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Cloridrato de Verapamil EMS

  • Falta de oxigênio (isquemia) para o músculo do coração: sem
    angina (dor no peito); com angina após esforço; angina em
    repouso.
  • Hipertensão arterial (pressão alta) leve e moderada: cloridrato
    de verapamil tem a vantagem de poder ser usado em pacientes com
    pressão alta e que também tenham asma (bronquite), diabetes,
    depressão, impotência sexual, doença em vasos cerebrais, varizes,
    doença coronárias, colesterol alto, ácido úrico alto e também pode
    ser usado por idosos. Diminui a pressão nas crises de pressão
    alta.
  • Previne as arritmias com batimento cardíaco rápido
    (taquicardias supraventriculares; ‘flutter’ ou fibrilação
    atrial).

Como o Cloridrato de Verapamil – EMS
funciona?


Cloridrato de verapamil contém como substância ativa o
cloridrato de verapamil, que bloqueia o fluxo de cálcio para dentro
da célula do músculo do coração e das artérias (bloqueador do canal
lento ou antagonista de íons cálcio).

O bloqueio dos canais de cálcio para as células musculares
cardíacas e vasculares melhora a quantidade de oxigênio oferecida
ao músculo do coração. Com mais oxigênio, o músculo do coração
consegue relaxar mais e trabalhar melhor. Esse relaxamento muscular
também acontece nos músculos das paredes dos vasos sanguíneos, onde
o sangue vai poder circular mais facilmente (diminui a resistência
vascular), diminuindo, assim, a pressão alta.

Cloridrato de verapamil também atua na normalização da
frequência cardíaca (número de vezes que o coração bate por
minuto).

O tempo médio estimado para o início da ação farmacológica no
organismo é de uma a duas horas após a administração oral.

Contraindicação do Cloridrato de Verapamil –
EMS

Cloridrato de verapamil é contraindicado para o uso por
pessoas com hipersensibilidade ao cloridrato de verapamil ou a
outros componentes da fórmula do medicamento.

Também contraindicado em casos de:

  • Choque cardiogênico.
  • Bloqueio atrioventricular de segundo ou terceiro graus (exceto
    em pacientes com marcapasso ventricular artificial em
    funcionamento).
  • Síndrome do nódulo sinusal (exceto em pacientes com marca-passo
    artificial em funcionamento).
  • Insuficiência cardíaca congestiva.
  • Flutter” ou fibrilação atrial na presença de feixe de
    condução acessório (por exemplo: síndrome de Wolff-Parkinson-White
    e Lown-Ganong-Levine). Estes pacientes correm risco de desenvolver
    taquicardia, incluindo fibrilação ventricular se cloridrato de
    verapamil for administrado.
  • Combinação com medicamentos contendo ivabradina.

Como usar o Cloridrato de Verapamil – EMS

As doses de cloridrato de verapamil devem ser estudadas caso a
caso pelo médico de acordo com a gravidade da doença, e tomadas, de
preferência, com a alimentação ou logo após.

Os comprimidos devem ser engolidos com um pouco de água, sem
serem mastigados.

Posologia do Cloridrato de verapamil –
EMS


A experiência clínica mostra que a dose média do medicamento
varia de 240 mg a 360 mg por dia, conforme orientação médica.

A dose máxima diária não deve passar de 480 mg para tratamentos
longos, apesar de que uma dose maior que esta pode ser usada para
tratamentos curtos.

Adultos e adolescentes com peso maior que 50
kg

Isquemia miocárdica, taquicardias supraventriculares
paroxísticas, “flutter” e fibrilação atrial: 120 mg a 480
mg divididos em 3 ou 4 vezes ao dia (a cada 8 ou 6 horas) de acordo
com a prescrição médica.

Hipertensão:

120 mg a 480 mg divididos em 3 vezes ao dia (a cada 8 horas) de
acordo com a prescrição médica.

Crianças (somente para distúrbios do ritmo
cardíaco)

Até 6 anos:

80 mg a 120 mg divididos em 2 a 3 vezes ao dia (a cada 12 ou 8
horas) de acordo com a prescrição médica.

De 6 a 14 anos:

80 mg a 360 mg divididos em 2 a 4 vezes ao dia (a cada 12 ou 6
horas) de acordo com a prescrição médica.

Não existe limitação para a duração do tratamento.

Cloridrato de verapamil não deve ser interrompido subitamente
após tratamentos longos, sendo recomendada uma diminuição gradual
de dose.

Em pacientes com problemas no fígado, o médico deverá fazer um
ajuste da dose, com doses menores no início do tratamento.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

Este comprimido não deve ser partido, aberto ou
mastigado.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Cloridrato de Verapamil – EMS?


Se você se esqueceu de tomar o medicamento, tome uma dose assim
que se lembrar. Se estiver perto da hora de tomar a próxima dose,
você deve simplesmente tomar o próximo comprimido no horário usual.
Não dobre a próxima dose para repor o comprimido que se esqueceu de
tomar no horário certo.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Cloridrato de Verapamil – EMS

Infarto Agudo do Miocárdio

Usar com cautela nos casos de infarto agudo do miocárdio
complicados por bradicardia (batimentos cardíacos lentos),
hipotensão acentuada (pressão baixa) ou disfunção ventricular
esquerda.

Bloqueio AV (atrioventricular)/ Bloqueio AV de primeiro
grau/ Bradicardia/ Assistolia

Cloridrato de verapamil age sobre os nódulos de AV e SA (sino
atrial) e prolonga o tempo de condução átrio ventricular. Utilizar
com cautela no desenvolvimento de bloqueio AV de segundo ou
terceiro grau. Nos casos de bloqueio do ramo unifascicular,
bifascicular ou trifascicular há a necessidade de descontinuação do
tratamento com cloridrato de verapamil e, se necessário,
implementar um tratamento adequado.

Cloridrato de verapamil age sobre os nódulos AV e SA e raramente
permite a evolução de bloqueio AV para segundo ou terceiro grau,
bradicardia e em casos extremos, assistolia. Isso é mais provável
de ocorrer em pacientes com doença do nó sinusal, que é mais comum
em pacientes idosos. Em pacientes que não possuem essa doença,
assistolia, é geralmente de curta duração (alguns segundos ou
menos) com retorno expontâneo do ritmo normal. Se o retorno não
ocorrer rapidamente, deve ser iniciado tratamento adequado.

Insuficiência cardíaca

Pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção maior
que 35 % devem ser compensados antes do início do tratamento com
cloridrato de verapamil.

Antiarrítmicos, betabloqueadores

Potencialização mútua de efeitos cardiovasculares (grau superior
bloqueio AV, grau superior de frequência cardíaca, indução de
insuficiência cardíaca e hipotensão potencializada). Bradicardia
assintomática (36 batidas/minuto) com uso de marcapasso atrial
(wandering atrial pacemaker) foram observados em um
paciente recebendo concomitantemente colírio de timolol (bloqueador
beta adrenérgico) e cloridrato de verapamil oral.

Doença nas quais a transmissão neuromuscular é
afetada

Cloridrato de verapamil deve ser utilizado com cautela em
pacientes com doenças nas quais a transmissão neuromuscular é
afetada (miastenia grave, Síndrome de Eaton-Lambert, distrofia
muscular de Duchenne avançada).

Lactante

O cloridrato de verapamil é excretado no leite humano. Dados
limitados para administração oral têm mostrado que a dose relativa
do verapamil no lactante é baixa (0,1 – 1% da dose oral da mãe) e
que o uso de verapamil pode ser compatível com a amamentação.

Devido ao potencial de sérias reações adversas em lactentes, o
verapamil deve ser usado durante a lactação somente se for
essencial para o bem-estar da mãe e se indicado pelo médico.

Efeitos na habilidade de dirigir e usar
máquinas

Devido ao seu efeito anti-hipertensivo e dependendo da resposta
individual, o cloridrato do verapamil pode afetar a habilidade de
reação a ponto de prejudicar a habilidade de dirigir um veículo, de
operar máquinas ou de trabalhar sob circunstâncias perigosas.

Isso se aplica, principalmente, quando se inicia o tratamento,
quando a dose é aumentada, quando há migração de outra terapia
medicamentosa ou quando álcool é consumido concomitantemente.
Verapamil pode aumentar o nível de álcool no sangue e retardar sua
eliminação, com isso, os efeitos do álcool podem ser
exarcebados.

Reações Adversas do Cloridrato de Verapamil –
EMS

Reações adversas foram relatadas espontaneamente durante o
período de pós-comercialização e durante estudos clínicos do
produto.

As frequências de reações adversas são definidas
como:

  • Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam
    este medicamento).
  • Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
    utilizam este medicamento).
  • Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que
    utilizam este medicamento). 

1 Houve um único relato pós-comercialização de
paralisia (tetraparesia) associada ao uso concomitante de verapamil
e colchicina. O uso concomitante de verapamil e colchicina não é
recomendado.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista, ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Cloridrato de Verapamil –
EMS

Gravidez

Não há dados adequados do uso de cloridrato de verapamil em
mulheres durante a gravidez. Estudos em animais não indicaram
efeitos danosos direta ou indiretamente com respeito à toxicidade
reprodutiva.

Como estudos de reprodução feitos com animais não preveem sempre
a resposta em humanos, só se deve usar cloridrato de verapamil na
gravidez quando for absolutamente necessário e se indicado pelo
médico. O cloridrato de verapamil pode atravessar a placenta,
podendo ser medido no cordão umbilical.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se ocorrer
gravidez ou iniciar amamentação durante o uso deste
medicamento.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Uso em pacientes com insuficiência hepática

O verapamil deve ser usado com cuidado em pacientes com função
do fígado alterada. Nestes casos deve-se ajustar muito
cuidadosamente a dose e começar com doses menores.

Uso em pacientes com comprometimento da função
renal

Estudos robustos comparativos demonstraram que o comprometimento
da função renal não tem efeito sobre a farmacocinética do
cloridrato de verapamil em pacientes no estágio final da
insuficiência renal.

Entretanto, alguns casos reportados sugerem que o cloridrato de
verapamil deve ser usado com cautela e com acompanhamento
cuidadoso em pacientes com comprometimento da função renal. O
cloridrato de verapamil não pode ser removido por hemodiálise.

Uso em idosos

As doses de cloridrato de verapamil devem ser estudadas caso a
caso pelo médico, pois pacientes idosos apresentam uma resposta
maior ao verapamil.

Uso pediátrico

Deve-se ter bastante cautela ao administrar cloridrato de
verapamil a este grupo de pacientes.

Composição do Cloridrato de Verapamil – EMS

Cada comprimido revestido 80 mg contém

Cloridrato de verapamil

80 mg

Excipiente* q.s.p.

1 com. rev.

*Fosfato de cálcio dibásico diidratado, celulose
microcristalina, croscarmelose sódica, dióxido de silício,
estearato de magnésio, álcool polivinílico + dióxido titânio +
macrogol + talco e água purificada.

Apresentação do Cloridrato de verapamil –
EMS


Cloridrato de verapamil comprimido revestido de 80
mg:

Embalagens com 30, 45, 60, 90, 450 comprimidos revestidos.

Via oral.

Uso adulto e pediátrico.

Superdosagem do Cloridrato de Verapamil – EMS

Sintomas

A superdosagem de cloridrato de verapamil pode causar hipotensão
(pressão baixa), bradicardia (coração bate muito devagar) até
bloqueio atrioventricular, hiperglicemia (aumento na quantidade de
açúcar disponível para o corpo), estupor (diminuição ou paralisação
das reações intelectuais, sensitivas ou motoras, devidas a causa
psíquica ou patológica) e acidose metabólica (excesso de acidez no
sangue).

Casos fatais ocorreram em consequência de superdosagem.

Tratamento

Todos os casos de superdosagem devem ser tratados como se fossem
graves, e os pacientes devem ser mantidos em observação por até 48
horas, sob cuidados médicos em hospital.

Em caso de superdosagem deve-se procurar um hospital
imediatamente. O cloridrato de verapamil não pode ser removido por
hemodiálise.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Cloridrato de Verapamil –
EMS

Interações medicamentosas e testes
laboratoriais

Caso você esteja usando alguma das substâncias a seguir, informe
seu médico antes de iniciar o tratamento com Cloridrato de
verapamil. Ele lhe dará a melhor orientação sobre como
proceder.

As substâncias que interagem potencialmente com o
cloridrato de verapamil são:

Prazosina, terazosina, flecainida, quinidina, teofilina,
carbamazepina, imipramina, glibenclamida, claritromicina,
eritromicina, rifampicina, telitromicina, doxorrubicina,
fenobarbital, buspirona, midazolan, metoprolol, propanolol,
digitoxina, digoxina, cimetidina, ciclosporina, everolimus,
sirolimus, tacrolimus, atorvastatina, lovastatina, sinvastatina,
almotriptana, sulfinpirazona, suco de grapefruit (toranja
e pomelo), erva de São João (Hypericum perforatum).

Informe seu médico quanto ao uso de antiarrítmicos (quinidina,
procainamida), betabloqueadores (metoprolol, propanolol),
antihipertensivos (furosemida, hidroclorotiazida, nifedipino),
diuréticos, vasodilatadore (hidralazina, cinarizina, flunarizina),
agentes antivirais anti-HIV (ritonavir, lopinavir), lítio,
bloqueadores neuromusculares (gentamicina, tobramicina), ácido
acetilsalicílico, álcool, estatinas. Estas substâncias, quando
utilizadas com cloridrato de verapamil podem causar algumas
alterações. Foram observados nos testes laboratoriais a elevação
das enzimas hepáticas (enzimas que demonstram a função do fígado) e
elevação dos níveis de prolactina (hormônio que estimula produção
de leite e aumento das mamas).

Digoxina

Se verapamil for administrado concomitantemente com digoxina, a
dose de digoxina deve ser reduzida. 

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Ação da Substância Cloridrato de Verapamil – EMS

Resultados da eficácia

Um estudo clínico fase IV que envolveu 4247 pacientes com
hipertensão leve, moderada ou grave, teve como objetivo estudar a
eficácia anti-hipertensiva e a tolerabilidade do cloridrato de
verapamil.

De acordo com o estudo, a monoterapia com cloridrato de
verapamil normalizou a pressão arterial diastólica (≤ 90mm Hg) em
90% dos pacientes com hipertensão leve, 70% com hipertensão
moderada e 61% com hipertensão grave. A tolerabilidade cardíaca e
extracardíaca com o cloridrato de verapamil foi boa e a média da
frequência cardíaca foi levemente reduzida e nenhum dos
pacientes desenvolveu bloqueio atrioventricular de 2° ou
3° grau.

Estudo duplo-cego de 6 semanas, 28 pacientes hipertensos
estágios I-II foram randomizados para verapamil 160mg 3x/dia ou
nifedipina 20mg 2x/dia.

O verapamil reduziu PAD media significativamente mais que
nifedipina, com efeitos colaterais mais incidentes no grupo
nifedipina que no grupo verapamil. Em conclusão, verapamil tem
uma eficácia anti-hipertensiva superior à nifedipina.

Evidências de vários estudos suportam que verapamil é um
anti-hipertensivo eficaz e bem tolerado para o tratamento de
hipertensão leve a moderada e equivalente a outros agentes como
betabloqueadores, diuréticos e inibidores da enzima de conversão
(iECA), sem apresentar os efeitos colaterais mais incidentes
destas medicações.

O efeito antianginoso de verapamil 120mg 3x/dia ao longo de 1
ano de tratamento foi avaliado em 11 pacientes com angina de
esforço induzida.

A tolerância do teste de esforço em bicicleta foi de 531,8 +/-
123.0kg/min no grupo placebo e 763,6 +/- 124,7kg/min no grupo
verapamil (plt; 0,001), demonstrando a eficácia antianginosa do
medicamento. Os benefícios no tratamento a curto prazo são
sustentados mesmo após 1 ano de tratamento.

Outro estudo duplo-cego, randomizado, placebo controlado avaliou
a redução da frequência de episódios anginosos, o consumo de
nitroglicerina e a tolerância ao esforço em 26 pacientes com angina
estável em uso de verapamil 480mg/dia. Houve redução de 5,6 +/− 7,3
para 2,2 +/− 3,9 episódios de angina por semana (p lt; 0,001) e
redução no consumo de nitroglicerina de 3,4 +/− 4,9 para 1,2 +/−
2,5 comprimidos por semana (p lt; 0,05) no grupo verapamil
comparado com placebo.

O tempo de esforço aumentou de 6,4 +/− 2,1 minutos e foram
observados menos episódios de infradesnivelamento de segmento ST no
pico do esforço (p lt; 0,05), sugerindo uma favorável
redistribuição do fluxo sanguíneo coronário para zona
isquêmica.

Um estudo randomizado, duplo-cego, placebo controlado avaliou
durante 4 meses a efetividade e segurança de verapamil em 11
pacientes com episódios frequentes de taquicardia paroxística
supraventricular (TPSV). Os episódios de TPSV diminuíram
significativamente no grupo verapamil em relação ao placebo (p lt;
0,05), demonstrando que verapamil oral é seguro e efetivo no
tratamento à longo prazo de pacientes com
taquicardia paroxística supraventricular.

Estudos pré-clínicos

Estudos de reprodução foram conduzidos em coelhos e ratos
através de administração oral de doses até 1,5 (15mg/Kg/dia) e 6
(60mg/Kg/dia) vezes a dose oral diária em humanos, respectivamente,
e não foi evidenciada teratogenicidade. Nos ratos, entretanto, o
múltiplo da dose humana foi embriocida, e retardou o
desenvolvimento e crescimento fetal.

Provavelmente por causa dos efeitos adversos maternos refletidos
em perda de ganho de peso pelas ratas prenhas. Entretanto não foram
realizados estudos em mulheres grávidas.


Características Farmacológicas

Este medicamento contém como princípio ativo o cloridrato de
verapamil, que é um inibidor do influxo de íons cálcio (bloqueador
de canais lentos ou antagonista do íon cálcio).

Farmacodinâmica

Mecanismo de ação e efeitos
farmacodinâmicos:

O cloridrato de verapamil bloqueia o influxo de íons de cálcio
(e possivelmente de sódio) através do canal lento no interior das
células cardíacas de contração e condução e células musculares
vasculares. O efeito antiarrítmico de cloridrato de verapamil
deve-se ao seu efeito no canal lento das células do sistema
cardíaco de condução.

Reduz a exigência de oxigênio do miocárdio diretamente através
da intervenção em processos metabólicos consumidores de energia no
músculo cardíaco, e indiretamente por redução da pós-carga.

O bloqueio dos canais de cálcio do músculo liso das artérias
coronarianas aumenta a perfusão miocárdica, mesmo em tecidos
pós-estenose, e relaxa espasmos coronarianos.

A ação anti-hipertensiva do cloridrato de verapamil está baseada
na redução da resistência periférica, sem efeito rebote na
frequência cardíaca. A pressão arterial normal não é afetada de
modo considerável.

A atividade elétrica através dos nodos sinoatrial e
atrioventricular depende em grande parte do influxo de cálcio do
canal lento.

Através da inibição deste influxo, o verapamil reduz a condução
atrioventricular prolongando assim o período refratário. Esse
efeito resulta na redução da transmissão elétrica ventricular nos
pacientes com flutter atrial e/ou fibrilação atrial com rápida
resposta ventricular. Interrompendo a reentrada no nó
atrioventricular, verapamil pode reestabelecer o ritmo sinusal
normal em pacientes com taquicardia supraventricular paroxistica,
incluindo síndrome de Wolf-Parkinson-White.

Verapamil não produz efeito na condução do estímulo elétrico
através dos feixes de condução acessórios.

Segurança e eficácia clínica:

O cloridrato de verapamil não altera a possível ação atrial
normal nem o tempo de condução intraventricular, mas a amplitude
depressiva, velocidade da despolarização e condução em fibras
atriais deprimidas. Em casos isolados em corações de coelhos,
concentrações de verapamil que afetam significativamente as fibras
do nodo sinoatrial e as fibras nas regiões medianas e altas do nodo
atrioventricular tem efeito muito pequeno nas fibras baixas do nodo
atrioventricular (região NH) e não tem efeito nos potenciais de
ação atrial ou nas fibras do feixe de His. O cloridrato de
verapamil não induz espasmos arteriais periféricos ou altera o
nível sérico de cálcio total.

O cloridrato de verapamil reduz a contratilidade do miocárdio e
pós-carga. Em muitos pacientes, incluindo pacientes com doença
cardíaca orgânica, a ação inotrópica negativa se contrapõe pela
redução do débito cardíaco e pós-carga que geralmente não é
reduzido.

Porém em pacientes com disfunção cardíaca moderada a severa e
severa (pressão pulmonar arterial acima de 20 mm Hg, fração de
ejeção menor que 30%), um agravamento agudo da falência cardíaca
pode ser observado.

O cloridrato de verapamil possui efeito antiarrítmico bem
definido, particularmente na presença de arritmias
supraventriculares. O cloridrato de verapamil atrasa a condução no
nó atrioventricular. O resultado, dependendo do tipo de arritmia, é
a restauração do ritmo sinusal e/ou normalização da frequência
ventricular. Frequências cardíacas normais não são afetadas ou
sofrem pequena redução.

Farmacocinética

O cloridrato de verapamil é uma mistura racêmica que contém
porções iguais de R-enantiômeros e S-enantiômeros. O cloridrato de
verapamil é extensivamente metabolizado.

O norverapamil é um dos 12 metabólitos identificados na urina
que possui 10% a 20% da ação farmacológica e faz parte de 6% da
droga excretada na urina.

As concentrações de norverapamil e verapamil no estado
estacionário após múltiplas doses diárias alcançadas após 3 a 4
dias no plasma são similares.

Absorção:

Mais de 90% da dose de cloridrato de verapamil é rapidamente
absorvida pelo intestino delgado após a administração oral. A
disponibilidade sistêmica média do composto inalterado depois de
uma única dose oral é de aproximadamente 23%, devido a uma extensa
metabolização hepática de primeira passagem. A biodisponibilidade é
aproximadamente duas vezes mais alta com administrações repetidas.
Os níveis plasmáticos de pico do cloridrato do verapamil são
alcançados uma a duas horas após a administração do comprimido
revestido. O pico plasmático de norverapamil é alcançado
aproximadamente 1 hora após administração da dose. A presença de
alimentos não afeta a biodisponibilidade de verapamil.

Distribuição:

O verapamil é altamente distribuído através dos tecidos do
corpo, o volume de distribuição varia de 1,8 – 6,8L/Kg em pacientes
saudáveis. A ligação de verapamil com proteínas plasmáticas é de
aproximadamente 90 %.

Metabolização:

Verapamil é altamente metabolizado. Estudos in vitro
indicaram que o fármaco é metabolizado pelo citocromo P 450 CYP3A4,
CYP1A2, CYP2C8, CYP2C9, CYP2C18.

Em homens saudáveis, o cloridrato de verapamil administrado por
via oral, sofre extenso metabolismo no fígado, sendo identificados
12 metabólicos, a maior parte deles só vestígios.

Os principais metabólitos foram identificados como diferentes
produtos N e O-dealquilados do verapamil.

Desses metabólitos, apenas norverapamil possui algum efeito
farmacológico, aproximadamente 20 % do componente principal foi
observado em estudos com cachorros.

Eliminação:

A meia-vida de eliminação é de 3 a 7 horas. O cloridrato de
verapamil e seus metabólitos são eliminados principalmente por via
renal. Somente 3 a 4% são eliminados sob a forma inalterada. Cerca
de 50% da dose é eliminada via renal em 24 horas e 70% em cinco
dias.

Até 16% da dose é eliminada nas fezes. O clearence total de
verapamil é tão alto quanto o fluxo sanguíneo hepático,
aproximadamente 1L/h/Kg (variação: 0,7 – 1,3L/h/Kg).

Populações Especiais

Pediátrico:

Informação limitada de pacientes pediátricos está disponível, a
concentração plasmática estacionária parece ser menor na população
pediátrica após ingestão oral da dose, quando comparado com a
população adulta.

Idosos:

A idade pode afetar a farmacocinética do verapamil dados a
pacientes hipertensivos. A meia-vida de eliminação pode ser
prolongada em pacientes idosos. O efeito anti-hipertensivo do
verapamil não tem relação com a idade.

Insuficiência Renal:

A função renal não tem efeito sobre a farmacocinética de
verapamil conforme demonstrado em estudos comparativos em pacientes
com insuficiência renal avançada e pacientes saudáveis. Apesar
disso, recomenda-se administração cautelosa de verapamil em
pacientes com insuficiência renal. O verapamil e norverapamil não
são significativamente removidos por hemodiálise.

Insuficiência hepática:

A meia-vida de verapamil é prolongada em pacientes com alteração
da função hepatica com menor clearance e maior volume de
distribuição. O verapamil nessa população deve ser usada com
cuidado.

Cuidados de Armazenamento do Cloridrato de Verapamil –
EMS

Cloridrato de verapamil deve ser mantido em sua embalagem
original e conservado em temperatura ambiente (temperatura entre
15ºC e 30°C), protegido da luz e da umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas do Cloridrato de verapamil
– EMS

Comprimido revestido na cor branca, circular e biconvexo.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Cloridrato de Verapamil –
EMS

MS nº: 1.0235.0626

Farm.Resp.:

Telma Elaine Spina
CRF – SP nº 22.234

EMS S/A

Rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença, s/n°, Km 08
Chácara Assay – Hortolândia
SP – CEP 13186-901
CNPJ: 57.507.378/0003-65
Indústria Brasileira

SAC:

0800-191914

Venda sob prescrição médica.

Cloridrato-De-Verapamil-Ems, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.