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Latuda

Latuda® também é indicado para tratar os adultos com
episódios depressivos associados ao transtorno bipolar I,
isoladamente ou combinado ao lítio ou ao valproato. O transtorno
bipolar é uma condição por tempo prolongado em que você apresenta
períodos de depressão (baixas) e períodos de mania (altas).

Como o Latuda funciona?


Lurasidona pertence a um grupo de medicamentos conhecidos como
antipsicóticos atípicos que melhoram os sintomas de alguns
transtornos mentais como esquizofrenia, e episódios depressivos
associados ao transtorno bipolar.

Contraindicação do Latuda

Não tome Latuda® se você:

  • For alérgico ao cloridrato de lurasidona ou a qualquer um dos
    ingredientes de Latuda®.
  • Estiver tomando outros medicamentos como o cetoconazol ou a
    rifampicina. De qualquer maneira, consulte o seu médico se não
    tiver certeza se está tomando qualquer um desses medicamentos.

Como usar o Latuda

Tome Latuda® exatamente da maneira como o
profissional de saúde orientou você a fazêlo. Não altere a dose por
conta própria. Tome Latuda® por via oral, junto com alimentos (no
mínimo, 350 calorias).

Seguem abaixo exemplos de cardápios:

Cardápio 1

Cardápio 2

Arroz branco cozido (4 colheres de
sopa)

Pao francês (1 unidade) ou Pão de
forma (2 fatias)

Feijão cozido (1 concha) ou Lentilha
(2 colheres de sopa)

Margarina (½ colher de sopa)

Bife grelhado (1 unidade) ou Filé de
frango grelhado (1 unidade)

Leite tipo C (1 copo tipo o de
requeijão) adoçado com mel (2 e ½ colheres de sopa) ou com açúcar
(1 colher de sopa)

Salada de alface (15 folhas) ou Tomate
(4 fatias)

Total: 410 calorias

Total: 453 calorias

Engula o(s) comprimido(s) inteiro(s) com água. Você deve tomar a
sua dose regularmente todos os dias na mesma hora do dia, para
ficar mais fácil de lembrar. Você deve tomar este medicamento com
alimentos ou após se alimentar.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou
mastigado.

O que devo fazer quando eu me esquecer de tomar o
Latuda?


Se você se esquecer de tomar Latuda®, tome o
comprimido assim que se lembrar. Não tome duas doses no mesmo dia.
Depois, volte a tomar o seu medicamento da forma como tomaria
normalmente. Para prevenir eventos adversos sérios, não pare de
tomar Latuda® repentinamente. Caso você se esqueça de
tomar duas ou mais doses, entre em contato com o seu médico.

Em caso de dúvida, procure a orientação do farmacêutico
ou de seu médico ou cirurgião-dentista.

Precauções do Latuda

Antes de você tomar Latuda®, informe ao seu
médico se você ou a sua família apresentam ou já
apresentaram:

  • Psicose relacionada à demência (particularmente em
    idosos);
  • Síndrome neuroléptica maligna, uma reação a alguns medicamentos
    com aumento repentino da temperatura corpórea, pressão arterial
    extremamente elevada e convulsões graves;
  • Discinesia tardia, uma reação a alguns medicamentos que causa
    movimentos anormais da língua ou outros movimentos descontrolados
    da face (boca, língua, bochechas ou mandíbula) que podem acometer
    também braços e pernas;
  • Doença do sangue com número reduzido de leucócitos (p. ex.,
    leucopenia ou neutropenia);
  • Comportamento ou pensamentos suicidas;
  • Diabetes ou nível de açúcar elevado no sangue;
  • Níveis elevados de prolactina;
  • Níveis elevados de colesterol total, triglicérides ou
    LDL-colesterol ou níveis baixos de HDL-colesterol;
  • Valores extremamente baixos de pressão arterial que ocorrem
    após a pessoa ficar em pé por um longo período ou quando uma pessoa
    se levanta após ficar sentada ou deitada;
  • Condições que poderiam predispor o paciente à hipotensão, como
    problemas cardíacos (p. ex., insuficiência cardíaca, história de
    ataque cardíaco, isquemia, história de problemas no batimento
    cardíaco com anormalidades da condução (arritmia) ou com uma
    condição conhecida como prolongamento do intervalo QT), problemas
    vasculares cerebrais (p. ex., AVC), desidratação, hipovolemia
    (redução do volume sanguíneo) e tratamento com medicamentos
    anti-hipertensivos;
  • Crises convulsivas;
  • Problemas hepáticos ou renais;
  • Quaisquer outras condições médicas.

Enquanto estiver tomando Latuda®, você deve
evitar:

  • Toranja (fruta ou suco), pois essa fruta pode afetar a
    quantidade de Latuda® no sangue.
  • Dirigir, operar máquinas ou realizar outra atividade perigosa
    até saber como o Latuda® afeta você. Latuda®
    pode fazer você ficar sonolento.

Reações Adversas do Latuda

A lista apresentada a seguir mostra todas as reações
adversas observadas durante os estudos da lurasidona no tratamento
da esquizofrenia e do transtorno bipolar, de acordo com a
frequência:

Muito Comuns (ocorrem em ≥10% dos pacientes que utilizam
este medicamento)

Acatisia, dor de cabeça, insônia, náuseas, parkinsonismo e
sonolência.

Comuns (ocorrem em ≥ 1% e lt; 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Agitação, ansiedade, dor nas costas, prolactina aumentada, CPK
aumentada, apetite reduzido, diarreia, tontura, distonia,
dispepsia, erupção cutânea (rash), inquietação,
hipersalivação, vômitos e aumento de peso.

Incomuns (ocorrem em ≥ 0,1% e lt; 1% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Sonhos anormais, dor abdominal, amenorreia, anemia, bloqueio AV
de 1o grau, triglicérides aumentados, bradicardia, disartria,
disúria, dismenorreia, disfunção erétil, gastrite, aumento da
sensibilidade, pânico, prurido, hipotensão ortostática, distúrbio
do sono, ideação suicida*, síncope, taquicardia, discinesia tardia,
urticária e vertigem.

* Ideação Suicida pode incluir termos conceitualmente
semelhantes como tentativa de suicídio, depressão suicida e
comportamento suicida.

Raras (ocorrem em ≥ 0,01% e lt; 0,1% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Angina pectoris, angioedema, visão turva, dor no peito,
acidente vascular cerebral, ginecomastia, disfagia, galactorreia,
leucopenia, neutropenia, síndrome neuroléptica maligna, falência
renal aguda, rabdomiólise, convulsões, morte súbita e
hiponatremia.

Frequência desconhecida

Hipersensibilidade.

Experiência Pós-Comercialização

Foram identificadas hipersensibilidade e hiponatremia durante o
uso de Latuda®.

Hipersensibilidade pode incluir sintomas como inchaço da
garganta, inchaço na língua, urticária e sintomas de angioedema.
Hipersensibilidade também pode incluir sintomas de reações graves
na pele, tais como dermatite bolhosa (reação inflamatória na pele
que se manifesta em forma de bolhas), rash maculopapular
(caracterizado por área vermelha e plana na pele, com pápulas
pequenas e confluentes), erupção na pele e esfoliação da pele.

Como essa reação é relatada voluntariamente por uma população de
tamanho incerto, a taxa de incidência dessa reação adversa não pode
ser estimada (“frequência desconhecida”).

Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as
pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo
que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos
adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu
médico ou cirurgião- dentista.

População Especial do Latuda

Gravidez e amamentação

Latuda® não é recomendado para uso durante a gravidez
ou o aleitamento. Não se sabe se Latuda® passa para o
leite materno. No entanto, se precisar tomar Latuda®
durante a gravidez ou o aleitamento materno, você e o seu médico
devem discutir os benefícios e os riscos de tomá-lo.

Este medicamento não deve ser usado por mulheres
grávidas sem a orientação do médico.

Crianças e adolescentes

Latuda® não é recomendado para uso em crianças ou
adolescentes, pois a segurança e a eficácia ainda não foram
estabelecidas nesse grupo etário.

Composição do Latuda

Cada comprimido revestido contém:

20 mg, 40 mg ou 80 mg de Cloridrato de lurasidona.

Excipientes:

manitol, amido pré-gelatinizado, croscarmelose sódica,
hipromelose, estearato de magnésio, Opadry®
(hipromelose, dióxido de titânio e macrogol) e cera de carnaúba.
Além disso, o comprimido de 80 mg contém óxido de ferro amarelo e
Azul FDamp;C No 2 laca de alumínio.

Apresentação do Latuda


Latuda® é apresentado em comprimidos revestidos
contendo 20 mg, 40 mg ou 80 mg de cloridrato de lurasidona em
embalagens de 7, 14, 30 e 60 comprimidos revestidos.

Uso oral.

Uso adulto.

Superdosagem do Latuda

Se você tomar uma quantidade deste medicamento maior do que
deveria, entre em contato com o seu médico imediatamente. Você pode
apresentar sonolência, cansaço, movimentos anormais do corpo,
problemas para ficar em pé e andar, tontura devido à pressão
arterial baixa e batimentos cardíacos anormais.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Latuda

Informe ao seu médico se estiver tomando qualquer outro
medicamento de prescrição, medicamento de venda livre, suplementos
fitoterápicos e/ou vitaminas.

Informe ao seu médico ou farmacêutico se estiver tomando, ou se
tomou recentemente ou iniciará qualquer outro medicamento.

Isto é especialmente importante se você estiver
tomando:

  • Qualquer medicamento que também atue no cérebro, uma vez que os
    efeitos desse medicamento podem ser negativamente aditivos com os
    efeitos do Latuda® no seu cérebro;
  • Medicamentos que reduzem a pressão arterial, uma vez que este
    medicamento também pode reduzir a pressão arterial;
  • Medicamentos para doença de Parkinson e síndrome das pernas
    inquietas (p. ex., levodopa), uma vez que este medicamento pode
    reduzir os seus efeitos;
  • Medicamentos contendo derivados do alcalóide ergot (usados para
    tratar enxaquecas) e outros medicamentos incluindo terfenadina e
    astemizol (usados para tratar a febre do feno e outras condições
    alérgicas), cisaprida (usada para tratar os problemas digestivos),
    pimozida (usada para tratar doenças psiquiátricas), quinidina
    (usada para tratar condições cardíacas), bepridil (usada para
    tratar dor no peito).

Informe ao seu médico se você tomar qualquer um desses
medicamentos, pois ele pode ter de alterar a dose desse medicamento
durante o tratamento com Latuda®.

Os seguintes medicamentos podem aumentar o nível de
lurasidona no seu sangue:

  • Atazanavir, darunavir/ritonavir, fosamprenavir (para tratar a
    infecção pelo HIV);
  • Diltiazem (para tratar a pressão arterial elevada);
  • Ciprofloxacina, eritromicina (para tratar as infecções);
  • Fluconazol (para tratar as infecções fúngicas);
  • Verapamil (para tratar a pressão arterial elevada ou a dor no
    peito);
  • Imatinibe (para tratar o câncer nos tecidos formadores do
    sangue).

Os seguintes medicamentos podem reduzir o nível da
Lurasidona no seu sangue:

  • Efavirenz, etravirina (para tratar a infecção pelo HIV);
  • Modafinil (para tratar a sonolência);
  • Bosentana (para tratar a pressão arterial elevada ou úlceras
    nos dedos).

Informe ao seu médico se você tomar qualquer um desses
medicamentos, pois ele poderá ter de alterar a dose do
Latuda®.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se estiver
usando algum outro medicamento.

Não use o medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Isso pode ser perigoso para a sua saúde.

Interação Alimentícia do Latuda

Toranja (suco e fruta) deve ser evitada nos pacientes que tomam
Cloridrato de Lurasidona (substância ativa) por poder inibir a
CYP3A4 e alterar as concentrações de Cloridrato de Lurasidona
(substância ativa).

Ação da Substância Latuda

Resultados de Eficácia


Esquizofrenia

Estudos de Curto Prazo

A eficácia da Cloridrato de Lurasidona (substância ativa) no
tratamento da esquizofrenia foi estabelecida em cinco estudos
controlados por placebo de curto prazo (6 semanas) em pacientes
adultos (idade média de 38,4 anos, intervalo de 18-72) que
atenderam aos critérios do DSM-IV para esquizofrenia. Um grupo de
controle ativo (olanzapina ou quetiapina XR) foi incluído nos dois
estudos (D1050231 e D1050233) para avaliar a sensibilidade do
ensaio.

Vários instrumentos foram usados para avaliar os sinais
e sintomas psiquiátricos nesses estudos:

  • Escala de Síndrome Positiva e Negativa (PANSS) é um inventário
    de múltiplos itens de psicopatologia geral usado para avaliar os
    efeitos do tratamento medicamentoso na esquizofrenia. As pontuações
    totais na PANSS podem variar de 30 a 210;
  • Escala Breve de Classificação Psiquiátrica derivada (BPRSd),
    derivada da PANSS, é um inventário de múltiplos itens que se
    concentra principalmente nos sintomas positivos da esquizofrenia,
    enquanto a PANSS inclui uma variedade maior de sintomas positivos,
    negativos e outros da esquizofrenia. As pontuações na BPRSd podem
    variar de 18 a 126;
  • A escala de gravidade da Impressão Clínica Global (CGI-S) é uma
    escala validada classificada pelo médico que mensura o estado de
    doença atual do indivíduo em uma escala de 1 a 7 pontos.

O desfecho associado a cada instrumento é a alteração do Período
Basal na pontuação total até o fim da Semana 6. Essas alterações
são então comparadas às alterações do placebo nos grupos com
medicamento e controle.

A seguir, os resultados dos estudos (Tabela
1):

  • Em um estudo controlado por placebo de 6 semanas (N=145)
    envolvendo duas doses fixas da Cloridrato de Lurasidona (substância
    ativa) (40 ou 120 mg/dia), ambas as doses no Desfecho foram
    superiores ao placebo na pontuação total da BPRSd e na CGI-S. As
    médias de pontuações BPRSd (SD) para o período basalforam: placebo
    54,4 (8,3), Cloridrato de Lurasidona (substância ativa) 40 mg 54,6
    (9,1), Cloridrato de Lurasidona (substância ativa) 120 mg 52,5
    (7,6). As médias de pontuações CGI-S (SD) para o período basal
    foram: placebo 4,7 (0,7), Cloridrato de Lurasidona (substância
    ativa) 40 mg 4,8 (0,7), Cloridrato de Lurasidona (substância ativa)
    120 mg 4,7 (0,6);
  • Em um estudo controlado por placebo de 6 semanas (N=180)
    envolvendo uma dose fixa da Cloridrato de Lurasidona (substância
    ativa) (80 mg/dia), a Cloridrato de Lurasidona (substância ativa)
    no Desfecho foi superior ao placebo na pontuação total da BPRSd e
    na CGI-S. As médias de pontuações BPRSd (SD) para o período basal
    foram placebo 56,1 (6,84), Cloridrato de Lurasidona
    (substância ativa) 80 mg 55,1 (5,95). As médias de pontuações CGI-S
    (SD) para o período basal foram placebo 4,8 (0,7), Cloridrato
    de Lurasidona (substância ativa) 80 mg 4,8 (0,7);
  • Em um estudo controlado por placebo e por medicamento ativo de
    6 semanas (N=473) envolvendo duas doses fixas da Cloridrato de
    Lurasidona (substância ativa) (40 ou 120 mg/dia) e um controle
    ativo (olanzapina), ambas as doses da Cloridrato de Lurasidona
    (substância ativa) e o controle ativo no Desfecho foram superiores
    ao placebo na pontuação total na PANSS e na CGIS. As médias de
    pontuações PANSS (SD) para o período basal foram placebo 95,8
    (10,8), Cloridrato de Lurasidona (substância ativa) 40 mg 96,6
    (10,7), Cloridrato de Lurasidona (substância ativa) 120 mg 97,9
    (11,3). As médias de pontuações CGI-S (SD) para o período basal
    foram: placebo 4,9 (0,7), Cloridrato de Lurasidona (substância
    ativa) 40 mg 5,0 (0,7), Cloridrato de Lurasidona (substância ativa)
    120 mg 5,0 (0,6);
  • Em um estudo controlado por placebo de 6 semanas (N=489)
    envolvendo três doses fixas da Cloridrato de Lurasidona (substância
    ativa) (40, 80 ou 120 mg/dia), apenas a dose de 80 mg/dia de
    Cloridrato de Lurasidona (substância ativa) no Desfecho foi
    superior ao placebo na pontuação total na PANSS e na CGI-S. As
    médias de pontuações PANSS (SD) para o período basal foram placebo
    96,8 (11,1), Cloridrato de Lurasidona (substância ativa) 40 mg 96,5
    (11,5), Cloridrato de Lurasidona (substância ativa) 80 mg 96,0
    (10,8), Cloridrato de Lurasidona (substância ativa) 120 mg 96,0
    (9,7). As médias de pontuações CGI-S (SD) para o período basal
    foram placebo 4,9 (0,6), Cloridrato de Lurasidona (substância
    ativa) 40 mg 5,0 (0,7), Cloridrato de Lurasidona (substância ativa)
    80 mg 4,9 (0,6), Cloridrato de Lurasidona (substância ativa) 120 mg
    4,9 (0,6);
  • Em um estudo controlado por placebo e por medicamento ativo de
    6 semanas (N=482) envolvendo duas doses fixas de Cloridrato de
    Lurasidona (substância ativa) (80 ou 160 mg/dia) e um controle
    ativo (quetiapina XR), ambas as doses da Cloridrato de Lurasidona
    (substância ativa) e o controle ativo no Desfecho foram superiores
    ao placebo na pontuação total na PANSS e na CGI-S. As médias de
    pontuações PANSS (SD) para o período basal foram placebo 96,6
    (10,2), Cloridrato de Lurasidona (substância ativa) 80 mg 97,7
    (9,7), Cloridrato de Lurasidona (substância ativa) 160 mg 97,5
    (11,8). As médias de pontuações CGI-S (SD) para o período basal
    foram placebo 4,9 (0,5), Cloridrato de Lurasidona (substância
    ativa) 80 mg 5,0 (0,5), Cloridrato de Lurasidona (substância ativa)
    160 mg 5,0 (0,6).

Tabela 1 – Resultados primários de eficácia para os
estudos em esquizofrenia (Pontuações na BPRSd ou na
PANSS):

DP:

desvio-padrão; EP: erro-padrão; Média por LS: média por mínimos
quadrados; IC: intervalo de confiança, não ajustado para
comparações múltiplas.
a Diferença (medicamento menos placebo) da alteração
média por mínimos quadrados em relação ao Período Basal.
b Incluída para a sensibilidade do ensaio.
* Doses significativamente superiores do ponto de vista estatístico
ao placebo.

A avaliação dos subgrupos de população com base em idade (houve
poucos pacientes acima de 65), sexo e raça não revelou nenhuma
evidência clara de responsividade diferencial.

Estudos de Longo Prazo

A eficácia da Cloridrato de Lurasidona (substância ativa) no
tratamento de longo prazo da esquizofrenia foi estabelecida em dois
estudos em pacientes adultos.

Um estudo foi de retirada, duplo-cego, controlado por placebo e
randomizado em pacientes de 18 a 75 anos, inclusive, que
apresentavam um episódio agudo da esquizofrenia – 676
pacientes entraram na fase de estabilização com a Cloridrato de
Lurasidona (substância ativa) em regime aberto (mínimo de 12
semanas e máximo de 24 semanas); 285 pacientes completaram a fase
aberta, atenderam aos critérios para estabilidade clínica e foram
randomizados na fase duplo-cega (máximo de 28 semanas) em que
receberam Cloridrato de Lurasidona (substância ativa) 40 ou 80
mg/dia ou placebo. Os pacientes tratados com a Cloridrato de
Lurasidona (substância ativa) apresentaram um tempo para
recorrência significativamente mais longo do ponto de vista
estatístico do que os que receberam o placebo.

O outro estudo foi de 12 meses, duplo-cego, de grupos paralelos
e controlado por medicamento ativo (quetiapina XR) em pacientes com
esquizofrenia, com 18 a 75 anos de idade, inclusive. No total, 218
pacientes que receberam doses flexíveis de Cloridrato de Lurasidona
(substância ativa) (40, 80, 120 ou 160 mg/dia) ou quetiapina XR
(200, 400, 600 ou 800 mg/dia) foram incluídos na análise de não
inferioridade. A Cloridrato de Lurasidona (substância ativa)
demonstrou ser não inferior à quetiapina XR no tempo para
recorrência.

Depressão Bipolar

Estudos de Curto Prazo

Monoterapia:

A eficácia da Cloridrato de Lurasidona (substância ativa), em
monoterapia, foi estabelecida no Estudo D1050236 de 6 semanas,
randomizado, duplo-cego e controlado por placebo de pacientes
adultos (idade média de 41,5 anos, intervalo de 18 a 74) que
atenderam aos critérios do DSM-IV-TR para episódios depressivos
associados ao transtorno bipolar I, com ou sem ciclagem rápida, e
sem características psicóticas.

Os pacientes foram randomizados para dose flexível de Cloridrato
de Lurasidona (substância ativa) 20 a 60 mg/dia, Cloridrato de
Lurasidona (substância ativa) 80 a 120 mg/dia ou placebo.

A média da pontuação total MADRS (SD) para o período basal foi:
grupo que recebeu Cloridrato de Lurasidona (substância ativa) 20 a
60 mg/dia 30,3 (5,02), grupo que recebeu Cloridrato de Lurasidona
(substância ativa) 80 a 120 mg/dia 30,6 (4,93) e grupo placebo 30,5
(4,95). A média da pontuação total CGI-S-BP-S para o período basal
foi: grupo que recebeu Cloridrato de Lurasidona (substância ativa)
20 a 60 mg/dia 4,52 (0,623), grupo que recebeu Cloridrato de
Lurasidona (substância ativa) 80 a 120 mg/dia 4,55 (0,641) e grupo
placebo 4,48 (0,613).

O instrumento de classificação primária usado para avaliar os
sintomas depressivos nesse estudo foi a Escala de Classificação da
Depressão de Montgomery-Asberg (MADRS), uma escala de 10 itens
classificada pelo médico com pontuações totais que variaram de 0
(sem características depressivas) a 60 (pontuação máxima). O
desfecho primário foi a alteração média em relação ao Período Basal
da pontuação total na MADRS na Semana 6. O principal instrumento
secundário foi a escala da Gravidade da Doença na Impressão Clínica
Global-Bipolar (CGI-BP-S), uma escala classificada pelo médico que
mensura o estado atual da doença do paciente em uma escala de 7
pontos, onde uma pontuação mais elevada está associada a uma maior
gravidade da doença.

Para ambos os grupos de dose, a Cloridrato de Lurasidona
(substância ativa) foi superior ao placebo na redução das
pontuações na MADRS e na CGI-BP-S na Semana 6 (Tabela 2). Também
foi observada melhora significativa em comparação ao placebo em
ambos os grupos de dose da Cloridrato de Lurasidona (substância
ativa) na qualidade de vida e satisfação global relacionada a
diversas áreas de funcionamento, conforme mensurado utilizando o
Q-LES-Q (SF).

Terapia Adjuvante:

A eficácia da Cloridrato de Lurasidona (substância ativa), em
terapia adjuvante a lítio ou valproato, foi estabelecida no Estudo
D1050235 de 6 semanas, randomizado, duplo-cego e controlado por
placebo de pacientes adultos (idade média de 41,7 anos, intervalo
de 18 a 72) que atenderam aos critérios do DSM-IV-TR para episódios
depressivos associados ao transtorno bipolar I, com ou sem ciclagem
rápida, e sem características psicóticas (N=340). Os pacientes que
continuaram sintomáticos após o tratamento com lítio ou valproato
foram randomizados para dose flexível de Cloridrato de Lurasidona
(substância ativa) 20 a 120 mg/dia ou placebo. A média da pontuação
total MADRS (SD) para o período basal foi Cloridrato de
Lurasidona (substânciaativa) 30,6 (5,30) e placebo 30,8 (4,81). A
média da pontuação total CGI-S-BP-S – Cloridrato de Lurasidona
(substância ativa) 4,47 (0,648) e placebo 4,60 (0,625). O
instrumento de classificação primária usado para avaliar os
sintomas depressivos neste estudo foi a MADRS. O desfecho primário
foi a alteração média em relação ao Período Basal da pontuação
total na MADRS na Semana 6. O principal instrumento secundário foi
a escala CGI-BP-S.

A Cloridrato de Lurasidona (substância ativa) foi superior ao
placebo na redução das pontuações na MADRS e na CGIBP-S como
terapia adjuvante a lítio ou valproato na Semana 6 (Tabela 2).
Também foi observada melhora significativa em comparação ao placebo
em ambos os grupos de dose da Cloridrato de Lurasidona (substância
ativa) na qualidade de vida e satisfação global relacionada a
diversas áreas de funcionamento, conforme mensurado utilizando o
Q-LES-Q (SF).

Tabela 2 – Resumo dos resultados de eficácia para
desfechos primários e secundários principais nos estudos de
depressão bipolar:

* Valor de p ajustado para multiplicidade ≤0,01 em comparação ao
grupo placebo
a Média por Mínimos Quadrados (Erro-Padrão).

Alterações do ECG

Foram feitas mensurações de eletrocardiograma (ECG) em pontos de
tempo variados durante o programa de estudos clínicos da Cloridrato
de Lurasidona (substância ativa). Não foram relatados
prolongamentos do QT pós-Período Basal que excederam 500 ms nos
pacientes tratados com a Cloridrato de Lurasidona (substância
ativa). Em um subgrupo de pacientes definidos como com risco
cardíaco aumentado, não foram observadas alterações potencialmente
importantes dos parâmetros de ECG. Nenhum caso de Torsade de
Pointes
ou outra arritmia cardíaca grave foi observado no
programa clínico pré-comercialização.

Os efeitos da Cloridrato de Lurasidona (substância ativa) sobre
o intervalo QT/QTc foram avaliados em um estudo QT exclusivo
envolvendo 66 pacientes clinicamente estáveis com esquizofrenia ou
transtorno esquizoafetivo, que foram tratados com doses de
Cloridrato de Lurasidona (substância ativa) 120 mg por dia, 600 mg
por dia ou ziprasidona 160 mg por dia. Avaliações
eletrocardiográficas derivadas do monitor Holter foram obtidas
durante um período de oito horas no Período Basal e no estado de
equilíbrio. Nenhum paciente tratado com a Cloridrato de Lurasidona
(substância ativa) apresentou aumentos do QTc gt; 60 ms em relação
ao Período Basal nem QTc gt; 500 ms.

Características Farmacológicas


Propriedades farmacodinâmicas

Há a possibilidade de que a eficácia da Cloridrato de Lurasidona
(substância ativa) em esquizofrenia seria mediada por uma
combinação de antagonismo de receptor dopaminérgico Tipo 2 (D2)
central e serotoninérgico Tipo 2 (5HT2A).

Os estudos de ligação a receptor in vitro revelaram que
a Cloridrato de Lurasidona (substância ativa) é um antagonista com
alta afinidade pelos receptores dopaminérgicos D2 (Ki = 0,994 nM) e
receptores da 5 hidroxitriptamina (5-HT, serotonina) 5-HT2A (Ki =
0,47 nM) e 5-HT7 (Ki = 0,495 nM), um antagonista com afinidade
moderada pelos receptores adrenérgicos α2C (Ki = 10,8 nM), um
agonista parcial dos receptores serotoninérgicos 5-HT1A (Ki = 6,38
nM), um antagonista nos receptores adrenérgicos α2A (Ki = 40,7 nM)
e α1 (Ki = 47,9 nM).

Cloridrato de Lurasidona (substância ativa) apresenta pouca ou
nenhuma afinidade pelos receptores histaminérgico H1 e muscarínico
M1 (CI50 gt;1.000 nM).

Propriedades farmacocinéticas

Adultos

A atividade da Cloridrato de Lurasidona (substância ativa)
decorre principalmente do fármaco-mãe. A farmacocinética da
Cloridrato de Lurasidona (substância ativa) é proporcional à dose
no intervalo de dose diária total de 20 mg a 160 mg. As
concentrações da Cloridrato de Lurasidona (substância ativa) no
estado de equilíbrio são atingidas em um prazo de 7 dias do início
da administração de Cloridrato de Lurasidona (substância
ativa).

Após a administração de 40 mg, a meia-vida de eliminação média
(%CV) foi de 18 (+7) horas.

Absorção e Distribuição

A Cloridrato de Lurasidona (substância ativa) é absorvida e
atinge as concentrações séricas máximas em aproximadamente 1-3
horas. Estima-se que 9-19% da dose administrada seja absorvida.
Após a administração de 40 mg, o volume de distribuição aparente
médio (%CV) foi de 6.173 (17,2) L. A Cloridrato de Lurasidona
(substância ativa) apresenta alta taxa de ligação a proteínas
séricas (~99%).

Em um estudo de avaliação do efeito dos alimentos na
administração, a Cmáx e a AUC médias da Cloridrato de
Lurasidona (substância ativa) aumentaram aproximadamente 3 e 2
vezes, respectivamente, quando administrada com alimentos em
comparação aos níveis observados em jejum. A exposição à Cloridrato
de Lurasidona (substância ativa) não foi afetada conforme o tamanho
da refeição foi aumentado de 350 para 1.000 calorias e foi
independente do teor de gordura da refeição.

Nos estudos clínicos que estabeleceram a segurança e a eficácia
da Cloridrato de Lurasidona (substância ativa), os pacientes foram
orientados a tomar a sua dose diária junto com alimentos.

Metabolismo e Eliminação

A Cloridrato de Lurasidona (substância ativa) é metabolizada
principalmente pela CYP3A4. As principais vias de biotransformação
são a N-desalquilação oxidativa, a hidroxilação do anel norbornano
e a S-oxidação. A Cloridrato de Lurasidona (substância ativa) é
metabolizada em dois metabólitos ativos (ID 14283 e ID-14326) e
dois metabólitos não ativos principais (ID-20219 e ID-20220).

A excreção total da radioatividade na urina e nas fezes
combinadas foi de 89%, com cerca de 80% recuperada nas fezes e 9%
na urina, após uma dose única da Cloridrato de Lurasidona
(substância ativa) marcada com [Isotiazolil-14C]. A excreção total
da radioatividade na urina e nas fezes combinadas foi de
aproximadamente 86%, com cerca de 67% recuperada nas fezes e 19% na
urina, após uma dose única da Cloridrato de Lurasidona (substância
ativa) marcada com [Carbonil-14C].

Após a administração de 40 mg, a depuração aparente média (%CV)
foi de 3.902 (+18,0) mL/min.

Proteínas transportadoras

A Cloridrato de Lurasidona (substância ativa) não é um substrato
da P-gp, BCRP, OATP1B1 ou OATP1B3. Não é de se esperar que a
Cloridrato de Lurasidona (substância ativa) iniba os
transportadores P-gp, BCRP, OATP1B1, OATP1B3, OCT1, OCT2, OAT1,
OAT3, MATE1, MATE2- K e BSEP em concentrações clinicamente
relevantes.

Cuidados de Armazenamento do Latuda

Guarde os comprimidos de Latuda® em temperatura
ambiente (15 – 30°C).

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características do medicamento

Latuda® 20 mg

É um comprimido revestido redondo, de cor branca ou
esbranquiçada, com a inscrição “L20” em baixo relevo.

Latuda® 40 mg

É um comprimido revestido redondo, de cor branca ou
esbranquiçada, com a inscrição “L40” em baixo relevo.

Latuda® 80 mg

É um comprimido revestido oval, de cor verde clara, com a
inscrição “L80” em baixo relevo.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja dentro do prazo de validade e você observe alguma
mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se ainda
poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Latuda

Registro MS – 1.0454.0184

Farm. Resp.:

Eduardo Mascari Tozzi
CRF-SP nº 38.995

Fabricado por:

Bushu Pharmaceuticals Ltd.
Saitama, Japão

Importado, embalado e comercializado por:

Daiichi Sankyo Brasil Farmacêutica LTDA.
Alameda Xingu, 766 Alphaville
Barueri – SP
CNPJ 60.874.187/0001-84

SAC:

08000-556596

Venda sob prescrição. Só pode ser vendido com retenção
da prescrição.

Latuda, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.