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Glicose Beker

As soluções de Glicose de 5% e 10% são indicadas em casos de
desidratação, reposição de calorias, nas hipoglicemias e como
veículo para diluição de medicamentos compatíveis.

A solução de Glicose 5% é frequentemente a concentração
empregada na depleção de fluido (diminuição do volume do sangue),
sendo usualmente administrada através de uma veia periférica.

As soluções de Glicose de concentrações mais elevadas, como a
Glicose 10%, por serem mais concentradas do que o sangue, são
usadas geralmente como uma fonte de carboidratos. Desta maneira, a
Glicose é a fonte preferida de carboidratos em regimes parenterais
de nutrição (administração intravenosa), sendo frequentemente usada
também em soluções de reidratação para prevenção e/ou tratamento da
desidratação, ocasionada pela diarreia.

É indicado para pacientes nos quais:

  • O trato digestório não pode ou não deve ser utilizado;
  • Quando a absorção gastrointestinal de proteínas estiver
    prejudicada;
  • Quando as necessidades metabólicas de proteínas estiverem
    substancialmente aumentadas.

Como o Glicose Beker funciona?


A glicose é um nutriente facilmente metabolizado pelo organismo
para fornecimento de energia, dispensando em alguns casos o uso de
lipídios e proteínas como fontes de energia. Ainda, as soluções de
Glicose em concentrações iguais às do sangue (solução de Glicose
5%) são adequadas para manutenção das necessidades de água quando o
sódio não é necessário ou deve ser evitado.

A Glicose atinge o seu pico de concentração no sangue 40 minutos
após sua administração em pacientes hipoglicêmicos.

Contraindicação do Glicose – Beker

Este medicamento é contraindicado em casos
de:

  • Pacientes com hemorragia intracraniana ou intraespinhal;
  • Delirium tremens em pacientes desidratados (quadro de
    confusão mental e tremores), síndrome da má absorção
    glicose-galactose, com anúria (ausência de urina);
  • Pacientes com coma hepático.

A solução 5% e 10% não devem ser administradas simultaneamente
com sangue através do mesmo equipamento de infusão, devido á
possibilidade de ocorrer uma pseudoaglutinação dos glóbulos
vermelhos (empilhamento dos glóbulos vermelhos).

Como usar o Glicose – Beker

A solução somente deve ter uso intravenoso e
individualizado.

A dosagem deve ser determinada por um médico e é dependente da
idade, do peso, das condições clínicas do paciente e das
determinações em laboratório.

Antes de serem administradas, as soluções parenterais devem ser
inspecionadas visualmente para se observar a presença de
partículas, turvação na solução, fssuras e quaisquer violações na
embalagem primária.

A solução é acondicionada em bolsas em sistema fechado para
administração intravenosa usando equipo estéril.

Atenção: não usar embalagens primárias em conexões em
série. Tal procedimento pode causar embolia gasosa devido ao ar
residual aspirado da primeira embalagem antes que a administração
de fluido da segunda embalagem seja completada.

Não perfurar a embalagem, pois há comprometimento da
esterilidade do produto e risco de contaminação.

Antes da preparação

Verifcar se a solução esta límpida, incolor e isenta de
partículas visíveis, se o frasco está danifcado ou com vazamento da
solução, e ainda, se não ultrapassou o prazo de validade.

Preparação

A solução de Glicose 5% e 10% é de uso intravenoso e deve ser
administrado sob orientação médica, conforme a necessidade de cada
paciente.

Em caso de adição de outros medicamentos à solução de Glicose 5%
e 10%, medidas assépticas e de compatibilidade entre os
medicamentos devem der cuidadosamente assegurados.

Instruções de uso

Para abrir

Solução Parenteral de grande volume em sistema
fechado:

Segurar o invólucro protetor com ambas as mãos, rasgando-o no
sentido do picote, de cima para baixo, e retirar a bolsa contendo a
solução.

Pode ser verifcada alguma opacidade do plástico devido à
absorção de umidade durante o processo de esterilização, isso é
normal e não afeta a qualidade e segurança da solução. A opacidade
irá diminuir gradualmente.

Verifcar se existem vazamentos mínimos, comprimindo a embalagem
primária com frmeza. Se for observado vazamento de solução,
descartar a embalagem, pois a sua esterilidade pode estar
comprometida.

Se for necessária medicação suplementar, seguir as instruções
descritas a seguir antes de preparar a solução para
administração.

No preparo e administração das soluções parenterais, devem ser
seguidas as recomendações da Comissão de Controle de Infecção em
Serviços de Saúde quanto a: desinfecção do ambiente e de
superfícies, higienização das mãos, uso de EPIs e desinfecção de
ampolas, bolsas, pontos de adição dos medicamentos e conexões das
linhas de infusão.

  1. Fazer a assepsia da embalagem primária utilizando álcool
    70%.
  2. Suspender a embalagem pela alça de sustentação.
  3. Conectar o equipo de infusão da solução. Consultar as
    instruções de uso do equipo.
  4. Administrar a solução por gotejamento contínuo, conforme
    prescrição médica.

Para adição de medicamentos

Atenção: Verifcar se há incompatibilidade entre o
medicamento e a solução, e quando for o caso, se há
incompatibilidade entre os medicamentos.

Apenas as embalagens que possuem dois sítios, um sítio para o
equipo e um sítio para a adição de medicamentos poderão permitir a
adição de medicamentos nas soluções parenterais.

Para administração de medicamentos antes da
administração da solução parenteral:

  1. Preparar o sítio de injeção fazendo sua assepsia.
  2. Utilizar uma seringa com agulha estéril para perfurar o sítio
    próprio para administração de medicamentos e injetar o medicamento
    na solução parenteral.
  3. Misturar o medicamento completamente na solução
    parenteral.
  4. Pós lioflizados, devem ser reconstituídos/suspendidos no
    diluente estéril e apirogênico adequado antes de ser adicionados à
    solução parenteral.

Para administração de medicamentos durante a
administração da solução parenteral:

  1. Fechar a pinça do equipo de infusão.
  2. Preparar o sítio próprio para administração de medicamentos,
    fazendo sua assepsia.
  3. Utilizar seringa com agulha estéril para perfurar o sítio e
    adicionar o medicamento na solução parenteral.
  4. Misturar o medicamento completamente na solução
    parenteral;
  5. Prosseguir a administração.

Este medicamento deve ser administrado exclusivamente via
intravenosa sob risco de danos de efcácia terapêutica.

Posologia do Glicose Beker


O preparo e administração da Solução Parenteral devem obedecer à
prescrição, precedida de criteriosa avaliação, pelo farmacêutico,
da compatibilidade físico-química e de interação medicamentosa que
possam ocorrer entre os seus componentes.

A dose de Glicose é variável e dependente das necessidades do
paciente. As concentrações de Glicose no plasma devem ser
monitoradas, a taxa máxima que pode ser infundida sem causar
glicosúria é 0,5g/Kg de peso corporal/hora.

No entanto, o ideal é que a solução de Glicose intravenosa seja
fornecida em uma taxa de aproximadamente 6 a 7mg/Kg/minuto.

O uso da solução de Glicose é indicado para correção de
hipoglicemia infantil, podendo ser utilizada em nutrição parenteral
de crianças.

A dose e a taxa de infusão intravenosa de Glicose devem ser
selecionadas com cuidado em pacientes pediátricos, particularmente
nos neonatos e nas crianças com baixo peso ao nascer porque aumenta
o risco de hiperglicemia/ hipoglicemia.

A solução de Glicose 5% pode ser administrada em pacientes
diabéticos, mesmo em coma, porém, é fundamental o controle adequado
da cetose e, se necessário, deve-se recorrer a administração de
insulina.

A avaliação clínica e as determinações laboratoriais periódicas
são necessárias para monitorar mudanças em concentrações da Glicose
e do eletrólito do sangue, e o balanço do líquido e de eletrólitos
durante a terapia parenteral prolongada ou sempre que a condição do
paciente permitir tal avaliação.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Glicose
Beker?


Este medicamento só deve ser utilizado sob supervisão
médica.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico ou cirurgião-dentista.

Precauções do Glicose – Beker

A solução de Glicose hipertônica deve ser administrada
lentamente. Pode ocorrer uma signifcante hiperglicemia e uma
possível síndrome hiperosmolar (elevado nível de açúcar no sangue
causando o coma) com a rápida administração.

O médico deve estar atento aos sintomas da síndrome
hiperosmolar, tais como:

  • Confusão mental;
  • Perda de consciência.

Especialmente em pacientes com uremia crônica e com conhecida
intolerância aos carboidratos.

A administração intravenosa desta solução pode causar uma
sobrecarga de fluidos e/ou solutos, resultando na diluição da
concentração eletrolítica sérica, hiper-hidratação ou edema
pulmonar (acúmulo anormal de líquido nos pulmões).

Défcits eletrolíticos, particularmente de potássio e fósforo
séricos, podem ocorrer durante o uso prolongado de solução de
Glicose 5% e 10%. O monitoramento dos eletrólitos sanguíneos é
essencial e desequilíbrios de fluidos ou eletrólitos devem ser
corrigidos. Vitaminas e minerais essenciais também devem ser
fornecidas, quando necessários.

A fim de minimizar a hiperglicemia e consequente glicosúria
(eliminação de Glicose na urina) é desejável que se monitore a
Glicose presente no sangue e na urina e, se necessário, administrar
insulina.

A solução contendo Glicose devem ser usadas com cautela em
pacientes com diabetes mellitus sub-clínica ou
evidente.

Deve-se prestar atenção a fm de assegurar que a agulha está
devidamente inserida no lúmen da veia e que não ocorram
extravasamentos. Caso ocorra trombose (coagulação em uma veia)
durante a administração, a infusão deve ser interrompida e medidas
corretivas devem ser instituídas.

A solução concentrada de Glicose não deve ser administrada por
via subcutânea ou intramuscular.

Deve-se ter cautela na administração da solução de Glicose em
pacientes recebendo corticosteróides ou corticotropina.

Interações medicamentosas

Não são conhecidas até o momento.

Para diminuir o risco de possíveis incompatibilidades da mistura
das soluções de Glicose com outras medicações que possam ser
prescritas, deve ser verifcada a presença de turbidez ou
precipitação imediatamente após a mistura, antes e durante a
administração. Em caso de dúvidas, consulte um farmacêutico.

Reações Adversas do Glicose – Beker

Este medicamento pode causar a síndrome hiperosmolar (elevado
nível de açúcar no sangue causando o coma), resultante da
administração excessivamente rápida de glicose concentrada. Pode
causar também hipovolemia, desidratação, confusão mental e/ou perda
de consciência.

Entre as reações que podem ocorrer devido á solução ou á técnica
de administração incluem reações febris, infecção no local de
injeção, trombose ou flebite venosa (inflamação e coagulação em uma
veia) estendendo-se a partir do local de injeção extravasamento e
hipovolemia.

Caso ocorra uma reação adversa, descontinue a infusão, avalie o
paciente, institua medidas terapêuticas corretivas apropriadas e
guarde o restante da solução para exames, quando julgados
necessários.

Em casos de eventos adversos, notifque ao Sistema de
Notifcação em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em
” www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm”

Uso restrito a hospitais.

Uso sob prescrição médica.

Produto isento de látex.

Glicose-Beker, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.