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Drenatan

Drenatan também está indicado para a redução da pressão
intraocular elevada (aumento da pressão interna dos olhos que pode
levar a perda irreversível da visão) e glaucoma, em pacientes
pediátricos.

Como Drenatan funciona?

O olho é preenchido por um líquido chamado de “humor aquoso” que
o nutre e mantém suas estruturas internas; ele se forma
continuamente, circula no olho e é drenado.

O aumento da pressão dentro do olho acontece quando, por vários
motivos, o líquido que preenche o globo ocular (humor aquoso)
apresenta dificuldade de drenagem (escoamento) e se acumula.

Drenatan reduz a pressão intraocular aumentando a drenagem
do humor aquoso.

No ser humano, a redução da pressão intraocular se inicia cerca
de 3 a 4 horas após a aplicação do colírio, e o efeito máximo é
alcançado após 8 a 12 horas.

A redução da pressão é mantida por pelo menos 24 horas.

Contraindicação do Drenatan

Drenatan é contraindicado a pacientes que apresentam
hipersensibilidade (reação alérgica) à latanoprosta ou a qualquer
componente da fórmula.

Se Drenatan for acidentalmente ingerido (engolido),
procure seu médico.

Este medicamento é contraindicado para pacientes menores
de 1 ano.​

Como usar o Drenatan

Sempre lave muito bem as mãos antes de aplicar o colírio.

Posologia

  1. Retire o lacre externo do frasco de Drenatan e desenrosque
    a sua tampa interna;
  2. Com o dedo indicador, puxe delicadamente a pálpebra inferior do
    olho para baixo, formando uma bolsa;
  3. Coloque a ponta do frasco conta-gotas perto do olho e aperte o
    frasco para que caia uma gota dentro do olho. Evite que a ponta do
    frasco toque a sua mão, a pálpebra ou os cílios;
  4. Feche os olhos cuidadosamente e, com a ponta do indicador,
    aperte levemente o canal lacrimal (região que fica no canto interno
    do olho, sobre o nariz);
  5. Recoloque a tampa no frasco.

A dose recomendada é 1 gota de Drenatan no(s) olho(s)
afetado(s), uma vez ao dia.

A dose de Drenatan não deve exceder 1 dose diária, uma vez
que uma administração mais frequente diminui o efeito redutor da
pressão intraocular.

Este produto deve ser utilizado somente uma vez ao dia,
independente da idade do paciente.

Cada mililitro de Drenatan equivale a aproximadamente 37
gotas.

Usando da forma correta e na dose recomendada, o conteúdo do
frasco é suficiente para, pelo menos, 4 semanas.

Drenatan deve ser administrado preferencialmente à
noite.

Se você usa mais de um colírio diariamente a aplicação de cada
um desses colírios deve ser feita separadamente, com um intervalo
de 5 minutos entre a aplicação de cada um deles.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
Drenatan?

Se você esquecer-se de usar Drenatan na hora habitual, continue
o tratamento normalmente com a próxima dose de acordo com a
orientação de seu médico.

Não dobre o número de gotas na próxima
aplicação.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico ou cirurgião-dentista.

Precauções do Drenatan

Drenatan é um colírio e há formas corretas de aplicá-lo,
leia atentamente a Como usar o Drenatan.

Drenatan contém cloreto de benzalcônio (um tipo de
conservante utilizado em medicamentos), que pode ser absorvido por
lentes de contato.

Se você usa lentes de contato, remova-as antes de aplicar
colírio e só as recoloque após 15 minutos.

Drenatan pode alterar suavemente a cor da parte colorida
dos seus olhos (chamada de íris) se essa parte tiver cores mistas
(por exemplo: azul acastanhado, verde acastanhado ou amarelo
acastanhado).

Durante algum tempo, a íris poderá ficar mais castanha,
parecendo mais escura. Essa alteração da coloração pode ser mais
visível se você estiver tratando apenas um olho.

A alteração da cor dos olhos não tem significado clínico, ou
seja, não gera nenhum prejuízo na capacidade de enxergar.

Drenatan pode causar escurecimento da pálpebra, que pode
ser reversível, e alterações do comprimento, espessura, número e da
direção dos cílios, que são reversíveis após a descontinuação do
tratamento.

Drenatan deve ser utilizada com cautela em pacientes com
história pregressa de ceratite herpética (lesão na córnea provocado
pelo vírus da herpes simples) e deve ser evitado em casos de
ceratite em atividade causada pelo vírus da herpes simples e em
pacientes com história de ceratite herpética recorrente
especificamente associado com análogos da prostaglandina (classe de
medicamentos de Drenatan).

Sempre avise ao seu médico todas as medicações que você toma
quando ele for prescrever uma medicação nova.

O médico precisa avaliar se as medicações reagem entre si
alterando sua ação, ou da outra; isso se chama interação
medicamentosa.

Medicamentos usados ao mesmo tempo podem interferir um na ação
do outro.

Apenas o profissional de saúde pode avaliar se isso pode
acontecer e o que fazer nessa situação.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Drenatan

Reações comuns (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

  • Irritação ocular (queimação, sensação de areia nos olhos,
    coceira, picadas e sensação de presença de corpo estranho dentro
    dos olhos);
  • Dor ocular;
  • Alteração de cílios e penugem da pálpebra* (aumento de
    comprimento, espessura, pigmentação e número de cílios);
  • Hiperemia ocular (vermelhidão ocular);
  • Hiperpigmentação da íris (mudança de cor e escurecimento da cor
    da íris);
  • Blefarite (inflamação – inchaço, vermelhidão, aumento da
    temperatura das pálpebras);
  • Conjuntivite* (inflamação – dor, calor e vermelhidão local – da
    conjuntiva, membrana mucosa que reveste a parte interna da pálpebra
    e a superfície exposta da esclera – branco do olho – e a parte
    posterior da pálpebra, que se prolonga para trás para recobrir a
    esclera).

Reações incomuns (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes
que utilizam este medicamento)

  • Tontura*;
  • Dor de cabeça*;
  • Edema macular (inchaço da mácula, que é uma região da retina –
    parte do olho responsável pela formação da imagem) incluindo edema
    macular cistoide* (inchaço em forma de cistos minúsculos na região
    localizada na mácula – região mais posterior do olho);
  • Fotofobia* (intolerância à luz);
  • Edema (inchaço) palpebral;
  • Ceratite* (inflamação – dor, calor e vermelhidão local – da
    córnea, parte anterior transparente e protetora do olho);
  • Uveíte* (inflamação – caracterizada por calor, vermelhidão e
    inchaço local – da região da íris, conjunto de estruturas oculares,
    corpo ciliar – músculos responsáveis pelos movimentos que nos
    permite focar os objetos – e a coroide – revestimento interno do
    olho do corpo ciliar até o nervo óptico, localizado na parte
    posterior do olho);
  • Angina (dor no peito);
  • Palpitação* (sensação do coração pulando no peito);
  • Crises de asma* (falta de ar devido à inflamação das vias
    aéreas);
  • Dispneia* (dificuldade respiratória);
  • Erupção cutânea (aparecimento de lesões, geralmente
    avermelhadas, na pele ao redor dos olhos);
  • Mialgia* (dor muscular);
  • Artralgia* (dor nas articulações) e dor no peito*. 

Reações raras (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes
que utilizam este medicamento)

  • Edema corneal* (inchaço da córnea);
  • Irite* (inflamação da íris, parte colorida do olho);
  • Coceira.

Reações com frequência não conhecida (não podem ser
estimadas com base nos dados disponíveis)

  • Ceratite herpética* (lesão na córnea provocado pelo vírus da
    herpes simples);
  • Ceratite puntada* (lesões na córnea);
  • Erosões da córnea* (lesões da córnea);
  • Triquíase* (cílios virados para dentro e tocando os
    olhos);
  • Vista embaçada*;
  • Alteração periorbital e palpebral resultando em aprofundamento
    do sulco palpebral* (aprofundamento do globo ocular, o olho se
    posiciona mais para dentro da órbita);
  • Escurecimento da pele da pálpebra*;
  • Reações localizadas na pele nas pálpebras*;
  • Cisto na íris* (bolinha na íris);
  • Pseudoenfigóide da conjuntiva ocular* (bolhas na superfície
    branca dos olhos);
  • Angina instável* (dor no peito forte);
  • Piora da asma* ou crises agudas de asma*.

*Reações adversas identificadas
pós-comercialização.

Casos de calcificação de córnea foram reportados muito raramente
com o uso de colírios que contenham fosfatos em pacientes com
córneas seriamente machucadas.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento.

Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Drenatan

Alteração na capacidade de dirigir e operar
máquinas

Após o uso de colírios, a visão pode ficar embaçada por alguns
minutos.

Caso isso ocorra, espere até que esse efeito passe antes de
dirigir ou operar máquinas.

Gravidez e lactação

Drenatan só deve ser usada durante a gravidez e amamentação
se o benefício previsto justificar o risco potencial para o feto.
Essa avaliação e/ou orientação só pode ser feita pelo médico ou
cirurgião-dentista.

Se você estiver grávida, pretendendo engravidar ou
amamentando, avise imediatamente o seu médico.

Drenatan pode passar para o leite materno,
portanto, Drenatan deve ser usada com cautela por mulheres que
estejam amamentando.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.​

Crianças

Os dados de eficácia e segurança para crianças lt; 1 ano são
muito limitados.

Não existem dados disponíveis para recém-nascidos prematuros
(com idade gestacional inferior a 36 semanas).

Em crianças de 0 a lt; 3 anos de idade, que sofrem
principalmente Glaucoma Congênito Primário, a cirurgia (por
exemplo, trabeculotomia / goniotomia) continua a ser o tratamento
de primeira linha, ou seja, se a criança for submetida a cirurgia
para o tratamento do glaucoma, não deve ser utilizada Drenatan.

A segurança a longo prazo em crianças ainda não foi
estabelecida.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Composição do Drenatan

Cada mL da solução oftálmica estéril de
Drenatan contém:

50 mcg de latanoprosta.

Excipientes:

cloreto de benzalcônio, cloreto de sódio, fosfato de sódio
monobásico, fosfato de sódio dibásico e água para injetáveis.

Uma gota da solução contém aproximadamente 1,5 mcg de
latanoprosta.

Cada 1 mL da solução oftálmica de Drenatan corresponde a
aproximadamente 37 gotas.

Superdosagem do Drenatan

Pode acontecer irritação ocular (sensação de dor, queimação,
areia, coceira ou de presença de corpo estranho dentro dos olhos) e
hiperemia conjuntival (vermelhidão na parte branca dos olhos).

Pode haver diminuição do efeito hipotensor ocular ou até mesmo
elevação da pressão ocular se for utilizado uma dosagem maior que a
recomendada.

Não são conhecidos outros efeitos adversos oculares no caso de
superdose com Drenatan.

Se a Drenatan for acidentalmente ingerido (engolido),
procure o atendimento médico e informe o seguinte:

Um frasco de 2,5 mL contém 125 mcg de latanoprosta, mais de 90%
do medicamento é metabolizado durante a primeira passagem pelo
fígado.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Drenatan

Estudos in vitro mostraram que ocorre precipitação
quando colírios contendo timerosal são misturados com latanoprosta.
Se tais produtos forem utilizados, o colírio deve ser administrado
com um intervalo de, no mínimo, 5 minutos.

Um estudo clínico de 3 meses mostrou que o efeito redutor da
pressão intraocular da latanoprosta é aditivo ao dos antagonistas
beta-adrenérgicos (timolol). Outros estudos de curto prazo sugerem
que o efeito de latanoprosta é aditivo ao dos agonistas
adrenérgicos (dipivalilepinefrina), inibidores da anidrase
carbônica (acetazolamida) e, pelo menos parcialmente, ao dos
agonistas colinérgicos (pilocarpina). No caso de terapia combinada,
os colírios devem ser administrados com um intervalo mínimo de 5
minutos.

Houve relatos de elevações paradoxais da PIO após administrações
oftálmicas concomitantes de 2 prostaglandinas análogas. Portanto, o
uso de 2 ou mais prostaglandinas, análogas ou derivadas, não é
recomendado.

Interações com outras medicações não foram investigadas.

População pediátrica

Estudos de interação só foram realizados em adultos.

Ação da Substância Drenatan

Resultados de eficácia

Estudos Clínicos

Pacientes com pressão intraocular (PIO) de linha de base média
de 24 – 25 mmHg que foram tratados por 6 meses em ensaios
multicêntricos, randomizados, controlados demonstraram reduções de
6 – 8 mmHg na pressão intraocular. A redução da PIO com
latanoprosta 0,005% Solução Oftálmica Estéril (1 gota, uma vez ao
dia) foi equivalente ao efeito de 0,5% de timolol administrado duas
vezes ao dia.

Em relação à segurança, um estudo (n= 519) prospectivo, aberto,
com duração de 3 anos, estendido por mais 2 anos, avaliou a
progressão do aumento da pigmentação da íris devido ao uso contínuo
de latanoprosta (1 gota, 1 vez ao dia) para o tratamento de
glaucoma de ângulo aberto. A análise de segurança usou a população
de 380 pacientes avaliados na fase de extensão.

O aumento da pigmentação da íris teve início no primeiro ano de
uso da medicação na maioria dos pacientes em que esse evento foi
observado. Ao longo dos 5 anos em que os pacientes usaram a
medicação, os sinais de hiperpigmentação se mantiveram. A
hiperpigmentação não acarretou nenhum outro evento adverso – ou
alterou sua incidência, natureza ou gravidade – exceto a própria
alteração da coloração da íris. Pacientes com aumento da coloração
da íris evoluíram com redução da PIO semelhante à dos pacientes
durante o estudo.


Características farmacológica

Propriedades Farmacodinâmicas

A substância ativa, latanoprosta, é um análogo da prostaglandina
F2α, um agonista seletivo do receptor prostanoide FP, que reduz a
pressão intraocular aumentando a drenagem do humor aquoso,
principalmente através da via uveoescleral e também da malha
trabecular. No ser humano, a redução da pressão intraocular se
inicia cerca de 3 a 4 horas após a administração, e o efeito máximo
é alcançado após 8 a 12 horas. A redução da pressão é mantida por
pelo menos 24 horas.

Estudos clínicos mostraram que a latanoprosta não tem efeito
significativo sobre a produção do humor aquoso. Não foi encontrado
efeito da latanoprosta sobre a barreira hemato-humoral aquosa.

A latanoprosta não induziu extravasamento de fluoresceína no
segmento posterior de olhos humanos pseudofácicos durante
tratamento em curto prazo.

Não foram observados quaisquer efeitos farmacológicos
significativos sobre o sistema cardiovascular e respiratório com
doses clínicas de latanoprosta.

População Pediátrica

A eficácia de latanoprosta em pacientes pediátricos ≤ 18 anos,
foi demonstrada num estudo clínico duplo-mascarado com duração de
12 semanas, de latanoprosta em comparação com timolol, em 107
pacientes com diagnóstico de hipertensão ocular e glaucoma
pediátrico. Os recém-nascidos deveriam ter, pelo menos, 36 semanas
de idade gestacional. Os pacientes receberam latanoprosta 0,005%
uma vez por dia ou timolol 0,5% (ou opcionalmente 0,25% para os
indivíduos com idade inferior a 3 anos), 2 vezes ao dia. O
endopoint de eficácia primário foi a redução média da pressão
intraocular (PIO) da linha de base à Semana 12 do estudo. As
reduções médias da PIO nos grupos latanoprosta e timolol foram
semelhantes. Em todas as faixas etárias estudadas (0 a lt; 3 anos,
3 a lt; 12 anos e 12 a 18 anos) a redução média da PIO na Semana
12, no grupo da latanoprosta, foi semelhante ao do grupo timolol.
No entanto, os dados de eficácia na faixa etária de 0 a lt; 3 anos,
foram baseados em apenas 13 pacientes para latanoprosta e, não foi
demonstrada eficácia relevante a partir dos 4 pacientes
representando a faixa etária de 0 a lt;1 ano no estudo clínico
pediátrico. Não existem dados disponíveis para recém-nascidos
prematuros (com idade gestacional inferior a 36 semanas).

As reduções da PIO entre os indivíduos do subgrupo de glaucoma
primário congênito/glaucoma infantil (GPC) foram semelhantes entre
o grupo latanoprosta e o grupo timolol. O subgrupo não-GPC (por
exemplo, o glaucoma de ângulo aberto juvenil, glaucoma afáquico)
apresentou resultados semelhantes aos do subgrupo GPC.

O efeito na PIO foi observado após a primeira semana de
tratamento e foi mantido durante todo o período de 12 semanas de
estudo, assim como nos adultos (vide tabela).

Propriedades Farmacocinéticas

Absorção

A latanoprosta é absorvida pela córnea, onde o pró-fármaco do
éster isopropílico é hidrolisado a forma ácida e torna-se
biologicamente ativo. Estudos em humanos indicam que a concentração
máxima no humor aquoso é alcançada cerca de 2 horas após
administração tópica.

Distribuição

O volume de distribuição em humanos é 0,16 ± 0,02 L/kg. O ácido
da latanoprosta pode ser medido no humor aquoso durante as
primeiras 4 horas após a administração local e no plasma somente
durante a primeira hora.

Metabolismo

A latanoprosta, um pró-fármaco do éster isopropílico, é
hidrolisado por estearases presentes na córnea para o ácido
biologicamente ativo. O ácido ativo de latanoprosta alcança a
circulação sistêmica e é principalmente metabolizado pelo fígado
para os metabólitos 1,2-dinor e 1, 2, 3, 4-tetranor via β-oxidação
de ácidos graxos.

Excreção

A eliminação do ácido da latanoprosta do plasma humano é rápida
(t1/2 = 17 min) após administração intravenosa e tópica. O
clearance sistêmico é de aproximadamente 7 mL/min/kg. Após
β-oxidação hepática, os metabólitos são eliminados principalmente
por via renal. Aproximadamente 88% e 98% da dose administrada é
recuperada na urina após administração tópica e intravenosa,
respectivamente.

População pediátrica

Foi realizado um estudo aberto de farmacocinética das
concentrações plasmáticas do ácido latanoprosta em 22 pacientes
adultos e 25 pacientes pediátricos (do nascimento até lt;18 anos de
idade) com hipertensão ocular e glaucoma. Todas as faixas etárias
foram tratadas com uma gota de latanoprosta 0,005%, por dia, em
cada olho, por um período mínimo de 2 semanas. A exposição
sistêmica ao ácido latanoprosta foi, aproximadamente, 2 vezes
superior no grupo de crianças de 3 a lt;12 anos e 6 vezes superior
no grupo de crianças lt; 3 anos, em comparação com os adultos, no
entanto, foi mantida uma ampla margem de segurança para efeitos
adversos sistêmicos (vide item 10. Superdose). O tempo médio para
atingir a concentração plasmática foi de 5 minutos após a dose, em
todas as faixas etárias. O tempo médio de meia-vida de eliminação
plasmática foi curto (lt;20 minutos), semelhante em pacientes
pediátricos e adultos, e não resultou em acumulação de ácido
latanoprosta na circulação sistêmica sob condições de estado de
equilíbrio.

Dados de Segurança Pré-Clínicos

Efeitos Sistêmicos / Oculares

A toxicidade ocular, assim como a sistêmica de latanoprosta, foi
investigada em várias espécies animais.

Geralmente, a latanoprosta é bem tolerada, com uma margem de
segurança entre a dose clínica ocular e a toxicidade sistêmica de,
no mínimo, 1.000 vezes. Altas doses de latanoprosta,
aproximadamente 100 vezes a dose clínica/kg de peso corporal,
administradas intravenosamente a macacos não anestesiados,
aumentaram a frequência respiratória, refletindo provavelmente uma
broncoconstrição de curta duração. Nos macacos, a latanoprosta foi
infundida intravenosamente em doses de até 500 mcg/kg sem maiores
efeitos sobre o sistema cardiovascular. Em estudos animais, a
latanoprosta não demonstrou propriedades sensibilizantes.

Não foram detectados efeitos tóxicos nos olhos com doses de até
100 mcg/olho/dia em coelhos ou macacos (a dose clínica é
aproximadamente 1,5 mcg/olho/dia). A latanoprosta não produziu
efeitos, ou os produziu de modo desprezível sobre a circulação
sanguínea intraocular quando utilizada com doses clínicas e
estudada em macacos. Em estudos de toxicidade ocular crônica, a
administração de latanoprosta na dose de 6 mcg/olho/dia também
mostrou induzir aumento da fissura palpebral. Esse efeito é
reversível e ocorre com doses acima do nível da dose clínica. O
efeito não foi observado em humanos.

Carcinogenicidade

Estudos de carcinogenicidade em camundongos e ratos foram
negativos.

Mutagenicidade

A latanoprosta foi negativa em testes de mutação reversa em
bactérias, mutação genética em linfoma de camundongo e testes de
micronúcleo de camundongo. Foram observadas aberrações
cromossômicas in vitro com linfócitos humanos. Foram observados
efeitos similares com prostaglandinas F2α, uma prostaglandina que
ocorre naturalmente e indica que este é um efeito de classe.

Estudos adicionais de mutagenicidade sobre a síntese de DNA
não-esquematizada in vitro/in vivo em ratos foram negativos e
indicam que a latanoprosta não tem potencial mutagênico.

Alterações na fertilidade

Não foi observado qualquer efeito sobre a fertilidade de machos
e fêmeas em estudos com animais. No estudo de embriotoxicidade em
ratos, não foi observada embriotoxicidade em doses intravenosas (5,
50 e 250 mcg/kg/dia) de latanoprosta. Contudo, a latanoprosta
induziu efeitos letais em embriões de coelhos em doses iguais ou
superiores a 5 mcg/kg/dia.

Foi observado que a latanoprosta pode causar toxicidade
embrio-fetal em coelhos, caracterizada pelo aumento de incidências
de aborto e reabsorção tardia e peso fetal reduzido quando
administrado em doses intravenosas de aproximadamente 100 vezes a
dose humana.

Teratogenicidade

Não foi detectado potencial teratogênico.

Cuidados de Armazenamento do Drenatan

Drenatan solução oftálmica, até a abertura do frasco, deve
ser conservado sob refrigeração (2ºC e 8°C), protegido da luz.

Após a abertura do frasco, Drenatan pode ser
conservado à temperatura ambiente (até 25°C).

Depois de aberto, este medicamento pode ser utilizado por 10
semanas.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Características organolépticas

Solução límpida, transparente, isenta de partículas e materiais
estranhos.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Dizeres Legais do Drenatan

MS – 1.0583.0654.

Farmacêutica Responsável:

Dra. Maria Geisa Pimentel de Lima e Silva
CRF-SP n° 8.082.

Registrado por:

Germed Farmacêutica Ltda.
Rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença,
Km 08, Bairro Chácara Assay
CEP: 13186-901
Hortolândia/SP
CNPJ nº 45.992.062/0001-65.

Indústria brasileira.

Fabricado por:

EMS S/A
Hortolândia/SP.

Comercializado por:

Legrand Pharma Indústria Farmacêutica Ltda.
Hortolândia/SP.

Venda sob prescrição médica.

Drenatan, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.