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Hemogenin

Como o Hemogenin funciona?


Hemogenin contém oximetolona que estimula a formação de glóbulos
vermelhos do sangue em pacientes com anemia devido à deficiência da
medula óssea.

Contraindicação do Hemogenin

Antes de iniciar o tratamento, o médico deve pesar os
riscos envolvidos frente às suas necessidades, uma vez que os
agentes anabolizantes (agentes que estimulam o desenvolvimento da
massa muscular) são geralmente contraindicados nas seguintes
situações:

  • Pacientes do sexo masculino com carcinoma (tumor maligno) da
    próstata ou da mama.
  • Pacientes do sexo feminino com carcinoma da mama com
    hipercalcemia (nível elevado de cálcio no sangue); os esteróides
    anabólicos androgênicos (anabolizantes) podem estimular a
    reabsorção osteolítica dos ossos.
  • Gravidez, a oximetolona pode ser nociva ao feto, quando
    administrada a mulheres grávidas. Por isso, está contraindicado em
    mulheres grávidas ou que venham a engravidar. Caso você venha a
    engravidar durante a administração do medicamento, o médico deve te
    informar do perigo potencial ao feto.
  • Pacientes com nefrose (processo patológico do rim) ou fase
    nefrótica da nefrite (inflamação de qualquer parte do rim).
  • Pacientes com hipersensibilidade (alergia) aos componentes da
    fórmula.
  • Pacientes com insuficiência hepática (redução grave da função
    do fígado) severa.
  • Para aumento de massa muscular (fisiculturismo) devido às
    graves reações adversas.

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes
do sexo masculino com carcinoma da próstata ou da mama, pacientes
do sexo feminino com carcinoma da mama, pacientes com nefrose ou
fase nefrótica da nefrite e pacientes com insuficiência hepática
severa.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas ou que possam ficar grávidas durante o
tratamento.

Como usar o Hemogenin

Você deverá tomar este medicamento sob estrita vigilância
médica.

A dose recomendada em crianças e adultos é de 1 a 5 mg/kg do
peso corporal por dia. A dose usualmente eficaz é de 1 a 2
mg/kg/dia, porém doses mais altas podem ser necessárias e a dosagem
deve ser individualizada. A resposta nem sempre é imediata e deve
ser feita uma prova terapêutica mínima de 3 a 6 meses.

Seguindo-se a remissão (sem sinais de atividade da doença),
alguns pacientes podem ser mantidos sem a droga e outros podem ser
mantidos a uma dose diária estabelecida mais baixa. Geralmente, uma
terapia contínua é necessária em pacientes com anemia aplástica
congênita.

Você deve tomar os comprimidos com líquido, por via
oral.

Não há estudos dos efeitos de Hemogenin administrado por vias
não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a
eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por
via oral, conforme recomendado pelo médico.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu
médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Hemogenin?


Caso esqueça de administrar uma dose, administre-a assim que
possível. No entanto, se estiver próximo do horário da dose
seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo
determinado pela posologia. Nunca devem ser administradas duas
doses ao mesmo tempo.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico.

Precauções do Hemogenin

Hepatotoxicidade (lesão hepática que afeta o
funcionamento do fígado)

Os efeitos hepatotóxicos, incluindo icterícia (cor amarelada da
pele e olhos), são comuns nas dosagens prescritas.

A icterícia clínica pode ser indolor (sem dor), com ou sem
prurido (coceira). Ela pode também ser associada com aumento
hepático agudo e dor no quadrante superior direito, o que pode
levar à suposição enganosa de obstrução aguda (requerendo cirurgia)
do ducto (canal) biliar.

A icterícia induzida por droga é usualmente reversível quando a
medicação é descontinuada. A terapia continuada tem sido associada
à coma hepático e morte. Devido à hepatotoxicidade associada à
administração de oximetolona, são recomendados testes periódicos da
função hepática (do fígado).

Carcinoma hepatocelular (tumor do fígado) e “peliosis hepatis”
(uma rara condição de etiologia mal definida, consistindo de cistos
contendo sangue, no fígado), têm sido observados em pacientes com
anemia aplástica congênita e adquirida, tratados com oximetolona e
outros andrógenos por períodos prolongados. Em alguns casos, a
retirada do medicamento tem sido associada à regressão das lesões
hepáticas.

Virilização (desenvolvimento de características sexuais
masculinas que se deve aos efeitos de metabólitos
androgênicos)

Pode ocorrer virilização na mulher. A amenorréia (ausência de
menstruação) usualmente aparece na mulher adulta, mesmo na presença
de trombocitopenia (diminuição no número de plaquetas sanguíneas).
Não é recomendada a administração junto com grandes doses de
agentes progestacionais (que induzem a ovulação) para controle da
menorragia (sangramento excessivo durante a menstruação).

Deficiência de ferro

O desenvolvimento da anemia ferropriva (anemia por deficiência
de ferro), manifestada por baixo teor de ferro sérico (no sangue),
e o percentual diminuído de saturação da transferrina (proteína que
transporta o ferro) têm sido observados em pacientes tratados com
oximetolona.

É recomendável a periódica determinação do ferro sérico e da
capacidade de conjugação férrica (ligação de enzima). Se for
constatada deficiência de ferro, a mesma deve ser tratada
adequadamente com ferro suplementar.

Tem sido observada leucemia (doença maligna dos glóbulos
brancos) em pacientes com anemia aplástica tratados com
oximetolona. No entanto, a responsabilidade da oximetolona, se
houver, não está clara, pois a transformação maligna tem sido
observada em discrasias sanguíneas (alterações sanguíneas) enquanto
que leucemias têm sido relatadas em pacientes com anemia aplástica
não tratadas com oximetolona.

É necessário cautela ao administrar esses agentes a pacientes
com moléstias cardíaca (doenças do coração), renal ou hepática.
Edema (inchaço), com ou sem insuficiência cardíaca congestiva
(condição em que o coração é incapaz de bombear sangue suficiente
para satisfazer as necessidades do corpo), pode ocorrer
ocasionalmente. A administração junto com corticosteróides ou ACTH
(tipo de hormônio) pode contribuir para o edema, isto é geralmente
controlável, com terapias diurética (promove a eliminação da urina)
e/ou digitálica (medicamentos para o tratamento de doenças do
coração) apropriadas.

Pode desenvolver-se hipercalcemia (nível elevado de cálcio no
sangue), tanto espontaneamente como por resultado de terapia
hormonal, em mulheres com carcinoma disseminado da mama. Se isto
ocorrer durante o tratamento com esse medicamento, converse com o
seu médico, pois o tratamento deve ser suspenso.

Esteróides anabólicos podem aumentar a sensibilidade aos
medicamentos anticoagulantes.

Pode tornar-se necessário diminuir a dose de anticoagulantes a
fim de manter o tempo de protrombina (elemento da coagulação do
sangue) em nível terapêutico desejável.

Tem-se observado que os esteróides anabolizantes alteram os
testes de tolerância à glicose. Caso você seja diabético, você deve
ser cuidadosamente observado pelo médico e a insulina ou a dosagem
de hipoglicemiantes orais (medicamentos que reduzem os níveis de
glicose no sangue) deve ser ajustada de acordo.

Os esteróides anabolizantes devem ser usados com cautela caso
você seja portador de hipertrofia prostática benigna (aumento nas
células que constituem a próstata levando ao aumento do órgão).
Pacientes idosos do sexo masculino tratados com esteróides
anabolizantes androgênicos podem ter um risco aumentado no
desenvolvimento de hipertrofia da próstata e carcinoma prostático
(câncer de próstata).

Alterações dos lipídios sanguíneos que, como se sabe, estão
associadas ao risco de aumento de arteriosclerose (endurecimento
das paredes das artérias), têm sido observadas em pacientes
tratados com andrógenos esteróides anabolizantes.

Estas alterações incluem decréscimo da lipoproteína (complexos
lipoprotéicos envolvidos no transporte e metabolismo dos lipídeos
do corpo) de alta densidade e algumas vezes aumento da lipoproteína
de baixa densidade. As alterações podem ser muito acentuadas e
podem ter um sério impacto no risco de arteriosclerose e doença
arterial coronariana (consequência direta da arteriosclerose nas
artérias do coração).

Os esteróides anabólicos/androgênicos devem ser usados com muita
cautela em crianças. Os agentes anabólicos podem acelerar a
maturação epifiseal (amadurecimento das extremidades dilatadas dos
ossos longos) mais rapidamente do que o crescimento linear em
crianças, e o efeito pode persistir por 6 meses após a
descontinuação da droga. Portanto, a terapia deve ser monitorada
pelo médico através de estudos radiográficos a intervalos de 6
meses, a fim de evitar o risco de comprometer a altura final do
adulto.

Este medicamento pode causar
doping.

Advertências do Hemogenin


Devido aos seus graves efeitos colaterais, os esteróides
anabolizantes não devem ser usados para estimular as condições
atléticas. O uso na indicação correta minimiza as chances de
reações androgênicas (desenvolvimento de características sexuais
masculinas) não desejadas.

Caso você seja portador de câncer de mama, a terapia androgênica
pode causar hipercalcemia por estimulação da osteólise (remoção ou
perda de cálcio do osso). Neste caso a droga deve ser descontinuada
pelo médico.

Gravidez e amamentação

Não se sabe se os esteróides anabólicos são excretados pelo
leite materno. Caso você tome oximetolona não deve amamentar,
devido ao risco potencial de reações adversas em crianças em fase
de amamentação. Informe o médico se está amamentando.

Pode tornar-se necessário diminuir a dose de anticoagulantes a
fim de manter o tempo de protrombina (elemento da coagulação do
sangue) em nível terapêutico desejável.

Reações Adversas do Hemogenin

  • Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que
    utilizam este medicamento).
  • Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam
    este medicamento).
  • Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
    utilizam este medicamento).
  • Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que
    utilizam este medicamento).
  • Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que
    utilizam este medicamento).

As principais reações adversas observadas
incluem:

A hepatotoxicidade é a reação adversa mais grave associada à
terapia com esteróides anabolizantes. O aumento reversível na
retenção da bromossulfaleína (substância usada como teste para a
função do fígado) pode ocorrer precocemente e parece estar
diretamente relacionado à dose. O aumento da bilirrubina sérica (no
sangue), com ou sem aumento da fosfatase alcalina (enzima) e
transaminases (enzimas) (TGO e TGP), indicam um maior grau da
disfunção excretora. Pode ocorrer icterícia (cor amarelada da pele
e olhos) clínica, que é reversível quando a droga é descontinuada.
O quadro histológico é o de uma colestase intra-hepática (obstrução
dos canais biliares), com pouca ou nenhuma lesão celular. A terapia
continuada pode estar associada à coma hepático e morte.

Têm havido raros relatos de neoplasias hepatocelulares (tumores
do fígado) à “peliosis hepatis associados à terapia prolongada com
esteróides andrógenos-anabolizantes.

Reações sérias/ raras

Necrose hepática (morte das células do fígado) e morte.

A virilização é o efeito indesejável mais comum associado à
terapia com esteróides anabolizantes. Pode ocorrer frequentemente
acne (doença inflamatória da pele) em todas as idades.

Jovens pré-púberes do sexo masculino

Os primeiros sinais de virilização em jovens pré-púberes do sexo
masculino são um alargamento do pênis e aumento da frequência das
ereções. Hirsutismo (crescimento de pelos em áreas de distribuição
característica masculina) e aumento da coloração da pele podem
também ocorrer.

Jovens pós-púberes do sexo masculino

Inibição da função testicular com oligospermia, diminuição do
volume seminal (do sêmen), alteração de libido (impulso associado
com instinto sexual) e impotência (dificuldade do homem em ter uma
ereção) podem ocorrer com prolongada ou intensiva terapia
anabólica.

Ginecomastia (crescimento das mamas) à atrofia testicular
(diminuição dos testículos) pode ocorrer.

Priapismo crônico (ereção persistente e dolorosa do pênis),
padrões masculinos de perda de cabelo, epididimite (inflamação do
testículo) e irritabilidade da bexiga têm sido relatados.

Em mulheres

Hirsutismo, espessamento ou aprofundamento da voz, aumento do
clitóris, alteração da libido e irregularidades menstruais e
padrões masculinos de calvície (perda de cabelo) pode ocorrer.
Alteração da voz e o aumento do clitóris usualmente são
irreversíveis (que não se podem reverter) mesmo após a imediata
descontinuação da terapia.

O uso de estrógenos (hormônios) em combinação com andrógenos não
previne a virilização em mulheres.

O tratamento com oximetolona, particularmente em altas doses,
pode estar associada com efeitos potencialmente deletérios nas
concentrações de lipídio sérico, incluindo hipertrigliceridemia
(níveis elevados de triglicerídeos no sangue), redução da
lipoproteína de alta densidade (HDL) e aumento da lipoproteína de
baixa densidade (LDL) nos níveis de colesterol.

Durante a terapia com oximetolona pode ocorrer edema (inchaço) e
hipertensão devido ao sal e à retenção de água e ganho de peso.

Foram relatados anemia por deficiência de ferro e aumento da
atividade fibrinolítica (atividade de algumas enzimas de dissolver
coágulos) sanguínea.

Outras reações adversas associadas à terapia
anabólico-androgênica incluem:

Cãibras, náuseas, excitação e insônia, calafrios, sangramento em
pacientes em terapia anticoagulante concomitante, fechamento
prematuro da epífise (extremidade dilatada dos ossos longos) em
crianças, vômitos, diarreia.

Informe ao seu médico ou farmacêutico o aparecimento de
reações indesejáveis pelo uso do medicamento.

Informe também a empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Hemogenin

Pacientes idosos do sexo masculino tratados com esteróides
anabolizantes androgênicos podem ter um risco aumentado no
desenvolvimento de hipertrofia da próstata e carcinoma
prostático.

Composição do Hemogenin

Cada comprimido contém:

50 mg de oximetolona.

Excipientes:

amido de milho, estearato de magnésio, lactose monoidratada e
povidona K30.

Apresentação do Hemogenin


Comprimidos 50 mg

Embalagem com 10.

Uso oral.

Uso adulto e pediátrico.

Superdosagem do Hemogenin

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possívelLigue para 0800 722 6001, se você precisar
de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Hemogenin

Bupropiona

O efeito desta combinação é a redução do limiar de convulsão
(quantidade de estímulos necessária para provocar uma convulsão) .
A administração de bupropiona com agentes que reduzem o limiar de
convulsão, como os esteróides sistêmicos, deve ser realizada com
cautela. Além de utilizar doses iniciais baixas e ir aumentando
gradualmente a dose, o médico deve seguir as recomendações do
regime de dose conforme a bula de cada produto, uma vez que a dose
diária máxima varia para diferentes formulações e indicações.

Dicumarol e varfarina

Há aumento do risco de hemorragia. Se possível, evitar o uso de
associação com anticoagulantes. Se usada, a relação do tempo de
protrombina ou razão normalizada internacional (INR) deve ser
atentamente monitorada após adição ou retirada do tratamento com
oximetolona, e deve ser reavaliada periodicamente durante a terapia
concomitante. Podem ser necessários ajustes na dose do
anticoagulante a fim de manter o nível desejado de
anticoagulação.

Medicamento-exame laboratorial

FBS e teste da tolerância à glicose

Testes da função tireoideana (da tireóide)

Um decréscimo do PBI, na capacidade de conjugação da tiroxina à
fixação do iodo radioativo, e pode ocorrer um aumento da fixação do
T3 pelos eritrócitos ou resina. A tiroxina livre permanece normal.
Os testes alterados usualmente persistem por duas a três semanas
após interrupção da terapia anabólica.

Eletrólitos

Retenção do sódio, cloretos, água, potássio, fosfatos e
cálcio.

Supressão dos fatores de coagulação II, V, VII e X. Aumento da
creatina e excreção da creatinina perdurando por até duas semanas
após a descontinuação da terapia.

Redução da excreção dos 17-cetosteróides.

Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum
outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Ação da Substância Hemogenin

Resultados de Eficácia


Oximetolona (substância ativa) foi estudada mais profundamente
no tratamento da anemia aplástica. Remissão da anemia, indicado
pelo aumento dos valores de hemoglobina acima de 12 g/dL, aumento
na contagem de reticulócitos e aumento do número de neutrófilos e
plaquetas, foram demonstrados após o tratamento com Oximetolona
(substância ativa).

Aumento na celularidade da medula óssea durante a remissão
também foi observado. Remissões permanentes, bem como remissões com
duração acima de 5 anos após término da terapia, também foram
documentadas.

A resposta à Oximetolona (substância ativa) administrada por
mais de 3 meses foi estudada em 45 pacientes com anemia
hipoproliferativa ou arregenerativa.

Pacientes com medula hipocelular obtiveram as melhores
respostas, com 13 casos de remissões parciais ou totais em 18
casos. Uma remissão completa foi notada somente em pacientes que
não apresentaram pancitopenia. De 7 pacientes com mielofibrose, 4
apresentavam trombocitopenia. Melhora após o tratamento com
Oximetolona (substância ativa) ocorreu em todos os 4 pacientes.

O benefício da terapia androgênica foi observado em 3 pacientes
com anemia aplástica adquirida, em que foi observada uma relação
direta entre a dose de Oximetolona (substância ativa) e a contagem
de células sanguíneas. O número de eritrócitos, neutrófilos, e
plaquetas variaram com a dosagem de Oximetolona (substância ativa),
com exceção da contagem plaquetária de 1 paciente.

O uso de Oximetolona (substância ativa) foi descrito em 5
crianças com anemia aplástica num outro estudo de relato de
casos.

Todos os 5 pacientes, incluindo 2 refratários ao tratamento com
testosterona, tiveram uma resposta medular e clínica satisfatória.
Oximetolona (substância ativa) parece ter maior efeito estimulador
eritropoiético que a testosterona, observação esta que concorda com
dados prévios (Pavlatos et al., 2001).

Sanchez-Medal et al, descrevem uma série de casos que
inclui 14 crianças e 55 adultos com anemia aplástica adquirida
tratados com diferentes compostos androgênicos anabólicos. A
remissão, definida como uma elevação permanente nos valores de
hemoglobina acima de 12 Gm em pacientes do sexo feminino e 13 Gm no
sexo masculino, ocorreu em 33 casos (47,9%). Entretanto, se os
casos que foram à óbito nos primeiros 2 meses forem excluídos da
amostra (presumivelmente não receberam terapia suficiente), as
taxas de remissão sobem para 70% (33 de 47 casos). As remissões
foram constatadas com a subida da contagem de reticulócitos e a
estabilização da concentração de hemoglobina num nível em que as
transfusões sanguíneos não eram necessárias (SanchezMedal et
al,
1969).

Outro estudo, consistiu na análise de 19 pacientes com anemia
adquirida refratária tratados, 10 mulheres e 9 homens, com idade
variando entre 6 e 78 anos de idade. A condição sanguínea melhorou
em 10 casos de 14 pacientes que puderam ser analisados, durante o
tratamento com Oximetolona (substância ativa). Os primeiros sinais
de melhora, que ficou aparente do término do segundo mês ao quarto
mês de tratamento, foram reticulocitose moderada e estabilização da
hemoglobina de 8 a 10 gm/100mL. Após um breve período de
estabilização, a hemoglobina subiu a valores normais ou próximos
dos valores normais. As manisfestações de sangramento que se
apresentavam em 9 de 10 pacientes cessaram em 2 meses em 4 casos, e
em 3 a 5 meses nos outros. Em relação à virilização, este estudo
demonstra que os efeitos eritropoeiéticos e virilizantes da
Oximetolona (substância ativa) não estão relacionados,
diferentemente da testosterona. Oximetolona (substância ativa),
utilizada em doses equivalentes às de testosterona induzem
remissões similares na anemia refratária, apesar de apresentar um
sétimo do efeito virilizante da testosterona em ensaios animais e
confirmados neste estudo (Sanchez Medal et al.,
1964.).

Em outro estudo, 134 pacientes com anemia aplástica adquirida
foram randomizadas para receber globulina anti-linfocitária e
metilprednisolona com ou sem Oximetolona (substância ativa). A taxa
de resposta em 4 meses foi significativamente superior nos
pacientes recebendo Oximetolona (substância ativa) (57% [39/69] vs
40% [26/6]; p lt; 0,040. O aumento da taxa de resposta foi mais
pronunciado em mulheres com baixa contagem de neutrófilos se
comparadas aos homens (78% vs 27%; plt; 0,03) (Pavlatos et
al
., 2001).

Onze pacientes com mielofibrose avançada foram estudados num
estudo prospectivo multicêntrico.

Normalização do sangue periférico ou melhora substancial ( gt;3g
hemoglobina/dL) foi observada aos 9 de 15 cursos de Oximetolona
(substância ativa). A necessidade de transfusão sanguínea cessou
completamente em todos os 5 pacientes que requereram tal tratamento
antes do estudo clínico. Quando o tratamento com Oximetolona
(substância ativa) foi interrompido ou reduzido, 4 pacientes
recaíram, apesar de 2 deles responderem à um novo curso de
Oximetolona (substância ativa) (Pavlatos et al.,
2001).

124 pacientes adultos com anemia aplástica adquirida (AA) foram
estudados. Cinquenta e quatro apresentou-se como A.A. grave
(sobrevida média do grupo todo, 2,7 meses e aqueles que morreram,
2,5 meses, mortalidade de 88,8%), enquanto 70 foram leves
(sobrevida média de todo o grupo, 27,2 meses e aqueles que
morreram, 22,7 meses e mortalidade de 28,5% ). Sessenta e quatro
não viveram tempo suficiente para dispor de ensaios terapêuticos ou
desenvolveram insuficiência hepática grave que tornou impossível a
continuação do tratamento.

A eficácia terapêutica de 78 períodos de tratamento nos 60 casos
avaliados foram analisados quanto à etiologia e severidade. A
resposta foi obtida em 31 (40%), dos quais 24 trataram com
Oximetalona, 17 apresentaram melhora após 6 meses de tratamento.
Oximetalona foi utilizado em 23 dos 41 (56%).

A etiologia, sexo e idade não pareceram ter influência sobre a
resposta dos 60 pacientes analisados. O único fator que parece útil
para o prognóstico quanto à eficácia do tratamento é a gravidade do
caso (Pizzuto J et al.1980).

Foi realizado um estudo prospectivo de 352 pacientes com anemia
aplástica em tratamento com andrógeno, entre eles a Oximetolona
(substância ativa). As seguintes observações principais foram
obtidos: a taxa de mortalidade atuarial em 20 meses é de 52%, a
metade dos óbitos sendo observado durante os primeiros 3 meses,
estes valores são semelhantes aos anteriormente publicados, a
partir de pequenas séries de pacientes tratados com andrógenos, e
inferiores aos dos casos não tratados com andrógenos. As diferenças
na sobrevida e de melhoria foram observadas entre os grupos de
pacientes tratados por mais de 3 meses, com drogas alquilados ou
não alquilados.

Os sinais de danos no fígado foram observadas, não importa qual
foi a droga usada. A melhoria contínua pode ser observada até mesmo
no 2 º ano de tratamento, indicando que a dose total de terapia
hormonal deveria ser continuada até 20 meses em pacientes não
totalmente melhorada. O grau de atividade inicial da doença é um
parâmetro claro prognósticos para a mortalidade no primeiro
trimestre do curso. Em caso de sobrevida de casos graves, a melhora
pode ser obtido na medida mesma em casos mais leves.

Estes achados enfatizam a necessidade de terapia de manutenção
adequada em todos os tipos de pacientes. A adição de
glicocorticóides prejudica o prognóstico, principalmente na maioria
dos pacientes granulocitopênicos. Os glicocorticóides não
apresentam nenhum efeito sobre o dano hepático induzido por
andrógenos (Scand J Haematol 1979).

Fonte: Bula do Profissional do
Medicamento Hemogenin.

Características Farmacológicas


A Oximetolona (substância ativa) acentua a produção e excreção
urinária de eritropoetina em pacientes com anemia devido à
deficiência da medula óssea e, muitas vezes, a Oximetolona
(substância ativa) estimula a eritropoiese em anemia devido à
deficiente produção de eritrócitos.

Fonte: Bula do Profissional do
Medicamento Hemogenin.

Cuidados de Armazenamento do Hemogenin

Hemogenin deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e
30ºC). Proteger da luz e umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características do medicamento

Comprimido branco a branco creme, redondo e biconvexo.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Hemogenin

Reg. MS 1.1300.0219

Farm. Resp.:

Silvia Regina Brollo
CRF-SP n° 9.815

Registrado por:

Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Av. Mj. Sylvio de M. Padilha, 5200
São Paulo – SP
CNPJ 02.685.377/0001-57

Fabricado por:

Blisfarma Indústria Farmacêutica Ltda.
Rua da Lua, 147
Diadema – SP
CNPJ 03.108.098/0001-93
Indústria Brasileira

SAC:

0800-703-0014

Venda sob prescrição médica.

Só pode ser vendido com retenção da
receita.

Hemogenin, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.