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Digox

Tratamento de certas arritmias supraventriculares.
Afecções de pele, onde se exigem ações antiinflamatória,
antibacteriana e antimicótica, causadas por germes sensíveis, como:
dermatites de contato, dermatite
atópica, dermatite seborréica, intertrigo, disidrose,
neurodermatite.

Contraindicação do Digox

Presença de bloqueio cardíaco completo intermitente ou bloqueio
átrio-ventricular de segundo grau.
Arritmias causadas por intoxicação por glicosídeos cardíacos.
Pacientes com taquicardia ventricular ou fibrilação
ventricular.
Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.
Hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula.
Não deve ser utilizado em determinadas infecções da pele, como:
varicela, herpes simples ou zoster, tuberculose cutânea ou sífilis
cutânea.
Gravidez e lactação.

Como usar o Digox

Adultos e crianças com mais de 10 anos:

– Dose de ataque rápida: 0,75 a 1,5 mg como dose única.

– Dose de ataque lenta: 0,25 a 0,75 mg diariamente por 1
semana.

Neonatos e crianças menores de 10 anos – deve ser administrada
em doses divididas:

– Neonatos prematuros lt; 1,5 kg 25 ƒÊg/kg em 24 horas.

– Neonatos prematuros 1,5 kg a 2,5 kg 30 ƒÊg/kg em 24 horas.

– Neonatos termos ate 2 anos 45 ƒÊg/kg em 24 horas.

– 2 a 5 anos 35 ƒÊg/kg em 24 horas.

– 5 a 10 anos 25 ƒÊg/kg em 24 horas.

Precauções do Digox

A intoxicação por Digoxina (substância ativa) pode precipitar
arritmias, algumas delas parecidas com as arritmias para as quais a
droga é indicada. A taquicardia atrial com
bloqueio atrioventricular variável, por exemplo, requer
cuidado especial porque, clinicamente, o ritmo se parece com o da
fibrilação atrial.

Muitos efeitos benéficos de Digoxina (substância ativa) sobre as
arritmias resultam do grau de bloqueio da condução
atrioventricular. Entretanto, se o bloqueio atrioventricular
incompleto já existia, deve-se prever um efeito de rápida
progressão. No bloqueio cardíaco completo, o ritmo de escape
idioventricular deve ser suprimido.

Em alguns casos de distúrbio sinoatrial (como a síndrome do
nódulo sinusal), Digoxina (substância ativa) pode causar ou
exacerbar bradicardia sinusal ou provocar bloqueio sinoatrial.

A administração de Digoxina (substância ativa) no período
imediatamente posterior ao infarto do miocárdio não é
contraindicada. Contudo, o uso de drogas inotrópicas em
alguns pacientes, nessas condições, pode resultar em aumento
indesejável da demanda de oxigênio pelo miocárdio e isquemia.
Além disso, alguns estudos retrospectivos de acompanhamento
pós-evento sugerem que Digoxina (substância ativa) está associada
ao aumento do risco de morte. Deve-se considerar a
possibilidade do aparecimento de arritmias em
pacientes hipocalêmicos, após infarto do miocárdio, que
estejam mais sujeitos à instabilidade hemodinâmica. É preciso
levar em conta as limitações inerentes a essas situações no caso de
cardioversão com corrente direta.

Deve-se evitar o tratamento com Digoxina (substância ativa) em
pacientes com insuficiência cardíaca associada à amiloidose
cardíaca. Entretanto, se os tratamentos alternativos não forem
apropriados, pode-se usar Digoxina (substância ativa) para
controlar a frequência ventricular de pacientes com amiloidose
cardíaca e fibrilação atrial.

Embora raramente, Digoxina (substância ativa) pode precipitar
vasoconstrição; desse modo, deve-se evitar seu uso em
pacientes com miocardite.

Pacientes com doença cardíaca causada por beribéri talvez não
respondam de forma adequada a Digoxina (substância ativa) se a
deficiência subjacente de tiamina não for tratada
concomitantemente.

A Digoxina (substância ativa) não deverá ser usada na
pericardite crônica, a menos que o objetivo seja o controle da
frequência ventricular na fibrilação atrial ou a melhora da
disfunção sistólica.

A Digoxina (substância ativa) aumenta a tolerância aos
exercícios em pacientes com disfunção sistólica do ventrículo
esquerdo e ritmo sinusal normal. Isso pode ou não estar associado à
melhora do perfil hemodinâmico. Entretanto, o benefício
proporcionado por Digoxina (substância ativa) aos pacientes
com arritmias supraventriculares é mais evidente em situações de
repouso do que de exercício físico.

Demonstrou-se, em pacientes que recebem diuréticos e inibidores
da ECA (enzima conversora de angiotensina) ou somente diuréticos,
que a suspensão de Digoxina (substância ativa) leva à piora do
estado clínico. O uso de doses terapêuticas de Digoxina (substância
ativa) pode prolongar o intervalo PR e causar depressão do segmento
ST de acordo com eletrocardiograma.

A Digoxina (substância ativa) pode produzir mudanças
falso-positivas de ST-T conforme eletrocardiograma durante testes
de esforço. Esses efeitos eletrofisiológicos refletem
um resultado esperado da droga e não indicam toxicidade.

Nos casos de administração de glicosídeos cardíacos nas duas
semanas precedentes, as doses iniciais de Digoxina (substância
ativa) devem ser reconsideradas (aconselha-se redução da dose).

Deve-se igualmente reconsiderar recomendações de dose para
pacientes idosos ou que apresentam outras razões para um
clearance renal reduzido de Digoxina (substância ativa),
como doença renal ou comprometimento da função renal secundário à
doença cardiovascular. Nesse caso, é preciso avaliar a
necessidade de redução tanto das doses iniciais quanto das doses de
manutenção.

Os pacientes que recebem Digoxina (substância ativa) devem
passar por avaliações periódicas de eletrólitos plasmáticos e
função renal (concentração de creatinina plasmática); a frequência
dessas avaliações dependerá do contexto clínico.

A determinação da concentração sérica de Digoxina (substância
ativa) pode ser de grande ajuda na decisão de continuar ou não
o tratamento com esse fármaco, mas outros glicosídeos
e substâncias endógenas similares à Digoxina (substância
ativa) podem apresentar reação cruzada nos testes (resultados
falso-positivos). Nesse caso, talvez seja mais apropriado
interromper o tratamento com Digoxina (substância ativa) e
observar.

Os pacientes com doença respiratória grave podem apresentar
aumento da sensibilidade do miocárdio aos glicosídeos
digitálicos.

A hipocalemia sensibiliza o miocárdio às ações dos glicosídeos
cardíacos.

A hipóxia, a hipomagnesemia e a hipercalcemia acentuada aumentam
a sensibilidade do miocárdio aos glicosídeos cardíacos.

A administração de Digoxina (substância ativa) a pacientes com
doença da tireoide requer cuidado. As doses iniciais e de
manutenção devem ser reduzidas quando houver hipotireoidismo. No
hipertireoidismo há certa resistência a Digoxina (substância
ativa), e pode ser necessário um aumento de dose. Em caso de
tireotoxicose, deve-se reduzir a dose da Digoxina (substância
ativa) quando a disfunção tireoidiana estiver sob
controle.

Os pacientes com síndrome de má absorção ou anastomoses
gastrintestinais talvez necessitem de ajuste das doses de Digoxina
(substância ativa).

Cardioversão com corrente direta

O risco de arritmias perigosas devido à cardioversão com
corrente direta aumenta grandemente na presença de intoxicação
digitálica e proporcionalmente à carga utilizada nesse
procedimento.

Na cardioversão com corrente direta eletiva de um paciente
tratado com Digoxina (substância ativa), esta droga deve ser
suspensa 24 horas antes da realização do procedimento. Em casos de
emergência, como nas paradas cardíacas, deve-se aplicar, na
tentativa de cardioversão, a carga mínima eficaz.

A cardioversão com corrente direta é inadequada para o
tratamento de arritmias supostamente ocasionadas por glicosídeos
cardíacos.

Pacientes idosos

Entre os idosos, há a tendência de ocorrência de distúrbios da
função renal e de diminuição da massa corporal, o que
influencia a farmacocinética da Digoxina (substância ativa) de
tal forma que níveis altos desse fármaco no plasma podem
rapidamente causar intoxicação.

É possível evitar isso com a redução das doses usualmente
administradas a adultos. Os níveis séricos de Digoxina (substância
ativa) devem ser checados regularmente para evitar hipocalemia.

Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e de
operar máquinas

Como há relatos de distúrbios visuais e do sistema nervoso
central em pacientes que recebem Digoxina (substância ativa),
deve-se ter cuidado ao dirigir veículos, operar máquinas ou
participar de atividades perigosas.

Gravidez e lactação

O uso de Digoxina (substância ativa) na gravidez não é
contraindicado, embora a dose adequada possa ser menos previsível
nas gestantes do que em mulheres não grávidas, uma vez que algumas
gestantes necessitam de dose mais alta. Como ocorre com todas as
drogas, deve-se considerar o uso de Digoxina (substância
ativa) apenas se os benefícios clínicos esperados do tratamento da
mãe superarem qualquer possível risco para o feto.

Apesar da exposição pré-natal a preparações digitálicas, não se
observou nenhum efeito adverso significativo no feto nem no
neonato quando a concentração de Digoxina (substância
ativa) plasmática materna se manteve dentro da faixa normal.
Embora existam especulações sobre o fato de que o efeito
direto de Digoxina (substância ativa) no miométrio pode resultar em
parto prematuro e baixo peso do recém-nascido, a importância
do papel da doença cardíaca preexistente não pode ser
ignorada. A administração de Digoxina (substância ativa) à mãe tem
sido adotada para tratar a taquicardia e a insuficiência cardíaca
congestiva fetal.

Há relatos de reações adversas fetais no caso de mães que
sofreram de intoxicação digitálica.

Amamentação

Embora Digoxina (substância ativa) seja excretada no leite
materno, as quantidades são mínimas, e a amamentação não é
contraindicada.

Categoria C de risco na gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Teratogenicidade, mutagenicidade e
reprodução

Não há dados disponíveis sobre a possibilidade de Digoxina
(substância ativa) provocar efeitos teratogênicos, nem efeitos
sobre a fertilidade humana.

Este medicamento contém lactose.

Reações Adversas do Digox

De modo geral, as reações adversas causadas pelo uso de Digoxina
(substância ativa) são dependentes da dose e ocorrem devido à
administração de dosagens maiores que o necessário para alcançar
efeito terapêutico. Portanto, as reações adversas serão menos
comuns se a dose de Digoxina (substância ativa) estiver dentro da
faixa ou da concentração plasmática terapêutica recomendada e
quando houver atenção adequada a outras condições clínicas e a
medicações concomitantes.

As reações adversas estão listadas abaixo por frequência
e são definidas como:

Reações muito comuns

≥1/10

Reações comuns

≥1/100 e lt;1/10

Reações incomuns

≥1/1.000 e lt;1/100

Reações raras

≥1/10.000 e
lt;1/1.000

Reações muito raras

lt;1/10.000

Reações comuns (≥1/100 e lt;1/10)

Transtornos do SNC, vertigem, distúrbios visuais (visão turva ou
amarelada), arritmia, transtornos de condução, bigeminismo,
trigeminismo, prolongamento do intervalo PR, bradicardia sinusal,
náusea, vômito, diarreia, rash cutâneo urticariforme ou
escarlatiniforme (que pode ser acompanhado de eosinofilia
pronunciada).

Os eventos muito comuns, comuns e incomuns são geralmente
determinados com base em estudos clínicos. A incidência
ocorrida no grupo placebo é levada em conta. As reações adversas
identificadas através da farmacovigilância pós-comercialização são
consideradas raras ou muito raras (incluindo-se relatos
isolados).

Reação incomum (≥1/1.000 e lt;1/100)

Depressão.

Reações muito raras (lt;1/10.000)

Trombocitopenia, anorexia, psicose, apatia, confusão, dor de
cabeça, taquiarritmia supraventricular, taquicardia atrial
(com ou sem bloqueio), taquicardia juncional (nodal), arritmia
ventricular, contração ventricular prematura, depressão do segmento
ST, isquemia intestinal, necrose intestinal, ginecomastia (que pode
ocorrer em tratamentos de longa duração), fadiga, fraqueza,
mal-estar.

Em caso de eventos adversos, notifique o Sistema de
Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal. 

Interação Medicamentosa do Digox

As interações medicamentosas de Digoxina (substância ativa)
podem se manifestar por meio de efeitos sobre excreção renal,
ligação tecidual, ligação às proteínas plasmáticas, distribuição
no organismo, capacidade de absorção intestinal e
sensibilidade à droga. A melhor precaução é considerar a
possibilidade de interação sempre que algum
tratamento concomitante for sugerido. Havendo qualquer dúvida,
recomenda-se a verificação da concentração plasmática de
Digoxina (substância ativa).

Em associação com drogas bloqueadoras de receptores
beta-adrenérgicos, Digoxina (substância ativa) pode aumentar o
tempo de condução atrioventricular.

Os agentes que causam hipocalemia, ou deficiência de potássio
intracelular, podem ocasionar aumento de sensibilidade a Digoxina
(substância ativa). Tais agentes incluem diuréticos e sais
de lítio, corticosteroides e carbenoxolona.

Os pacientes que fazem uso de Digoxina (substância ativa) são
mais suscetíveis aos efeitos do suxametônio (agravamento da
hipercalemia).

O cálcio, sobretudo quando administrado rapidamente por via
intravenosa, pode produzir sérias arritmias em pacientes
digitalizados.

Os níveis séricos de Digoxina podem aumentar devido
à administração concomitante das seguintes drogas:

Amiodarona, flecainida, prazosina, propafenona, quinidina,
espironolactona, antibióticos macrolídeos (como eritromicina e
claritromicina), tetraciclina e possivelmente outros
antibióticos, gentamicina, itraconazol, quinina, trimetoprima,
alprazolam, indometacina, propantelina, nefazodona,
atorvastatina, ciclosporina, epoprostenol (transitório) e
carvedilol

Os níveis séricos de Digoxina podem reduzir-se pela
administração concomitante das seguintes drogas:

Antiácidos, alguns laxantes formadores de massa,
caolina-pectina, colestiramina, acarbose, sulfassalazina,
neomicina, rifampicina, alguns citostáticos, fenitoína,
metoclopramida, penicilamina, adrenalina, salbutamol e
Hypericum perforatum (Erva-de-São-João).

Os bloqueadores dos canais de cálcio podem aumentar o nível
sérico de Digoxina (substância ativa) ou não causar nenhum efeito
sobre ele. Verapamil, felodipino e tiapamil aumentam o nível sérico
de Digoxina (substância ativa).

A nifedipina e o diltiazem podem aumentar o nível sérico
de Digoxina (substância ativa) ou não causar nenhum efeito
sobre ele. O isradipino não causa nenhuma alteração no nível
sérico de Digoxina (substância ativa). Inibidores da enzima
conversora de angiotensina também podem aumentar ou não modificar
os níveis de Digoxina (substância ativa) plasmática.

A milrinona não altera os níveis séricos de Digoxina (substância
ativa) no estado de equilíbrio.

A Digoxina (substância ativa) é um substrato da glicoproteína P.
Por isso, inibidores da glicoproteína P podem elevar as
concentrações plasmáticas da Digoxina (substância ativa) através do
aumento da absorção e/ou redução do clearance
renal.

Ação da Substância Digox

Resultados de Eficácia


Em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva de classes
funcionais I e II, a fração de ejeção do ventrículo esquerdo
aumentou de forma significativa (4,1%) no grupo tratado com
Digoxina (substância ativa) em comparação ao grupo placebo (1,3%;
plt;0,05).

Características Farmacológicas


Propriedades farmacodinâmicas

A Digoxina (substância ativa) aumenta a contratilidade do
miocárdio por atividade direta. Esse efeito é proporcional à dose
na faixa terapêutica mais baixa, e algum resultado é alcançado
mesmo com doses muito baixas. O efeito ocorre até quando o
miocárdio está normal, embora nesse caso não exista nenhum
benefício fisiológico. A ação primária da Digoxina (substância
ativa) é, especificamente, inibir a adenosina trifosfatase e, dessa
maneira, inibir também a bomba de sódio e potássio. A alteração da
distribuição iônica através da membrana celular resulta em aumento
do afluxo dos íons de cálcio e, consequentemente, da
disponibilidade de cálcio no momento do acoplamento
excitação-contração. A potência de Digoxina (substância ativa)
pode, portanto, ser consideravelmente intensificada quando a
concentração de potássio extracelular está baixa, ao passo que o
efeito oposto é obtido na condição de hipercalemia.

A Digoxina (substância ativa) exerce o mesmo efeito de inibição
do mecanismo de troca de sódio e potássio nas células do sistema
nervoso autônomo, estimulando-as a exercer, por sua vez, atividade
cardíaca indireta. O aumento dos impulsos vagais eferentes resultam
na redução do tônus simpático e na diminuição da taxa de condução
do impulso através dos átrios e do nódulo atrioventricular. Desse
modo, o efeito benéfico principal de Digoxina (substância ativa) é
a redução da frequência ventricular.

Mudanças indiretas da contratilidade cardíaca também resultam em
mudanças da complacência venosa, induzidas pela alteração da
atividade autonômica e por estimulação venosa direta. O efeito
recíproco entre a atividade direta e a indireta governa a resposta
circulatória total, que não é idêntica para todos os pacientes. Na
presença de certas arritmias supraventriculares, a redução da
condução atrioventricular mediada neurogenicamente é maior.

O grau de ativação neuro-hormonal que ocorre em pacientes com
falência cardíaca associa-se à deterioração clínica e ao aumento do
risco de morte. A Digoxina (substância ativa) reduz a ativação do
sistema nervoso simpático e do sistema renina-angiotensina,
independentemente de sua ação inotrópica, e influência de modo
favorável a sobrevida. Ainda não se esclareceu se esse resultado é
alcançado através de efeitos diretos inibitórios simpáticos ou pela
ressensibilização do mecanismo barorreflexo.

Propriedades farmacocinéticas

Absorção

Após a administração oral, Digoxina (substância ativa) é
absorvida no estômago e na parte superior do intestino delgado. A
administração após as refeições retarda a taxa de absorção, mas
geralmente sem alterar a quantidade total de Digoxina (substância
ativa) absorvida. Entretanto, quando a refeição é rica em fibras, a
absorção de Digoxina (substância ativa) pode ser menor.

Pela via oral, o início do efeito ocorre entre 0,5 e 2 horas,
alcançando o máximo entre 2 e 6 horas. A biodisponibilidade de
Digoxina (substância ativa) administrada por via oral, na forma de
comprimido, é de aproximadamente 63%, enquanto a do elixir é de
75%.

Distribuição

A distribuição inicial de Digoxina (substância ativa), do
compartimento central aos compartimentos periféricos, requer
geralmente de 6 a 8 horas. Em seguida, a diminuição da concentração
plasmática de Digoxina (substância ativa) ocorre de forma mais
gradual, dependente da eliminação do fármaco pelo corpo. O volume
de distribuição é grande (Vdss = 510L em voluntários sadios), e
isso indica que Digoxina (substância ativa) se liga extensivamente
aos tecidos corporais. As concentrações mais elevadas da droga
encontram-se no coração, no fígado e nos rins. No coração, a média
é 30 vezes superior à da circulação sistêmica. Embora a
concentração no músculo esquelético seja muito menor, não pode ser
ignorada, visto que ele representa 40% do peso total do corpo.
Aproximadamente 25% de Digoxina (substância ativa) plasmática tem
ligação com as proteínas plasmáticas.

Metabolismo

Os principais metabólitos da Digoxina (substância ativa) são a
di-hidroDigoxina (substância ativa) e a digoxigenina.

Eliminação

A principal via de eliminação é a excreção renal da droga não
modificada.

A Digoxina (substância ativa) é um substrato da glicoproteína P.
Por se tratar de uma proteína de efluxo localizada na membrana
apical dos enterócitos, a glicoproteína P pode limitar a absorção
da Digoxina (substância ativa). A glicoproteína P nos túbulos
renais proximais parece ser um importante fator de eliminação renal
da Digoxina (substância ativa).

O clearance total de Digoxina (substância ativa)
mostra-se diretamente relacionado à função renal e, dessa forma, a
porcentagem de eliminação diária é uma função do clearance
de creatinina, que, por sua vez, pode ser estimado pela creatinina
sérica. Foram encontrados valores de clearance total de
Digoxina (substância ativa) de 193 ± 25mL/min e de
clearance renal de 152 ± 24mL/min em uma população de
controle sadia.

Em um pequeno percentual de indivíduos, Digoxina (substância
ativa), administrada por via oral, se converte em produtos de
redução cardioinativos (produtos de redução da Digoxina (substância
ativa), ou PRDs) através de colônias de bactérias do trato
gastrintestinal. Nesses indivíduos, mais de 40% da dose pode ser
excretada como PRDs na urina. O clearance renal encontrado
dos dois metabólitos principais, a di-hidrodigoxina e a
digoxigenina, foi de 79 ± 13mL/min e de 100 ±26mL/min
respectivamente. Na maioria dos casos, entretanto, a principal via
de eliminação da Digoxina (substância ativa) é a excreção renal da
droga inalterada.

A meia-vida de eliminação terminal da Digoxina (substância
ativa) em pacientes com função renal normal é de 30 a 40 horas.

Considerando-se que há maior quantidade da droga ligada aos
tecidos do que na circulação, Digoxina (substância ativa) não é
removida de modo eficaz durante a circulação extracorpórea. Além
disso, apenas cerca de 3% da dose de Digoxina (substância ativa) é
removida do corpo durante 5 horas de hemodiálise.

Neonatos e crianças de até 10 anos de idade

O clearance renal de Digoxina (substância ativa) é
menor em recém-nascidos, e são necessários ajustes de dosagem. Isso
é especialmente importante no caso de bebês prematuros, visto que o
clearance renal reflete a maturidade da função renal. O
clearance de Digoxina (substância ativa) é de 65,6 ±
30mL/min/1,73 m² aos 3 meses, em comparação com somente 32 ±
7mL/min/1,73 m² nos recém-nascidos de 1 semana de vida. No
período imediatamente posterior ao nascimento, as crianças, de modo
geral, necessitam de doses proporcionalmente maiores que as dos
adultos, baseadas no peso e na área de superfície corporal.

Insuficiência renal

A meia-vida de eliminação terminal de Digoxina (substância
ativa) prolonga-se em pacientes portadores de disfunção renal e, em
pacientes anúricos, pode ser da ordem de 100 horas.

Digox, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.