sangue, aumento da creatinina no sangue.

Farmacovigilância pós-comercialização

As reações adversas a seguir foram observadas com esta ou outras
formulações de acetato de leuprorrelina injetável durante o período
de comercialização do produto.

Para sua maioria, a relação causa-efeito não foi estabelecida.
Algumas dessas reações adversas podem não ser aplicáveis a todos os
pacientes.

As reações foram reportadas voluntariamente de uma população
masculina de taxa de exposição desconhecida. Por isso não é
possível estimar a verdadeira incidência de reações adversas e sua
frequência é desconhecida.

Infecções e infestações

Infecção, infecção no trato urinário, faringite (inflamação da
faringe), pneumonia.

Neoplasmas benignos, malignos ou
inespecíficos

Carcinoma de pele (câncer de pele).

Alterações hemolinfáticas

Anemia.

Alterações no sistema imunológico

Reação anafilática (reação alérgica grave).

Alterações endócrinas

Bócio e apoplexia hipofisária (hemorragia súbita e severa na
hipófise resultando em prejuízo permanente de sua função).

Alterações no metabolismo e nutrição

Diabetes mellitus, aumento do apetite, hipoglicemia
(diminuição das concentrações de glicose no sangue),
hipoproteinemia (diminuição da concentração de proteínas no
sangue), desidratação, hiperlipidemia (aumento da concentração de
gorduras no sangue), hiperfosfatemia (aumento da concentração de
fosfato no sangue).

Alterações psiquiátricas

Alteração do humor, nervosismo, aumento do libido, insônia,
alterações do sono, depressão, ansiedade, alucinação, ideia
suicida, tentativa de suicídio.

Alterações neurológicas

Tontura, cefaleia (dor de cabeça), parestesia (sensações
cutâneas subjetivas), letargia (perda temporária e completa da
sensibilidade), transtorno de memória, disgeusia (distorção ou
diminuição do senso do paladar), hipoestesia (perda ou diminuição
de sensibilidade em determinada região), síncope (desmaio),
neuropatia periférica (alteração da sensibilidade nas mãos e/ou
pés), acidente vascular cerebral (derrame), perda da consciência,
crise isquêmica transitória, paralisia, neuromiopatia,
convulsão.

Alterações visuais

Visão embaçada, distúrbios visuais, visão anormal, ambliopia
(olho vago), olhos secos.

Alterações no ouvido e labirinto

Zumbido, distúrbios de audição.

Alterações cardíacas

Insuficiência cardíaca congestiva (perda da capacidade do
coração de bombear sangue com eficiência), arritmia (alteração do
ritmo do coração), infarto do miocárdio (músculo do coração),
angina pectoris (dor no peito), taquicardia (aumento da frequência
cardíaca), bradicardia (baixa frequência cardíaca), sopros
cardíacos (ruídos durante os batimentos cardíacos), morte súbita
cardíaca.

Alterações vasculares

Linfoedema (inchaço), hipertensão (pressão alta), flebite
(inflamação nas veias), trombose (obstrução das veias), hipotensão
(pressão baixa), veias varicosas (varizes).

Alterações respiratórias, torácicas e do
mediastino

Atrito pleural, fibrose pulmonar (substituição do tecido
pulmonar normal por um tecido de cicatrização), epistaxe
(sangramento nasal), dispneia (falta de ar), tosse, efusão pleural
(líquido na pleura), infiltração pulmonar (alteração pulmonar
característica ao exame de radiografia), distúrbios respiratórios,
congestão sinusal (congestão nasal e dos seios da face), embolia
pulmonar (obstrução dos vasos pulmonares), hemoptise (tosse com
sangue), doença intersticial pulmonar (inflamação dos tecidos mais
profundos do pulmão).

Alterações gastrointestinais

Constipação (prisão de ventre), náusea, vômito, hemorragia
gastrointestinal, distensão abdominal, diarreia, disfagia
(dificuldade de deglutir), boca seca, úlcera duodenal, distúrbios
gastrointestinais, úlcera péptica, pólipo retal.

Alterações hepatobiliares

Função hepática anormal, lesão hepática grave, icterícia (cor
amarelada na pele e nas mucosas).

Alterações na pele e tecido subcutâneo

Alopecia (queda de cabelo), equimose (manchas roxas),
rash (vermelhidão), pele seca, reação de
fotossensibilidade (sensibilidade a exposição solar), urticária
(coceira com vermelhidão e inchaço), dermatite (inflamação da
pele), crescimento anormal dos pelos, prurido (coceira), distúrbios
de pigmentação, lesão de pele.

Alterações musculoesqueléticas e do tecido
conectivo

Mialgia (dor muscular), edema ósseo (inchaço do osso),
artropatia (distúrbios articulares), artralgia (dor nas
articulações), espondilite anquilosante, sintomas de tenossinovite
(inflamação nos tendões).

Alterações renais e urinárias

Incontinência urinária (perda de controle da urina), polaciúria
(aumento da frequência no número de micção), urgência urinária,
hematúria (sangue na urina), espasmos da bexiga, distúrbios do
trato urinário, obstrução do trato urinário.

Alterações no sistema reprodutivo

Ginecomastia (crescimento das mamas nos homens), mastalgia (dor
mamária), atrofia testicular (diminuição do tamanho dos
testículos), dor testicular, dor nas mamas, alterações
testiculares, edema (inchaço) peniano, distúrbios penianos, dor
prostática.

Alterações gerais e no local da
administração

Dor, edema (inchaço), astenia (fraqueza muscular), pirexia
(febre), reação, inflamação, dor e endurecimento no local da
injeção, abscessos estéreis, hematomas (acúmulo de sangue),
calafrio, nódulo, sede, inflamação e fibrose pélvica.

Investigações

Aumento de ureia, ácido úrico, creatinina ou cálcio no sangue,
eletrocardiograma anormal, alterações no eletrocardiograma
(ECG)/isquemia, anormalidade das provas de função hepática, redução
da contagem de plaquetas, hipopotassemia (diminuição dos níveis de
potássio no sangue), leucopenia (diminuição de glóbulos
brancos no sangue), leucocitose (aumento de glóbulos brancos no
sangue), aumento do tempo de protrombina (TP), aumento do tempo de
tromboplastina parcial (TTP), hiperlipemia (aumento da gordura no
sangue) (LDL-colesterol e de triglicérides), aumento de
bilirrubina.

Lesões, envenenamentos e complicações
processuais

Fratura de coluna.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Lupron

Uso em idosos

Não há recomendações especiais para esta faixa etária.

Uso em crianças e bebês

Não há justificativa, pelos conhecimentos atuais e baseando-se
na indicação do produto, para uso desta apresentação em crianças e
bebês.

Uso na gravidez

O uso seguro de Lupron durante a gestação não foi estabelecido
clinicamente. Antes de iniciar o tratamento, recomenda-se verificar
se a paciente não está grávida. Lupron não é um contraceptivo. Se a
contracepção for necessária, deve ser utilizado um método
contraceptivo não hormonal.

Este medicamento é contraindicado a mulheres grávidas ou
que possam engravidar durante o tratamento.

Existe a possibilidade da ocorrência de aborto espontâneo se a
medicação for administrada durante a gravidez. Se uma paciente
engravidar durante o tratamento, a medicação deverá ser
descontinuada.

Este medicamento causa malformação ao bebê durante a
gravidez.

Uso na lactação:

Não se sabe se acetato de leuprorrelina passa para o leite
humano. Logo, Lupron não deve ser utilizado por mulheres que
estejam amamentando.

Composição do Lupron

Apresentações

Solução injetável de 5 mg/mL:

Embalagem com 1 frasco-ampola de 2,8 mL (para uso injetável em
múltiplas doses), 14 seringas descartáveis e 15 sachets com
álcool.

Via subcutânea.

Uso adulto. 

Composição

Cada 0,2 mL de Lupron contém:

1 mg* de acetato de leuprorrelina.

*Cada 1 mg de acetato de leuprorrelina equivalem a
0,952 mg de leuprorrelina. Logo, 5 mg de acetato de leuprorrelina
equivalem a 4,76 mg de leuprorrelina.

Excipientes:

Cloreto de sódio, álcool benzílico, hidróxido de sódio e/ou
ácido acético glacial e água para injetáveis.

Volume líquido por unidade:

2,8 mL.

Superdosagem do Lupron

Em caso de superdosagem, isto é, se a pessoa usar grande
quantidade desse medicamento, deverá procurar socorro médico o mais
rápido possível. Os pacientes deverão ser monitorados
cuidadosamente, devendo ser adotadas medidas de suporte e
tratamento dos sintomas.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Lupron

Não foram realizados estudos específicos sobre interação do
acetato de leuprorrelina com outras substâncias. Entretanto,
considerando que a leuprorrelina é um peptídeo principalmente
metabolizado pela peptidase e não pelas enzimas do citocromo P450,
conforme observado em estudos específicos, e que a substância é
apenas cerca de 46% ligada às proteínas plasmáticas, não são
esperadas interações medicamentosas.

Alterações em exames laboratoriais durante o
tratamento

A administração de acetato de leuprorrelina em suspensão de
depósito em mulheres resulta na supressão do sistema
hipofisário-gonadal. A função normal geralmente é recuperada em até
3 meses após a descontinuação do tratamento.

Portanto, os exames de diagnóstico da função hipofisária
gonadotrófica e gonadal realizados durante o tratamento até 3 meses
após a descontinuação do produto podem não ser conclusivos.

Interação Alimentícia do Lupron

Não foram realizados estudos, no entanto, não são esperadas
reações com com alimentos.

Ação da Substância Lupron

Resultados de eficácia

Câncer de próstata

A eficácia de acetato de leuprorrelina foi comprovada em um
estudo prospectivo, aberto, para a avaliação da segurança e
eficácia do acetato de leuprorrelina, em apresentação de 3,75 mg,
mensal, numa população de 205 pacientes com câncer de próstata
avançado.

O objetivo principal do estudo era avaliar a eficácia, através
da observação dos níveis de testosterona, que deveriam permanecer
em níveis de castração (≤ 50 ng/dL) no período de 45 meses de
observação. O nível médio prétratamento de testosterona
reduziu de 350 ng/dL para 21 ng/dL após quatro semanas e 20 ng/dL
após 45 meses de tratamento.

A eficácia clínica a longo prazo pode ser expressa pela melhor
resposta ao tratamento no período: resposta completa – 10,7%;
resposta parcial – 49,8%; sem alterações – 34,1%, progressão –
1,5%, sem dados – 3,9%. A mediana de tempo para progressão foi
de 12 (15 ± 11) meses.

No estudo I1 foram randomizados 237 pacientes com câncer de
próstata avançado ou metastático, tratados com a apresentação
mensal do acetato leuprorrelina na concentração de 3,75 mg (grupo
1) ou com a apresentação trimestral do acetato de
leuprorrelina 11,25 mg (grupo 2) durante 9 meses de tratamento.

Ambas apresentações produziram efeitos idênticos, com uma queda
pronunciada nos níveis séricos de testosterona e gonadotropinas, e
redução dos níveis de “PSA” (Antígeno Prostático Específico). Após
9 meses de tratamento, os níveis de “PSA” se normalizaram (≤ 4
ng/ml) em 65,2% e 66,1% dos pacientes nos grupos 1 e 2
respectivamente.

A resposta clínica, avaliada pelos critérios de remissão da
“EORTC” (Organização Européia para Pesquisa e Tratamento do
Câncer), foram comparáveis para ambas as apresentações.

 

Grupo 1 (3,75 mg mensal)

Grupo 2 (11,25 mg mensal)

 

N (%)

N (%)

Remissão Completa (RC)

4 (5,0)9 (5,7)

Remissão Parcial (RP)

29 (36,3)53 (33,8)

Estabilização (E)

32 (40,0)64 (40,8)

Progressão

5 (6,3)8 (5,1)

Dados perdidos

10 (12,5)23 (14,6)

Resposta Global “EORTC” (RC+RP+E)

65 (81,3)126 (80,3)

No estudo II2 foi avaliada a resposta a longo prazo (43 meses)
através do seguimento de uma parte dos pacientes do estudo
anterior. Na Alemanha, 62 pacientes fizeram uso de acetato de
leuprorrelina na sua apresentação trimestral de 11,25 mg. O
estudo de seguimento a longo prazo foi fechado com 37 pacientes
deste grupo, pois 25 pacientes faleceram no decorrer do estudo.

Foi conseguido adequada supressão dos níveis séricos de
testosterona, o percentual total de supressão em 444 medições
realizadas em todos os 62 pacientes durate o período de tratamento
foi de 98%.

Ginecologia

Em um estudo farmacocinético/farmacodinâmico de mulheres
saudáveis (N=20), foi observado o início da supressão do
estradiol nos pacientes entre os dias 04 e a semana 04, após a
dose.

Por volta da terceira semana após a injeção, a concentração
média do estradiol (8 pg/mL) estava na faixa de menopausa. Ao longo
do restante do período de dose, os níveis séricos médios de
estradiol variaram da menopausa ao folicular precoce.

O estradiol sérico foi suprimido para ≤20 pg/mL em todos os
pacientes em quatro semanas de tratamento e permaneceu suprimido
(≤40 pg/mL) em 80% dos pacientes até o final do intervalo de dose
de 12 semanas, quando dois pacientes apresentaram valores
entre 40 e 50 pg/mL.

Quatro outros pacientes apresentaram, pelo menos,
duas elevações consecutivas dos níveis de estradiol (variação
de 43-240 pg/mL) durante o intervalo de dose de 12 semanas, mas não
houve indicação de função lútea para qualquer um dos pacientes
durante este período.

O acetato de leuprorrelina 11,25 mg, para aplicação a cada 3
meses, induziu amenorreia em 85% (N=17) dos pacientes durante o mês
inicial e em 100% deles durante o segundo mês, após a injeção.

Todos os pacientes permaneceram amenorreicos ao longo do
restante do intervalo de dose de 12 semanas. Os episódios de
sangramento leve e de manchas foram relatados pela maior parte
dos pacientes durante o primeiro mês após a injeção e por
alguns outros pacientes em épocas posteriores. A menstruação
voltou, em média, 12 semanas (variação de 2,9 a 20,4 semanas)
após o término do intervalo de dose de 12 semanas.

O acetato de leuprorrelina 11,25 mg, para aplicação a cada 3
meses, produziu efeitos farmacodinâmicos similares em termos de
supressão hormonal e menstrual para os pacientes que receberam o
acetato de leuprorrelina 3,75 mg durante os estudos clínicos
controlados para o manejo da endometriose e da anemia causadas
pelos fibromas uterinos.

Endometriose

Em estudos clínicos controlados, o acetato de leuprorrelina 3,75
mg, uma vez ao mês por seis meses, demonstrou que é comparável
ao danazol de 800 mg/dia no alívio dos sinais/sintomas clínicos da
endometriose (dor pélvica, dismenorreia, dispareunia,
sensibilidade pélvica e enrijecimento) e na redução dos implantes
endometriais, de acordo com as evidências de laparoscopia.

A significância clínica da diminuição de lesões endometriais
atualmente não é conhecida, além disso, o estadiamento
laparoscópico não necessariamente se correlaciona à severidade dos
sintomas.

Acetato de leuprorrelina 3,75 mg, mensalmente, induziu a
amenorreia em 74% e 98% dos pacientes após o primeiro e o segundo
mês de tratamento, respectivamente. A maior parte dos pacientes
relatou episódios de sangramento leve ou de manchas. No
primeiro, no segundo e no terceiro mês pós-tratamento, os ciclos
menstruais normais retornaram em 7%, 71% e 95% dos pacientes,
respectivamente, exceto pelas pacientes que engravidaram.

A Figura a seguir ilustra a porcentagem de pacientes com
sintomas no baseline, na visita final de tratamento e o alívio
sustentado aos 6 e aos 12 meses após a descontinuação do tratamento
para os diversos sintomas avaliados durante os dois estudos
clínicos controlados, incluindo todos os pacientes no final do
tratamento e os que se elegeram a participar do período de
acompanhamento.

Pode-se levar a uma tendência leve nos resultados do período de
acompanhamento, pois 75% dos pacientes originais iniciaram o estudo
de acompanhamento, 36% foram avaliados aos 6 meses e 26% aos
12 meses.

Leiomioma Uterino (Fibroma uterino)

Em estudos clínicos controlados, a administração de acetato de
leuprorrelina 3,75 mg por três ou seis meses demonstrou reduzir o
volume uterino e do fibroma, portanto, permitindo alívio dos
sintomas clínicos (inchaço abdominal, dor pélvica e
pressão).

O sangramento vaginal excessivo (menorragia e menometrorragia)
diminuiu resultando em melhora dos parâmetros hematológicos. Em
três estudos clínicos, o registro dos pacientes não se baseou
na condição hematológica. O volume do útero diminuiu em 41% e o
volume do mioma diminuiu em 37% na visita final, de acordo com
as evidências do ultrassom ou imagens por ressonância magnética
(MRI).

Além disso, esses pacientes apresentaram uma diminuição dos
sintomas, incluindo o sangramento vaginal excessivo e o desconforto
pélvico. O benefício ocorreu por volta dos três meses de terapia,
mas foi observado ganho adicional com mais três meses de
terapia com acetato de leuprorrelina 3,75 mg.

Noventa e cinco porcento (95%) desses pacientes tornaram-se
amenorreicos, com 61%, 25%, e 4% com amenorreia no primeiro,
segundo e terceiro mês de tratamento, respectivamente. O
acompanhamento pós-tratamento foi realizado com uma porcentagem
pequena de pacientes que receberam acetato de leuprorrelina
3,75 mg (N =46) dentre os 77% que demonstraram um aumento ≥ 25%
no volume do útero durante a terapia.

A menstruação, de um modo geral, retornou em duas semanas de
supressão de terapia. O tempo médio para o retorno ao tamanho do
útero pré-tratamento foi de 8,3 meses. O novo crescimento não
pareceu estar relacionado com o volume de útero no
pré-tratamento.

Em outro estudo clinico controlado, o registro dos pacientes
baseou-se no hematócrito ≤ 30% e/ou hemoglobina ≤ 10,2 g/dL. A
administração de acetato de leuprorrelina 3,75 mg, concomitante com
o ferro, produziu um aumento de ≥ 6% no hematócrito e de ≥ 2
g/dL em hemoglobina em 77% dos pacientes aos três meses de terapia.
A alteração média no hematócrito foi de 10,1% e a alteração
média na hemoglobina foi de 4,2 g/dL.

Foi julgado que a resposta clínica ocorreria em um hematócrito
de ≥ 36% e hemoglobina de ≥ 12 g/dL, permitindo, portanto, a doação
autóloga de sangue antes da cirurgia. Aos três meses, 75% dos
pacientes cumpriram esse critério. 

Aos três meses, 80% dos pacientes experimentaram alívio ou da
menorragia ou da menometrorragia. Assim como nos estudos
anteriores, foram notados episódios de manchas e de sangramento do
tipo menstrual em alguns dos pacientes.

Nesse mesmo estudo, foi observada uma diminuição de ≥ 25% no
volumes do útero e do mioma em 60% e 54% dos pacientes,
respectivamente. Foi observado que acetato de leuprorrelina 3,75 mg
aliviou os sintomas de inchaço, de dor pélvica e de
pressão.

Não há evidências de que as taxas de gravidez aumentem ou que
sejam afetadas adversamente pelo uso de acetato de leuprorrelina
3,75 mg.

Câncer de mama

A eficácia do acetato de leuprorrelina no tratamento do câncer
de mama avançado ficou comprovada no estudo prospectivo, em 76
pacientes na perimenopausa. Foram feitas doses mensais de acetato
de leuprorrelina 3,75 mg, até se observar a progressão da
doença.

Foram feitas análises de resposta aos 3 e 6 meses de tratamento.
Resposta objetiva foi alcançada em 39 (51,3%) das pacientes após 3
meses em 23 (30,3%) dos pacientes após 6 meses, e
foram definidas como remissão completa ou parcial ou estabilização
da doença de acordo com os critérios da OMS utilizados na
época (OMS 1979).

A eficácia do acetato de leuprorrelina de 11,25 mg no tratamento
do câncer de mama avançado ficou comprovada no estudo prospectivo,
de fase III, randomizado, aberto, multicêntrico, que teve como
comparador pacientes que eram submetidas a quimioterapia
padrão com ciclofosfamida, metotrexato e fluouracil (CMF).

No estudo TABLE3, 599 pacientes em pré-menopausa com diagnóstico
de câncer de mama, positivos para receptor de estrogênio,
confirmados histologicamente, nos estágios II ou IIIA, foram
elegíveis para o estudo e randomizados, dentro de 6 semanas
após o tratamento cirúrgico, em dois grupos de tratamento.

No grupo 1 foram tratadas com o acetato de leuprorrelina 11,25
mg, 299 pacientes, e no grupo 2 foram tratadas com o esquema
quimioterápico padrão CMF, 300 pacientes. O seguimento médio
foi de 5,8 anos, a sobrevida livre de recidiva foi similar em ambos
os grupos de tratamento (P =0.15). Uma análise exploratória da
sobrevida global foi favorável ao grupo de tratamento com acetato
de leuprorrelina de 11,25 mg, com uma taxa de sobrevida em 5 anos
de 81% para o grupo 1 e de 71,9% para o grupo 2 (P
=0.005).

Também houve uma tendência maior de mortalidade relacionada ao
câncer de mama no grupo 2.

Os resultados desse estudo demonstraram que o tratamento com
acetato de leuprorrelina de 11,25 mg, de uso trimestral é tão
efetivo, e não é inferior ao tratamento quimioterápico padrão com
CMF, nesta população de pacientes com diagnóstico de câncer de
mama.

Seus dados de eficácia podem também ser interpretados como dados
que dão sustentação para a preparação mensal de 3,75 mg.

Puberdade Precoce

Nas crianças com puberdade precoce central (CPP), as
gonadotrofinas estimuladas e basais são reduzidas para os níveis
pré-puberdade. A testosterona e o estradiol são reduzidos aos
níveis pré-puberdade nos meninos e nas meninas,
respectivamente.

A redução das gonadotrofinas permitirá o crescimento e o
desenvolvimento físico e psicológico normais.

A maturação natural ocorre quando as gonadotrofinas voltam aos
níveis pré-puberdade após a descontinuação de acetato de
leuprorrelina.

Um estudo foi realizado com um grupo de 55 indivíduos com
puberdade precoce central (49 do sexo feminino e 6 do sexo
masculino, nunca tratados anteriormente com agonistas de GnRH),
tratados mensalmente com acetato de leuprorrelina até atingir
a idade apropriada para a puberdade. Após a interrupção do
tratamento, foi feito o acompanhamento de 40 indivíduos deste
grupo.

Foram notados os seguintes efeitos fisiológicos com a
administração crônica do acetato de leuprorrelina nessa
população de pacientes:

Crescimento Esquelético:

Um aumento mensurável no comprimento do corpo pode ser notado,
considerando que placas da epífise não se fecham
prematuramente.

Crescimento dos Órgãos:

Os órgãos reprodutores retornarão ao estado pré-puberdade.

Menstruação:

O fluxo menstrual se presente, cessará.

Neste estudo em 22 das 55 crianças com puberdade precoce
central, foram administradas doses de acetato de leuprorrelina
em suspensão de depósito a cada quatro semanas e os níveis
plasmáticos foram determinados de acordo com as categorias de
peso constantes na Tabela a seguir:

A média de peso do grupo é determinada na semana 04
imediatamente antes da administração da injeção de acetato de
leuprorrleina. Os níveis do fármaco nas semanas 12 e 24 foram
similares aos níveis da semana 04.

Dados do Período de Tratamento

Durante o período de tratamento, a administração mensal de
acetato de leuprorrelina suprimiu os níveis de gonadotropinas e
esteróides sexuais a níveis pré-puberais. A supressão das
concentrações de pico estimuladas por LH para valores lt; 1,75
mIU/mL foi atingida por 96% dos indivíduos no mês 1.

O número e a porcentagem de indivíduos com supressão do pico
estimulado por LH lt; 1,75 mIU/mL e o pico médio + desvio padrão do
pico estimulado por LH ao longo do tempo é apresentado na
Tabela 1.

A idade média + DP no início do tratamento foi 7 + 2 anos e
a duração do tratamento foi 4 + 2 anos. Seis meses após o fim do
período de tratamento, o pico médio estimulado por LH foi de 20,6 +
DP 13,7 mIU/mL (n=30).

Tabela 1: Número e porcentagem de pacientes com pico
estimulado por LH lt; 1,75 mIU/mL e Pico de LH médio (DP) em
cada visita clínica

A supressão (definida como regressão ou não mudança) dos sinais
clínicos/físicos da puberdade foi atingida pela maioria dos
pacientes. Em mulheres, a supressão do desenvolvimento das mamas
variou de 66,7 a 90,6% dos indivíduos durante os primeiros 5
anos de tratamento.

A média do estradiol estimulado foi de 15,1pg/mL nas condições
basais, diminuindo para o menor nível de detecção (5,0 pg/mL) na
semana 4 e foi mantido durante os primeiros 5 anos de
tratamento. Em homens, a supressão do desenvolvimento da genitália
variou de 60% a 100% dos indivíduos durante os primeiros 5
anos de tratamento.

A média de testosterona estimulada foi 347,7 ng/dL nas condições
basais e foi mantida a níveis não superiores a 25,3 ng/dL durante
os 5 primeiros anos de tratamento.

Um “efeito rebote” da hemorragia transitória ou sangramento
vaginal durante as 4 primeiras semanas de tratamento foi
observado em 19,4% (7/36) meninas que não atingiram a menarca nas
condições basais. Após as primeiras 4 semanas e durante o
período de tratamento restante, nenhum indivíduo relatou
sangramento semelhante à menstruação, e apenas um raro
sangramento vaginal foi observado.

Em muitos indivíduos, houve diminuição da taxa de crescimento
durante o tratamento, assim como a razão idade óssea: idade
cronológica. Após 5 anos, a taxa de crescimento média variou entre
3,4 a 5,6 cm/ano. A razão média da idade óssea pela idade
cronológica diminuiu de 1,5 nas condições basais para 1,1 no final
do tratamento.

A pontuação de desvio padrão da estatura média mudou de 1,6 nas
condições basais para 0,7 no fim da fase de tratamento.

Dados do período do acompanhamento

Para a avaliação da função reprodutiva (em mulheres) e da
estatura definitiva, 35 mulheres e 5 homens participaram de um
período de acompanhamento pós-tratamento. Aos 6 meses
pós-tratamento, a maioria dos indivíduos apresentou reversão
dos níveis puberais de LH (87,9%) e os sinais clínicos de retomada
da progressão puberal foram evidentes com o aumento no
desenvolvimento das mamas em garotas (66,7%) e aumento do
desenvolvimento da genitália em garotos (80%).

Dos 40 pacientes avaliados no acompanhamento, 33 foram
observados até que eles atingissem estatura adulta definitiva ou
quase definitiva. Estes pacientes apresentaram um aumento médio da
estatura adulta definitiva quando comparado à estatura adulta
prevista nas condições basais.

A pontuação de desvio padrão da estatura adulta definitiva média
foi -0,2. Após a interrupção do tratamento, foram relatadas
menstruações regulares para todos os indivíduos do sexo
feminino que atingiram 12 anos durante o acompanhamento; o tempo
médio para a menstruação foi de aproximadamente 1,5 anos; a
idade média no início da menstruação foi 12,9 anos.

Os dados para avaliar a função reprodutiva foram obtidos em um
exame pós-estudo de 20 garotas que atingiram a maioridade (18-26
anos); foram relatados ciclos menstruais normais em 80% das
mulheres; 12 casos de gravidez foram relatados de 7 dos
20 indivíduos, incluindo múltiplos casos de gravidez para 4
indivíduos.

Em um estudo clínico randomizado e aberto realizado com acetato
de leuprorrelina 11,25 mg em formulação para uso trimestral, 42
pacientes, com idade entre 1 e 11 anos, receberam o medicamento. O
grupo estudado teve um número igual de pacientes virgens de
tratamento que tinham níveis de LH puberais e pacientes que estavam
em tratamento prévio com agonistas do GnRHa mensais que tinham
níveis de LH pré-puberais ao início do estudo.

O percentual de pacientes com supressão de níveis de pico de LH
estimulado para lt; 4 mUI/mL, como determinado por meio
de avaliações nos meses 2, 3 e 6 foi de 78,6%.

Tabela 2: Supressão de níveis de pico de LH estimulado
entre o mês 2 e o mês 6

A média de pico de LH estimulada para todas as visitas é
mostrada no gráfico abaixo por dose e subgrupo (virgens
de tratamento e previamente tratados)

O porcentual de 93% (39 de 42) dos pacientes tiveram os níveis
de esteróides sexuais (estradiol e testosterona) suprimidos à
níveis pré-puberais em todas as visitas.

Supressão clínica da puberdade em pacientes do sexo
feminino foi observada em 29 de 32 (90,6%) pacientes no mês
6.

Supressão clínica da puberdade em pacientes do sexo masculino
foi observada em 1 de 2 pacientes (50,0%) no mês 6. Em pacientes
com informações completas relacionadas à idade óssea, 29 de 33
sujeitos (87,9%) tiveram uma diminuição na razão entre idade óssea
e idade cronológica no mês 6 quado comparado à triagem.


Características Farmacológicas 

Descrição

O acetato de leuprorrelina, substância ativa dest medicamento
(acetato de leuprorrelina), é um nonapeptídeo sintético análogo do
hormônio liberador da gonadotrofina natural (GnRH ou LH-RH). Possui
maior potência que o hormônio natural, atua como um inibidor da
produção de gonadotrofina e é quimicamente distinto dos esteroides.
Seu nome químico é acetato de
5-oxo-L-prolil-L-histidil-L-triptofanil-L-seril-L-tirosil-D-leucil-L-leucil-L-arginil-L-Netil-L-prolinamida
(sal). O acetato de leuprorrelina neste medicamento (acetato de
leuprorrelina) é apresentado como microesferas liofilizadas
estéreis que, quando misturadas com o diluente, tornam-se uma
suspensão para uso intramuscular.

Farmacodinâmica

O acetato de leuprorrelina – um agonista GnRH – age como um
potente inibidor da secreção de gonadotropina, quando administrado
continuamente e em doses terapêuticas. Os estudos em animais e em
humanos indicam que, seguindo-se a uma estimulação inicial de
gonadotropinas, a administração crônica de acetato de leuprorrelina
resulta em suspensão da esteroidogênese ovariana e testicular. Esse
efeito é reversível com a descontinuação da terapêutica.

A administração de acetato de leuprorrelina resultou na inibição
de crescimento de tumores hormônio-dependentes (tumores prostáticos
em ratos machos das espécies Noble e Dunning e tumores mamários
DMBA-induzidos em ratas), assim como em atrofia de órgãos
reprodutivos.

Em humanos, a administração de acetato de leuprorrelina resulta
num aumento inicial dos níveis circulantes do hormônio luteinizante
(LH) e do hormônio folículoestimulante (FSH), conduzindo a um
transitório aumento dos níveis dos esteroides gonadais
(testosterona e diidrotestosterona em homens; e estrona e estradiol
em mulheres na pré-menopausa).

Contudo, a administração contínua do acetato de leuprorrelina,
nas doses recomendadas, resulta em diminuição dos níveis de LH, FSH
e esteroides sexuais.

Em homens, a testosterona é reduzida aos níveis de castração. Em
mulheres na pré-menopausa, os estrógenos são reduzidos aos níveis
pós-menopausa. A redução dos níveis desses hormônios ocorre dentro
de um mês após o início do tratamento.

Farmacocinética

O acetato de leuprorrelina não é ativo quando administrado por
via oral. A biodisponibilidade quando administrado por via
subcutânea é comparável à da administração intramuscular. A
biodisponibilidade absoluta de acetato de leuprorrelina 7,5 mg é
estimada em 90%.

Absorção

Os níveis séricos médios obtidos ao final de 1 mês após
administração única de acetato de leuprorrelina, em pacientes com
neoplasia prostática, nas doses de 3,75 mg ou 7,5 mg, por via
subcutânea ou intramuscular, foram respectivamente de 0,7 ng/mL e
1,0 ng/mL.

Não houve indícios de acúmulo do fármaco no organismo.
Observou-se, em um estudo com pacientes masculinos
orquiectomizados, concentrações plasmáticas de acetato de
leuprorrelina por período superior a 1 mês após a administração
intramuscular de acetato de leuprorrelina 7,5 mg.

Similarmente, em outro estudo envolvendo pacientes com carcinoma
prostático em estágio D2, detectaram-se níveis sistêmicos de
acetato de leuprorrelina 4 semanas após a administração de uma
única dose de acetato de leuprorrelina 7,5 mg.

Distribuição

O volume de distribuição da leuprorrelina, no estado de
equilíbrio, após administração intravenosa, em bolus, em
voluntários sadios do sexo masculino foi de 27 litros. A ligação às
proteínas plasmáticas humanas in vitro variou de 43% a
49%.

Metabolismo

Em voluntários sadios do sexo masculino, uma injeção de 1 mg de
leuprorrelina por via intravenosa em bolus, revelou que a depuração
sistêmica média foi de 7,6 L/h, com meia vida de eliminação final
de aproximadamente três horas, com base em um modelo de dois
compartimentos.

Estudos em animais mostraram que a leuprorrelina marcada com C14
foi metabolizada em peptídeos menores inativos, um pentapeptídeo
(Metabólito I), tripeptídeos (Metabólitos II e III) e um dipeptídeo
(Metabólito IV). Esses fragmentos podem ser metabolizados
posteriormente.

As concentrações plasmáticas do principal metabólito (M-I),
avaliadas em cinco pacientes com câncer de próstata que receberam
acetato de leuprorrelina em suspensão de depósito, atingiram a
concentração máxima em duas a seis horas depois da administração e
foram aproximadamente 6% da concentração de pico da substância-mãe.
Uma semana depois da administração, as concentrações plasmáticas
médias de M-I foram aproximadamente 20% das concentrações médias da
leuprorrelina.

Eliminação

Após a administração de 3,75 mg do acetato de leuprorrelina em
suspensão de depósito a três pacientes, menos de 5% da dose
administrada foi recuperada sob a forma de substância-mãe e
metabólito M-I na urina em 27 dias.

Populações especiais

A farmacocinética do acetato de leuprorrelina não foi
determinada em pacientes com insuficiência hepática ou
insuficiência renal.

Cuidados de Armazenamento do Lupron

Lupron deve ser armazenado em temperatura entre 2-8ºC (sob
refrigeração) e protegido da luz. Não congelar. Manter o produto na
embalagem até seu uso.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características organolépticas

Lupron é uma solução aquosa estéril pronta para aplicação,
praticamente incolor, livre de partículas ou material estranho que
pode ser observado através de inspeção visual.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Lupron

MS n° 1.9860.0007

Farm. Resp.:

Carlos E. A. Thomazini
CRF-SP 24762.

Fabricado por:

Famar L’Aigle
Saint-Remy-Sur-Avre – França

Importado por:

AbbVie Farmacêutica Ltda.
Av. Guido Caloi, 1935, 1º andar, Bloco C
São Paulo – SP
CNPJ: 15.800.545/0001-50.

Sob licença exclusiva de:

Takeda Pharmaceutical Company Limited.

Venda sob prescrição médica.

Lupron, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.