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Enbrel

Enbrel está indicado no tratamento da artrite reumatoide ativa
moderada a grave, quando a resposta a um ou mais tratamentos com
DMARDs (drogas antirreumáticas modificadoras da doença) se mostrar
insatisfatória.

Enbrel está indicado no tratamento da artrite idiopática juvenil
em menores com idade entre 4 a 17 anos em pacientes que
apresentaram resposta insatisfatória a um ou mais DMARDs (drogas
antirreumáticas modificadoras da doença).

Espondiloartrite Axial

Enbrel é indicado para redução dos sinais e sintomas em
pacientes com espondilite anquilosante ativa.

Enbrel é indicado na inibição do dano estrutural e na redução de
sinais e sintomas de pacientes com artrite psoriásica.

Enbrel é indicado para o tratamento de pacientes adultos (18
anos ou mais) com psoríase crônica em placas moderada a grave que
são candidatos a terapia sistêmica ou fototerapia.

Enbrel pode ser iniciado em associação ao metotrexato ou em
monoterapia.

Enbrel é indicado para o tratamento de psoríase crônica grave em
placas em crianças e adolescentes a partir de 6 anos de idade que
estão inadequadamente controlados ou são intolerantes a outra
terapia sistêmica ou fototerapia.

Como Enbrel funciona?

Enbrel é um medicamento antirreumático, obtido por
biotecnologia. Age diminuindo a dor e o inchaço das articulações e
retardando o dano causado pela doença ativa moderada a grave, que
pode resultar em comprometimento da função da articulação.

Enbrel age ligando-se a uma substância conhecida como TNF (fator
de necrose tumoral), bloqueando sua atividade e reduzindo a dor e a
inflamação associadas à artrite reumatoide, artrite psoriásica,
artrite idiopática juvenil poliarticular (AIJ), espondilite
anquilosante e psoríase crônica em placas.

O tempo médio estimado para início de ação de Enbrel é de 2
semanas, podendo se modificar a depender da severidade dos
sintomas.

Contraindicação do Enbrel

Enbrel é contraindicado em pessoas com alergia conhecida a
qualquer um de seus componentes.

Enbrel é contraindicado em pacientes com infecção generalizada
ou em risco de desenvolvê-la.

O tratamento com Enbrel não deve ser iniciado em pacientes com
infecções ativas sérias, incluindo infecções crônicas ou
localizadas.

Este medicamento é contraindicado para menores de
2 anos de idade.

Como usar o Enbrel

Somente para uso subcutâneo.

Instruções para Preparo e Administração da Injeção de
Enbrel.

Este item é dividido nos seguintes
subitens:

  1. Introdução.
  2. Preparo geral para a administração.
  3. Preparo da dose de Enbrel para administração.
  4. Adição do diluente.
  5. Retirada da solução de Enbrel do frasco-ampola.
  6. Colocação da agulha na seringa.
  7. Escolha de um local para administração.
  8. Administração da solução de Enbrel.
  9. Descarte dos materiais.

Introdução

As orientações a seguir explicam como preparar e administrar
Enbrel. Estas orientações devem ser lidas com atenção e seguidas
passo a passo. O médico ou seu assistente irão orientá-lo sobre as
técnicas de administração do medicamento em si mesmo
(autoadministração) ou em uma criança. Não tente administrar o
medicamento sem estar certo de que compreendeu como preparar e
administrar o medicamento.

Este medicamento não deve ser misturado com nenhum outro
medicamento.

Preparo geral para a administração

  • Lave muito bem as mãos.
  • Escolha uma superfície de trabalho limpa, bem iluminada e
    plana.
  • A embalagem deve conter os seguintes itens (caso
    contrário, não use a embalagem e consulte o farmacêutico):
    frasco-ampola de Enbrel; seringa preenchida com diluente límpido e
    transparente (água para injeção); agulha; adaptador para
    frasco-ampola; 2 lenços umedecidos com álcool.

Use apenas os itens mencionados. Não use nenhuma outra
seringa. 

  • Verifique a data de validade no rótulo do frasco-ampola e na
    seringa. Esses produtos não devem ser usados após o mês e o ano
    indicados.

Preparo da dose de Enbrel para
administração

  • Retire os itens da bandeja.
  • Retire a tampa plástica do frasco-ampola de Enbrel (imagem
    abaixo). Não retire a tampa cinza de borracha, nem o aro
    de alumínio do frasco-ampola.

  • Use um novo lenço umedecido com álcool para limpar a tampa
    cinza do frasco-ampola de Enbrel. Depois de limpar, não toque mais
    na tampa com as mãos nem a deixe encostar em nenhuma
    superfície.
  • Coloque o frasco-ampola na posição vertical em uma superfície
    limpa e plana.
  • Retire a tampa de papel da embalagem do adaptador para
    frasco-ampola.
  • Coloque o adaptador para frasco-ampola, ainda na embalagem
    plástica, na parte superior do frasco-ampola de Enbrel de
    forma que a ponta do adaptador fique centralizada dentro do círculo
    elevado na parte superior da tampa do frasco-ampola (ver
    Diagrama 2).
  • Com uma das mãos, segure firmemente o frasco-ampola sobre a
    superfície plana. Com a outra mão, empurre firmemente para
    baixo a embalagem do adaptador até sentir que o adaptador
    perfurou a tampa do frasco-ampola e sentir e escutar as bordas do
    adaptador travarem no local (ver Diagrama 3). Não empurre o
    adaptador em posição inclinada (ver Diagrama 4). É importante que a
    ponta do adaptador para frasco-ampola perfure completamente a tampa
    do frasco.

  • Ainda segurando o frasco-ampola com uma das mãos, retire a
    embalagem plástica do adaptador para frasco- ampola (imagem
    abaixo).

  • Retire a tampa de borracha protetora que cobre o bico da seringa
    rompendo a área perfurada da tampa branca. Para isso, segure o
    corpo da seringa enquanto aperta a ponta da tampa com a outra mão e
    movimente-a para cima e para baixo até rompê-la (imagem abaixo).
    Não retire a argola branca que permanece na seringa.

  • Não use a seringa se essa área perfurada já estiver quebrada.
    Comece novamente com outra bandeja.
  • Segure o corpo de vidro da seringa (não a argola branca) com
    uma mão e o adaptador para frasco-ampola (não o frasco-ampola) com
    a outra e conecte a seringa ao adaptador para frasco-ampola
    inserindo a ponta da seringa na abertura do adaptador e virando no
    sentido horário até estar completamente presa (imagem abaixo).

Adição do diluente

  • Segure o frasco-ampola na posição vertical sobre a superfície
    plana, empurre lentamente o êmbolo até que todo o solvente
    passe para o frasco-ampola. Isso irá ajudar a evitar a formação de
    espuma (muitas bolhas) (imagem abaixo).
  • Após a adição do diluente a Enbrel, o êmbolo pode voltar
    sozinho. Isso se deve à pressão do ar e não é motivo para
    preocupação.

  • Com a seringa ainda encaixada, girar delicadamente o
    frasco-ampola algumas vezes, para dissolução do pó (imagem abaixo).
    Não agite o frasco-ampola. Espere até que todo o pó esteja
    dissolvido (em geral, menos de 10 minutos). A solução deve estar
    límpida e incolor, sem grumos, flocos ou partículas. Ainda pode
    sobrar um pouco de espuma branca no frasco-ampola – isso é normal.
    Não use Enbrel se todo o pó do frasco- ampola não estiver
    dissolvido em 10 minutos. Comece novamente com outra bandeja.

Retirada da solução de Enbrel do
frasco-ampola

  • Com a seringa ainda encaixada no frasco-ampola e ao adaptador,
    segure o frasco-ampola de cabeça para baixo na altura dos olhos.
    Empurre todo o êmbolo na seringa (imagem abaixo).

  • Em seguida, puxe lentamente o êmbolo de volta para aspirar o
    líquido na seringa (imagem abaixo). A menos que orientado por seu
    médico, aspirar todo o volume. Para crianças, retirar apenas a
    quantidade de líquido indicada pelo médico. Após ter aspirado o
    Enbrel do frasco-ampola, pode haver um pouco de ar na seringa.
    Não se preocupe, pois você irá retirar o ar em uma etapa
    posterior.

  • Com o frasco-ampola ainda de cabeça para baixo, desenrosque a
    seringa do adaptador para frasco-ampola girando-a no sentido
    anti-horário (imagem abaixo).

  • Coloque a seringa contendo a solução sobre a superfície limpa e
    plana. Certifique-se de que a ponta não se encoste a nada. Tenha
    cuidado para não empurrar o êmbolo para baixo. (Obs.: Após terminar
    essas etapas, uma pequena quantidade de líquido pode permanecer no
    frasco-ampola. Isso é normal).

Colocação da agulha na seringa

  • A agulha encontra-se em uma embalagem plástica para que se
    mantenha estéril.
  • Para abrir a embalagem plástica, segure a extremidade curta e
    larga com uma das mãos e a parte mais longa da embalagem com a
    outra mão.
  • Para romper o lacre, mova a extremidade maior para cima e para
    baixo até quebrá-la (imagem abaixo).

  • Após o lacre ser rompido, retire a extremidade curta e larga da
    embalagem plástica.
  • A agulha irá permanecer na parte longa da embalagem.
  • Segure a agulha e a embalagem com uma das mãos, pegue a seringa
    e insira seu bico na abertura da agulha.
  • Encaixe a seringa à agulha girando no sentido horário até
    fechá-la completamente (imagem abaixo).

  • Retire o invólucro da agulha puxando-o firmemente em linha reta
    para fora da seringa (imagem abaixo). Tenha cuidado para não dobrar
    ou rodar a tampa durante a remoção para evitar danos à agulha.

  • Segure a seringa na posição vertical e retire as bolhas de ar
    empurrando lentamente o êmbolo até que o ar seja retirado (imagem
    abaixo).

Escolha de um local para administração

  • Três locais são recomendados para injeção de Enbrel: (1) meio
    das coxas; (2), abdômen, evitando um raio de 5 cm ao redor do
    umbigo; e (3) parte externa do braço (imagem abaixo). Para
    autoinjeção, não se deve utilizar a parte externa do braço.

  • A cada nova aplicação, escolha um local diferente, a pelo menos
    3 cm de distância do local de aplicação anterior. Não aplique
    a injeção em áreas em que a pele esteja sensível, com hematoma,
    avermelhada ou endurecida (pode ser útil fazer anotações sobre a
    localização das injeções anteriores).
  • Se você ou a criança tem psoríase, deve tentar não administrar
    diretamente o produto em nenhuma placa cutânea saliente, espessa,
    avermelhada ou descamada (“lesões cutâneas da psoríase”).

Injeção da solução de Enbrel

  • Limpe o local onde Enbrel será administrado com um lenço
    umedecido com álcool, fazendo movimentos circulares. NÃO toque mais
    nessa região antes da administração da injeção.
  • Faça uma prega na área limpa da pele quando estiver seca e
    segure-a firmemente com uma mão. Com a outra mão, segure a seringa
    como um lápis. Tenha cuidado para não tocar na área limpa (imagem
    abaixo).

  • Com um movimento rápido e curto, introduza a agulha toda na
    pele em um ângulo entre 45o e
    90o (ver Diagrama 18). Com a experiência, você
    encontrará o ângulo que é mais confortável para você. Tenha cuidado
    para não empurrar a agulha na pele muito lentamente, ou com muita
    força.
  • Quando a agulha estiver completamente inserida, solte a
    pele.
  • Com a mão livre, segure a seringa perto de sua base para
    estabilizá-la. Então empurre o êmbolo para injetar toda a
    solução em uma taxa estável (imagem abaixo).
  • Quando a seringa estiver vazia, retire a agulha da pele tendo o
    cuidado de mantê-la no mesmo ângulo em que foi inserida. Pode
    haver um pequeno sangramento no local da injeção. Você pode
    pressionar um chumaço de algodão ou gaze sobre o local da
    administração por 10 segundos. Não esfregue o local da
    administração. Se necessário você pode cobrir o local da injeção
    com um curativo.

9. Descarte dos materiais

  • Nunca reutilize a seringa e as agulhas. Descarte as
    agulhas e a seringa conforme orientação do médico, enfermeira ou
    farmacêutico;
  • Todas as dúvidas devem ser esclarecidas por um médico,
    enfermeira ou farmacêutico que estejam familiarizados com
    Enbrel.

Posologia

Pacientes adultos (≥18 anos) com artrite
reumatoide

A dose recomendada para pacientes adultos com artrite reumatoide
é de 50 mg de Enbrel por semana, (em duas injeções de 25 mg
administradas praticamente simultâneas ou 25 mg de Enbrel duas
vezes por semana, com 3 ou 4 dias de intervalo) em injeção
subcutânea.

Pacientes adultos (≥18 anos) com artrite psoriásica ou
espondilite anquilosante

A dose recomendada para pacientes adultos com artrite psoriásica
ou espondilite anquilosante é de 50 mg de Enbrel por semana
(em duas injeções de 25 mg administradas praticamente simultâneas
ou 25 mg de Enbrel duas vezes por semana, com 3 ou 4 dias de
intervalo), em injeção subcutânea.

O uso de metotrexato, glicocorticoides, salicilatos,
antiinflamatórios não esteroides (AINEs) ou analgésicos pode ser
mantido durante o tratamento com Enbrel em adultos.

A dose de 25 mg uma vez por semana produz uma resposta mais
lenta e pode ser menos efetiva.

Pacientes adultos com psoríase em placas

A dose do Enbrel é de 50 mg por semana (em duas injeções
únicas de 25 mg administradas no mesmo dia ou com 3 a 4 dias de
intervalo). Respostas maiores podem ser obtidas com tratamento
inicial por até 12 semanas com a dose de 50 mg duas vezes por
semana.

Pacientes adultos podem ser tratados intermitente ou
continuamente, baseado no julgamento do médico e nas necessidades
individuais do paciente. O tratamento deve ser descontinuado em
pacientes que não apresentarem resposta após 12 semanas. No uso
intermitente, os ciclos de tratamento subsequentes ao ciclo inicial
devem usar dose de 50 mg uma vez por semana ou de 25 mg duas vezes
por semana.

Uso Pediátrico

A dose de Enbrel para pacientes pediátricos é baseada no
peso corporal. Pacientes com menos de 62,5 kg devem receber
doses precisas na base mg/kg (ver abaixo posologia para indicação
específica).

Artrite Idiopática Juvenil (AIJ)

A dose recomendada para pacientes pediátricos de 4 a 17 anos com
AIJ poliarticular ativa é de 0,4 mg/kg (máximo de 25 mg por dose)
administrada duas vezes por semana em injeção subcutânea com
intervalo de 3-4 dias entre as doses. A dose para pacientes
pediátricos com 31 kg ou menos deve ser administrada em uma única
injeção SC uma vez por semana.

Glicocorticoides, antiinflamatórios não esteroidais (AINEs) ou
analgésicos podem ser mantidos durante o tratamento com Enbrel. O
uso concomitante de metotrexato e doses mais altas de
Enbrel não foram estudados em pacientes pediátricos.

Enbrel não foi estudado em crianças com menos de 4 anos de
idade.

Psoríase em placas pediátrica

  • Uso em menores (≥ 6 e lt; 18 anos).

A dose recomendada para pacientes pediátricos de ≥6 e lt;18 anos
com psoríase em placas é de 0,8 mg/kg (máximo de 50 mg por dose)
administrada uma vez por semana durante um período máximo de 24
semanas. O tratamento deve ser descontinuado em pacientes que não
apresentarem resposta após 12 semanas.

Se o retratamento for indicado, as referidas orientações sobre a
duração do tratamento devem ser seguidas. A dose deve ser de 0,8
mg/kg (até um máximo de 50 mg por dose) uma vez por semana.

Uso em pacientes idosos (≥ 65 anos) e em pacientes com
insuficiência renal e/ou hepática

Não é necessário ajuste de dose.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
Enbrel?

Caso o paciente tenha esquecido de aplicar uma dose de Enbrel,
deve-se aplicar a próxima dose assim que se lembrar. Depois,
deve-se continuar o tratamento de Enbrel de acordo com a
prescrição. Não se deve aplicar uma dose dupla de Enbrel para
compensar a dose que foi esquecida.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Enbrel

Procure seu médico imediatamente se desenvolver uma nova
infecção durante o tratamento com Enbrel. Se você desenvolver uma
infecção séria durante o tratamento, este deverá ser descontinuado,
sob a orientação do seu médico.

O uso de Enbrel e anakinra não é recomendado.

O uso de Enbrel em pacientes para o tratamento da hepatite
alcoólica não é recomendado. Médicos devem ter cuidado quando o
Enbrel for usado em pacientes que apresentem hepatite alcoólica
moderada a grave.

A tampa de borracha protetora da seringa do diluente contém
látex (borracha natural seca). Os pacientes ou cuidadores devem
entrar em contato com o médico antes de usar o Enbrel se a tampa de
borracha da seringa for manuseada ou se o Enbrel for administrado a
alguém com hipersensibilidade (alergia) conhecida ou possível ao
látex.

Foram relatadas reações alérgicas associadas à administração de
Enbrel. Caso ocorra alguma reação alérgica, procure o seu médico
imediatamente.

Existe a possibilidade das terapias anti-TNF, incluindo Enbrel,
comprometerem a defesa do paciente contra infecções e doenças
malignas, pois o TNF é responsável pela mediação da inflamação e
pela resposta imunológica celular. Casos de leucemia têm sido
reportados em pacientes tratados com antagonistas do TNF.

Doenças malignas (particularmente linfomas de Hodgkin e não
Hodgkin), algumas fatais, foram relatadas entre crianças e
adolescentes que receberam tratamento com antagonistas do TNF,
incluindo Enbrel. A maioria dos pacientes recebeu imunossupressores
concomitantemente.

A qualquer sinal de infecção ou comprometimento das funções de
coagulação e defesa do organismo (por ex.: febre persistente, dor
de garganta, hematomas, sangramento, palidez), comunique seu médico
imediatamente. Ele tomará as providências necessárias.

Recomenda-se ao médico uma avaliação cuidadosa da relação
risco/benefício ao prescrever este medicamento a pacientes com
doença neurológica degenerativa (por ex.: diagnóstico conhecido de
Esclerose Múltipla) preexistente ou de início recente.

O médico deve ter cautela ao utilizar este medicamento em
pacientes que também sofrem de Insuficiência Cardíaca
Congestiva.

Foi relatada hipoglicemia após iniciação de Enbrel em pacientes
recebendo medicação para diabetes, sendo necessária redução da
medicação antidiabética em alguns desses pacientes.

Houve relatos de doença inflamatória intestinal (DII) em
pacientes com artrite idiopática juvenil tratados com Enbrel, que
não é efetivo para o tratamento da DII. A relação causal com Enbrel
não é clara, pois manifestações clínicas de inflamação intestinal
foram observadas em pacientes com artrite idiopática juvenil não
tratados.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Enbrel

Pacientes adultos

A proporção de descontinuação do tratamento devido a reações
adversas nos estudos clínicos em pacientes com artrite reumatoide
foi semelhante, tanto no grupo que recebeu Enbrel, como no grupo
placebo (substância sem ação terapêutica).

Reações no local da administração

Podem ocorrer reações no local da administração (eritema
(vermelhidão) e/ou prurido (coceira), dor ou inchaço). A frequência
de reações no local da administração foi maior no primeiro mês,
diminuindo posteriormente. Em estudos clínicos, estas reações foram
geralmente transitórias com duração média de 4 dias.

Na experiência pós-comercialização, também foram observados
sangramentos e hematomas no local da administração do tratamento
com Enbrel.

Infecções

Foram relatadas infecções sérias e fatais. Entre os
microrganismos mencionados estão bactérias, micobactérias
(incluindo a da tuberculose), vírus, fungos e parasitas (incluindo
protozoários). Infecções oportunistas também foram relatadas
(incluindo a listeriose e legionelose).

Nos estudos em pacientes com artrite reumatoide, as taxas
relatadas de infecções sérias (fatais, que resultaram em risco de
vida ou que necessitaram de hospitalização ou antibioticoterapia
intravenosa) e não sérias foram semelhantes para os grupos tratados
com Enbrel e placebo, quando ajustadas de acordo com a duração
da exposição. Infecções do trato respiratório superior foram as
infecções não sérias mais frequentemente relatadas.

Câncer

A frequência e incidência de novas doenças malignas observadas
nos estudos clínicos com Enbrel foram semelhantes às esperadas
nas populações estudadas. Durante o período de pós-comercialização,
foram recebidos relatos de doenças malignas afetando diversos
locais.

Formação de autoanticorpos

Não se sabe qual o impacto do tratamento a longo prazo com
Enbrel sobre o desenvolvimento de doenças autoimunes.

Abaixo listamos as reações observadas com a utilização
desse medicamento:

Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes
que utilizam este medicamento)

  • Infecções (incluindo infecções do trato respiratório superior,
    bronquite, cistite, infecções da pele);
  • Reações no local da aplicação (incluindo eritema (vermelhidão),
    coceira, dor e inchaço).

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

  • Reações alérgicas;
  • Formação de autoanticorpo;
  • Febre;
  • Prurido (coceira).

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

  • Infecções sérias (incluindo pneumonia, celulite, artrite
    séptica, sepse e infecção parasitária);
  • Câncer de pele não melanoma;
  • Diminuição de plaquetas;
  • Vasculite (inflamação da parede de um vaso sanguíneo) sistêmica
    (incluindo vasculite ANCA positiva);
  • Uveíte (inflamação de uma parte do olho: úvea);
  • Esclerite (inflamação da parte branca dos olhos);
  • Doença pulmonar intersticial (incluindo fibrose (endurecimento
    do órgão ou estrutura) pulmonar e pneumonite);
  • Rash cutâneo (erupção avermelhada da pele);
  • Urticária;
  • Angioedema (inchaço das partes mais profundas da pele ou da
    mucosa, geralmente de origem alérgica);
  • Psoríase (recorrência ou exacerbação; incluindo todos os
    subtipos);
  • Erupção psoriásica.

Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

  • Tuberculose;
  • Infecções oportunistas (incluindo fúngica invasiva, infecções
    bacterianas, micobacterianas atípicas, infecções virais e
    Legionela);
  • Melanoma;
  • Anemia (diminuição da quantidade de células vermelhas do
    sangue: hemácias);
  • Diminuição de leucócitos;
  • Diminuição de neutrófilos e a diminuição de hemácias, plaquetas
    e leucócitos conjuntamente;
  • Reações alérgicas/anafiláticas sérias (incluindo
    broncoespasmo/chiado no peito);
  • Sarcoidose (doença autoimune que forma nódulos inflamatórios
    nos órgãos);
  • Convulsões;
  • Eventos desmielinizantes do sistema nervoso central, incluindo
    esclerose múltipla e condições desmielinizantes localizadas, como
    neurite (inflamação de um nervo) óptica e mielite transversa;
  • Vasculite cutânea (incluindo vasculite leucocitoclástica);
  • Síndrome de Stevens-Johnson;
  • Eritema multiforme (lesões avermelhadas na pele e mucosas, às
    vezes com bolhas e ulcerações);
  • Lúpus eritematoso cutâneo subagudo;
  • Lúpus eritematoso discoide;
  • Síndrome do tipo lúpus;
  • Piora de insuficiência cardíaca congestiva;
  • Enzimas hepáticas elevadas;
  • Hepatite autoimune.

Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos
pacientes que utilizam este medicamento)

  • Anemia aplástica (diminuição da produção de glóbulos vermelhos
    do sangue);
  • Necrólise epidérmica tóxica (camada superior da pele
    desprende-se em camadas).

Reação com frequência não conhecida

  • Listeria;
  • Reativação da hepatite B;
  • Carcinoma de célula de Merkel;
  • Síndrome de ativação de macrófagos.

Pacientes pediátricos

Em geral, os eventos adversos em pacientes pediátricos
apresentaram frequência e tipo semelhantes aos observados em
adultos.

Infecção foi o evento adverso mais comum em pacientes
pediátricos tratados com Enbrel, tendo ocorrido com incidência
semelhante à observada no grupo placebo. Os tipos de infecções
relatadas em pacientes com artrite idiopática juvenil foram, em
geral, leves e compatíveis com os frequentemente observados em
populações de pacientes pediátricos ambulatoriais.

Em estudos clínicos, foram relatados dois casos de varicela com
sinais e sintomas sugestivos de meningite asséptica entre os
pacientes com artrite idiopática juvenil tratados com Enbrel.

Atenção: este produto é um medicamento que possui nova
indicação terapêutica no país e, embora as pesquisas tenham
indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e
utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos
imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu
médico.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

Composição do Enbrel

Princípio ativo:

Cada frasco-ampola contém:

25 mg de etanercepte.

Excipientes:

manitol, sacarose (açúcar) e trometamol (trometamina).

Diluente:

Água para injeção.

Não contém conservante.

Superdosagem do Enbrel

Se acidentalmente você aplicar mais Enbrel do que o
indicado pelo seu médico, entre em contato com um médico ou
dirija-se com urgência ao hospital mais próximo. Leve sempre
consigo a embalagem ou o frasco de Enbrel, mesmo que estejam
vazios.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Enbrel

Tratamento concomitante com anakinra:

Foi observado que pacientes tratados com Etanercepte (substância
ativa) e anakinra tiveram uma taxa maior de infecções sérias quando
comparados com pacientes que foram tratados apenas com Etanercepte
(substância ativa) (dados históricos). Adicionalmente, em um estudo
duplo-cego placebo controlado em pacientes recebendo terapia
de base com metotrexato, observou-se que os pacientes tratados com
Etanercepte (substância ativa) e anakinra tinham uma taxa maior de
infecções sérias e neutropenia do que os pacientes tratados apenas
com Etanercepte (substância ativa).

Tratamento concomitante com abatacepte:

Nos estudos clínicos, a administração concomitante da terapia
com o abatacepte e o Etanercepte (substância ativa) resultou em
incidências aumentadas de eventos adversos sérios. Essa combinação
ainda não demonstrou maior benefício clínico; o uso não é
recomendado.

Tratamento concomitante com sulfassalazina:

Em um estudo clínico com pacientes que tinham recebido doses
estabelecidas de sulfassalazina, para os quais Etanercepte
(substância ativa) foi acrescentado, observou-se neste grupo
diminuição estatisticamente significante da contagem média de
leucócitos em comparação aos grupos tratados com Etanercepte
(substância ativa) ou sulfassalazina isoladamente. A significância
clínica desta interação não é conhecida.

Ausência de Interações

Em estudos clínicos envolvendo pacientes adultos com artrite
reumatoide, não foram observadas interações ao se administrar
Etanercepte (substância ativa) com glicocorticoides, salicilatos
(exceto sulfassalazina), anti-inflamatórios não esteroides (AINEs),
analgésicos ou metotrexato.

O metotrexato não altera a farmacocinética de Etanercepte
(substância ativa).

Não foram observadas interações medicamentosas farmacocinéticas
clinicamente significativas nos estudos com digoxina e
varfarina.

Ação da Substância Enbrel

Resultados da eficácia

Pacientes adultos com artrite reumatoide

A eficácia de Etanercepte (susbtância ativa) (susbtância
ativa) foi avaliada em um estudo randomizado, duplo cego,
controlado por placebo.

O estudo avaliou 234 pacientes adultos com artrite reumatoide
ativa, que apresentaram falhas na terapia com, pelo menos uma, mas
não mais do que quatro drogas antirreumáticas modificadoras da
doença (DMARDs). Doses de 10 mg ou 25 mg de Etanercepte (susbtância
ativa) ou placebo foram administradas por via subcutânea duas vezes
por semana, durante 6 meses consecutivos. Os resultados desse
estudo controlado foram expressos em porcentagem de melhora na
artrite reumatoide usando os critérios de resposta do Colégio
Americano de Reumatologia (ACR).

Respostas de ACR 20 e 50 foram superiores em pacientes tratados
com Etanercepte (susbtância ativa) (susbtância ativa) no mês 3
e no mês 6 comparado aos pacientes tratados com placebo (ACR 20:
Etanercepte (susbtância ativa) 62% e 59%, placebo 23% e 11%, no mês
3 e no mês 6, respectivamente; ACR 50: Etanercepte (susbtância
ativa) 41% e 40%, placebo 8% e 5% em 3 e 6 meses, respectivamente,
p lt;0,01 Etanercepte (susbtância ativa) (susbtância
ativa) vs. placebo em todos os pontos temporais para ambas as
respostas, ACR 20 e ACR 50).

Cerca de 15% dos indivíduos que receberam Etanercepte
(susbtância ativa) atingiram uma resposta de ACR 70, no mês 3 e no
mês 6, em comparação com menos de 5% dos indivíduos que receberam
placebo.

Entre os pacientes que receberam tratamento com Etanercepte
(susbtância ativa), as respostas clínicas surgiram geralmente
dentro de 1 a 2 semanas após o início do tratamento e quase sempre
duraram por 3 meses.

Etanercepte (susbtância ativa) foi significativamente melhor que
placebo em todos os componentes dos critérios de resposta do ACR,
bem como outras medidas de atividade de artrite reumatoide não
incluídas nos critérios de resposta do ACR, tal como a rigidez
matinal. O Health Assessment Questionnaire (HAQ), que incluiu
incapacidade, vitalidade, saúde mental, estado geral de saúde, e
status dos subdomínios de saúde associado a artrite foi
administrado a cada 3 meses durante o estudo. Todos os subdomínios
do HAQ mostraram melhora no grupo tratado com Etanercepte
(susbtância ativa) comparativamente ao grupo controle, em 3 e 6
meses.

Após a interrupção do uso de Etanercepte (susbtância ativa), os
sintomas da artrite geralmente reapareceram dentro de um mês.

Baseado em resultados de estudos abertos, observou-se que a
reintrodução do tratamento com Etanercepte (susbtância ativa) após
períodos de descontinuações de, no máximo, 24 meses resultou na
mesma magnitude das respostas que em pacientes que receberam
Etanercepte (susbtância ativa) sem interrupção. Respostas duráveis
continuadas foram observadas por até 10 anos em estudos de extensão
abertos, quando os pacientes receberam tratamento com Etanercepte
(susbtância ativa) sem interrupção.

A eficácia de Etanercepte (susbtância ativa) foi comparada ao
metotrexato em um segundo estudo randomizado, controlado, com
avaliações radiográficas cegas como desfecho primário em 632
pacientes adultos com artrite reumatoide ativa (lt;3 anos de
duração), que nunca tinham recebido tratamento com metotrexato.

Doses de 10 mg ou 25 mg de Etanercepte (susbtância ativa) foram
administradas por via subcutânea duas vezes por semana durante um
período máximo de 24 meses. As doses de metotrexato foram
escalonadas a partir de 7,5 mg/semana até um máximo de 20 mg/semana
durante as primeiras 8 semanas do estudo e mantida até um máximo de
24 meses.

A melhora clínica, incluindo início da ação do Etanercepte
(susbtância ativa) 25 mg em 2 semanas, foi semelhante ao observado
nos estudos anteriores, e foi mantida durante um período máximo de
24 meses. No início do estudo, os doentes tinham um grau de
incapacidade moderado, com média de pontuação de 1,4 a 1,5 no HAQ.
O tratamento com Etanercepte (susbtância ativa) 25 mg resultou numa
melhoria substancial em 12 meses, com cerca de 44% dos doentes
alcançando uma pontuação normal no HAQ (menor que 0,5). Esta
melhora manteve-se no Ano 2 do estudo.

Neste estudo, a lesão articular estrutural foi avaliada por
radiografia e expressa como alteração na Pontuação Total de Sharp
(TSS) e seus componentes, o grau de erosão e o estreitamento do
espaço articular (JSN). Foram analisadas radiografias das
mãos/punhos e pés no início do estudo, em 6, 12 e 24 meses. A dose
de 10 mg de Etanercepte (susbtância ativa) apresentou
consistentemente menor efeito sobre danos estruturais do que a dose
de 25 mg. Etanercepte (susbtância ativa) 25 mg foi
significativamente superior ao metotrexato no grau de erosão para
12 e 24 meses. As diferenças entre metotrexato e Etanercepte
(susbtância ativa) 25 mg no TSS e no JSN não foram estatisticamente
significativas. Os resultados são mostrados na figura abaixo.

Progressão radiográfica: comparação entre Etanercepte
(susbtância ativa) vs. Metotrexato em pacientes com artrite
reumatoide com lt;3 anos duração

Em outro estudo controlado, duplo cego, randomizado, a eficácia
clínica, a segurança e a progressão radiográfica na artrite
reumatoide em pacientes tratados somente com Etanercepte
(susbtância ativa) (25 mg duas vezes por semana), somente com
metotrexato (7,5 a 20 mg semanalmente, mediana de 20 mg) e com a
associação de Etanercepte (susbtância ativa) e metotrexato
iniciados concomitantemente foram comparados a 682 pacientes
adultos com artrite reumatoide ativa de 6 meses a 20 anos de
duração (mediana de 5 anos) que tiveram pelo menos uma resposta
satisfatória às DMARD, com exceção ao metotrexato.

Pacientes do grupo tratado com a associação de Etanercepte
(susbtância ativa) e metotrexato tiveram respostas
significativamente maiores de ACR 20, ACR 50 E ACR 70 e melhoria
nas pontuações DAS e HAQ nas Semanas 24 e 52 comparados aos
pacientes dos grupos que receberam Etanercepte (susbtância ativa)
isolado ou metotrexato isolado. A associação de Etanercepte
(susbtância ativa) com metotrexato também apresentou vantagens em
relação à monoterapia com Etanercepte (susbtância ativa) e à
monoterapia com metotrexato após 24 meses.

A progressão radiográfica em 12 meses foi significativamente
menor no grupo tratado com Etanercepte (susbtância ativa) que no
grupo tratado com metotrexato, enquanto que o grupo que recebeu a
associação foi significativamente melhor na desaceleração da
progressão radiográfica que os grupos em monoterapia.

Vantagens significativas para o uso de Etanercepte (susbtância
ativa) em associação ao metotrexato em comparação ao uso isolado de
Etanercepte (susbtância ativa) e ao uso isolado de metotrexato
também foram observadas após 24 meses. Do mesmo modo, também foram
observadas vantagens significativas para Etanercepte (susbtância
ativa) em monoterapia comparativamente a metotrexato em monoterapia
após 24 meses.

Em uma análise na qual todos os pacientes que saíram do estudo
por qualquer razão foram considerados como tendo progredido, a
porcentagem de pacientes que não apresentaram progressão (alteração
TSS ≤0,5) aos 24 meses foi superior no grupo tratado com
Etanercepte (susbtância ativa) associado ao metotrexato comparado
aos grupos que receberam ou somente Etanercepte (susbtância ativa)
ou somente metotrexato (62%, 50% e 36%, respectivamente, p
lt;0,05).

A diferença entre somente Etanercepte (susbtância ativa) e
somente metotrexato também foi significante (p lt; 0,05). Entre os
pacientes que completaram a terapia total de 24 meses no estudo, as
taxas de não progressão foram 78%, 70% e 61%, respectivamente.

A eficácia e a segurança de Etanercepte (susbtância ativa) 50 mg
(2 injeções SC de 25 mg) administrado 1 vez por semana foram
avaliadas em um estudo duplo cego, controlado por placebo com 420
pacientes com artrite reumatoide ativa. Neste estudo, 53 pacientes
receberam placebo, 214 pacientes receberam 50 mg de Etanercepte
(susbtância ativa) uma vez por semana e 153 pacientes receberam 25
mg de Etanercepte (susbtância ativa) duas vezes por semana.

Os perfis de segurança e eficácia dos dois regimes de tratamento
com Etanercepte (susbtância ativa) foram comparáveis em seus
efeitos sobre os sinais e sintomas da artrite reumatoide na Semana
8. Os dados da Semana 16 não apresentaram comparabilidade (não
inferioridade) entre os dois regimes.

População pediátrica com artrite idiopática
juvenil

A segurança e a eficácia de Etanercepte (susbtância ativa) foram
avaliadas em um estudo de duas partes em 69 crianças com artrite
idiopática juvenil poliarticular que tiveram vários tipos de
acometimento de artrite idiopática juvenil.

Foram incluídos pacientes entre 4 e 17 anos de idade, com
artrite idiopática juvenil poliarticular ativa, de moderada a
grave, refratária ou intolerante a metotrexato; os pacientes
permaneceram com uma dose estável de uma única droga
anti-inflamatória não esteroidal e/ou prednisona (≤0,2 mg/kg/dia ou
máximo de 10 mg).

Na 1a parte, todos os pacientes receberam 0,4 mg/kg
(máximo de 25 mg por dose) de Etanercepte (susbtância ativa) por
via subcutânea duas vezes por semana. Na 2a parte, os
pacientes com uma resposta clínica no dia 90 foram randomizados
para continuar recebendo Etanercepte (susbtância ativa) ou receber
placebo durante quatro meses e foram avaliados para agudização da
doença.

As respostas foram medidas usando a ACR Pedi 30, definida como
melhora ≥30 % em pelo menos três de seis e piora ≥30% em não mais
do que um de seis critérios de Artrite Idiopática Juvenil,
incluindo contagem de articulações acometidas, limitação de
movimento, avaliação global do médico e paciente/pais, avaliação
funcional, e Velocidade de Hemossedimentação (VHS). Recidiva da
doença foi definida como piora ≥30% em três de seis critérios para
artrite idiopática juvenil e melhora de ≥30% em não mais de um de
seis critérios de artrite idiopática juvenil e um mínimo de 2
articulações acometidas.

Na 1a parte do estudo, 51 de 69 (74%) pacientes
demonstraram uma resposta clínica e passaram para 2a
parte. Na 2a parte, 6 de 25 pacientes (24%) que
continuaram recebendo Etanercepte (susbtância ativa) recidivaram da
doença em comparação com 20 de 26 (77%) dos pacientes que receberam
placebo (p = 0,007). No início da 2a parte, o tempo
médio para recidiva foi ≥116 dias para os pacientes que receberam
Etanercepte (susbtância ativa) e 28 dias para os pacientes que
receberam placebo. Cada componente dos critérios de AIJ piorou no
braço que recebeu placebo e permaneceu estável ou melhorou no braço
que continuou a receber Etanercepte (susbtância ativa). Os dados
sugerem a possibilidade de uma maior taxa de recidiva entre aqueles
pacientes com VHS inicial elevado.

Dos pacientes que mostraram resposta clínica em 90 dias e
entraram para a 2a parte do estudo, alguns dos que
receberam Etanercepte (susbtância ativa) continuaram melhorando do
mês 3 ao mês 7, enquanto que aqueles que receberam placebo não
melhoraram.

Em um estudo aberto, de extensão de segurança, 58 pacientes
pediátricos do estudo acima referido (a partir de 4 anos de idade
no momento da inscrição) continuaram a receber o Etanercepte
(susbtância ativa) por até 10 anos. Taxas de eventos adversos
graves e infecções graves não aumentaram com a exposição em longo
prazo.

Não foram feitos estudos em pacientes com artrite idiopática
juvenil para avaliar os efeitos da terapia contínua com Etanercepte
(susbtância ativa) naqueles que não responderam dentro dos 3
primeiros meses da terapia com Etanercepte (susbtância ativa) nem
para avaliar a combinação com metotrexato. Além disso, os estudos
não foram conduzidos para avaliar os efeitos da interrupção ou
redução da dose recomendada de Etanercepte (susbtância ativa) após
seu uso em longo prazo em pacientes com AIJ. A segurança em longo
prazo com monoterapia com Etanercepte (susbtância ativa) (n = 103),
Etanercepte (susbtância ativa) mais metotrexato (n = 294), ou
monoterapia com metotrexato (n = 197) foi avaliada por até três
anos em um registro de 594 crianças de 2 a 18 anos com artrite
idiopática juvenil, 39 dos quais tinham entre 2 a 3 anos de idade.
Em geral, as infecções foram mais comumente relatadas em pacientes
tratados com Etanercepte (susbtância ativa) comparado ao
metotrexato (3,8 versus 2%), e as infecções associadas ao uso de
Etanercepte (susbtância ativa) eram de natureza mais grave.

Pacientes adultos com artrite psoriásica

A eficácia de Etanercepte (susbtância ativa) foi avaliada em um
estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo em 205
pacientes com artrite psoriásica. Os pacientes tinham entre 18 e 70
anos de idade e eram portadores de artrite psoriásica ativa (≥3
articulações edemaciadas e ≥3 articulações doloridas) em pelo menos
umas das seguintes formas: (1) envolvimento interfalangiano distal
(EID); (2) artrite poliarticular (ausência de nódulos reumatoides e
presença de psoríase); (3) artrite mutilante; (4) artrite
psoriásica assimétrica; ou (5) espondilite anquilosante.

Os pacientes também tinham psoríase em placa com lesão ≥2 cm de
diâmetro. Tinham sido tratados com AINEs (86%), DMARDs (80%) e
corticosteroides (24%). Os pacientes que estavam em uso de
metotrexato no momento (estável por ≥2 meses) poderiam continuar
recebendo uma dose estável de 25 mg/semana de metotrexato. Doses de
25 mg de Etanercepte (susbtância ativa) (baseado em estudos de dose
em pacientes com artrite reumatoide) ou placebo foram administrados
por via subcutânea duas vezes por semana durante 6 meses. No fim do
estudo duplo-cego, os pacientes passaram para um estudo de extensão
aberto, de longo prazo, com duração total de até 2 anos.

As respostas clínicas foram expressas em porcentagem de
pacientes que alcançaram a resposta de ACR 20, 50, 70 e
porcentagens com melhoria no Critério de Resposta de Artrite
Psoriásica (PsACR).

Entre os pacientes com artrite psoriásica que receberam
Etanercepte (susbtância ativa), as respostas clínicas foram
evidentes na primeira visita (4 semanas) e mantidas durante 6 meses
de terapia. Etanercepte (susbtância ativa) foi significativamente
melhor do que o placebo em todas as medidas da atividade da doença
(p lt;0,001), e as respostas foram semelhantes com e sem a terapia
concomitante com metotrexato.

A qualidade de vida em doentes com artrite psoriásica foi
avaliada utilizando o índice de incapacidade do HAQ. A pontuação do
índice de incapacidade melhorou significativamente em pacientes com
artrite psoriásica tratados com Etanercepte (susbtância ativa),
comparativamente com o placebo (p lt;0,001).

Alterações radiográficas foram avaliadas no estudo de artrite
psoriásica. Radiografias das mãos e dos pulsos foram obtidas no
início do estudo e em 6, 12 e 24 meses. Em uma análise na qual
todos os pacientes que saíram do estudo por qualquer razão foram
considerados como tendo progredido, a porcentagem de pacientes sem
progressão (alteração TSS ≤0,5) aos 12 meses foi superior no grupo
Etanercepte (susbtância ativa), comparativamente com o grupo do
placebo (73 % vs. 47%, respectivamente, p ≤ 0,001).

O efeito de Etanercepte (susbtância ativa) na progressão
radiográfica foi mantido em pacientes que continuaram o tratamento
durante o segundo ano. O abrandamento dos danos articulares
periféricos foi observado em pacientes com envolvimento
poliarticular simétrico.

O tratamento com Etanercepte (susbtância ativa) resultou em
melhoria da função física durante o estudo duplo-cego, e este
benefício foi mantido durante a exposição em longo prazo de até 2
anos.

Não há evidência suficiente da eficácia de Etanercepte
(susbtância ativa) em pacientes com espondilite anquilosante-símile
e artrite mutilante nas artropatias psoriásicas devido ao pequeno
número de pacientes estudados.

Não foi realizado nenhum estudo em pacientes com artrite
psoriásica usando o esquema posológico de 50 mg uma vez por semana.
A evidência de eficácia para este esquema posológico nessa
população de pacientes tem sido baseada nos dados de estudos
realizados em pacientes com espondilite anquilosante.

Pacientes adultos com espondilite
anquilosante

A eficácia de Etanercepte (susbtância ativa) na espondilite
anquilosante foi avaliada em 3 estudos randomizados, duplo-cegos
comparando a administração de 25 mg de Etanercepte (susbtância
ativa) duas vezes por semana com placebo. Num total, 401 pacientes
foram incluídos, dos quais 203 receberam o tratamento com
Etanercepte (susbtância ativa).

O maior destes ensaios (n = 277) incluiu pacientes com idade
entre 18 e 70 anos com espondilite anquilosante ativa definida com
a pontuação da escala visual análoga (VAS) gt;30 para a média de
duração e intensidade da rigidez matinal mais a pontuação VAS gt;
30 para pelo menos 2 dos 3 parâmetros seguintes: avaliação global
do paciente; média dos valores VAS para dor nas costas noturna e
dor nas costas total; média de 10 perguntas sobre o Índice
Funcional na Espondilite Anquilosante de Bath (BASDAI).

Os pacientes que receberam DMARDs, AINEs ou corticosteroides
puderam continuar com doses estáveis. Pacientes com anquilose
completa da coluna vertebral não foram incluídos no estudo. Doses
de 25 mg de Etanercepte (susbtância ativa) (baseado em estudos de
dose em pacientes com artrite reumatoide) ou placebo foram
administrados por via subcutânea duas vezes por semana durante 6
meses em 138 pacientes.

A medida primária de eficácia (ASAS 20) foi uma melhoria 20% em
pelo menos 3 dos 4 domínios da Avaliação da Espondilite
Anquilosante (ASAS) (avaliações globais do paciente, dor nas
costas, BASDAI e inflamação) e ausência de deterioração no domínio
restante. Para as respostas de ASAS 50 e 70 utilizou-se os mesmos
critérios, com uma melhoria de 50% ou 70%, respectivamente.

Comparado ao placebo, o tratamento com Etanercepte (susbtância
ativa) resultou em melhora significativa no ASAS 20, ASAS 50 e ASAS
70 após 2 semanas do início da terapia.

Entre os doentes com espondilite anquilosante que receberam
Etanercepte (susbtância ativa) as respostas clínicas foram
evidentes no momento da primeira visita (Semana 2) e foram mantidas
através de 6 meses de terapia. As respostas foram semelhantes em
pacientes que receberam ou não terapias concomitantes no início do
estudo.

Resultados similares foram obtidos em 2 estudos menores de
espondilite anquilosante.

Num quarto estudo duplo-cego, controlado por placebo com 356
pacientes com espondilite anquilosante ativa, avaliaram-se a
eficácia e a segurança de 50 mg de Etanercepte (susbtância ativa)
(2 injeções subcutâneas de 25 mg) administrados uma vez por semana
versus 25 mg de Etanercepte (susbtância ativa) administrados duas
vezes por semana. Os perfis de segurança e eficácia para os regimes
de 50 mg uma vez por semana e 25 mg duas vezes por semana foram
semelhantes.

Pacientes adultos com espondiloartrite axial não
radiográfica

A eficácia de Etanercepte (susbtância ativa) em pacientes com
espondiloartrite axial não radiográfica (EANR) foi avaliada em um
estudo randomizado, placebo controlado, duplo cego com duração de
12 semanas.

O estudo avaliou 215 pacientes adultos (população por intenção
de tratar modificada) com espondiloartrite axial não radiográfica
ativa – EANR (18 a 49 anos), definida pelos pacientes que cumprem
com os critérios de classificação ASAS (Avaliação da Sociedade
Internacional de Espondiloartrite) para espondiloartrite axial, mas
que não cumprem os critérios modificados de Nova York para
espondiloartrite axial.

Os pacientes deveriam também apresentar uma resposta inadequada
para dois ou mais AINEs. No período de duplo cego, os pacientes
receberam 50 mg de Etanercepte (susbtância ativa) semanalmente ou
placebo por 12 semanas.

A primeira medida de eficácia (ASAS 40) foi 40% de melhora em
pelo menos três dos quatro domínios de ASAS e ausência de
deterioração na remissão dos domínios.

Ressonâncias magnéticas da articulação sacro-ilíaca e da coluna
foram realizadas para se avaliar a inflamação no inicio do estudo
na semana 12. O período duplo cego foi seguido pelo período aberto
no qual os pacientes receberam 50mg de Etanercepte (susbtância
ativa) semanalmente por um período adicional de até 92 semanas.

A comparação do tratamento com placebo e Etanercepte (susbtância
ativa) resultou em uma melhora estatisticamente significante no
ASAS 40, ASAS 20 e ASAS 5/6. Uma melhora significante também foi
observada para a remissão parcial de ASAS e BASDAI 50. Os
resultados de 12 semanas são apresentados na tabela abaixo:

Resposta de Eficácia em Estudo Placebo-Controlado de
EANR: Percentual de pacientes que alcançaram os
Endpoints

Estudo clínico placebo-controlado Respostas na semana
12

Placebo
N=106 a 109*

Etanercepte (susbtância ativa)
N=103 a 105*

ASAS**4015.732.4b
ASAS 2036.152.4c
ASAS 5/610.433.0a
ASAS remissão
parcial
11.924.8c
BASDAI***5023.943.8b

* Alguns pacientes não forneceram os dados completos para cada
endpoint.
** ASAS = Avaliação da Sociedade Internacional de
Espondiloartrite.
*** Índice de atividade da doença da espondilite anquilosante de
Bath.
A: plt;0.001, b:lt;0,01 e c:lt;0.05, respectivamente entre
Etanercepte (susbtância ativa) e placebo.

Na semana 12, houve uma melhora significante estatisticamente na
pontuação (Consórcio de Pesquisa de Espondiloartrite do Canadá)
para articulação sacro-ilíaca medida pela ressonância magnética
para pacientes tratados com Etanercepte (susbtância ativa).

A variação média ajustada a partir da linha de base foi de 3.8
para pacientes tratados com Etanercepte (susbtância ativa) (n=95)
versus 0.8 para pacientes tratados com placebo (n=105)
plt;0.001.

A saúde, qualidade de vida e capacidade física foram avaliadas
utilizando o BASFI (Índice funcional da espondilite anquilosante de
Bath), EuroQol 5D e questionários SF-36.

Etanercepte (susbtância ativa) apresentou uma grande melhora
estatisticamente significante na BASFI, EQ5D na Contagem Global de
Estado de Saúde e do SF-36 Contagem de Componente Físico desde de o
inicio até a semana 12 comparado com o placebo.

Pacientes adultos com psoríase em placas

A segurança e a eficácia de Etanercepte (susbtância ativa) nos
pacientes com psoríase em placas foram avaliadas em três estudos
randomizados, duplo-cegos e controlados por placebo. A avaliação
final primária de eficácia nos três estudos foi a proporção de
pacientes em cada grupo de tratamento que atingiu o PASI 75 (ou
seja, pelo menos uma melhora de 75% na pontuação do Índice de
Gravidade e Área da Psoríase [PASI] em relação à Fase Basal) em 12
semanas.

O Estudo 1 foi um estudo de fase 2 em pacientes com psoríase em
placas ativa, mas clinicamente estável, envolvendo gt;10% da área
de superfície corpórea e com gt; 18 anos de idade. Cento e doze
(112) pacientes foram randomizados para receber uma dose de 25
mg de Etanercepte (susbtância ativa) (n=57) ou placebo (n=55) duas
vezes por semana por 24 semanas.

O Estudo 2 foi um estudo de fase 3 e avaliou 652 pacientes com
psoríase crônica em placas utilizando os mesmos critérios de
inclusão do Estudo 1 com a adição de um PASI mínimo de 10 na
seleção. Etanercepte (susbtância ativa) foi administrado nas doses
de 25 mg uma vez por semana, 25 mg duas vezes por semana ou 50 mg
duas vezes por semana por 6 meses consecutivos. Durante as 12
primeiras semanas do período de tratamento duplo-cego, os pacientes
receberam placebo ou uma das três doses de Etanercepte (susbtância
ativa) acima mencionadas.

Após 12 semanas de tratamento, os pacientes do grupo placebo
iniciaram o tratamento com Etanercepte (susbtância ativa) em regime
cego (25 mg duas vezes por semana); os pacientes nos grupos de
tratamento ativo continuaram até a Semana 24 na dose para a qual
foram originalmente randomizados.

O Estudo 3 foi um estudo de fase 3 e avaliou 583 pacientes e
utilizou os mesmos critérios de inclusão do Estudo 2. Os pacientes
desse estudo receberam uma dose de 25 mg ou 50 mg de Etanercepte
(susbtância ativa) ou placebo duas vezes por semana por 12 semanas
e, em seguida, todos receberam Etanercepte (susbtância ativa) 25 mg
em regime aberto duas vezes por semana por mais 24 semanas.

No Estudo 1, o grupo tratado com Etanercepte (susbtância ativa)
apresentou uma proporção significativamente maior de pacientes com
resposta PASI 75 na Semana 12 (30%) em comparação ao grupo placebo
(2%) (plt;0,0001). Em 24 semanas, 56% dos pacientes do grupo
Etanercepte (susbtância ativa) haviam atingido PASI 75 em
comparação a 5% dos que receberam placebo. Os principais resultados
dos Estudos 2 e 3 são apresentados a seguir.

Respostas dos pacientes com psoríase nos estudos 2 e
3

*p lt; 0,0001 em comparação ao placebo.
a. Não foram feitas comparações estatísticas com o
placebo na Semana 24 no Estudo 2 pois o grupo placebo original
começou a receber Etanercepte (susbtância ativa) 25 mg 2x/semana da
Semana 13 à Semana 24.
b. DSGA (Dermatologist Static Global
Assessment
). Doença ausente ou praticamente ausente definidas
como 0 ou 1 em uma escala de 0 a 5.

Entre os pacientes com psoríase em placas que receberam
Etanercepte (susbtância ativa), as respostas significativas em
relação ao placebo ficaram aparentes na primeira visita (2 semanas)
e foram mantidas durante as 24 semanas de terapia.

O Estudo 2 também teve um período de descontinuação do
medicamento durante o qual foi interrompido o tratamento dos
pacientes que atingiram uma melhora do PASI de no mínimo 50% na
Semana 24. Os pacientes foram observados sem tratamento para
ocorrência de rebote (PASI gt; 150% do basal) e tempo para
recorrência (definida como perda de no mínimo metade da melhora
obtida entre o basal e a Semana 24).

Durante o período de descontinuação, os sintomas da psoríase
retornaram gradativamente com uma mediana do tempo para recorrência
da doença de 3 meses. Não foi observada crise de rebote da doença
nem eventos adversos sérios relacionados à psoríase.

Houve algumas evidências que confirmaram o benefício do
retratamento com Etanercepte (susbtância ativa) nos pacientes que
responderam inicialmente ao tratamento.

No Estudo 3, a maioria dos pacientes (77%) inicialmente
randomizados para 50 mg duas vezes por semana e cuja dose do
Etanercepte (susbtância ativa) foi reduzida na Semana 12 para 25 mg
duas vezes por semana mantiveram a resposta PASI 75 até a Semana
36. Nos pacientes que receberam 25 mg duas vezes por semana durante
todo o estudo, a resposta PASI 75 continuou a melhorar entre as
Semanas 12 e 36.

Em estudos de extensão abertos de longo prazo (até 34 meses) nos
quais Etanercepte (susbtância ativa) foi administrado sem
interrupção, as respostas clínicas foram mantidas e a segurança foi
comparável a dos estudos de curto prazo.

Pacientes pediátricos com psoríase em
placas

A eficácia de Etanercepte (susbtância ativa) foi avaliada em um
estudo randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, com 211
pacientes pediátricos, com idade entre 4 a 17 anos, com psoríase em
placas moderada a grave (conforme definido pela pontuação sPGA ≥3,
envolvendo ≥10% da BSA, e PASI ≥12). Os pacientes tinham histórico
de tratamento por fototerapia ou terapia sistêmica, ou estavam
inadequadamente controlados pela terapia tópica.

Os pacientes receberam 0,8 mg/kg (até 50 mg) de Etanercepte
(susbtância ativa) ou placebo uma vez por semana durante 12
semanas.

Na semana 12, um maior número de pacientes randomizados para
tratamento com Etanercepte (susbtância ativa) apresentou respostas
positivas para a eficácia (por exemplo, PASI 75) do que aqueles
randomizados para receberem placebo.

Resultados de pacientes pediátricos com psoríase em
placas em 12 semanas

 

Etanercepte (susbtância ativa) 0,8
mg/kg uma vez por semana
(N=106)

Placebo (N=105)

PASI 75, n (%)

60 (57%)a

12 (11%)

PASI 50, n (%)

79 (75%)a

24 (23%)

sPGA ‘ausente’ ou ‘mínimo’, n (%)

56 (53%)a

14 (13%)

Abreviatura: sPGA – Avaliação Global Estática Realizada pelo
Médico
a plt;0,0001 comparado com o placebo

Após um período de 12 semanas de tratamento duplo-cego, todos os
pacientes entraram em um estudo aberto e receberam 0,8 mg/kg (até
50 mg) de Etanercepte (susbtância ativa) uma vez por semana, por
mais 24 semanas. As respostas observadas durante o estudo aberto
foram semelhantes às respostas observadas durante período
duplo-cego.

Durante um período de retirada randomizado, significativamente
mais pacientes re-randomizados para receberem placebo
experimentaram recidiva da doença (perda de resposta PASI 75) em
comparação com os pacientes re-randomizados para receberem
Etanercepte (susbtância ativa). Com a continuação da terapia, as
respostas foram mantidas até 48 semanas.

A segurança e a eficácia em longo prazo de Etanercepte
(susbtância ativa) 0,8 mg/kg (até 50 mg), uma vez por semana, foram
avaliadas em uma extensão de estudo aberto com 181 pacientes
pediátricos com psoríase em placas por 2 anos, além do estudo de 48
semanas exposto acima. A experiência de longo prazo com Etanercepte
(susbtância ativa) foi, em geral, comparável ao estudo original de
48 semanas e não revelou novos dados de segurança.


Características Farmacológicas

Farmacodinâmica

Etanercepte (susbtância ativa) é uma proteína de fusão do
receptor p75 do TNF humano com o fragmento Fc, produzida por
tecnologia de DNA recombinante em um sistema mamífero de expressão
em células de ovário de hamster chinês. Trata-se de um dímero de
uma proteína quimérica, obtido por engenharia genética pela fusão
do domínio de ligação extracelular do receptor 2 do fator de
necrose tumoral humano (TNFR2/p75) com o domínio Fc da IgG1 humana.
Este componente Fc contém as regiões CH2 e
CH3, mas não possui a região CH1 da IgG1. Etanercepte
(susbtância ativa) é solúvel em água e seu peso molecular aparente
é de 150 quilodaltons.

Mecanismo de Ação

Etanercepte (susbtância ativa) é a forma dimérica solúvel do
receptor p75 do TNF que pode ligar-se a duas moléculas diferentes:
TNF e linfotoxina-alfa [LT] (TNF).

Etanercepte (susbtância ativa) inibe a ligação do TNF (TNF) e da
linfotoxina-alfa [LT] (TNF) aos receptores de TNF na superfície
celular, tornando o TNF biologicamente inativo e impedindo as
respostas celulares mediadas pelo mesmo. O TNF é uma citocina
dominante no processo inflamatório da artrite reumatoide. O TNF e a
LT também estão presentes em pacientes com artrite idiopática
juvenil. Os níveis do TNF no fluido sinovial de pacientes com
artrite reumatoide e artrite idiopática juvenil estão elevados. Na
psoríase em placas, a infiltração por células inflamatórias,
incluindo as células T, resultou em níveis aumentados do TNF nas
lesões psoriásicas em comparação aos níveis na pele não
envolvida.

Existem dois receptores naturais diferentes para o TNF (TNFRs),
uma proteína de 55 quilodaltons (p55) e outra de 75 quilodaltons
(p75), que existem naturalmente como moléculas monoméricas na
superfície celular e sob a forma solúvel. A atividade biológica do
TNF depende da ligação a um ou ambos receptores da superfície
celular. Etanercepte (susbtância ativa) também pode modular
respostas biológicas, controladas por outras moléculas de etapas
posteriores da cadeia (p.ex., citocinas, moléculas de adesão ou
proteinases), que são induzidas ou reguladas pelo TNF.

Etanercepte (susbtância ativa) inibe a atividade do TNF in
vitro
e tem demonstrado alterar vários modelos animais de
inflamação, entre eles, o de artrite induzida por colágeno em
camundongos.

Farmacocinética

Absorção:

Etanercepte (susbtância ativa) é absorvido lentamente do local
da administração subcutânea, atingindo concentração máxima
aproximadamente 48 horas após uma dose única. A biodisponibilidade
absoluta é de 76%.

Distribuição:

Após uma dose única subcutânea de 25 mg de Etanercepte
(susbtância ativa), a média da concentração sérica máxima em
voluntários saudáveis foi de 1,65 +/- 0,66 mcg/mL e a área sob
a curva (AUC) foi de 235 +/- 96,6 mcg.h/mL. A proporcionalidade à
dose ainda não foi avaliada formalmente, mas não há saturação
aparente do processo de depuração ao longo do intervalo de
doses.

O volume de distribuição no estado de equilíbrio após a
administração subcutânea é de 13,9 ± 9,4 litros.

Após a administração contínua de Etanercepte (susbtância ativa)
em pacientes com artrite reumatoide (n=25) por 6 meses, na dose de
25 mg duas vezes por semana, o nível mediano observado foi de 3,0
mcg/mL (variação entre 1,7 e 5,6 mcg/mL). Com base nos dados
disponíveis, alguns pacientes podem apresentar aumento de duas a
cinco vezes nos níveis séricos com a administração repetida.

Eliminação:

Etanercepte (susbtância ativa) é depurado lentamente do
organismo. A meia-vida é de aproximadamente 80 horas.

A depuração é de cerca de 175 ± 116 mL/h em pacientes com
artrite reumatoide e de 131 ± 81 mL/h em voluntários saudáveis.

Após a administração de Etanercepte (susbtância ativa)
radiomarcado a pacientes e voluntários o composto radioativo é
eliminado na urina.

Disfunção renal ou hepática:

Embora haja eliminação de radioatividade na urina após a
administração de Etanercepte (susbtância ativa) radiomarcado a
pacientes e voluntários, não foi observado aumento nas
concentrações de Etanercepte (susbtância ativa) em pacientes com
insuficiência renal aguda ou falência hepática. A presença de
insuficiência renal ou hepática não deve requerer modificação de
dose.

Sexo:

Não há diferença farmacocinética aparente entre homens e
mulheres.

Relação Concentração-Efeito:

As concentrações séricas no estado de equilíbrio de 1 a 2 mg/L
de Etanercepte (susbtância ativa) estão associadas a efeito ideal e
são obtidas com as doses de 25 mg, duas vezes por semana.

Em um estudo cruzado, aberto, de dose única e de dois
tratamentos em 28 voluntários saudáveis, foi observado que
Etanercepte (susbtância ativa) administrado em injeção única de 50
mg/mL é bioequivalente a duas injeções simultâneas de 25 mg/mL.

O tempo médio estimado para início de ação de Etanercepte
(susbtância ativa) é de 2 semanas, podendo se modificar a depender
da severidade dos sintomas.

Cuidados de Armazenamento do Enbrel

Conservar o pó liófilo sob refrigeração (temperatura entre
2oC e 8oC) antes da reconstituição. Não
congelar.

O prazo de validade do pó liófilo injetável está gravado no
cartucho. A validade do diluente está gravada na seringa preenchida
e não corresponde à validade do pó liófilo injetável. No momento do
uso, verifique a validade do pó liófilo injetável e do
diluente.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

É recomendado que a solução de Enbrel seja administrada
imediatamente após a reconstituição. Após preparo, manter a solução
reconstituída sob refrigeração (temperatura entre 2oC e
8oC) por até 6 horas. Após refrigeração, a solução
deverá atingir a temperatura ambiente antes da injeção.

Características físicas

Enbrel é um pó branco. Após a adição do diluente, este pó branco
transforma-se em um líquido incolor, límpido a levemente
amarelado.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Enbrel

MS – 1.2110.0206

Farmacêutica Responsável:

Edina S. M. Nakamura – CRF-SP no 9258

Registrado por:

Wyeth Indústria Farmacêutica Ltda.
Rua Alexandre Dumas, 1.860
CEP 04717-904 – São Paulo – SP
CNPJ no 61.072.393/0001-33

Fabricado por:

Boehringer Ingelheim Pharma GmbH amp; Co. KG Biberach an der
Riss, Alemanha

Embalado por:

Wyeth Pharmaceuticals Havant, Reino Unido

Importado por:

Wyeth Indústria Farmacêutica Ltda.
Rodovia Castelo Branco, km 32,5 CEP 06696-270 – Itapevi – SP
CNPJ no 61.072.393/0039-06

Venda sob prescrição médica.

Enbrel, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.