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Kefazol

Como o Kefazol funciona?


Kefazol® é um antibacteriano da classe das
cefalosporinas. Em doses adequadas, promove a morte de bactérias. O
tempo para cura da infecção pode variar de dias a meses, dependendo
do local e do tipo de bactéria causadora da infecção e das
condições do paciente.

Contraindicação do Kefazol

Kefazol® não deve ser usado por pacientes com
histórico de reação alérgica a penicilinas, derivados da
penicilina, penicilamina e a outras cefalosporinas.

Como usar o Kefazol

Kefazol® é de uso injetável, portanto deve ser
administrado somente em serviços profissionais autorizados.

Kefazol® 1 g – Via Intramuscular

Reconstituição

Diluente

Lidocaína 0,5% ou água para injetáveis.

Volume

2,5 mL.

Após reconstituição, o produto tem volume final de
aproximadamente 3,2 mL e concentração de aproximadamente 312,5
mg/mL.

Aspecto da solução reconstituída

Solução incolor a amarela.

Estabilidade após reconstituição

Temperatura ambiente (15°C a 30°C) por 12 horas, protegido
da luz.

Refrigeração (2°C a 8°C) por 24 horas, protegido da luz.

Atenção:

como ocorre com outras cefalosporinas, a cor da solução
reconstituída de Kefazol® pode escurecer durante a
armazenagem, porém a potência do produto permanece inalterada.

Administração

Injetar em grande massa muscular. Em adultos, nas nádegas
(quadrante superior externo); em crianças, na face lateral da
coxa.

Atenção: 

o produto reconstituído com lidocaína 0,5% não pode ser
administrado por via intravenosa.

Kefazol® 1 g – Via Intravenosa
Direta

Reconstituição

Diluente

Água para injetáveis.

Volume

10 mL.

Após reconstituição, o produto tem volume final de
aproximadamente 10,6 mL e concentração de aproximadamente 94
mg/mL.

Aspecto da solução reconstituída

Solução incolor a amarela.

Estabilidade após reconstituição

Temperatura ambiente (15°C a 30°C) por 12 horas, protegido da
luz.

Refrigeração (2°C a 8°C) por 24 horas, protegido da luz.

Atenção:

como ocorre com outras cefalosporinas, a cor da solução
reconstituída de Kefazol® pode escurecer durante a
armazenagem, porém a potência do produto permanece inalterada.
Administração: injetar direto na veia durante 3 a 5 minutos.

Kefazol® 1 g – Infusão
Intravenosa

Reconstituição

Diluente

Água para injetáveis.

Volume

10 mL.

Após reconstituição, o produto tem volume final de
aproximadamente 10,6 mL e concentração de aproximadamente 94
mg/mL.

Aspecto da solução reconstituída

Solução incolor a amarela.

Estabilidade após reconstituição

Temperatura ambiente (15°C a 30°C) por 12 horas, protegido da
luz.

Refrigeração (2°C a 8°C) por 24 horas, protegido da luz.

Atenção:

como ocorre com outras cefalosporinas, a cor da solução
reconstituída de Kefazol® pode escurecer durante a
armazenagem, porém a potência do produto permanece inalterada.

Diluição

Diluente

Cloreto de sódio 0,9% ou glicose 5%.

Volume

50 mL a 100 mL.

Após diluição com 100 mL, o produto tem concentração de
aproximadamente 9 mg/mL.

Aspecto da solução diluída

Solução incolor a amarela.

Estabilidade após diluição

Temperatura ambiente (15° a 30°C) por 12 horas, protegido da
luz.

Refrigeração (2° a 8°C) por 24 horas, protegido da luz.

Atenção:

como ocorre com outras cefalosporinas, a cor da solução diluída
de Kefazol® pode escurecer durante a armazenagem, porém
a potência do produto permanece inalterada.

Tempo de infusão

30 a 60 minutos.

Outras soluções compatíveis

Não se recomenda a mistura de cefazolina com outras medicações.
A mistura de antibacterianos betalactâmicos (penicilina e
cefalosporinas) e aminoglicosídeos pode resultar em inativação de
ambas substâncias. Se clinicamente necessário elas devem ser
administradas separadamente (não misturá-las no mesmo frasco ou
numa mesma bolsa intravenosa).

Posologia do Kefazol


Atenção:

as doses são dadas em termos de cefazolina.

Adultos e Adolescentes

Infecção Urinária Aguda (não complicada)

1 g a cada 12 horas por infusão intravenosa.

Pneumonia Pneumocócica

500 mg a cada 12 horas por infusão intravenosa.

Prevenção de endocardite (infecção nas válvulas do
coração)

1 g, 30 minutos antes do início do procedimento, por infusão
intravenosa.

Prevenção de infecção em cirurgia (infusão
intravenosa)

Antes da cirurgia

1 g, 30 a 60 minutos antes do início da cirurgia.

Durante a cirurgia (procedimentos com duração de 2 horas
ou mais)

500 mg a 1 g.

Depois da cirurgia

500 mg a 1 g a cada 6 a 8 horas, até 24 horas após a
cirurgia.

Em cirurgias onde uma infecção pode ser particularmente
devastadora a administração da cefazolina deve ser continuada por 3
a 5 dias após o término da cirurgia.

Outras Infecções

Infecções leves

250 a 500 mg a cada 8 horas, por infusão intravenosa.

Infecções moderadas a graves

500 mg a 1 g, a cada 6 a 8 horas, por infusão intravenosa.

Limite de dose para adultos

6 g por dia, embora em raras ocasiões doses de até 12 g por dia
foram utilizadas.

Crianças

Prevenção de endocardite (infecção nas válvulas do
coração)

25 mg por quilograma de peso corporal, 30 minutos antes do
início do procedimento, por infusão intravenosa.

Outras infecções

Crianças a partir de 1 mês de idade (infusão
intravenosa)

Infecção leve a moderada

6,25 a 12,5 mg por quilograma de peso corporal a cada 6 horas ou
8,3 a 16,7 mg por quilograma de peso corporal a cada 8 horas.

Infecção grave

25 mg por quilograma de peso corporal a cada 6 horas ou 33,3 mg
por quilograma de peso corporal a cada 8 horas.

Crianças com menos de 1 mês de idade (infusão
intravenosa)

20 mg por quilograma de peso corporal, a cada 8 ou 12 horas.

Idosos

Pacientes idosos têm maior probabilidade de ter a função renal
diminuída, por isso pode ser necessário o ajuste de dose de acordo
com o clearance de creatinina. (ver Adultos com diminuição
da função renal).

Limite de dose para idosos acima de 75 anos de
idade

500 mg a cada 8 horas (mesmo com clearance de
creatinina normal).

Pacientes com diminuição da função renal

Adultos com diminuição da função renal

Após uma dose inicial apropriada à gravidade do caso, as doses
devem ser ajustadas de acordo com o sistema abaixo que considera o
clearance de creatinina.

Tabela 1: Ajuste de Dose para Adultos com Diminuição da
Função Renal

Clearance de creatinina (mL/min)

Dose

≥ 55

Dose usual

35-54

Dose usual a cada 8 ou 12 horas

11-34

Metade da dose usual a cada 12
horas

≤ 10

Metade da dose usual a cada 18 ou 24
horas

Crianças com diminuição da função renal

Após uma dose inicial apropriada à gravidade do caso, as doses
devem ser ajustadas de acordo com o esquema abaixo que considera o
clearance da creatinina.

Tabela 2: Ajuste de Dose para Crianças com Diminuição da
Função Renal

Clearance de creatinina (mL/min)

Dose

≥ 70

Dose usual para crianças

40-70

7,5 a 30 mg por quilograma de peso
corporal a cada 12 horas

20-40

3,1 a 12,5 mg por quilograma de peso
corporal a cada 12 horas

5-20

2,5 a 10 mg por quilograma de peso
corporal a cada 24 horas

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Duração do tratamento

A duração do tratamento será determinada pelo médico. Como na
terapia com antibióticos em geral, o tratamento com
Kefazol® deve ser prolongado por um mínimo de 48 a 72
horas após abaixar a temperatura do paciente, ou após a constatação
da eliminação das bactérias causadoras da infecção.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
o Kefazol?


Se você se esquecer de usar este medicamento, entre em contato
com seu médico. Deixar de administrar uma ou mais doses ou não
completar o tratamento pode comprometer o resultado.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Kefazol

Antes que o tratamento com Kefazol® seja iniciado,
informe ao seu médico se você já apresentou reações anteriores de
alergia a algum medicamento, especialmente à cefazolina, a outras
cefalosporinas, às penicilinas ou à penicilamina. Pacientes
alérgicos a penicilinas podem ser alérgicos também à cefazolina. Se
uma reação alérgica ocorrer, interrompa o tratamento com o
medicamento.

O tratamento com cefazolina pode levar ao crescimento da
bactéria Clostridium difficile, uma das causas primárias
de colite associada ao uso de antibiótico (caracterizada por dor na
barriga e no estômago; cólica; diarreia aquosa, podendo conter
sangue; febre). É importante considerar este diagnóstico caso você
apresente diarreia durante ou até dois meses após o uso de
antibiótico. Informe ao seu médico se você já apresentou doença
gastrintestinal, particularmente colite.

Pacientes com diminuição da função renal podem precisar de doses
menores que pacientes com a função renal normal. A administração de
altas doses, especialmente nestes pacientes, pode provocar
convulsões.

Uso na Gravidez

Categoria de risco B. Este medicamento não deve ser
utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Trabalho de Parto

Quando a cefazolina foi administrada antes da cirurgia
cesariana, os níveis do medicamento no sangue do cordão umbilical
foram aproximadamente um quarto a um terço dos níveis do
medicamento na mãe. A droga parece não ter nenhum efeito adverso no
feto.

Uso na amamentação

A cefazolina está presente em níveis muito baixos no leite
materno. Entretanto, não foram documentados problemas.

Uso em pacientes com diminuição da função
renal

Pacientes com diminuição da função renal podem necessitar de
doses menores.

Uso em crianças

A segurança e a eficácia em prematuros ainda não foram
estabelecidas.

Reações Adversas do Kefazol

As seguintes reações adversas foram
reportadas:

Alérgicas

Anafilaxia (urticária, coceira, diminuição grave da respiração e
pressão), eosinofilia (aumento de eosinófilos no sangue), prurido
(coceira), febre medicamentosa, erupções na pele e Síndrome de
Stevens-Johnson (reação alérgica grave na pele com bolhas e
vermelhidão). Há maior probabilidade de essas reações ocorrerem em
pacientes com história de alergia, particularmente à
penicilina.

Reações locais

Raros casos de flebite (inflamação da veia) no local da injeção
foram relatados. Pode ocorrer dor no local da injeção após
administração intramuscular; induração (endurecimento de uma parte
de tecido).

Gastrintestinais

Diarreia, estomatite por Candida (monilíase ou “sapinho”),
vômitos e náuseas, dor de estômago, anorexia (falta de apetite) e
colite pseudomembranosa (caracterizada por dor na barriga e no
estômago; cólica; diarreia aquosa, podendo conter sangue; febre),
durante ou após o tratamento com antibióticos.

Sangue

Neutropenia (diminuição de neutrófilos no sangue), leucopenia
(diminuição de glóbulos brancos no sangue), trombocitopenia
(diminuição de plaquetas no sangue) e trombocitemia (aumento de
plaquetas no sangue).

Fígado

Aumento passageiro de enzimas do fígado (aspartato
aminotransferase – AST, alanina transaminase – ALT e fosfatase
alcalina). Assim como em outras cefalosporinas, foram relatados
casos de hepatites (inflamação do fígado).

Rim

Uremia (elevação de ureia no sangue) e aumento de creatinina.
Foram relatados casos de insuficiência renal.

Outras Reações

Orurido (coceira) genital e anal.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

Composição do Kefazol

Kefazol® 1 g – cada frasco-ampola
contém:

1,048 g de cefazolina sódica equivalente a 1g de cefazolina.

A cefazolina sódica contém 48,3 mg de sódio por grama.

Apresentação do Kefazol


Cada frasco-ampola contém cefazolina sódica equivalente a 1 g de
cefazolina na forma de pó para solução injetável. Embalagem com 50
frascos-ampola.

Via intramuscular ou intravenosa.

Uso adulto e pediátrico.

Superdosagem do Kefazol

Sinais e sintomas

Após uma superdose de cefazolina, o paciente pode apresentar
dor, inflamação e flebite (inflamação da veia) no local da injeção.
A administração de grandes doses inadequadas de cefalosporinas por
via injetável pode causar tontura, parestesia (formigamento) e
cefaleia (dor de cabeça). O uso de doses excessivas pode levar à
ocorrência de reações adversas mais intensas. Podem ocorrer
convulsões, principalmente em pacientes que tem a função renal
diminuída.

Tratamento

Procurar um Hospital ou Centro de Controle de Intoxicações para
tratamento dos sintomas. Se ocorrerem convulsões, a droga deve ser
suspensa imediatamente e, quando indicado, um tratamento com
medicamento anticonvulsivante deve ser administrado. Os sinais
vitais, a função respiratória e os eletrólitos no sangue devem ser
monitorados.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001 se você precisar
de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Kefazol

Aminoglicosídeos (ex.: amicacina, gentamicina,
tobramicina)

Há maior chance de ocorrerem reações tóxicas para os rins com a
administração conjunta de cefazolina e aminoglicosídeos. Não se
recomenda a mistura de antibacterianos betalactêmicos (penicilinas
e cefalosporinas) com aminoglicosídeos, pois pode ocorrer
inativação de ambas as substâncias.

Varfarina

A varfarina pode ter sua ação aumentada pela cefazolina. Pode
ser necessário diminuir a dose de varfarina.

Heparina

Há maior risco de sangramento quando a cefazolina é utilizada
com heparina.

Probenecida

A probenecida aumenta as concentrações de cefazolina no sangue,
e pode aumentar os riscos de reações tóxicas.

Interações com testes laboratoriais

A cefazolina pode alterar o resultado de exames que detectam
glicose na urina através da solução de Benedict ou Fehling.
Pacientes que receberam cefazolina ou recém-nascidos cujas mães
receberam tratamento com esta droga antes do parto podem apresentar
resultado alterado no teste de antiglobulina (Coombs).

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Ação da Substância Kefazol

A cefazolina tem se mostrado efetiva em adultos e crianças
contra infecções causadas por uma variedade de bactérias
Grampositivas e Gram-negativas.

Níveis de cefazolina no soro são duas a três vezes maiores que
as mesmas doses de cefaloridina ou cefalotina.

A cefazolina tem atividade antibacteriana similar a da
cefalotina.

As principais vantagens em relação à cefalotina são sua
concentração sérica mais alta e por maior período e a menor
possibilidade de dor após a administração intramuscular.

Em estudos clínicos, dos 394 pacientes com infecções
geniturinárias causadas por Escherichia coli, Klebsiella
pneumoniae
e Proteus mirabilis, 92,4% apresentaram
resposta clínica favorável.

Dos 32 pacientes acompanhados bacteriologicamente por pelo menos
2 semanas após o encerramento do tratamento para infecção no trato
urinário, 27 (84%) não apresentaram bacteriúria durante esse
período. Em pacientes com pneumonia e bronquite, uma alta
porcentagem de respostas clínicas favoráveis foi observada, 93,8% e
88,9%, respectivamente.

Uma resposta clínica favorável foi obtida em 92,7% dos 247
pacientes no grupo com infecção respiratória, e uma resposta
bacteriológica satisfatória foi atingida em 76,1%.

Dos 116 pacientes com infecções na pele e tecidos moles tratados
com cefazolina, uma resposta clínica favorável de 88% foi atingida
e uma resposta bacteriológica foi documentada em 78% dos pacientes.
43 casos de bacteremia foram tratados com cefazolina, obtendo-se
uma resposta clínica favorável em 36 (83,7%), e uma resposta
bacteriológica satisfatória em 34 (79,1%) pacientes.

Dos 25 pacientes com infecções ósseas e articulares variadas, o
tratamento com cefazolina foi efetivo em 20 (80%) pacientes e uma
resposta bacteriológica satisfatória foi obtida em 18 (72%)
pacientes. A cefazolina mostrou-se clínica e bacteriologicamente
efetiva em nove casos de endocardite estafilocócica e
estreptocócica.

Dos 15 pacientes com infecções em múltiplos locais, uma resposta
clínica e bacteriológica favorável foi atingida em 14 (93%)
pacientes.

A cefazolina foi estudada no tratamento de 105 pacientes
hospitalizados com uma variedade de infecções incluindo
endocardite, pneumonia, infecções no trato urinário, na pele e
tecidos moles, obtendo-se efetividade em 104 pacientes.

A cefazolina também foi testada in vitro e mostrou ser
efetiva contra estafilococos, pneumococos,
Escherichia coli, Klebsiella sp. e Proteus
mirabilis
pelo método de diluição em ágar.

Os resultados do tratamento de pneumonia pneumocócica com
cefazolina administrada por via intramuscular foram superiores aos
com cefalexina por via oral.

Em um estudo que avaliou a eficácia da cefazolina em comparação
com placebo na prevenção de infecção em cirurgia vascular
periférica, observou-se que infecções no local das incisões
ocorreram com frequência significantemente menor após profilaxia
perioperatória com cefazolina, efeitos adversos (flebite, erupção
cutânea, resistência antimicrobiana) relacionados às 24 – 36 horas
de uso de cefazolina não foram relatados.

Dos 462 pacientes submetidos a cirurgia da aorta abdominal e
extremidade vascular baixa, houve uma diferença significantemente
alta nas taxas de infecção: 6,8% dos tratados com placebo
versus 0,9% dos tratados com cefazolina.

Até 8% das incisões abdominais de pacientes recebendo placebo
tornaram-se infectadas versus 1,2% nos pacientes tratados
com cefazolina. Incisões na virilha foram infectadas com baixa
frequência, 1,1% para pacientes que receberam placebo versus nenhum
paciente recebendo cefazolina.

Em um estudo comparativo entre pacientes recebendo cefazolina ou
placebo para profilaxia de cirurgia torácica não-cardíaca, a
cefazolina reduziu significativamente a taxa de infecção da incisão
(1,5% no grupo recebendo cefazolina e 14% no grupo recebendo
placebo).

Uma dose pré-operatória única de 1 g de cefazolina foi efetiva
na redução da taxa de infecção na incisão em cirurgia torácica
cardíaca.

Em procedimentos cirúrgicos prolongados, recomenda-se a
redosagem do antibiótico profilático durante o procedimento.

A redosagem foi benéfica em procedimentos com duração de mais de
400 minutos: infecções ocorreram em 14 (7,7%) dos 182 pacientes que
receberam redosagem e em 32 (16%) dos 200 pacientes que não
receberam.

A redosagem intraoperatória de cefazolina foi associada a uma
redução de 16% no risco total de infecção no local da cirurgia após
cirurgia cardíaca, incluindo procedimentos com duração de menos de
240 minutos.

A cefazolina é equivalente à cefoxitina para a prevenção de
endometrite pós-parto em mulheres submetidas a secção-C não eletiva
primária.

Características farmacológicas

Descrição

A cefazolina é uma cefalosporina semissintética para
administração parenteral.

É o sal sódico 3-{[(5-metil-1,3,4-
tiadizol-2-il)tiol]metil}-8-oxo-7-[2-(1H-tetrazol-1-il)acetamido]-5-tia-1-azabiciclo[4.2.0]
octo-2-eno-2-ácido carboxílico.

Farmacocinética

Após a administração intramuscular em voluntários sadios, as
concentrações séricas médias de cefazolina foram 37 mcg/mL em 1
hora e 3 mcg/mL em 8 horas, com uma dose de 500 mg e, 64 mcg/mL em
1 hora e 7 mcg/mL em 8 horas com dose de 1 g.

Após a administração intravenosa de cefazolina em voluntários
sadios, as concentrações séricas médias apresentaram um pico de
aproximadamente 185 mcg/mL e foram de aproximadamente 4 mcg/mL em 8
horas, com uma dose de 1 g.

A meia-vida sérica da cefazolina é aproximadamente 1,8 hora após
administração intravenosa e aproximadamente 2 horas após
administração intramuscular.

Em um estudo (usando voluntários sadios) com infusões
intravenosas constantes de 3,5 mg/kg durante 1 hora
(aproximadamente 250 mg) e 1,5 mg/kg nas 2 horas seguintes
(aproximadamente 100 mg), a cefazolina produziu um nível sérico
constante de aproximadamente 28 mcg/mL na terceira hora.

Estudos com pacientes hospitalizados com infecção indicam que a
cefazolina injetável produz níveis séricos médios equivalentes aos
observados em voluntários sadios.

Em pacientes sem doença obstrutiva biliar, os níveis na bile
podem atingir ou exceder até 5 vezes os níveis séricos; porém, em
pacientes com doença obstrutiva biliar, os níveis biliares de
cefazolina são consideravelmente menores que os níveis séricos
(lt;1 mcg/mL).

No líquido sinovial, os níveis de cefazolina são comparáveis aos
alcançados no soro cerca de 4 horas após a administração.

Estudos no sangue do cordão umbilical demonstram pronta
transferência da cefazolina através da placenta. A cefazolina está
presente em concentrações muito baixas no leite de mães que estão
amamentando.

A cefazolina é excretada inalterada na urina.

Nas primeiras 6 horas, aproximadamente 60% do medicamento são
excretados na urina, aumentando para 70% a 80% em 24 horas.

A cefazolina atinge concentrações urinárias máximas de
aproximadamente 2400 mcg/mL após doses intramusculares de 500 mg e
de 4000 mcg/mL após doses de 1 g.

Em pacientes submetidos à diálise peritoneal (2 L/h), a
cefazolina produziu níveis séricos médios de aproximadamente 10
mcg/mL, após 24 horas de instilação de uma solução de diálise
contendo 50 mg/mL e 30 mcg/mL após instilação de solução contendo
150 mg/mL. Os níveis médios de pico foram 29 mcg/mL com 50 mg/mL
(três pacientes), e 72 mcg/mL com 150 mg/mL.

A administração intraperitoneal da cefazolina é geralmente bem
tolerada. Estudos controlados em voluntários adultos sadios
recebendo 1 g, 4 vezes ao dia, durante 10 dias, monitorando exames
hematológicos, AST, ALT, bilirrubinas, fosfatase alcalina, uremia,
creatinina e exames de urina, não demonstraram qualquer alteração
clinicamente significativa que fosse atribuída à cefazolina.

Microbiologia

Testes in vitro demonstram que a ação bactericida das
cefalosporinas resulta da inibição da síntese da parede
celular.

A cefazolina é ativa in vitro e em infecções clínicas
contra os seguintes microrganismos:

Aeróbicos Gram-positivos

  • Staphylococcus aureus (incluindo cepas produtoras de
    penicilinase);
  • Staphylococcus epidermidis;
  • Estreptococos beta-hemolíticos do Grupo A e outras
    cepas de estreptococos (muitas cepas de
    enterococos são resistentes);
  • Streptococcus pneumoniae.

Obs.: 

estafilococos meticilina-resistentes são uniformemente
resistentes à cefazolina.

Aeróbicos Gram-negativos

  • Klebsiella spp.;
  • Escherichia coli;
  • Enterobacter aerogenes;
  • Proteus mirabilis;
  • Haemophilus influenzae. 

 A maioria das cepas de Proteus indol positivos
(Proteus vulgaris), Enterobacter cloacae, Morganella
morganii
e Providencia rettgeri é resistente.

Serratia, Pseudomonas, Acinetobacter (anteriormente
Mima-Herellea) são quase uniformemente resistentes à
cefazolina.

Testes de Suscetibilidade

Técnicas de difusão

Métodos quantitativos baseados na medição do diâmetro do halo
proporcionam as estimativas mais precisas da suscetibilidade de
microrganismos aos antibióticos.

Um procedimento deste tipo tem sido recomendado para testes de
suscetibilidade à cefazolina com uso de discos.

O teste de suscetibilidade de Staphylococcus
spp
, padronizado pelo Clinical and Laboratory Standards
Institute
(CLSI), com um único disco com 30 mcg de cefazolina,
deve ser interpretado de acordo com os seguintes
critérios

Diâmetro do Halo (mm)

Interpretação

≥ 18Suscetível
15-17Intermediário
≤ 14Resistente

Um resultado “suscetível” indica que o patógeno provavelmente
será inibido pelos níveis sanguíneos normalmente
alcançados, respondendo à terapia.

Um resultado “intermediário” sugere que o microrganismo deve ser
suscetível se altas doses forem usadas ou se a infecção estiver
confinada nos tecidos e líquidos onde altos níveis do antibiótico
são atingidos (por ex.: urina).

Um resultado “resistente” indica que as concentrações alcançadas
não serão suficientes para inibir o microrganismo e outra terapia
deve ser selecionada.

Procedimentos padronizados requerem o uso de microrganismos de
controle laboratorial.

O disco com 30 mcg de cefazolina deve apresentar os
seguintes halos de inibição

Microrganismo

Diâmetro do Halo (mm)

Escherichia coli ATCC
25922
21-27
Staphylococcus aureus ATCC
25923
29-35

Técnicas de Diluição

Usar o método de diluição (caldo ou ágar) padronizado pelo
Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI) ou
equivalente.

Os valores de concentração inibitória mínima (CIM)
obtidos para Staphylococcus spp. devem ser interpretados
de acordo com os seguintes critérios

CIM ( mcg/mL)

Interpretação

≤ 8Suscetível
16Intermediário
≥ 32Resistente

Um resultado “suscetível” indica que o patógeno provavelmente
será inibido pelos níveis sanguíneos normalmente alcançados.

Um resultado “intermediário” sugere que o microrganismo deve ser
suscetível se altas doses forem usadas ou se a infecção estiver
confinada nos tecidos e líquidos onde altos níveis do antibiótico
são atingidos (por ex.: urina).

Um resultado “resistente” indica que as concentrações alcançadas
não serão suficientes para inibir o microrganismo e outra terapia
deve ser selecionada.

Procedimentos padronizados requerem o uso de microrganismos de
controle laboratorial.

A cefazolina-padrão deve fornecer os seguintes valores
de CIM

Microrganismo

CIM (mcg/mL)​

Staphylococcus aureus ATCC
25923
0,25-1
Escherichia coli ATCC
25922 
1-4

Cuidados de Armazenamento do Kefazol

Kefazol® deve ser mantido em sua embalagem original,
em temperatura ambiente (15°C e 30°C) e protegido da luz.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Após preparo, manter em temperatura ambiente (15°C a
30°C), protegido da luz por até 12 horas ou sob refrigeração (2°C a
8°C), protegido da luz por até 24 horas.

Características físicas e organolépticas

Aspecto do pó

Pó cristalino branco a quase branco.

Aspecto da solução após reconstituição

Solução incolor a amarela.

Aspecto da solução após diluição

Solução incolor a amarela.

Como ocorre com outras cefalosporinas, a cor da solução
reconstituída e/ou diluída de Kefazol® pode escurecer
durante a armazenagem, porém a potência do produto permanece
inalterada.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Kefazol

Registro MS n° 1.5562.0003

Farm. Resp.:

Sidnei Bianchini Junior
CRF-SP nº 63.058

Fabricado por:

Antibióticos do Brasil Ltda.
Sumaré – SP

Ou

Fabricado por:

Antibióticos do Brasil Ltda.
Cosmópolis – SP

Registrado por:

Antibióticos do Brasil Ltda
Rod. Professor Zeferino Vaz, SP-332, Km 135
Cosmópolis – SP.
CNPJ 05.439.635/0001-03
Indústria Brasileira

Uso restrito a hospitais. Venda sob prescrição
médica.

Kefazol, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.