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Lamictal

Lamictal é usado para tratar crises epiléticas convulsivas
parciais e crises generalizadas. Previne também os episódios de
alteração do humor, especialmente episódios depressivos, em
pacientes adultos com transtorno bipolar.

Comprimidos

A lamotrigina, substância presente em Lamictal, é uma droga
antiepilética (DAE), usada no tratamento de crises convulsivas
parciais e crises generalizadas. Pode ser instituído como
monoterapia (única droga do tratamento) ou em terapia combinada
(associado a outras drogas antiepiléticas).

Como o Lamictal funciona?


Comprimidos dispersíveis

Os resultados de estudos farmacológicos sugerem que a
lamotrigina, principal substância presente em Lamictal, age nas
células nervosas, inibindo a liberação de substâncias capazes de
provocar ataques epiléticos.

Comprimidos

Os resultados de estudos farmacológicos sugerem que a
lamotrigina age nas células nervosas inibindo a liberação de
substâncias capazes de provocar crises epiléticas
(convulsivas).

A dose a ser utilizada de lamotrigina é aumentada gradualmente
até atingir uma resposta adequada. Esse processo pode levar até
cinco semanas. A partir daí, você começa a utilizar a dose de
manutenção. Sendo assim, Lamictal leva cerca de 33 dias para que a
dose de manutenção atinja níveis ótimos no organismo.

Porém, isto pode variar dependendo da idade ou caso você utilize
alguns medicamentos que possam interferir na ação de Lamictal.

Contraindicação do Lamictal

Você não deve tomar Lamictal caso tenha hipersensibilidade
(alergia) conhecida a qualquer componente da fórmula. Crianças com
menos de 2 anos de idade também não devem usar Lamictal.

Exclusivo Comprimidos dispersíveis

Este medicamento é contraindicado para crianças com
menos de 2 anos de idade.

Exclusivo Comprimidos

Este medicamento é contraindicado para menores de 12
anos.

Como usar o Lamictal

Sempre utilize Lamictal conforme a orientação do seu médico. Se
você não tiver certeza sobre como utilizá-lo pergunte ao seu
médico.

Pode demorar um pouco para seu médico encontrar a melhor dose de
Lamictal comprimido dispersível para você.

A dose vai depender de alguns fatores, tais
como:

  • Sua idade e peso;
  • Se você estiver tomando Lamictal com outros medicamentos;
  • Se você tiver alguma doença renal ou problema de fígado.

O seu médico irá prescrever uma dose baixa para iniciar o
tratamento e aumentar gradualmente durante algumas semanas até
atingir a dose que funciona para você (dose efetiva usual). Nunca
tome mais Lamictal comprimido dispersível do que o seu médico lhe
prescreveu.

Tome a dose de Lamictal uma ou duas vezes por dia conforme
recomendado pelo seu médico. O medicamento pode ser tomado com ou
sem alimentos.

O seu médico pode solicitar que você inicie ou pare de utilizar
algum medicamento dependendo da sua condição e da maneira que você
responde ao o tratamento.

Exclusivo Comprimido dispersíveis

Lamictal comprimido dispersível pode ser mastigado, disperso
(dissolvido) em um pequeno volume de água (no mínimo, a quantidade
suficiente para cobrir o comprimido) ou engolido inteiro com um
pouco de água.

Lamictal comprimido dispersível não deve ser partido ou
fracionado (dividido). A dose a ser administrada deve ser igual ao
menor número de comprimidos inteiros. Não há problema em ingerir
Lamictal junto com alimentos.

Exclusivo Comprimido

Lamictal deve ser engolido inteiro, com o auxílio de um copo com
água. Não quebre, mastigue ou esmage os comprimidos de
Lamictal.

Tome sempre a dose total que o seu médico receitou. Nunca tome
apenas uma parte de um comprimido.

Posologia do Lamictal 


Comprimidos dispersíveis

Epilepsia

Adultos e adolescentes a partir de 12 anos de
idade

A dose efetiva usual de Lamictal comprimido dispersível está
entre 100 mg e 700 mg por dia.

Crianças de 2 a 12 anos de idade

A dose efetiva usual de Lamictal comprimido dispersível depende
do peso corporal da criança. Geralmente está entre 1 mg e 10 mg por
cada quilograma de peso da criança, até um máximo de 400 mg por
dia.

Transtorno bipolar

Adultos a partir de 18 anos de idade

A dose efetiva usual de Lamictal comprimido dispersível está
entre 100 mg e 400 mg por dia.

Crianças e adolescentes com 18 anos de idade ou
menos

Lamictal não é recomendado para pacientes com 18 anos de idade
ou menos.

Tome a dose de Lamictal uma ou duas vezes por dia conforme
recomendado pelo seu médico. O medicamento pode ser tomado com ou
sem alimentos.

O seu médico pode solicitar que você inicie ou pare de utilizar
algum medicamento dependendo da sua condição e da maneira que você
responde ao o tratamento.

Lamictal comprimido dispersível pode ser mastigado, disperso
(dissolvido) em um pequeno volume de água (no mínimo, a quantidade
suficiente para cobrir o comprimido) ou engolido inteiro com um
pouco de água.

Lamictal comprimido dispersível não deve ser partido ou
fracionado (dividido). A dose a ser administrada deve ser igual ao
menor número de comprimidos inteiros.

Não há problema em ingerir Lamictal junto com
alimentos.

Comprimidos

Epilepsia

Adultos e adolescentes com mais de 12 anos de
idade

A dose efetiva usual de Lamictal comprimido está entre 100 mg e
700 mg por dia.

Tome a dose de Lamictal uma ou duas vezes por dia conforme
recomendado pelo seu médico. O medicamento pode ser tomado com ou
sem alimentos.

O seu médico pode solicitar que você inicie ou pare de utilizar
algum medicamento dependendo da sua condição e da maneira que você
responde ao tratamento.

Lamictal deve ser engolido inteiro, com o auxílio de um
copo com água. Não quebre, mastigue ou esmague-os comprimidos de
Lamictal.

Tome sempre a dose total que o seu médico receitou. Nunca tome
apenas uma parte de um comprimido.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu
médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Lamictal?


Caso você se esqueça de tomar uma única dose, tome assim que
você se lembrar, a menos que a próxima dose deva ser tomada em
menos de 4 horas. Nesse caso, não tome a dose que você esqueceu e
tome a dose seguinte no horário normal. Nunca tome duas doses ao
mesmo tempo.

Caso haja necessidade de você parar de tomar Lamictal, isso deve
ser feito de modo gradual. A retirada de Lamictal não está
associada com sinais ou sintomas de abstinência.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico ou cirurgião-dentista.

Precauções do Lamictal

Antes de tomar Lamictal comprimido dispersível seu
médico precisa saber:

  • Se você tiver qualquer problema nos rins ou fígado.
  • Se você já desenvolveu uma erupção cutânea depois de tomar
    lamotrigina ou outro medicamento para tratamento do transtorno
    bipolar ou da epilepsia.
  • Se você já desenvolveu meningite depois de utilizar lamotrigina
    (veja a descrição dos sintomas na seção 8 desta bula).
  • Se você estiver utilizando outro medicamento que contém
    lamotrigina.

Informe o seu médico se alguma das situações acima se aplicar a
você. Seu médico pode considerar diminuir a dose.

Erupções cutâneas (exantema)

Existem relatos de reações adversas na pele que geralmente têm
ocorrido nas primeiras oito semanas após o início do tratamento com
Lamictal. A maioria das erupções cutâneas (exantema) é leve. No
entanto, foram relatados casos em que houve a necessidade de
interrupção do tratamento com Lamictal.

Todos os pacientes (adultos e crianças) que desenvolverem essas
reações devem ser rapidamente avaliados pelo médico, e o uso de
Lamictal, descontinuado, a menos que a reação se mostre claramente
não relacionada ao medicamento. É recomendado que Lamictal não seja
reiniciado caso a terapia tenha sido suspensa por ter ocorrido
exantema no tratamento anterior com Lamictal, a menos que o
benefício se sobreponha ao risco.

Risco de suicídio

Sintomas de depressão e/ou transtorno bipolar podem ocorrer em
pacientes com epilepsia, e existem evidências de que os pacientes
com epilepsia e transtorno bipolar apresentam risco elevado para
suicidalidade. Portanto, se você utiliza ou cuida de algum paciente
que utiliza Lamictal, procure o médico caso apareçam sinais de
ideação ou comportamento suicidas.

Linfoistiocitose hemofagocítica (HLH)

A HLH foi observada em pacientes que fazem o uso de Lamictal. A
HLH é uma síndrome de ativação imune patológica, que pode ser
fatal, caracterizada por sinais e sintomas clínicos como febre,
erupção cutânea (rash), sintomas neurológicos, aumento do
tamanho do fígado e do baço (hepatoesplenomegalia), alteração no
tamanho e na consistência dos gânglios linfáticos (linfadenopatia),
redução do número de um determinado grupo de células sanguíneas
(citopenias), alta concentração da enzima hepática ferritina,
níveis elevados de triglicérides (hipertrigliceridemia) e
anormalidades da função hepática e coagulação. Os sintomas ocorrem
geralmente dentro de 4 semanas após o início do tratamento.

Se você utiliza Lamictal procure o médico caso ocorra o
aparecimento dos sinais descritos acima.

Transtorno bipolar

Observe quaisquer sinais de agravamento e/ou desenvolvimento de
novos sintomas, surgimento de ideia/comportamento suicida ou ideia
de ferir a si mesmo. Caso você use ou cuide de algum paciente que
use Lamictal e observe um destes sinais, procure assistência médica
imediatamente.

Contraceptivos hormonais

Informe seu médico se você faz uso de algum contraceptivo
hormonal (medicamento utilizado para evitar gravidez).

Os médicos devem garantir acompanhamento clínico apropriado à
mulher que comece ou pare de tomar contraceptivos hormonais durante
o tratamento com Lamictal, uma vez que ajustes na dose da
lamotrigina serão necessários na maioria dos casos.

Em caso de alteração no ciclo menstrual, como
sangramentos entre os períodos, informe seu médico.

Substratos do transportador catiônico orgânico 2 (OCT
2)

Lamictal é um inibidor da secreção tubular renal via proteínas
OCT 2 e a coadministração com medicamentos excretados por esta via
pode resultar em aumento dos níveis plasmáticos destas drogas (ex:
dofetilida).

Diidrofolato Redutase

Lamictal é um fraco inibidor de diidrofolato-redutase. Portanto,
há possibilidade de interferência com o metabolismo do folato
durante tratamentos prolongados.

Insuficiência Renal

Em estudos com dose única, em pacientes com insuficiência renal
terminal, as concentrações plasmáticas de lamotrigina não foram
significativamente alteradas.

Pacientes sendo tratados com outras formulações contendo
lamotrigina

Lamictal não deve ser administrado a pacientes que estejam sendo
tratados com outras formulações contendo lamotrigina sem
recomendação médica.

Síndrome de Brugada

Informe seu médico caso você seja portador da Síndrome de
Brugada. Deve-se ter cautela com o uso de Lamictal.

Epilepsia

Não interrompa o uso de Lamictal, pois isso pode provocar crises
epiléticas. Converse com seu médico para que ele lhe forneça as
orientações adequadas.

Reações Adversas do Lamictal

As reações adversas identificadas a partir de dados de estudos
clínicos de epilepsia e transtorno bipolar foram divididas em duas
seções específicas.

Reações adversas adicionais identificadas a partir de dados de
vigilância póscomercialização para as duas indicações estão
incluídas na seção Dados Pós-Comercialização. Todas as seções devem
ser consultadas ao considerar o perfil de segurança global de
Lamictal.

Epilepsia

As reações adversas a seguir foram identificadas durante estudos
clínicos para epilepsia e devem ser consideradas junto às
observadas nos estudos clínicos para disordem bipolar e nos dados
de pós-comercialização para um perfil de segurança global de
Lamictal.

Reações muito comuns (ocorrem em mais de 10% dos
pacientes que utilizam este medicamento)

Dor de cabeça, erupções cutâneas (exantema).

Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Agressividade, irritabilidade, cansaço, sonolência, insônia,
tontura, tremor, enjoo, vômito, diarreia.

Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes
que utilizam este medicamento)

Ataxia (falta de coordenação dos movimentos musculares),
diplopia (visão dupla), visão turva.

Reações raras (ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes
que utilizam este medicamento)

Síndrome de Stevens-Johnson.

Reações muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos
pacientes que utilizam este medicamento)

  • Necrólise epidérmica tóxica (uma forma grave de erupção na
    pele);
  • Anormalidades hematológicas (alterações no exame de
    sangue);
  • Síndrome de hipersensibilidade (incluindo sintomas como febre,
    linfadenopatia, edema facial, anormalidades sanguíneas e do fígado,
    coagulação intravascular disseminada (CID), insuficiência múltipla
    de órgãos);
  • Tiques, alucinações, confusão;
  • Testes de função hepática aumentados (alteração nos exames do
    fígado), disfunção hepática, insuficiência hepática;
  • Reações semelhantes ao lúpus.

Transtorno Bipolar

As reações adversas a seguir foram identificadas durante estudos
clínicos para disordem bipolar e devem ser consideradas junto às
observadas nos estudos clínicos para epilepsia e nos dados de
pós-comercialização para um perfil de segurança global de
Lamictal.

Reações muito comuns (ocorrem em 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Erupções na pele (exantema), dor de cabeça.

Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Agitação, sonolência,vertigem (tontura), artralgia (dor nas
articulações), dor, dor lombar.

Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Síndrome de Stevens Johnson. 

Dados Pós-Comercialização

Esta seção inclui as reações adversas identificadas durante
vigilância pós-comercialização para ambas as indicações.

Estas devem ser consideradas junto às observadas nos estudos
clínicos para disordem bipolar e epilepsia para um perfil de
segurança global de Lamictal.

Reações muito comuns (ocorrem em mais de 10% dos
pacientes que utilizam este medicamento)

  • Sonolência;
  • Ataxia (falta de coordenação dos movimentos musculares);
  • Vertigem (impressão de que tudo gira), dor de cabeça;
  • Diplopia (visão dupla), visão turva;
  • Enjoo, vômito.

Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Nistagmo (movimento involuntário dos olhos), tremor, insônia,
diarreia.

Reações raras (ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes
que utilizam este medicamento)

  • Queda de cabelo;
  • Meningite asséptica, uma inflamação nas membranas que cobrem o
    cérebro e a medula espinhal. Os principais sintomas são febre,
    enjoo, vômito, dor de cabeça, rigidez na nuca e extrema
    sensibilidade à luz;
  • Conjuntivite.

Reações muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos
pacientes que utilizam este medicamento)

  • Agitação;
  • Inconstância;
  • Distúrbios do movimento;
  • Piora da doença de Parkinson, movimentos involuntários;
  • Aumento na frequência das convulsões, pesadelos;
  • Linfoistiocitose hemofagocítica (HLH).

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Lamictal

Gravidez e lactação

Lamictal não deve ser usado durante a gravidez, a menos que, na
opinião do médico, o benefício potencial para a mãe justifique
qualquer possível risco ao desenvolvimento do feto. Informe seu
médico a ocorrência de gravidez durante o tratamento ou logo após
seu término. Informe seu médico se você está amamentando.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Efeitos na capacidade de dirigir veículos e operar
máquinas

Existem dados disponíveis sugerindo que Lamictal pode
influenciar a capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas.
Portanto, se você estiver utilizando Lamictal, consulte seu médico
antes de iniciar essas atividades.

Composição do Lamictal

Apresentação

Comprimidos dispersíveis

Lamictal 5 mg, 25 mg, 50 mg, 100 mg e 200 mg comprimidos
dispersíveis são apresentados em embalagens contendo 30
comprimidos.

Uso oral.

Uso adulto e pediátrico (acima de 2 anos).

Comprimidos

Lamictal 25 mg, 50 mg e 100 mg são apresentados em embalagens
com 30 comprimidos.

Uso oral.

Uso adulto e pediátrico (acima de 12 anos).

Composição

Comprimidos dispersíveis

Cada comprimido dispersível de Lamictal 5 mg
contém:

5mg de Lamotrigina.

Cada comprimido dispersível de Lamictal 25 mg
contém:

25mg de Lamotrigina.

Cada comprimido dispersível de Lamictal 50 mg
contém:

50mg de Lamotrigina.

Cada comprimido dispersível de Lamictal 100 mg
contém:

100mg de Lamotrigina.

Cada comprimido dispersível de Lamictal 200 mg
contém:

200mg de Lamotrigina.

Excipientes:

carbonato de cálcio, hidroxipropilcelulose, silicato de alumínio
e magnésio, amidoglicolato de sódio, povidona, sacarina sódica,
aroma de groselha preta, estearato de magnésio, e água
purificada*.

*Eliminada durante o processo de fabricação.

Comprimidos

Cada comprimido de Lamictal 25 mg contém:

25mg de Lamotrigina.

Cada comprimido de Lamictal 50 mg contém:

50mg de Lamotrigina.

Cada comprimido de Lamictal 100 mg contém:

100mg de Lamotrigina.

Excipientes:

celulose microcristalina, óxido de ferro amarelo, lactose
monoidratada, estearato de magnésio, povidona, amidoglicolato de
sódio, água purificada* e álcool desnaturado industrial*.

*Removidos durante o processo de fabricação.

Superdosagem do Lamictal

Sinais e sintomas

Foi descrita a ingestão aguda de doses de até 10 a 20 vezes a
dose terapêutica máxima, incluído casos fatais. A superdose
resultou em sintomas que incluem nistagmo, falta de coordenação dos
movimentos (ataxia), inconsciência, epilepsia do tipo grande mal e
coma. Alargamento do QRS (atraso da condução intraventricular)
também tem sido observado em pacientes em overdose.

Tratamento

No caso de superdose, o paciente deve ser hospitalizado para
receber tratamento sintomático e de suporte apropriados, conforme
clinicamente indicado ou recomendado pelo Centro de Controle de
Intoxicação, onde estiver disponível.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Lamictal

Informe ao seu médico se você estiver utilizando, ou se utilizou
recentemente outros medicamentos, inclusive os medicamentos obtidos
sem prescrição médica.

Alguns medicamentos podem afetar o modo de ação de Lamictal ou
aumentar a probabilidade de efeitos colaterais.

Lamictal também podem afetar o modo de ação de alguns
medicamentos. Estes incluem:

  • Fenitoína, primidona ou fenobarbital, utilizados no tratamento
    da epilepsia;
  • Risperidona utilizada para tratamento de transtornos
    mentais;
  • Valproato e carbamazepina utilizados para tratar tanto
    epilepsia quanto os transtornos mentais;
  • Rifampicina (antibiótico);
  • Medicamentos utilizados para tratar a infecção por HIV
    (combinação de lopinavir e ritonavir ou atazanavir e
    ritonavir);
  • Hormônios contraceptivos e terapias de reposição hormonal
    (HRT).

Testes laboratoriais

Lamictal pode interferir no resultado de alguns testes
laboratoriais usados para detectar drogas na urina, podendo gerar
resultados falso positivo. Se você for realizar algum teste
laboratorial, avise ao seu médico, hospital ou laboratório que está
utilizando Lamictal.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento de seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Ação da Substância Lamictal

Resultados de Eficácia


Três estudos com nível de evidência A avaliaram a eficácia e
tolerabilidade da Lamotrigina (substância ativa) em pacientes
diagnosticados com epilepsia generalizada e parcial.
O primeiro destes estudos avaliou 260 pacientes que foram
randomizados para receber Lamotrigina (substância ativa) ou
carbamazepina. O resultado obtido para epilepsia parcial,
considerando pacientes livres de crises convulsivas no período
de 24 semanas após a titulação do tratamento, foi de 48% dos
pacientes tratados com Lamotrigina (substância ativa) e 51%
daqueles tratados com carbamazepina.

No grupo com epilepsia generalizada os resultados foram
respectivamente, 78% e 76%[1]. O segundo destes estudos utilizou
desenho semelhante, porém entre pacientes idosos e, à
semelhança do estudo anterior, não reportou diferenças de
eficácia significativas entre Lamotrigina (substância ativa) e
carbamazepina[2].

O terceiro estudo comparativo entre Lamotrigina (substância
ativa) e fenitoína com desenho semelhante aos anteriores
também não demonstrou diferença significativa entre os grupos com
relação ao controle das crises, com 43% dos pacientes no grupo
Lamotrigina (substância ativa) e 36% no grupo fenitoína
permanecendo livres de crises nas 24 semanas de
acompanhamento[3].

Referências:

[1] BRODIE, MJ. et al. Double-blind
comparison of lamotrigine and carbamazepine in newly diagnosed
epilepsy. UK Lamotrigine/Carbamazepine Monotherapy Trial Group.
Lancet, 345(8948): 476-479, 1995.
[2] BRODIE, MJ. et al. Multicentre, double-blind, randomised
comparison between lamotrigine and carbamazepine in elderly
patients with newly diagnosed epilepsy. The UK Lamotrigine Elderly
Study Group, 37(1):81-7, 1999.
[3] STEINER TJ. et al. Lamotrigine monotherapy in newly diagnosed
untreated epilepsy: a double-blind comparison with phenytoin.
Epilepsia, 40(5):601-7, 1999.

Características Farmacológicas


Propriedades farmacodinâmicas

Modo de ação

Os resultados de estudos farmacológicos sugerem que a
Lamotrigina (substância ativa) age nos canais de sódio sensíveis à
diferença de potencial (ddp), estabilizando as membranas neuronais
e inibindo a liberação de neurotransmissores, principalmente de
glutamato, um aminoácido excitatório que desempenha papel-chave no
desencadeamento de crises epiléticas.

Farmacodinâmica

Em testes destinados a avaliar os efeitos de drogas sobre o
sistema nervoso central, usando-se doses de 240mg de Lamotrigina
(substância ativa) administradas a voluntários adultos sadios, os
resultados não diferiram daqueles obtidos com o placebo, ao passo
que 1.000mg de fenitoína e 10mg de diazepam comprometeram
significativamente a boa coordenação motora visual e os movimentos
oculares, aumentaram a instabilidade corporal e produziram efeitos
sedativos subjetivos.

Em outro estudo, doses orais únicas de 600mg de carbamazepina
comprometeram significativamente a boa coordenação motora visual e
os movimentos oculares, ao mesmo tempo em que aumentaram a
instabilidade corporal e a frequência cardíaca, enquanto os
resultados com a Lamotrigina (substância ativa), em doses de 150mg
e 300mg, não diferiram daqueles com o placebo.

Propriedades farmacocinéticas

Absorção

A Lamotrigina (substância ativa) é rapidamente e completamente
absorvida pelo intestino, sem metabolismo significativo de primeira
passagem. O pico de concentração plasmática ocorre aproximadamente
2,5 horas após a administração oral da droga. O tempo necessário
para que se atinja a concentração máxima é discretamente retardado
após alimentação, porém a extensão da absorção não é afetada. O
perfil farmacocinético é linear até 450mg, a mais alta dose única
testada. Há variação considerável das concentrações máximas no
estado de equilíbrio entre indivíduos, mas, em um mesmo indivíduo,
esta concentração raramente varia.

Distribuição

A Lamotrigina (substância ativa) apresenta ligação de 55% às
proteínas plasmáticas, e é muito improvável que seu deslocamento
das proteínas resulte em toxicidade. Seu volume de distribuição é
de 0,92 a 1,22L/kg.

Metabolismo

UDP-glicuronil transferases têm sido identificadas como as
enzimas responsáveis pelo metabolismo da Lamotrigina (substância
ativa).

A Lamotrigina (substância ativa) induz discretamente seu próprio
metabolismo, dependendo da dose. Entretanto, não existem evidências
de que a Lamotrigina (substância ativa) afete a farmacocinética de
outras drogas antiepiléticas, e os dados sugerem que são pouco
prováveis as interações entre a Lamotrigina (substância ativa) e as
drogas metabolizadas pelas enzimas do citocromo P450.

Eliminação

O clearance (depuração) médio em adultos saudáveis, no
estado de equilíbrio, é de 39 ± 14mL/min. O clearance da
Lamotrigina (substância ativa) é primariamente metabólico, com
eliminação subsequente na urina do material conjugado com
glicuronídeo.

Menos de 10% da Lamotrigina (substância ativa) são excretados
pela urina na forma inalterada. Apenas 2% de substâncias
relacionadas à droga são excretados nas fezes.
clearance e a meia-vida são independentes da dose.
A meia-vida de eliminação média em adultos saudáveis é de 24 a
35 horas.

Em um estudo com indivíduos afetados pela Síndrome de Gilbert, o
clearance médio aparente foi reduzido em 32% quando
comparado com os controles normais. Porém, os valores estão
dentro da faixa da população em geral.

A meia-vida da Lamotrigina (substância ativa) é
significativamente afetada por medicação concomitante.

A meia-vida média é reduzida para aproximadamente 14 horas
quando a Lamotrigina (substância ativa) é administrada com drogas
indutoras de glicuronidação, tais como carbamazepina
e fenitoína, e é aumentada para uma média de aproximadamente
70 horas quando coadministrada com valproato.

Populações de pacientes especiais

Crianças

O clearance ajustado ao peso corporal é maior em
crianças do que em adultos, com valores mais altos em crianças
abaixo de 5 anos. A meia-vida da Lamotrigina (substância
ativa) é, geralmente, menor em crianças do que em adultos, com um
valor médio de aproximadamente 7 horas, quando administrada
juntamente com drogas indutoras enzimáticas, tais como
carbamazepina e fenitoína. A meia-vida da Lamotrigina (substância
ativa) é aumentada para um valor médio de 45 a 50 horas quando
coadministrada com valproato.

Idosos

Resultados da análise farmacocinética de uma população,
incluindo pacientes jovens e idosos com epilepsia envolvidos
nos mesmos testes, indicaram que o clearance da
Lamotrigina (substância ativa) não se altera de modo clinicamente
relevante. Após a administração de doses únicas isoladas, o
clearance aparente decresceu em 12%, de 35mL/min
em pacientes com 20 anos para 31mL/min em pacientes com 70
anos. O decréscimo após 48 semanas de tratamento foi de 10%,
de 41 para 37mL/min entre grupos jovens e idosos.

Adicionalmente, a farmacocinética da Lamotrigina (substância
ativa) foi estudada em 12 indivíduos idosos saudáveis, após dose
única de 150mg. O clearance médio nestes
idosos (0,39mL/min/kg) encontrou-se dentro da faixa dos
valores médios de clearance (0,31 a 0,65mL/min/kg)
obtidos em nove estudos com adultos não idosos depois de dose
única de 30 a 450mg.

Pacientes com insuficiência renal

Em estudo com 12 voluntários com insuficiência renal crônica e
outros seis indivíduos passando por hemodiálise em que cada um fez
uso de dose única de Lamotrigina (substância ativa) de 100mg, a
média do CL/F foi de 0,42mL/min/kg (insuficiência renal
crônica), 0,33mL/min/kg (entre as sessões de hemodiálise),
e 1,57mL/min/kg (durante a hemodiálise) comparada a
0,58mL/min/kg em voluntários sadios.

A média de meia-vida plasmática foi de 42,9 h (insuficiência
renal crônica), 57,4 h (entre as sessões de hemodiálise) e 13 h
(durante a hemodiálise), comparada a 26,2h em voluntários
sadios. Considerando a média, aproximadamente 20% (entre 5,6% e
35,1%) da quantidade de Lamotrigina (substância ativa)
presente no corpo foram eliminados durante quatro horas de
hemodiálise.

Para esta população, doses iniciais de Lamotrigina (substância
ativa) devem ser baseadas em pacientes em uso de drogas
antiepiléticas.

Doses reduzidas de manutenção podem ser efetivas para pacientes
com significativa falha da função renal.

Pacientes com insuficiência hepática

Um estudo farmacocinético com dose única envolveu 24 pacientes
com diferentes graus de insuficiência hepática e 12
indivíduos saudáveis como controle. O clearance
mediano aparente da Lamotrigina (substância ativa) foi 0,31; 0,24
ou 0,10mL/min/kg em pacientes com insuficiência hepática de grau A,
B ou C (Classificação Child-Pugh), respectivamente,
comparado a 0,34mL/min/kg nos indivíduos-controle saudáveis.
As doses iniciais, de escalonamento e manutenção geralmente devem
ser reduzidos em 50% em pacientes com insuficiência
hepática moderada (Child-Pugh B) e 75% na
insuficiência hepática grave (Child-Pugh C). O
escalonamento e a manutenção da dose devem ser ajustados de acordo
com a resposta clínica do paciente.

Cuidados de Armazenamento do Lamictal

Mantenha o produto em sua embalagem original, em temperatura
ambiente (entre 15ºC e 30°C) e protegido da luz e da umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características organolépticas

Comprimidos dispersíveis

Os comprimidos dispersíveis de Lamictal são brancos a quase
brancos marcados nos dois lados.

Comprimidos

O comprimido de Lamictal é marrom amarelado claro, marcado
nos dois lados.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Lamictal

MS: 1.0107.0006

Farm. Resp.:

Edinilson da Silva Oliveira
CRF-RJ Nº 18875.

Fabricado por:

GlaxoSmithKline Pharmaceuticals S.A.
189 Grunwaldzka Street, 60-322
Poznan – Polônia.

Embalado por:

Glaxo Wellcome México S.A de C.V.
Calzada México
Xochimilco Nº 4900, Col San Lorenzo Huipulco
México DF, C.P. 14370
México.

Registrado e Importado por:

GlaxoSmithKline Brasil Ltda.
Estrada dos Bandeirantes, 8.464 – Rio de Janeiro – RJ
CNPJ: 33.247.743/0001-10.

Venda sob prescrição médica.

Só pode ser vendido com retenção da
receita.

Lamictal, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.