Pular para o conteúdo

Espafin

– É contra indicado durante o período de gravidez
(principalmente durante os três primeiros meses) ou durante período
de amamentação.

Como usar o Espafin

Uso oral

– Adultos: 1 ou 2 drágeas de 3 a 4 vezes por dia ou 20a 40gotas
3 a 4 vezes ao dia. – – Crianças em idade escolar: 10 a 20 gotas, 3
a 4 vezes ao dia.

– Crianças de 1 a 6 anos: 5 a 10 gotas, 3 a 4 vezes ao dia.

Precauções do Espafin

O Butilbrometo de Escopolamina + Dipirona Sódica (substância
ativa) solução injetável somente deverá ser utilizado por via
parenteral nos casos de espasmos dolorosos muito intensos, como por
exemplo cólicas biliares ou renais, enquanto as apresentações para
uso oral podem ser utilizadas para dores moderadas a intensas. Caso
a dor abdominal severa e de causa desconhecida persista ou piore,
ou esteja associada a sintomas como febre, náusea, vômito,
alteração da motilidade intestinal, aumento da sensibilidade
abdominal, queda da pressão arterial, desmaio, ou presença de
sangue nas fezes, é necessário realizar o diagnóstico apropriado
para investigar a etiologia dos sintomas.

O Butilbrometo de Escopolamina + Dipirona Sódica (substância
ativa) contém o derivado pirazolônico dipirona que pode provocar
riscos raros de choque e agranulocitose com risco à vida.

Pacientes que apresentaram reação anafilactoide a Butilbrometo
de Escopolamina + Dipirona Sódica (substância ativa) estão também
sob alto risco de reagir de forma similar com outros analgésicos
não-narcóticos.

Pacientes que demonstram reação anafilática ou outras reações
imunológicas a Butilbrometo de Escopolamina + Dipirona Sódica
(substância ativa) (p.ex. agranulocitose) estão também sob alto
risco de resposta similar com outras pirazolonas e
pirazolidinas.

Em caso de sinais clínicos de agranulocitose ou trombocitopenia,
o tratamento com Butilbrometo de Escopolamina + Dipirona Sódica
(substância ativa) deve ser descontinuado imediatamente e o
hemograma (inclusive contagens sanguíneas diferenciais) deve ser
monitorado. A descontinuação do tratamento não deve ser adiada até
que os dados laboratoriais estejam disponíveis.

Ao escolher a via de administração, deve-se levar em
consideração que a administração parenteral de Butilbrometo de
Escopolamina + Dipirona Sódica (substância ativa) apresenta o maior
risco de reações anafiláticas ou anafilactoides.

O risco de reações anafilactoides potencialmente graves
a Butilbrometo de Escopolamina + Dipirona Sódica (substância ativa)
é acentuadamente maior em pacientes com

  • Síndrome asmática induzida por analgésicos ou intolerância
    analgésica do tipo urticária-angioedemaAsma brônquica,
    especialmente na presença de rinossinusite e pólipos nasais;
  • Urticária crônica;
  • Intolerância a corantes (como tartrazina) e/ou conservantes
    (p.ex. benzoatos);
  • Intolerância ao álcool.

Estes pacientes reagem mesmo a mínimas quantidades de bebidas
alcoolicas com sintomas como espirros, lacrimejamento, e grave
rubor facial. A intolerância ao álcool deste tipo pode ser uma
indicação de uma síndrome de asma induzida por analgésico ainda não
diagnosticada.

O Butilbrometo de Escopolamina + Dipirona Sódica (substância
ativa) pode provocar reações de hipotensão. Estas reações podem ser
dose-dependentes, e são mais prováveis com a administração
parenteral do que enteral.

O risco destas reações também aumenta no caso
de

  • Injeção intravenosa excessivamente rápida;
  • Pacientes com, hipotensão arterial prévia, depleção de volume
    ou desidratação, circulação instável ou insuficiência circulatória
    incipiente (como em pacientes com ataque cardíaco ou
    politraumatismo);
  • Pacientes com febre elevada.

Consequentemente, diagnóstico cuidadoso e estrito monitoramento
são essenciais para estes pacientes. Medidas preventivas (p.ex.
estabilização circulatória) podem ser necessárias para reduzir o
risco de reações de hipotensão. O Butilbrometo de Escopolamina +
Dipirona Sódica (substância ativa) demanda estrito monitoramento
dos parâmetros hemodinâmicos quando usado para pacientes nos quais
uma queda da pressão arterial deve ser evitada a qualquer custo,
como casos com coronariopatia grave ou estenose importante de vasos
que suprem o cérebro.

O Butilbrometo de Escopolamina + Dipirona Sódica (substância
ativa) só deve ser utilizado após consideração dos
riscos/benefícios, e precauções adequadas devem ser tomadas para
pacientes idosos ou com comprometimento da função renal e
hepática.

Antes da administração de Butilbrometo de Escopolamina +
Dipirona Sódica (substância ativa), o paciente deve ser
adequadamente interrogado quanto a conhecidos efeitos com o uso
prévio desta associação. Em pacientes com alto risco de reações
anafilactoides, Butilbrometo de Escopolamina + Dipirona Sódica
(substância ativa) só deve ser utilizado após consideração dos
potenciais riscos em relação aos benefícios previstos. Se
Butilbrometo de Escopolamina + Dipirona Sódica (substância ativa)
for administrado nestes casos, o paciente deve ser cuidadosamente
monitorado e ter recursos disponíveis em caso de emergência.

Foram relatados sangramentos gastrintestinais em pacientes
tratados com dipirona. Muitos pacientes tinham recebido
concomitantemente outros tratamentos (como AINEs –
anti-inflamatórios não-esteroides) associados ao sangramento
gastrintestinal, ou usaram uma dose excessiva de dipirona.

Pode ocorrer aumento da pressão intraocular com a administração
de agentes anticolinérgicos como o butilbrometo de escopolamina em
pacientes com glaucoma de ângulo fechado não diagnosticado e,
portanto, não tratado. Portanto, os pacientes devem recorrer
imediatamente a um oftalmologista caso desenvolvam quadro de dor e
hiperemia ocular com perda de visão após injeção de Butilbrometo de
Escopolamina + Dipirona Sódica (substância ativa).

Na administração parenteral, deve haver atenção com a técnica de
injeção apropriada. O uso intra-arterial inadvertido pode causar
necrose que potencialmente pode levar a amputação na área vascular
distal.

O butilbrometo de escopolamina solução oral contém 21,8mg de
sódio em cada 1,0mL (20 gotas). Este medicamento contém 174,4mg de
sódio por dose diária máxima recomendada para adultos; 87,2mg de
sódio por dose diária máxima recomendada para crianças acima de 6
anos; 43,6mg de sódio por dose diária máxima recomendada para
crianças entre 1 e 6 anos. Esta quantidade deve ser considerada em
pacientes sob dieta de restrição de sódio.

O Butilbrometo de Escopolamina + Dipirona Sódica (substância
ativa) solução injetável contém 163,6mg de sódio por ampola de 5mL
(sendo 32,73mg em 1mL). Este medicamento contém 490,8mg de sódio
por dose diária máxima recomendada em adultos. Esta quantidade deve
ser considerada em pacientes sob dieta de restrição de sódio.

Efeitos na capacidade de dirigir e operar
máquinas

Não foram realizados estudos sobre efeitos na capacidade de
dirigir e operar máquinas. Os pacientes devem ser instruídos que
poderão ter efeitos indesejáveis como distúrbios da acomodação
visual ou tontura durante tratamento parenteral com butilbrometo de
escopolamina. Não é previsto que a dipirona, utilizada na dose
recomendada, afete a concentração ou reações. Como precaução, pelo
menos nos casos de doses mais elevadas, deve-se levar em conta a
possibilidade de comprometimento das reações, e o paciente deve ser
orientado a não dirigir, operar máquinas ou desempenhar atividades
perigosas. Isto se aplica de forma particular à associação com
uso de álcool.

Gravidez

Não há dados adequados sobre o uso de Butilbrometo de
Escopolamina + Dipirona Sódica (substância ativa) na gravidez.

Estudos pré-clínicos com o uso de butilbrometo de escopolamina
em ratos e coelhos não demonstraram efeitos embriotóxicos ou
teratogênicos. A dipirona atravessa a barreira placentária. Estudos
em animais não apresentaram sinais que pudessem sugerir que a
dipirona tem efeitos teratogênicos.

Como não existe experiência suficiente em seres humanos,
Butilbrometo de Escopolamina + Dipirona Sódica (substância ativa)
não deve ser utilizado durante o primeiro trimestre de gravidez;
durante o segundo trimestre só deve ser utilizado se os benefícios
previstos claramente compensarem os riscos.

Embora a dipirona seja apenas um leve inibidor da síntese de
prostaglandinas, as possibilidades de fechamento prematuro do canal
arterial (ductus arteriosus) e complicações perinatais
como resultado de diminuição da agregação plaquetária na criança e
na mãe não podem ser afastadas. Portanto, Butilbrometo de
Escopolamina + Dipirona Sódica (substância ativa) é contraindicado
durante o terceiro trimestre de gravidez.

O Butilbrometo de Escopolamina + Dipirona Sódica
(substância ativa) está classificado na categoria D de risco na
gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em
caso de suspeita de gravidez.

Lactação

A segurança de butilbrometo de escopolamina durante a lactação
não foi estabelecida. Entretanto, não foram relatados efeitos
adversos para o neonato.

Os metabólitos da dipirona são excretados no leite materno.
Nenhum metabólito do fármaco foi encontrado após 48 horas da
administração. A amamentação deve ser evitada durante o uso de
dipirona, e por pelo menos 48 horas após a última dose.

Fertilidade

Nenhum estudo sobre efeito na fertilidade humana foi conduzido
até o momento.

Reações Adversas do Espafin

Reações comuns (gt; 1 / 100 e lt; 1 / 10)

Hipotensão, tontura, boca seca.

Reações incomuns (gt; 1 / 1.000 e lt; 1 /
100)

Agranulocitose (incluindo casos fatais), leucopenia, erupção
cutânea medicamentosa, reações cutâneas, distúrbios da acomodação
visual, choque, dor no local de injeção*, rubor.

Reações raras (gt;1 / 10.000 e lt; 1 /
1.000)

Reação anafilática e reação anafilactoide principalmente após
administração parenteral, asma em pacientes com síndrome de asma
causada por analgésicos, erupção maculopapular.

Reações muito raras (lt;1 / 10.000)

Trombocitopenia, necrólise epidérmica tóxica, síndrome de
Stevens-Johnson, flebite*, insuficiência renal aguda, anúria,
nefrite intersticial, proteinúria, oligúria e insuficiência
renal.

Reações com frequência desconhecida

Sepse incluindo casos fatais, choque anafilático incluindo casos
fatais principalmente após administração parenteral, dispneia,
hipersensibilidade, disidrose, midríase, aumento da pressão
intraocular, taquicardia, reações no local da injeção*, hemorragia
gastrintestinal, retenção urinária, cromatúria.

*Apenas para Butilbrometo de Escopolamina + Dipirona Sódica
(substância ativa) injetável.

Agranulocitose e sepse subsequente, incluindo casos fatais;
leucopenia e trombocitopenia são, presumivelmente reações
imunológicas. Elas podem ocorrer mesmo que Butilbrometo de
Escopolamina + Dipirona Sódica (substância ativa) tenha sido
administrado em outras ocasiões sem complicações. Há sinais que
sugerem que o risco de agranulocitose pode estar elevado se
Butilbrometo de Escopolamina + Dipirona Sódica (substância ativa)
for utilizado por mais de uma semana. A agranulocitose se manifesta
na forma de febre, calafrios, dor orofaríngea, disfagia,
estomatite, rinite, faringite, inflamação do trato genital e
inflamação anal. Estes sinais podem ser mínimos em pacientes em uso
de antibióticos. A linfadenopatia ou esplenomegalia pode ser leve
ou ausente. A taxa de hemossedimentação pode estar acentuadamente
aumentada; os granulócitos se encontram consideravelmente reduzidos
ou totalmente ausentes. As contagens de hemoglobina, eritrócitos e
plaquetas podem estar alteradas.

Em caso de deterioração imprevista do estado geral do paciente,
se a febre não ceder ou reaparecer, ou se houver alterações
dolorosas da mucosa oral, nasal e da garganta, recomenda-se
enfaticamente que Butilbrometo de Escopolamina + Dipirona Sódica
(substância ativa) seja imediatamente suspenso e que seja
consultado um médico mesmo que os resultados dos exames
laboratoriais ainda não estejam disponíveis.

Reações mais leves (por exemplo, reações cutâneas e nas mucosas,
como prurido, sensação de queimação, eritema, edema assim como
dispneia e distúrbios gastrintestinais) podem levar a reações mais
graves (por exemplo urticária generalizada angioedema grave com
envolvimento da região laríngea, broncoespasmo grave, arritmia,
diminuição da pressão arterial com eventual aumento inicial da
pressão arterial). O Butilbrometo de Escopolamina + Dipirona Sódica
(substância ativa) deve, portanto, ser imediatamente suspenso se
ocorrerem reações cutâneas. Em caso de reações cutâneas graves,
consultar imediatamente um médico.

Podem ocorrer reações anafiláticas durante ou imediatamente após
a injeção, porém estas também podem aparecer algumas horas após a
injeção. Entretanto em geral as reações ocorrem na primeira hora
após a administração. O tratamento apropriado deve ser iniciado
logo que surgirem sinais/sintomas de anafilaxia.

Reações de hipotensão que ocorrem durante ou após o uso podem
ser induzidas pela medicação, e não se comportam de forma
relacionada com sinais de reações anafilactoides e/ou anafiláticas.
Estas reações podem levar a grave queda da pressão arterial. A
injeção intravenosa rápida aumenta o risco de reações de
hipotensão.

Em caso de aumento da temperatura após injeção muito rápida,
pode haver uma queda crítica e dose-dependente na pressão arterial
sem qualquer outro sinal de intolerância à medicação. A excreção de
ácido rubazônico, um metabólito inativo da dipirona, pode produzir
uma coloração avermelhada na urina, que desaparece com a
descontinuação do tratamento.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de
Notificações em Vigilância Sanitária-NOTIVISA ou para a
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Riscos do Espafin

Não use este medicamento durante a gravidez e em
crianças menores de três meses de idade.

Interação Medicamentosa do Espafin

O Butilbrometo de Escopolamina + Dipirona Sódica (substância
ativa) pode intensificar a ação anticolinérgica de medicamentos
tais como antidepressivos tricíclicos e tetracíclicos,
antihistamínicos, antipsicóticos, quinidina, amantadina,
disopiramida e outros anticolinérgicos (por ex. tiotrópio,
ipratrópio, compostos similares à atropina).

O uso concomitante de antagonistas da dopamina, como, por
exemplo, metoclopramida, pode resultar numa diminuição da atividade
de ambos os fármacos no trato gastrintestinal.

O Butilbrometo de Escopolamina + Dipirona Sódica (substância
ativa) pode aumentar a ação taquicárdica dos agentes
beta-adrenérgicos.

No caso de tratamento concomitante com ciclosporina, pode
ocorrer diminuição nos níveis desta substância, e, por esta razão,
devem ser monitorados.

O uso concomitante de Butilbrometo de Escopolamina + Dipirona
Sódica (substância ativa) e clorpromazina pode causar hipotermia
grave.

As pirazolonas podem causar interações com anticoagulantes
orais, captopril, lítio, metotrexato e triantereno. A eficácia de
anti-hipertensivos e diuréticos pode ser afetada pelas pirazolonas.
Não se sabe em que extensão a dipirona provoca estas
interações.

Em pacientes diabéticos, os derivados pirazolônicos podem
interferir nos ensaios enzimáticos de açúcar no sangue, quando
realizados pelo método da glicoseoxidase.

Interação Alimentícia do Espafin

Os efeitos do álcool e Butilbrometo de Escopolamina + Dipirona
Sódica (substância ativa) podem ser potencializados quando usados
concomitantemente.

Ação da Substância Espafin

Resultados de eficácia

A avaliação da eficácia analgésica de vários esquemas
terapêuticos com duração de quatro dias, em pacientes com dor
causada por espasmos (quadros dolorosos, mais ou menos contínuos,
de gravidade intermediária provocada por espasmos da musculatura
lisa do trato gastrintestinal, biliar ou renal), incluiu o uso oral
de Butilbrometo de Escopolamina + Dipirona Sódica (substância
ativa) e obteve os seguintes resultados: alívio da dor em 81,5% dos
pacientes (total de 76) tratados com Butilbrometo de Escopolamina +
Dipirona Sódica (substância ativa), contra 9,3% no grupo placebo
(total de 151).

Características farmacológicas

Farmacodinâmica

O Butilbrometo de Escopolamina + Dipirona Sódica (substância
ativa) é uma associação medicamentosa para uso oral e injetável,
composta de um antiespasmódico butilbrometo de escopolamina e um
analgésico, dipirona.

O butilbrometo de escopolamina exerce um efeito espasmolítico na
musculatura lisa do trato gastrintestinal, das vias biliares e
geniturinárias. Como um derivado de amônia quaternária o
butilbrometo de escopolamina não atravessa o sistema nervoso
central. Portanto não ocorrem efeitos colaterais sobre o sistema
nervoso central. A ação anticolinérgica periférica resulta de uma
ação bloqueadora ganglionar na parede visceral e de sua atividade
antimuscarínica.

A dipirona apresenta importantes propriedades analgésicas,
antipiréticas, espasmolíticas e antiflogísticas.

Farmacocinética

Butilbrometo de escopolamina

Absorção

Após administração oral, o butilbrometo de escopolamina é apenas
parcialmente absorvido. Os picos de concentração plasmática são
atingidos cerca de 2 horas após administração oral. Devido ao
metabolismo de primeira passagem, a biodisponibilidade absoluta
após administração oral é de apenas 0,3 – 0,8%.

Distribuição

Após administração intravenosa, a substância é rapidamente
depurada do plasma durante os primeiros 10 minutos, com uma
meia-vida de 2 – 3 minutos. O volume de distribuição (Vss) é de
128L. Após administração oral e intravenosa, o butilbrometo de
escopolamina se concentra nos tecidos do trato gastrintestinal,
fígado e rins.

Apesar de níveis sanguíneos brevemente mensuráveis e
extremamente baixos, o butilbrometo de escopolamina permanece
disponível no local de ação por causa de sua alta afinidade pelos
tecidos. A autorradiografia confirma que o butilbrometo de
escopolamina não ultrapassa a barreira hematoencefálica. O
butilbrometo de escopolamina tem baixa ligação às proteínas
plasmáticas.

Metabolismo e eliminação

A depuração total média após administração intravenosa é de
cerca de 1,2L/min, cerca de metade dela por via renal. A meia-vida
terminal de eliminação é de cerca de 5 horas.

Dipirona

Absorção

Após administração oral a dipirona é rápida e quase
completamente absorvida pelo trato gastrintestinal.

No suco gástrico ela é hidrolizada em seu principal metabólito,
4-metilaminoantipirina (4-MAA), que é prontamente absorvido. Os
níveis plasmáticos máximos de 4-MAA após administração oral são
obtidos dentro de 1 a 2 horas. A ingestão concomitante de alimentos
não tem efeito relevante na farmacocinética da dipirona.

Distribuição

Nenhum dos metabólitos é extensivamente ligado a proteínas
plasmáticas. A ligação às proteínas plasmáticas de 4-MAA é de 58%.
A dipirona pode cruzar a barreira placentária. Os metabólitos são
excretados no leite materno de lactantes.

Metabolismo

O principal metabólito da dipirona, 4-MAA, é ainda metabolizado
no fígado por oxidação e demetilação que são seguidas por
acetilação para 4-formilaminoantipirina (4-FAA), 4-aminoantipirina
(4-AA) e 4-acetilaminoantipirina (4-AcAA). O efeito clínico da
dipirona pode ser atribuído principalmente ao principal metabólito
4-MAA e, em alguma extensão, a 4-AA. Os metabólitos 4-FAA e 4-AcAA
parecem ser farmacologicamente inativos.

Eliminação

No homem sadio, após administração oral e intravenosa, mais de
90% da dose é excretada na urina dentro de 7 dias. A meia-vida de
eliminação de dipirona radiomarcada é de cerca de 10 horas.

Para 4-MAA, a meia-vida de eliminação após dose oral única é de
2,7 horas, e para os demais metabólitos a meia-vida de eliminação é
de 3,7 a 11,2 horas.

As crianças eliminam os metabólitos mais rapidamente que
adultos.

Em voluntários idosos sadios, a meia-vida de eliminação de 4-MAA
foi significativamente mais longa e a depuração total de 4-MAA foi
significativamente mais baixa que em indivíduos jovens.

Em pacientes com insuficiência hepática, a meia-vida de
eliminação de 4-MAA e 4-FAA aumenta cerca de 3 vezes. Em pacientes
com insuficiência renal, a eliminação de certos metabólitos
(4-AcAA, 4-FAA) está reduzida. Assim, a administração de altas
doses deve ser evitada em pacientes com comprometimento hepático e
renal.

Geral

Todos os metabólitos da dipirona mostram farmacocinética
não-linear. A relevância clínica deste fenômeno não é conhecida.
Durante o tratamento em curto prazo, o acúmulo de metabólitos é de
menor importância.

Espafin, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.