Pular para o conteúdo

Furosem

Hipertensão arterial leve a moderada, edema devido a distúrbios
cardíacos, hepáticos e renais  e edema devido a
queimaduras.

Como este medicamento funciona?


Furosem (furosemida) é um diurético indicado para o tratamento
do edema (retenção de líquidos) e hipertensão arterial.

O início da ação do medicamento é de cerca de 60 minutos.

Contraindicação do Furosem

Furosem não deve ser usado em pacientes
com:

Insuficiência renal com anúria, pré-coma e coma hepático
associado com encefalopatia hepática, hipopotassemia severa,
hiponatremia grave, hipovolemia (com ou sem hipotensão) ou
desidratação, hipersensibilidade à furosemida ou sulfonamidas e aos
componentes da fórmula.

Furosem não deve ser utilizado por
lactantes.

Como usar o Furosem

Os comprimidos devem ser ingeridos inteiros, com algum líquido e
com o estômago vazio.

É vantajoso tomar a dose diária de uma só vez, escolhendo-se o
horário mais prático, de tal forma que não fique perturbado o ritmo
normal de vida do paciente pela rapidez da diurese.

A duração do tratamento é determinada pelo médico.

Posologia


A menos que seja prescrito, por seu médico, de modo diferente,
recomenda-se o esquema abaixo.

Adultos

O tratamento geralmente é iniciado com 20 a 80 mg por dia. A
dose de manutenção é de 20 a 40 mg por dia.

A dose máxima depende da resposta do paciente. A duração do
tratamento é determinada pelo médico.

Crianças

Se possível, a furosemida deve ser administrada por via oral
para lactentes e crianças abaixo de 15 anos de idade.

A posologia recomendada é de 2 mg/kg de peso corporal, até um
máximo de 40 mg por dia. A duração do tratamento é determinada pelo
médico.

Cuidados na interrupção do tratamento

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Lembre-se que este medicamento não cura sua pressão alta, mas a
controla, portanto, você não deve descontinuar o tratamento mesmo
que se sinta melhor. Se o problema não for tratado, pode ocorrer
prejuízo para o coração, cérebro e rins.

Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Precauções do Furosem

O fluxo urinário deve ser assegurado. Pacientes com obstrução
parcial do fluxo urinário necessitam de monitoração cuidadosa,
especialmente na fase inicial do tratamento.

Uma cuidadosa vigilância se faz necessária
principalmente em:

  • Paciente com hipotensão ou com risco particular de pronunciada
    queda da pressão arterial (por exemplo pacientes com estenoses
    significativas das artérias coronárias ou das artérias que suprem o
    cérebro);
  • Pacientes com diabetes mellitus latente ou manifesta
    (controle regular da glicemia);
  • Pacientes com gota ou hiperuricemia (controle regular do ácido
    úrico);
  • Pacientes com insuficiência renal (síndrome hepatorrenal),
    associada à doença hepática grave;
  • Pacientes com hipoproteinemia, por exemplo, associada a
    síndrome nefrótica (o efeito da furosemida pode estar diminuído e
    sua ototoxicidade potencializada). Avaliação da dose é necessária
    nesses casos;
  • Crianças prematuras (possível desenvolvimento de cálculos
    renais contendo cálcio (nefrolitíase) e deposição de sais de cálcio
    no tecido renal (nefrocalcinose); a função renal deverá ser
    monitorizada e deverá ser realizada uma ultrassonografia
    renal).

Durante tratamento com furosemida é geralmente recomendada a
monitorização regular dos níveis de sódio, potássio e creatinina
séricos; é necessária monitorização particularmente cuidadosa em
casos de pacientes com alto risco de desenvolvimento de alterações
eletrolíticas ou em caso de perda adicional significativa de
fluidos (por exemplo, devido a vômitos, diarréia ou suor intenso).
Hipovolemia ou desidratação, bem como qualquer alteração
eletrolítica ou ácido – base significativas devem ser corrigidas.
Isto pode requerer a descontinuação temporária da furosemida.

Gravidez e lactação

Furosem não deve ser administrado durante a gravidez, somente
sob rigoroso controle médico e por tempo reduzido.

Furosem não deve ser utilizado durante a lactação.

A furosemida atravessa a barreira placentária. Portanto, não
deve ser administrada durante a gravidez a menos que estritamente
indicada e por curtos períodos de tempo. O tratamento durante a
gravidez requer monitorização do crescimento fetal.

No período da amamentação, quando o uso de furosemida for
considerado necessário, deve ser lembrado que a furosemida passa
para o leite e inibe a lactação. É aconselhável interromper a
amamentação durante o uso de furosemida.

Informe ao médico a ocorrência de gravidez na vigência
do tratamento ou após o seu término e se estiver amamentando.
Furosem não deve ser administrado durante a gravidez e lactação, a
menos que sob rigoroso acompanhamento médico.

Capacidade de dirigir e operar máquinas

Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou
operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem ser
prejudicadas.

Pacientes idosos

Em pacientes idosos, a eliminação de furosemida é diminuída
devido a redução na função renal.

Não tome remédio sem o conhecimento do seu médico. Pode
ser perigoso para a saúde.

Reações Adversas do Furosem

A furosemida pode levar a um aumento da excreção de sódio e
cloreto e conseqüentemente de água. Adicionalmente, fica aumentada
a excreção de outros eletrólitos, em particular potássio, cálcio e
magnésio.

Distúrbios eletrolíticos sintomáticos e alcalose metabólica
podem se desenvolver na forma de aumento gradual de déficit
eletrolítico ou onde, por exemplo, doses maiores de furosemida são
administradas a pacientes com função renal normal, como perda aguda
grave de eletrólitos.

Os sinais de distúrbios eletrolíticos
incluem:

  • Polidipsia;
  • Cefaléia;
  • Confusão;
  • Dores musculares;
  • Tetania;
  • Fraqueza muscular;
  • Distúrbios do ritmo cardíaco;
  • Sintomas gastrintestinais.

O desenvolvimento de distúrbios eletrolíticos é influenciado por
fatores como doenças de base (por exemplo: cirrose hepática,
insuficiência cardíaca), medicação concomitante e nutrição. Em
particular, como resultado dos vômitos e diarréia, a deficiência de
potássio pode ocorrer.

A ação diurética da furosemida pode levar ou contribuir para
hipovolemia e desidratação, especialmente em pacientes idosos. A
depleção grave de fluidos pode levar a hemoconcentração com
tendência ao desenvolvimento de tromboses.

A furosemida pode causar redução na pressão sangüínea a qual,
especialmente se pronunciada, pode causar sinais e sintomas como
dificuldade na habilidade de concentração e reação, sensação de
cabeça vazia ou “oca”, sensação de pressão na cabeça, cefaléia,
tonturas, sonolência, fraqueza, alterações visuais, boca seca,
intolerância ortostática.

Aumento na produção urinária pode provocar ou agravar as queixas
de pacientes com obstrução do fluxo urinário. Portanto, retenção
urinária aguda com possíveis complicações secundárias pode ocorrer,
por exemplo, em pacientes com alterações do esvaziamento da bexiga,
hiperplasia prostática ou estreitamento da uretra.

O tratamento com furosemida pode causar aumento nos níveis
séricos de colesterol e triglicérides. Pode haver aumentos
transitórios dos níveis de creatinina e de uréia sangüíneas.

Os níveis séricos de ácido úrico podem aumentar, podendo ocorrer
ataques de gota.

A tolerância à glicose pode diminuir durante o tratamento com
furosemida. Em pacientes com diabetes mellitus, este
efeito pode levar a deterioração do controle metabólico; o diabetes
mellitus latente pode se manifestar.

Reações gastrintestinais como náuseas, vômitos ou diarréia podem
ocorrer em casos raros. Em casos isolados, podem se desenvolver
colestase intra-hepática, aumento nas transaminases hepáticas ou
pancreatite aguda. Pode ocorrer também em casos raros, alterações
na audição e tinido, embora geralmente de caráter transitório,
particularmente em pacientes com insuficiência renal,
hipoproteinemia (por exemplo: síndrome nefrótica).

Reações cutâneas e nas membranas mucosas podem ocorrer
ocasionalmente, sob a forma, por exemplo, de coceira, urticária,
outras reações como rash ou erupções bolhosas, eritema multiforme,
dermatite esfoliativa ou púrpura.

Reações anafilácticas ou anafilactóides graves (por exemplo, com
choque) podem ocorrer raramente.

Nefrite intersticial, vasculite ou eosinofilia são reações
raras. Podem ocorrer raramente febre ou parestesia, e
ocasionalmente, fotossensibilidade. Pode ocorrer ocasionalmente
trombocitopenia. Em casos raros, pode ocorrer leucopenia e, em
casos isolados, agranulocitose, anemia aplástica ou anemia
hemolítica.

Em crianças prematuras, a furosemida pode precipitar
nefrocalcinose e nefrolitíase. Caso a furosemida seja administrada
a crianças prematuras durante as primeiras semanas de vida, pode
aumentar o risco de persistência de ducto de Botallo

Informar ao médico a ocorrência de reações
desagradáveis, tais como aumento de sede, dor de cabeça,
confusão, dores musculares, fraqueza muscular ou sintomas
gastrintestinais.

Composição do Furosem

Apresentação

Comprimidos

Embalagens com 20 comprimidos.

Uso adulto e pediátrico.

Uso oral.

Composição

Cada comprimido contém

Furosemida

40 mg

Excipientes*

1 comprimido

*Amido, lactose monoidratada, talco, dióxido de silício coloidal
e estearato de magnésio.

Superdosagem do Furosem

Sintomas

O quadro clínico da superdose aguda e crônica com furosemida
depende fundamentalmente da extensão e conseqüências da perda de
eletrólitos e fluidos como, por exemplo, hipovolemia, desidratação,
hemoconcentração, arritmias cardíacas (incluindo bloqueio A-V e
fibrilação ventricular).

Os sintomas destas alterações incluem hipotensão grave
(progredindo para o choque), insuficiência renal aguda, trombose,
estado de delírio, paralisia flácida, apatia e confusão.

Tratamento

Não se conhece antídoto específico para a furosemida. Caso a
ingestão tenha acabado de ocorrer, deve-se tentar limitar a
posterior absorção sistêmica do princípio ativo através de medidas
como lavagem gástrica ou outras com o objetivo de reduzir a
absorção (por exemplo: carvão ativado).

Alterações clinicamente relevantes do balanço eletrolítico e de
fluidos devem ser corrigidas conjuntamente com a prevenção e
tratamento de complicações sérias resultantes de distúrbios e de
outros efeitos no organismo, podendo necessitar de monitorização
médica intensiva geral e específica e medidas terapêuticas.

Interação Medicamentosa do Furosem

Associações desaconselhadas

Hidrato de cloral:

Sensação de calor, perspiração, agitação, náusea, aumento da
pressão arterial e taquicardia podem ser encontradas em casos
isolados após a administração intravenosa da Furosemida (substância
ativa) dentro das 24 horas da ingestão de hidrato de cloral.
Portanto, não é recomendado o uso concomitante de Furosemida
(substância ativa) e hidrato de cloral.

Antibióticos aminoglicosídicos e de outros medicamentos
ototóxicos:

A Furosemida (substância ativa) pode potencializar a
ototoxicidade de antibióticos aminoglicosídicos e de outros
fármacos ototóxicos. Visto que os efeitos resultantes sobre a
audição podem ser irreversíveis, esta combinação de fármacos deve
ser restrita a indicações vitais.

Precauções de uso

Cisplatina:

Existe risco de ototoxicidade quando da administração
concomitante de cisplatina e Furosemida (substância ativa). Além
disto, a nefrotoxicidade da cisplatina pode ser aumentada caso a
Furosemida (substância ativa) não seja administrada em baixas doses
(por exemplo, 40 mg em pacientes com função renal normal) e
com balanço de fluidos positivo quando utilizada para obter-se
diurese forçada durante o tratamento com cisplatina.

Sucralfato:

A administração concomitante de Furosemida (substância ativa)
por via oral e sucralfato deve ser evitada, pois o sucralfato reduz
a absorção intestinal de Furosemida (substância ativa) e,
conseqüentemente, seu efeito. Aguardar pelo menos um período de 2
horas entre uma administração e outra.

Sais de lítio:

A Furosemida (substância ativa) diminui a excreção de sais de
lítio e pode causar aumento dos níveis séricos de lítio, resultando
em aumento do risco de toxicidade do lítio, incluindo aumento do
risco de efeitos cardiotóxicos e neurotóxicos do lítio. Desta
forma, recomenda-se que os níveis séricos de lítio sejam
cuidadosamente monitorizados em pacientes que recebem esta
combinação.

Medicamentos inibidores da ECA:

Pacientes que estão recebendo diuréticos podem sofrer hipotensão
grave e deterioração da função renal, incluindo casos de
insuficiência renal, especialmente quando um inibidor da ECA ou
antagonista do receptor de angiotensina II é administrado pela
primeira vez ou tem sua dose aumentada pela primeira vez. Deve-se
considerar a interrupção da administração da Furosemida (substância
ativa) temporariamente ou ao menos reduzir a dose de Furosemida
(substância ativa) por 3 dias antes de iniciar o tratamento com ou
antes de aumentar a dose de um inibidor da ECA ou antagonista do
receptor de angiotensina II.

Associações a considerar

Antiinflamatórios não-esteroidais (AINEs):

Agentes antiinflamatórios não esteróides (incluindo ácido
acetilsalicílico) podem atenuar a ação da Furosemida (substância
ativa) e sua administração concomitante pode causar insuficiência
renal aguda no caso de hipovolemia ou desidratação pré-existente. A
toxicidade do salicilato pode ser aumentada pela Furosemida
(substância ativa).

Fenitoína:

Pode ocorrer diminuição do efeito da Furosemida (substância
ativa) após administração concomitante de fenitoína.

Antibióticos:

A Furosemida (substância ativa) pode potencializar os efeitos
nocivos de fármacos nefrotóxicos nos rins.

Corticosteróides, carbenoxolona, alcaçuz e
laxante:

O uso concomitante com corticosteróides, carbenoxolona, alcaçuz
em grandes quantidades e uso prolongado de laxantes, pode aumentar
o risco de desenvolvimento de hipopotassemia.

Outros medicamentos, por exemplo, preparações de
digitálicos e medicamentos que induzem a síndrome de prolongamento
do intervalo QT:

Algumas alterações eletrolíticas (por exemplo, hipopotassemia,
hipomagnesemia), podem aumentar a toxicidade de outros fármacos
(por exemplo, preparações de digitálicos e fármacos que induzem a
síndrome de prolongamento do intervalo QT).

Medicamentos antihipertensivos, diuréticos ou outros que
potencialmente diminuem a pressão sangüínea:

Se agentes antihipertensivos ou outros fármacos que
potencialmente diminuem a pressão sangüínea são administrados
concomitantemente com a Furosemida (substância ativa), uma queda
mais pronunciada da pressão sangüínea pode ser esperada.

Medicamentos como probenecida e
metotrexato:

Probenecida, metotrexato e outros fármacos que, assim como a
Furosemida (substância ativa), são secretados significativamente
por via tubular renal, podem reduzir o efeito da Furosemida
(substância ativa). Por outro lado, a Furosemida (substância ativa)
pode diminuir a eliminação renal desses fármacos. Em caso de
tratamento com altas doses (em particular, tratamento concomitante
de Furosemida (substância ativa) e outros fármacos), isto pode
levar ao aumento dos níveis séricos e dos riscos de efeitos
resultantes de ambas.

Antidiabéticos e medicamentos que aumentam a pressão
arterial atuando no sistema nervoso simpático:

Os efeitos dos antidiabéticos e medicamentos hipertensores
simpatomiméticos (ex: epinefrina, norepinefrina) podem ser
reduzidos.

Teofilina ou relaxantes musculares do tipo
curare:

Seus efeitos podem aumentar.

Cefalosporinas:

Insuficiência renal pode se desenvolver em pacientes recebendo
simultaneamente tratamento com Furosemida (substância ativa) e
altas doses de certas cefalosporinas.

Ciclosporina A:

O uso concomitante de ciclosporina A e Furosemida (substância
ativa) está associado com aumento do risco de artrite gotosa
subseqüente à hiperuricemia induzida por Furosemida (substância
ativa) e à insuficiência da ciclosporina na excreção renal de
urato.

Radiocontraste:

Pacientes de alto risco para nefropatia por radiocontraste
tratados com Furosemida (substância ativa) demonstraram maior
incidência de deteriorização na função renal após receberem
radiocontraste quando comparados à pacientes de alto risco que
receberam somente hidratação intravenosa antes de receberem
radiocontraste.

Interações alimentares

Pode ocorrer alteração da absorção de Furosemida (substância
ativa) quando administrada com alimentos, portanto, recomenda-se
que os comprimidos sejam tomados com o estômago vazio.

Interação Alimentícia do Furosem

Pode ocorrer alteração da absorção de Furosemida (substância
ativa) quando administrada com alimentos, portanto, recomenda-se
que os comprimidos sejam tomados com o estômago vazio.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Lasix®.

Ação da Substância Furosem

Resultado de Eficácia


O uso da Furosemida (substância ativa) tem indicação desde o
período neonatal (Benitz et al, 1995) até a idade adulta
(Avery,1981) nos casos de edema das mais variadas formas,
insuficiência cardíaca, indução de diurese e crises
hipertensivas.

O estudo de Magrini F et al. (1987) confirma a eficácia de
Furosemida (substância ativa) nos casos de insuficiência cardíaca e
aumento da resistência vascular coronariana. O estudo de Paterna S.
et al (1999) também mostrou, com muita propriedade, a eficácia e a
boa tolerabilidade de Furosemida (substância ativa) no tratamento
de 30 pacientes adultos, com idades entre 65 e 85 anos portadores
de insuficiência cardíaca congestiva. Este efeito também foi
demonstrado no estudo de Gottlieb SS et al. (1998).

O benefício e a segurança do uso de Furosemida (substância
ativa) em 46 crianças que foram submetidas a cirurgias cardíacas e
usaram de forma contínua o medicamento Furosemida (substância
ativa) foram confirmadas no estudo randomizado de Klinge JM et al.
(1997).

O estudo randomizado de Van der Vorst MM et al (2006),
envolvendo 44 pacientes portadores de insuficiência cardíaca nos
graus III e IV, demonstrou que Furosemida (substância ativa) via
oral também é eficaz, mesmo em quadros graves, como os envolvidos
no estudo. Assim como no estudo de Paterna S et al (1999), Eterno
FT et al. (1998) confirmaram que o uso de diuréticos como a
Furosemida (substância ativa) melhora a compensação cardíaca, reduz
edemas e melhora, em curto prazo, a capacidade física e a qualidade
de vida dos pacientes.

Referências bibliogáficas

Benitz WE amp; Tatro DS: The
Pediatric Drug Handbook, 3rd. Mosby-Year Book, Inc, St Louis, MO,
1995.
Avery GB: Neonatology: Pathophysiology and Management of the
Newborn, 2nd. JB Lippincott Company, Philadelphia, PA, 1981.
Magrini F, et al. Converting-enzyme inhibition and coronary blood
flow. Circulation 1987 Jan;75(1 Pt 2):I168- 74.
Paterna S, et al. Tolerability and efficacy of high-dose furosemide
and small-volume hypertonic saline solution in refractory
congestive heart failure. Adv Ther 1999 Sep-Oct;16(5):219-28.
Klinge JM, et al. Intermittent administration of furosemide versus
continuous infusion in the postoperative management of children
following open heart surgery. Intensive Care Med 1997
Jun;23(6):693-7.
Van der Vorst MM, et al. Evaluation of furosemide regimens in
neonates treated with extracorporeal membrane oxygenation. Crit
Care 2006;10(6):R168.
Gottlieb SS, et al. The effects of diuresis on the pharmacokinetics
of the loop diuretics furosemide and torsemide in patients with
heart failure. Am J Med 1998 Jun;104(6):533-8.
Eterno FT, et al. Diuréticos melhoram a capacidade funcional em
pacientes com insuficiência cardíaca congestiva. Arq Bras Cardiol
1998;70(5):315-20.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Lasix®.

Características Farmacológicas


Mecanismo de ação

A Furosemida (substância ativa) é um diurético de alça que
produz um efeito diurético potente com início de ação rápido e de
curta duração. A Furosemida (substância ativa) bloqueia o sistema
cotransportador de Na+K+2Cl- localizado na membrana celular luminal
do ramo ascendente da alça de Henle; portanto, a eficácia da ação
salurética da Furosemida (substância ativa) depende do fármaco
alcançar o lúmen tubular via um mecanismo de transporte aniônico. A
ação diurética resulta da inibição da reabsorção de cloreto de
sódio neste segmento da alça de Henle. Como resultado, a excreção
fracionada de sódio pode alcançar 35% da filtração glomerular de
sódio. Os efeitos secundários do aumento da excreção de sódio são
excreção urinária aumentada (devido ao gradiente osmótico) e
aumento da secreção tubular distal de potássio. A excreção de íons
cálcio e magnésio também é aumentada.

A Furosemida (substância ativa) interrompe o mecanismo de
retorno (feedback) do túbulo glomerular da mácula densa, com o
resultado de não atenuação da atividade salurética. A Furosemida
(substância ativa) causa estimulação dose-dependente do sistema
renina-angiotensina-aldosterona.

Na insuficiência cardíaca, a Furosemida (substância ativa)
produz uma redução aguda da pré-carga cardíaca (pela dilatação da
capacidade venosa). Este efeito vascular precoce parece ser mediado
por prostaglandina e pressupõe uma função renal adequada com
ativação do sistema renina-angiotensina e síntese de prostaglandina
intacta. Além disso, devido ao seu efeito natriurético, a
Furosemida (substância ativa) reduz a reatividade vascular das
catecolaminas, que é elevada em pacientes hipertensos.

A eficácia anti-hipertensiva da Furosemida (substância ativa) é
atribuída ao aumento da excreção de sódio, redução do volume
sanguíneo e redução da resposta do músculo liso vascular ao
estímulo vasoconstritor.

Propriedades farmacodinâmicas

O efeito diurético da Furosemida (substância ativa) ocorre
dentro de 15 minutos após a administração da dose intravenosa e
dentro de 1 hora após a administração da dose oral.

O aumento dose-dependente da diurese e natriurese foi
demonstrado em indivíduos sadios recebendo doses de Furosemida
(substância ativa) de 10 mg até 100 mg. A duração da ação é de
aproximadamente 3 horas após uma dose intravenosa de 20 mg e de 3 a
6 horas após uma dose oral de 40 mg em indivíduos sadios.

O efeito da Furosemida (substância ativa) é reduzido, caso
ocorra diminuição da secreção tubular ou da ligação da albumina
intratubular ao fármaco.

Propriedades farmacocinéticas

A influência da administração concomitante de alimentos na
absorção da Furosemida (substância ativa) depende da forma
farmacêutica.

O volume de distribuição de Furosemida (substância ativa) é de
0,1 a 0,2 litros por kg de peso corpóreo. O volume de distribuição
pode ser maior dependendo da doença de base.

A Furosemida (substância ativa) liga-se fortemente às proteínas
plasmáticas (mais de 98%), principalmente à albumina.

A Furosemida (substância ativa) é eliminada principalmente na
forma de fármaco inalterado, primariamente pela secreção no túbulo
proximal. Após administração intravenosa, 60 a 70% da dose de
Furosemida (substância ativa) é excretada desta forma. O metabólito
glicuronideo da Furosemida (substância ativa) equivale a 10 a 20%
das substâncias recuperadas na urina. O restante da dose é
excretado nas fezes, provavelmente após secreção biliar.

A Furosemida (substância ativa) é excretada no leite materno. A
Furosemida (substância ativa) atravessa a barreira placentária e é
transferida ao feto lentamente. Por esta razão, observa-se no feto
e no recém-nascido as mesmas concentrações de Furosemida
(substância ativa) que na mãe.

Exclusivo Furosemida (substância ativa) Comprimido
40 mg

A Furosemida (substância ativa) é rapidamente absorvida pelo
trato gastrointestinal. O Tmáx é de 1 a 1,5 horas para os
comprimidos de 40 mg. A absorção do fármaco demonstra grande
variabilidade intra e interindividual.

A biodisponibilidade da Furosemida (substância ativa) em
voluntários sadios é de aproximadamente 50% a 70% para os
comprimidos. Em pacientes, a biodisponibilidade do fármaco é
influenciada por vários fatores incluindo doenças de base, e pode
ser reduzida a 30% (por exemplo, na síndrome nefrótica).

Exclusivo Furosemida (substância ativa) Solução
Injetável 10 mg/mL

A meia-vida terminal da Furosemida (substância ativa) após a
administração intravenosa é de aproximadamente 1 a 1,5 horas.

Insuficiência renal

A biodisponibilidade da Furosemida (substância ativa) não é
alterada em pacientes com insuficiência renal terminal. Em
insuficiência renal, a eliminação de Furosemida (substância ativa)
é diminuída e a meia-vida prolongada; a meia-vida terminal pode ser
de até 24 horas em pacientes com insuficiência renal severa.

Na síndrome nefrótica, a redução na concentração das proteínas
plasmáticas leva à concentrações mais altas de Furosemida
(substância ativa) livre. Por outro lado, a eficácia de Furosemida
(substância ativa) é reduzida nestes pacientes devido à ligação
intratubular da albumina e diminuição da secreção tubular.

A Furosemida (substância ativa) é pouco dialisável em pacientes
sob hemodiálise, diálise peritoneal e CAPD (Diálise Peritonial
Ambulatorial Contínua).

Insuficiência Hepática

Em insuficiência hepática, a meia-vida de Furosemida (substância
ativa) é aumentada em 30% a 90%, principalmente devido ao maior
volume de distribuição. Além disso, neste grupo de pacientes existe
uma ampla variação em todos os parâmetros farmacocinéticos.

Idosos, insuficiência cardíaca congestiva e hipertensão
severa

Em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, hipertensão
severa ou em pacientes idosos, a eliminação de Furosemida
(substância ativa) é diminuída devido à redução na função
renal.

Pacientes pediátricos

Em crianças prematuras ou nascidas à termo, dependendo da
maturidade dos rins, a eliminação de Furosemida (substância ativa)
pode estar diminuída. O metabolismo do fármaco também é reduzido
caso a capacidade de glucuronização da criança esteja prejudicada.
A meia-vida terminal é menor do que 12 horas em crianças com mais
de 33 semanas de idade pós-concepção. Em crianças com 2 meses ou
mais, o “clearance” terminal é o mesmo dos adultos.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Lasix®.

Cuidados de Armazenamento do Furosem

Os comprimidos devem ser conservados em temperatura ambiente
(entre 15 e 300C), ao abrigo da luz e umidade. Não guarde os
comprimidos em locais úmidos, como banheiros ou próximos da pia da
cozinha.

Prazo de validade: 24 meses a partir da data de
fabricação, impressa na embalagem externa do produto.

Não utilize o medicamento se o prazo de validade estiver
vencido.

Nunca use medicamento com o prazo de validade vencido,
pois pode ser prejudicial a sua saúde.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Furosem

Data de fabricação, prazo de validade e nº do lote: vide
cartucho.

Reg. MS – 1.0181.0174

Farm. Resp.:

Dra. Clarice Mitie Sano Yui
CRF-SP nº 5.115

Medley S.A. Indústria Farmacêutica

Rua Macedo Costa, 55
Campinas – SP
CNPJ 50.929.710/0001-79
Indústria Brasileira

Venda sob prescrição médica.

Furosem, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.