Pular para o conteúdo

Cloridrato de Tramadol Paracetamol Aché

Como o Cloridrato de Tramadol + Paracetamol Aché
funciona?


O tramadol é um analgésico sintético de ação central. Embora o
seu modo de ação não seja totalmente conhecido, a partir de testes
em animais, pelo menos dois mecanismos complementares parecem
aplicáveis: ligação do fármaco e do metabólito M1 aos receptores de
μ-opioide e inibição fraca da recaptação da norepinefrina e da
serotonina.

O paracetamol é outro analgésico de ação central. Embora o sítio
e os mecanismos de ação exatos não estejam claramente definidos,
parece que o paracetamol produz analgesia através da elevação do
limiar da dor.

O mecanismo potencial pode envolver inibição da via do óxido
nítrico mediada por uma variedade de receptores de
neurotransmissores incluindo N-metil-D-aspartato e Substância
P.

O início do alívio da dor é rápido (30 a 60 minutos) e,
dependendo da intensidade da dor, o efeito analgésico perdura por
até 8 horas.

Contraindicação do Cloridrato de Tramadol + Paracetamol
– Aché

Você não deve tomar cloridrato de tramadol + paracetamol se
apresentar hipersensibilidade ao tramadol, ao paracetamol ou aos
componentes da fórmula, nas intoxicações agudas por bebidas
alcoólicas, analgésicos de ação central, hipnóticos, narcóticos,
opioides ou psicotrópicos; ou se estiver em tratamento com
medicamentos inibidores da monoaminoxidase (MAO) ou tiver sido
tratado com estes agentes nos últimos 14 dias.

Como usar o Cloridrato de Tramadol + Paracetamol –
Aché

Os comprimidos de cloridrato de tramadol + paracetamol devem ser
administrados por via oral.

Cloridrato de tramadol + paracetamol pode ser administrado
independentemente das refeições.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou
mastigado.

Posologia do Cloridrato de Tramadol + Paracetamol
Aché


Não exceda a dose recomendada.

A dose diária máxima de cloridrato de tramadol + paracetamol é 1
a 2 comprimidos a cada 4 a 6 horas de acordo com a necessidade para
alívio da dor, até o máximo de 8 comprimidos ao dia.

Nas condições dolorosas crônicas, o tratamento deve ser iniciado
com 1 comprimido ao dia e aumentado em 1 comprimido a cada 3 dias,
de acordo com a sua tolerância, até atingir a dose de 4 comprimidos
ao dia. Depois disso, cloridrato de tramadol + paracetamol pode ser
tomado na dose de 1 a 2 comprimidos a cada 4 a 6 horas, até o
máximo de 8 comprimidos ao dia.

Nas condições dolorosas agudas, o tratamento pode ser iniciado
com a dose terapêutica completa (1 a 2 comprimidos a cada 4 a 6
horas), até o máximo de 8 comprimidos ao dia.

Tratamento de Abstinência

Os sintomas de abstinência podem ser aliviados pela redução
gradual da medicação.

Disfunção renal

Em pacientes com depuração de creatinina inferior a 30 mL/min,
recomenda-se aumentar o intervalo entre as administrações de
cloridrato de tramadol + paracetamol de forma a não exceder 2
comprimidos a cada 12 horas.

Insuficiência hepática

Não é recomendado o uso de cloridrato de tramadol + paracetamol
em pacientes com insuficiência hepática grave.

Idosos (65 anos ou mais)

Não foram observadas diferenças gerais em relação à segurança ou
à farmacocinética entre indivíduos ≥ 65 anos de idade e indivíduos
mais jovens.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
o Cloridrato de Tramadol + Paracetamol Aché?


Se você se esquecer de tomar o medicamento, tome a próxima dose
normalmente e continue a administração conforme orientado pelo seu
médico. Não dobre a dose.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Cloridrato de Tramadol + Paracetamol –
Aché

Convulsões

Convulsões foram relatadas em pacientes recebendo tramadol na
dose recomendada. Relatos espontâneos pós-comercialização indicam
que o risco de convulsões está aumentado com doses de tramadol
acima das recomendadas.

O uso concomitante de tramadol aumenta o risco de
convulsões em pacientes tomando:

  • Inibidores seletivos da recaptação da serotonina
    (antidepressivos ou anoréticos);
  • Antidepressivos tricíclicos e outros compostos tricíclicos
    (ex.: ciclobenzaprina, prometazina, etc) ou;
  • Opioides.

A administração de tramadol pode aumentar o risco de convulsão
em pacientes tomando inibidores da monoaminoxidase (MAO),
neurolépticos ou outros fármacos que reduzem o limiar
convulsivo.

O risco de convulsões também pode estar aumentado em pacientes
com epilepsia, aqueles com história de convulsões ou em pacientes
com risco reconhecido para convulsões [tais como trauma craniano,
distúrbios metabólicos, abstinência de álcool ou drogas, infecções
do Sistema Nervoso Central (SNC)]. Na superdose de tramadol, a
administração de naloxona pode aumentar o risco de convulsão.

Reações anafilactoides

Reações anafilactoides sérias e raramente fatais foram relatadas
em pacientes recebendo tramadol. Estas reações ocorrem, geralmente,
após a primeira dose. Outras reações relatadas incluem prurido,
urticária, broncoespasmo e angioedema, necrólise epidérmica tóxica
e Síndrome de Stevens-Johnson.

Pacientes com história de reações anafilactoides à codeína e a
outros opioides podem estar sob risco aumentado e, portanto, não
devem ser tratados com cloridrato de tramadol + paracetamol.

Dependência de drogas e potencial de abuso

Cloridrato de tramadol + paracetamol contém tramadol como
princípio ativo. Parte do efeito analgésico de cloridrato de
tramadol + paracetamol é atribuível à ligação do princípio ativo,
tramadol, ao receptor m-pioide. Após administrações repetidas de
opioides, pode ocorrer o desenvolvimento de tolerância, dependência
física e dependência psicológica, mesmo nas doses recomendadas.
Avaliar o risco de cada paciente para dependência e abuso de
opioides antes de prescrever cloridrato de tramadol + paracetamol e
monitorar todos os pacientes que recebem cloridrato de tramadol +
paracetamol em relação ao desenvolvimento destes comportamentos. Os
riscos são maiores em pacientes com história pessoal ou familiar de
abuso de substâncias (incluindo abuso ou dependência de drogas ou
álcool) ou doença mental (por exemplo, depressão maior).

Cloridrato de tramadol + paracetamol não deve ser administrado a
pacientes dependentes de opioides.

O tramadol reinicia a dependência física em alguns pacientes
previamente dependentes de outros opioides. Consequentemente, o
tratamento com cloridrato de tramadol + paracetamol não é
recomendado em pacientes com tendência para abuso de opioides ou
dependentes de opioides.

Uso com depressores do Sistema Nervoso Central (SNC),
incluindo álcool

O uso concomitante de tramadol (princípio ativo de cloridrato de
tramadol + paracetamol) com depressores do SNC, incluindo o álcool,
pode causar efeitos aditivos aos depressores do SNC, incluindo
sedação profunda e depressão respiratória. Cloridrato de tramadol +
paracetamol deve ser usado com cautela e em dose reduzida em
pacientes recebendo depressores do SNC, ambos pelo menor tempo
possível .

Risco aumentado de hepatotoxicidade (dano no fígado) com
uso de álcool

Alcoólatras crônicos podem estar sob risco aumentado de
toxicidade hepática com o uso excessivo de paracetamol.

Uso com inibidores seletivos da recaptação da
serotonina

Cloridrato de tramadol + paracetamol deve ser usado com bastante
cautela em pacientes sob tratamento com inibidores seletivos da
recaptação da serotonina (ISRSs). O uso concomitante de tramadol
com inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRSs)
aumenta o risco de eventos adversos, incluindo convulsões e
síndrome serotoninérgica.

Depressão respiratória

Pacientes com depressão respiratória significativa ou asma
brônquica grave ou aguda apresentam um risco aumentado de depressão
respiratória, com risco de vida, quando tratados com opioides.

Cloridrato de tramadol + paracetamol só deve ser utilizado nesta
população de pacientes num ambiente monitorado e com
disponibilidade de equipamento de ressuscitação.

Cloridrato de tramadol + paracetamol deve ser administrado com
cautela em pacientes sob risco de depressão respiratória. Quando
grandes doses de tramadol são administradas com medicamentos
anestésicos ou álcool, pode ocorrer depressão respiratória e tais
casos devem ser tratados como superdose. Se a naloxona for
administrada, deve-se ter cautela, pois ela pode precipitar a
ocorrência de convulsões.

Metabolismo ultrarrápido do tramadol pela
CYP2D6

Os pacientes que são metabolizadores ultrarrápidos através da
CYP2D6, podem converter o tramadol para o seu metabólito ativo
(M1) de maneira mais rápida e completa do que outros pacientes.
Esta rápida conversão pode resultar em níveis maiores que os
esperados de M1 no soro, o que poderia levar a um aumento do risco
de depressão respiratória. Medicação alternativa, a redução da dose
e/ou monitorização frequente dos sinais de superdose por tramadol,
tais como depressão respiratória, é recomendado em pacientes que se
sabe serem metabolizadores ultrarrápidos por CYP2D6.

Aumento da pressão intracraniana ou traumatismo
craniano

Cloridrato de tramadol + paracetamol deve ser usado com cautela
em pacientes com pressão intracraniana aumentada ou traumatismo
craniano.

Alterações da pupila (miose) provocadas pelo tramadol podem
mascarar a existência, extensão ou curso da patologia
intracraniana. Um alto índice de suspeita de reação adversa deve
ser observado ao avaliar o estado mental alterado destes pacientes
se estiverem recebendo cloridrato de tramadol + paracetamol.

A administração de cloridrato de tramadol + paracetamol pode
complicar a avaliação clínica de pacientes com condições abdominais
agudas.

Tratamento da abstinência

Sintomas de abstinência como ansiedade, sudorese, insônia,
rigidez, dor, náusea, tremores, diarreia, sintomas do trato
respiratório superior e piloereção podem ocorrer se cloridrato de
tramadol + paracetamol for descontinuado de forma abrupta. Ataque
de pânico, ansiedade grave, alucinação, parestesia, tinido e
sintomas do SNC não usuais foram também raramente relatados com a
descontinuação abrupta do cloridrato de tramadol. A experiência
clínica sugere que os sintomas de abstinência podem ser aliviados
pela redução gradual da medicação.

Disfunção renal

O cloridrato de tramadol + paracetamol não foi estudado em
pacientes com disfunção renal (funcionamento anormal dos
rins).

A experiência com tramadol sugere que a disfunção renal resulta
em decréscimo da taxa e da extensão de excreção do tramadol e seu
metabólito ativo, M1. Em pacientes com depuração de creatinina
menor que 30 mL/min, recomenda-se que o intervalo de administração
de cloridrato de tramadol + paracetamol seja aumentado, não
excedendo 2 comprimidos a cada 12 horas.

Disfunção hepática

O cloridrato de tramadol + paracetamol não foi estudado em
pacientes com disfunção hepática (funcionamento anormal do fígado)
e o seu uso não é recomendado em pacientes com disfunção hepática
grave.

Reações cutâneas graves

Reações cutâneas (de pele) graves, tais como pustulose
exantematosa aguda generalizada, síndrome de Stevens-Johnson
(reação alérgica caracterizada por bolhas em mucosas e em grande
parte do corpo), e necrólise epidérmica tóxica (lesões avermelhadas
em grandes áreas da pele, com bolhas, como se a pele estivesse
escaldada), foram relatadas muito raramente em pacientes recebendo
paracetamol.

Seu médico deverá informá-lo(a) sobre os sinais de reações
cutâneas (de pele) graves e o uso do medicamento deverá ser
descontinuado no primeiro aparecimento de erupção cutânea ou de
qualquer outro sinal de hipersensibilidade (alergia).

Hiponatremia

A hiponatremia (nível baixo de sódio no sangue) foi relatada
muito raramente com o uso de cloridrato de tramadol + paracetamol,
geralmente em pacientes com fatores de risco predisponentes, como
pacientes idosos e/ou em pacientes em uso de medicações
concomitantes que podem causar hiponatremia.

Em alguns relatórios, a hiponatremia pareceu ser o resultado da
síndrome de secreção inapropriada de hormônio antidiurético (SIADH)
e resolvida com a descontinuação de cloridrato de tramadol +
paracetamol e instituição do tratamento apropriado (por exemplo,
restrição de fluídos).

Durante o tratamento com cloridrato de tramadol + paracetamol
monitorização de sinais e sintomas da hiponatremia é recomendado
para pacientes com fatores de risco à predisponentes

A dose recomendada de cloridrato de tramadol + paracetamol não
deve ser excedida. Cloridrato de tramadol + paracetamol não deve
ser coadministrado com outros produtos à base de tramadol ou
paracetamol.

Uso em pacientes fisicamente dependentes de
opioides

Cloridrato de tramadol + paracetamol não é recomendado para
pacientes dependentes de opioides.

Pacientes que tomaram recentemente quantidades substanciais de
opioides podem experimentar sintomas de abstinência. Devido à
dificuldade de avaliar a dependência em pacientes que receberam
previamente quantidades substanciais de medicamentos opioides,
cloridrato de tramadol + paracetamol deve ser administrado com
cautela em tais pacientes.

Interações medicamentosas

Informe seu médico ou farmacêutico se estiver tomando ou tiver
tomado recentemente outros medicamentos. Isso inclui medicamentos
que você compra sem receita médica ou medicamentos fitoterápicos.
Em particular, informe ao seu médico ou farmacêutico se estiver
tomando algum dos seguintes medicamentos com cloridrato de tramadol
+ paracetamol uma vez que pode afetar a forma como funcionam:

  • Carbamazepina, usada para tratamento da epilepsia e alguns
    tipos de dor;
  • Inibidores da monoaminoxidase (MAO), usados para tratar
    condições mentais tais como depressão. Você não deve tomar
    cloridrato de tramadol + paracetamol com inibidores da MAO ou
    dentro de 14 dias após sua descontinuação;
  • Inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRSs),
    usados para tratar depressão ou doença de Parkinson;
  • Medicamentos que desaceleram o sistema nervoso central
    (depressores do SNC), tais como sedativos, pílulas para dormir,
    medicamentos usados em cirurgia (anestésicos), tranquilizantes,
    medicamentos usados para tratar certas condições mentais
    (psicotrópicos), alguns analgésicos fortes (opioides) ou
    álcool;
  • Quinidina, utilizada para tratar doenças cardíacas
    (antiarrítmicos);
  • Compostos semelhantes à varfarina, utilizados para diminuir a
    coagulação do sangue (anticoagulantes); medicamentos que retardam
    ou reduzem a conversão (metabolismo) deste medicamento para a sua
    forma ativa (inibidores da CYP2D6);
  • Cimetidina, usada para tratar azia e úlceras pépticas.

Interação com alimentos

A administração de cloridrato de tramadol + paracetamol com
alimentos não afeta de forma significante a sua taxa ou extensão de
absorção.

Não use outro produto que contenha paracetamol.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Cloridrato de Tramadol + Paracetamol
– Aché

Eventos adversos relatados em pelo menos 2% dos
indivíduos que receberam cloridrato de tramadol + paracetamol para
dor crônica e com incidência maior que o placebo:

Classe de sistema de órgãos

Reações adversas

Corpo como um todoFadiga, ondas de calor,
astenia (fraqueza) sintomas gripais
Distúrbios
cardiovasculares
Hipertensão (pressão
alta)
Distúrbios do sistema
nervoso central e periférico
Dor de cabeça, tremores
musculares, tontura, hipoestesia (perda ou diminuição da
sensibilidade)
Distúrbios do sistema
gastrintestinal
Náusea, indigestão,
gases, constipação, boca seca, vômito, dor abdominal, diarreia
Distúrbios
psiquiátricos
Sonolência, insônia,
anorexia, nervosismo, ansiedade
Distúrbios da pele e
anexos
Prurido, sudorese
aumentada, erupção cutânea

A lista a seguir contem reações adversas que ocorreram
com incidência de pelo menos 1% em estudos clínicos para tratamento
da dor aguda e crônica:

Classe de sistema de órgãos

Reações adversas

Corpo como um todoAstenia, fadiga, ondas de calor
Sistema nervoso central e
periférico
Tontura, dor de cabeça, tremor
Sistema gastrintestinalDor abdominal, constipação, diarreia,
dispepsia, flatulência, boca seca, náusea, vômito
Distúrbios psiquiátricosAnorexia, ansiedade, confusão,
euforia, insônia, nervosismo, sonolência
Pele e anexosPrurido, erupção cutânea, sudorese
aumentada

Entre estes, os eventos adversos mais comuns (5% dos indivíduos)
foram náusea (14%), tontura (10%), sonolência (9%), constipação
(8%), vômito (5%) e dor de cabeça (5%).

A lista a seguir contém eventos adversos clinicamente
relevantes que ocorreram com incidência menor que 1% em estudos
clínicos:

Classe de sistema de órgãos

Reações adversas

Corpo como um todoDor no peito, rigidez, síncope,
síndrome de abstinência, reação alérgica
Distúrbios cardiovascularesHipertensão, agravamento da
hipertensão, hipotensão, edema dependente
Sistema nervoso central e
periférico
Ataxia, convulsões, hipertonia,
enxaqueca, agravamento da enxaqueca, contração involuntária dos
músculos, parestesia, estupor, vertigem
Sistema gastrintestinalDisfagia, melena, edema de
língua
Distúrbios auditivos e
vestibulares
Zumbido
Distúrbios do ritmo e batimentos
cardíacos
Arritmia, palpitação,
taquicardia
Distúrbios do sistema hepático e
biliar
Função hepática anormal, aumento da
TGP (ALT), aumento da TGO (AST)
Distúrbios do metabolismo e
nutricionais
Perda de peso, hipoglicemia, aumento
da fosfatase alcalina, aumento de peso
Distúrbios musculoesqueléticosArtralgia
Distúrbios plaquetários, hemorrágicos
e da coagulação
Aumento do tempo de coagulação,
púrpura
Distúrbios psiquiátricosAmnésia, despersonalização,
depressão, abuso de drogas, labilidade emocional, alucinação,
impotência, pesadelos, pensamento anormal
Distúrbios das células vermelhas
sanguíneas
Anemia
Sistema respiratórioDispneia, broncoespasmo
Distúrbios da pele e anexosDermatite, erupção cutânea
eritematosa
Sistema urinárioAlbuminúria, distúrbios da micção,
oliguria, retenção urinária
Distúrbios da visãoVisão anormal
Distúrbios das células brancas e
sistema retículo endotelial
Granulocitopenia (diminuição na
contagem de células brancas do sangue) e leucocitose (aumento na
contagem de leucócitos no sangue)

Outros eventos adversos que foram relatados durante o
tratamento com medicamentos a base de tramadol e cuja relação de
causalidade não foram bem determinadas incluem:

Vasodilatação, hipotensão ortostática, isquemia do miocárdio,
edema pulmonar, reações alérgicas (incluindo anafilaxia, urticária,
síndrome de Stevens-Johnson/síndrome da necrólise epidérmica
tóxica), disfunção cognitiva, dificuldade de concentração,
depressão, tendência suicida, hepatite, insuficiência hepática e
sangramento gastrintestinal. Relatos de anormalidades em exames
laboratoriais incluíram elevação nos testes de creatinina e função
hepática. Síndrome serotoninérgica (cujos sintomas podem incluir
alteração da situação mental, hiperreflexia, febre, calafrios,
tremor, agitação, diaforese, convulsões, coma) foi relatada quando
o tramadol foi utilizado concomitantemente com outros agentes
serotoninérgicos como inibidores seletivos de recaptação da
serotonina e inibidores da MAO.

A experiência pós-comercialização com o uso de produtos que
contenham tramadol incluiu raros relatos de “delirium”,
miose, midríase, transtornos da fala e, muito raramente, relatos de
transtorno de movimento. A vigilância pós-comercialização revelou
raras alterações do efeito da varfarina, incluindo elevação dos
tempos de protrombina. Foram relatados muito raramento casos de
hipoglicemia em pacientes fazendo uso de tramadol. A maioria dos
relatos foi em pacientes com fatores de risco de predisponentes,
incluindo diabetes ou insuficiência renal, ou em pacientes
idosos.

Casos de hiponatremia e/ou SIADH foram notificados muito
raramente em pacientes que tomaram tramadol, geralmente em
pacientes com fatores de risco predisponentes, tais como os idosos
ou aqueles que utilizaram medicações concomitantes e que podem
causar hiponatremia.

Reações alérgicas (erupção cutânea primária) ou relatos de
hipersensibilidade secundária ao paracetamol foram raros e
geralmente controlados pela descontinuação do medicamento e, quando
necessário, tratamento sintomático. Houve vários relatos que
sugerem que o paracetamol pode produzir hipoprotrombinemia quando
administrado com compostos com ação semelhante à varfarina.

Em outros estudos, o tempo da protrombina não foi alterado.

Foi verificado através do “Netherlands Pharmacovigilance
Center Lareb
”, consulta ao banco de dados do CNMM – Centro
Nacional de Monitorização de Medicamentos e
Micromedex (Drugdex Evaluation), que há registro da
reação adversa rubor associada ao uso da substância tramadol.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Cloridrato de Tramadol +
Paracetamol – Aché

Uso em crianças

A segurança e a eficácia de cloridrato de tramadol + paracetamol
não foram estudadas na população pediátrica.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar
máquinas

Cloridrato de tramadol + paracetamol pode afetar a habilidade
mental ou física necessária para a realização de tarefas
potencialmente perigosas como dirigir ou operar máquinas.

Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir
veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem
estar prejudicadas.

Gravidez, amamentação e fertilidade

Foi demonstrado que tramadol atravessa a placenta.

Não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres
grávidas.

Não foi estabelecida a utilização segura durante a gravidez.

O uso prolongado de cloridrato de tramadol + paracetamol durante
a gravidez pode causar sintomas de abstinência em seu bebê
recém-nascido que podem ser fatais se não forem reconhecidos e
tratados.

Este risco é maior no último trimestre da gravidez.

Cloridrato de tramadol + paracetamol não é recomendado para mães
que estejam amamentando, pois a segurança em crianças e
recém-nascidos não foi estudada.

Não foi avaliado o efeito de tramadol ou a combinação
tramadol/paracetamol na fertilidade humana.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Composição do Cloridrato de Tramadol + Paracetamol –
Aché

Apresentações

Comprimidos revestidos de 37,5 mg + 325 mg. Embalagens com 10 e
20 comprimidos.

Uso oral.

Uso adulto.

Composição

Cada comprimido revestido de cloridrato de tramadol +
paracetamol contém:

Cloridrato de
tramadol
37,5 mg
Paracetamol325 mg

Excipientes:

copovidona, amido, estearato de magnésio, álcool polivinílico,
macrogol, talco, dióxido de titânio, corante óxido de ferro
amarelo, ácido esteárico, crospovidona e povidona.

Superdosagem do Cloridrato de Tramadol + Paracetamol – Aché

Sintomas e sinais

Os sintomas iniciais de uma dose excessiva de tramadol incluem
depressão respiratória (dificuldade para respirar) e/ou convulsões
e do paracetamol, observados dentro das primeiras 24 horas,
incluem: anorexia, náusea, vômito, mal-estar, palidez e diaforese
(transpiração fria e pegajosa).

O tramadol

As consequências potenciais sérias da superdose do componente
tramadol são depressão respiratória, letargia, coma, convulsão,
parada cardíaca e morte. Adicionalmente, casos de prolongamento do
intervalo QT foram relatados durante uma superdose.

O paracetamol

Uma superdose maciça de paracetamol pode causar toxicidade
hepática em alguns pacientes. Os primeiros sintomas após uma
superdose potencialmente hepatotóxica podem
incluir irritabilidade gastrintestinal, anorexia, náuseas,
vômitos, mal-estar, palidez e diaforese (transpiração fria e
pegajosa). Evidência clínica e laboratorial de toxicidade hepática
pode não ser aparente antes de 48 a 72 horas após a ingestão.

Tratamento

Uma superdose única ou múltipla com Cloridrato de tramadol +
paracetamol pode ser uma superdose polimedicamentosa potencialmente
letal, e recomenda-se consultar especialistas apropriados, se
disponível.

Embora a naloxona reverta alguns, mas não todos, os sintomas
causados pela superdose com tramadol, o risco de convulsões também
aumenta com a administração de naloxona. Com base na experiência
com tramadol, não se espera que a hemodiálise seja útil em uma
superdose porque remove menos de 7% da dose administrada em um
período de diálise de 4 horas.

No tratamento de uma superdose com cloridrato de tramadol +
paracetamol, deve ser dada atenção inicial à manutenção adequada da
ventilação com tratamento geral de suporte. Dado que as estratégias
para controle de superdose evoluem continuamente, é aconselhável
entrar em contato com uma central de controle de intoxicação para
receber as recomendações mais recentes para o controle de uma
superdose. A hipotensão é, em geral, hipovolêmica e deve responder
à administração de fluidos.

Vasopressores e outras medidas de suporte devem ser empregados
conforme necessário. Proceder à entubação endotraqueal quando
necessário, para fornecer respiração assistida.

Em pacientes adultos e pediátricos, ou em qualquer indivíduo que
se apresente com uma quantidade desconhecida de paracetamol
ingerido ou com uma história questionável ou pouco confiável sobre
o momento da ingestão, deve-se obter o nível plasmático de
paracetamol e ser tratado com acetilcisteína.

Se um teste não puder ser obtido e a ingestão estimada de
paracetamol exceder de 7,5 a 10 gramas para adultos e adolescentes
ou 150 mg/kg para crianças, a administração de N-acetilcisteína
deve ser iniciada e continuada durante um ciclo completo de
terapia.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Cloridrato de Tramadol +
Paracetamol – Aché

Uso com inibidores da MAO

O uso concomitante de Cloridrato de Tramadol + Paracetamol
(substância ativa) com inibidores da MAO, ou dentro de 14 dias após
sua descontinuação, é contraindicado devido ao risco aumentado de
convulsões e síndrome serotoninérgica.

Uso com inibidores seletivos da recaptação da
serotonina

O uso concomitante de tramadol com ISRSs aumenta o risco de
eventos adversos, incluindo convulsões e síndrome serotoninérgica.
Deve-se ter cautela quando administrar Cloridrato de Tramadol +
Paracetamol (substância ativa) a pacientes utilizando ISRSs e
monitorar os sinais de eventos adversos.

Depressores do Sistema Nervoso Central (SNC), incluindo
álcool

O uso concomitante de tramadol com depressores do sistema
nervoso central, como benzodiazepinas e outros
sedativos/hipnóticos, agentes anestésicos, fenotiazinas,
tranquilizantes, opioides ou álcool, pode produzir efeitos
depressivos aditivos no SNC, tais como sedação profunda e depressão
respiratória. Se o uso concomitante de Cloridrato de Tramadol +
Paracetamol (substância ativa) com um depressor do SNC for
clinicamente necessário, prescrever as menores doses eficazes com
duração mínima para ambos os medicamentos, e acompanhar
rigorosamente os pacientes quanto a sinais de depressão
respiratória.

Uso com carbamazepina

A administração concomitante de Cloridrato de Tramadol +
Paracetamol (substância ativa) e carbamazepina causa um aumento
significativo no metabolismo de tramadol. Pacientes tomando
carbamazepina podem ter redução significativa do efeito analgésico
do tramadol.

Uso com quinidina

O tramadol é metabolizado para M1 pela isoenzima CYP2D6. A
administração concomitante de quinidina e tramadol resulta em
concentrações aumentadas de tramadol e reduzidas de M1. As
consequências clínicas destes achados são desconhecidas. Estudos de
interação medicamentosa “in vitro” em microssomas
hepáticos humanos indicam que o tramadol não tem efeito sobre o
metabolismo da quinidina.

De acordo com os relatórios de farmacovigilância, os relatos de
toxicidade da digoxina são raros.

Uso com compostos do tipo varfarina

Existem vários relatos que sugerem que o paracetamol pode
produzir hipoprotrombinemia discreta quando administrado com
varfarina. Os dados de farmacovigilância revelaram alterações raras
do efeito da varfarina, incluindo elevação dos tempos de
protrombina. Embora tais alterações tenham significância clínica
limitada, a avaliação periódica do tempo de protrombina deve ser
realizada quando Cloridrato de Tramadol + Paracetamol (substância
ativa) e estes agentes são administrados concomitantemente, devido
aos relatos de aumento de RNI (Relação Normalizada Internacional)
em alguns pacientes.

Uso com anticonvulsivantes

Alguns relatos sugerem que os pacientes tomando
anticonvulsivantes a longo prazo que excedem a dose de paracetamol
podem estar sob risco aumentado de hepatotoxicidade devido ao
metabolismo acelerado do paracetamol.

Uso com diflunisal e paracetamol

A administração concomitante de diflunisal e paracetamol produz
aumento de 50% nos níveis plasmáticos de paracetamol em voluntários
normais. Cloridrato de Tramadol + Paracetamol (substância ativa)
deve ser usado com cautela e os pacientes monitorados
cuidadosamente.

Uso com inibidores da CYP2D6

Os estudos de interação medicamentosa in
vitro
 em microssomas hepáticos humanos indicam que a
administração concomitante de Cloridrato de Tramadol + Paracetamol
(substância ativa) com inibidores da CYP2D6, como fluoxetina,
paroxetina e amitriptilina pode resultar em alguma inibição do
metabolismo do tramadol.

Uso com cimetidina

A administração concomitante de Cloridrato de Tramadol +
Paracetamol (substância ativa) e cimetidina não foi estudada.

A administração de tramadol e cimetidina não resulta em
alterações clinicamente significativas na farmacocinética do
tramadol.

Interação Alimentícia do Cloridrato de Tramadol + Paracetamol –
Aché

A administração de Cloridrato de Tramadol + Paracetamol
(substância ativa) com alimentos não afeta de forma significativa a
sua taxa ou extensão de absorção.

Ação da Substância Cloridrato de Tramadol + Paracetamol –
Aché

Resultados de Eficácia


Estudos de dose única

Em estudos duplo-cegos controlados por placebo e ativo, de
grupos paralelos, de dose única e com desenho fatorial, dois
comprimidos de Cloridrato de Tramadol + Paracetamol (substância
ativa) administrados em pacientes com dor após procedimentos
cirúrgicos orais proporcionaram melhor alívio do que o placebo ou
até mesmo que uma mesma dose dos componentes ativos isolados. O
início do alívio da dor após a administração de Cloridrato de
Tramadol + Paracetamol (substância ativa) foi mais rápido que o
tramadol isolado. O início da analgesia ocorreu em menos de uma
hora. A duração do alívio da dor após administração de Cloridrato
de Tramadol + Paracetamol (substância ativa) foi maior que a do
paracetamol isolado. A analgesia foi, em geral, comparável ao
ibuprofeno, o comparador. Em outro estudo de dose única em
indivíduos com dor houve uma dose-resposta estatisticamente
significativa para o alívio da dor proveniente de procedimentos
cirúrgicos orais em relação ao placebo; 37,5 mg de cloridrato de
tramadol/325 mg de paracetamol; e 75 mg de cloridrato de
tramadol/650 mg de paracetamol.

Estudos para o tratamento de dor aguda

O estudo CAPSS-105 avaliou a segurança e eficácia de Cloridrato
de Tramadol + Paracetamol (substância ativa) no tratamento de
crises dolorosas de osteoartrite no joelho e quadril. Todos os 308
indivíduos randomizados foram incluídos na população a ser tratada
(intenção de tratamento) e na população a ser avaliada quanto à
segurança. Desses indivíduos, 197 foram randomizados com Cloridrato
de Tramadol + Paracetamol (substância ativa) (102 com 37,5 mg de
cloridrato de tramadol/325 mg de paracetamol; 95 com 75 mg de
cloridrato de tramadol/ 650 mg de paracetamol para a dose inicial)
e 111 foram randomizados com placebo. Os grupos de tratamento foram
semelhantes em relação às características demográficas, como
sexo e idade. A maioria dos indivíduos teve o joelho designado como
articulação alvo do estudo (77,9%). Após uma dose inicial, os
indivíduos receberam 1 a 2 comprimidos de 37,5 mg de cloridrato de
tramadol/325 mg de paracetamol ou placebo correspondente a cada 4 a
6 horas, conforme necessário. Em geral, o Cloridrato de Tramadol +
Paracetamol (substância ativa) foi mais efetivo que o placebo em
ajudar os indivíduos em gerenciar as crises dolorosas de
osteoartrite. Durante os Dias 1 ao 5, o Cloridrato de Tramadol +
Paracetamol (substância ativa) foi significativamente mais efetivo
que o placebo em diminuir a média diária do Escore de Intensidade
da Dor (plt;0,001) e em aumentar a média diária do Escore para
Alívio da Dor (plt;0,001).

O estudo CAPSS-115 comparou o Cloridrato de Tramadol +
Paracetamol (substância ativa) e paracetamol/codeína em indivíduos
com dor pós-cirúrgica (ortopédica ou abdominal). De 306 indivíduos
randomizados, 98 foram randomizados com Cloridrato de Tramadol +
Paracetamol (substância ativa), 99 com placebo e 109 com
paracetamol com fosfato de codeína (30 mg). Não houve diferenças
clinicamente significativas entre os três grupos de tratamento para
qualquer característica demográfica ou de linha de base. O
Cloridrato de Tramadol + Paracetamol (substância ativa) foi
estatisticamente superior ao placebo para todas as três variáveis
primárias, ou seja, TOTPAR (alívio total da dor) (p=0,004), SPID
(soma da diferença da intensidade da dor) (p=0,015) e SPRID (soma
do total de alívio da dor e soma das diferenças da intensidade da
dor) (p=0,005).

Estudos de tratamento de dor crônica

Os comprimidos de Cloridrato de tramadol 37,5mg + Paracetamol
325 mg foram avaliados em três estudos controlados por placebo, em
960 pacientes com osteoartrite do quadril e joelho, e dor
lombar.
Cada estudo controlado por placebo iniciou com um período de
titulação de dose de aproximadamente 10 dias, seguidos por uma fase
de manutenção com doses de 1 a 2 comprimidos (37,5 mg de
tramadol/325 mg de paracetamol para 75 mg de tramadol/650 mg de
paracetamol) a cada 4 a 6 horas, não excedendo o máximo de 8
comprimidos ao dia. Todos os três estudos tiveram uma duração de
tratamento de 90 dias. A dose diária média de Cloridrato de
Tramadol + Paracetamol (substância ativa) para os estudos
controlados variou de 4,1 para 4,2 comprimidos.

Dores de osteoartrite (CAPSS-114) e dor lombar
(TRP-CAN-1 e CAPSS-112)

Todos os três estudos tiveram a intensidade final da dor medida
pela Escala Visual Analógica da Dor (100 mm) (VAS) como desfecho
primário (veja Tabela 1 a seguir).

CAPSS-114

O estudo CAPSS-114 incluiu 306 indivíduos que tiveram
osteoartrite sintomática durante pelo menos 1 ano e continuaram a
ter ao menos dor moderada devido à osteoartrite (≥ 50/100 mm na
VAS) apesar do tratamento com doses estabelecidas de celecoxibe (≥
200 mg/dia) ou rofecoxibe (25 mg/dia) por pelo menos 2 semanas.
Nenhuma outra medicação para dor ou outro tratamento que não fosse
o medicamento estudado e os inibidores seletivos da COX-2 foram
permitidos durante o andamento do estudo. Os indivíduos tratados
com Cloridrato de Tramadol + Paracetamol (substância ativa)
receberam uma média de 155 mg de tramadol/1346 mg de paracetamol
durante o período de estudo.

CAPSS-112 e TRP-CAN-1

Nos estudos CAPSS-112 e TRP-CAN-1 foram incluídos 654 pacientes
com dor lombar crônica que foi suficientemente grave para requerer
medicação diariamente nos três meses anteriores e ao menos dor
moderada (40/100 mm) na VAS. A média diária de doses de Cloridrato
de Tramadol + Paracetamol (substância ativa) para CAPSS-112 e
TRP-CAN-1 foi 159 mg de tramadol/1391 mg de paracetamol e 158 mg de
tramadol/1369 mg de paracetamol, respectivamente.

Tabela 1: Intensidade final da dor medida pela Escala
Visual Analógica (100 mm), estudos de longa duração de dor de
osteoartrite (CAPSS-114), dor lombar (TRP-CAN-1 e
CAPSS-112)

A média dos Escores de Intensidade Final da Dor com três meses
de tratamento estão apresentadas na Figura 1 a seguir.

Figura 1: Média da intensidade final da dor com três
meses de tratamento vs. Dor final na Escala Visual
Analógica

Características Farmacológicas


Grupo farmacoterapêutico:

analgésicos, opioides em combinação com analgésicos
não-opioides.

Código ATC:

N02AJ13.

Propriedades Farmacodinâmicas

O tramadol é um analgésico sintético de ação central. Embora o
seu modo de ação não seja totalmente conhecido, a partir de testes
em animais pelo menos dois mecanismos complementares parecem
aplicáveis: ligação do fármaco e do metabólito M1 aos receptores de
μ-opioide e inibição fraca da recaptação da norepinefrina e da
serotonina.

O paracetamol é outro analgésico de ação central. Embora o sítio
e os mecanismos de ação exatos não estejam claramente definidos,
parece que o paracetamol produz analgesia através da elevação do
limiar da dor. O mecanismo potencial pode envolver inibição da via
do óxido nítrico mediada por uma variedade de receptores de
neurotransmissores incluindo N-metil-D-aspartato e Substância
P.

Quando avaliada em modelo animal padrão, a combinação de
tramadol e paracetamol exibiu um efeito sinérgico. Isto é, quando
tramadol e paracetamol são administrados em conjunto, uma
quantidade significativamente menor de cada fármaco foi necessária
para produzir um determinado efeito analgésico que seria esperado
se seus efeitos fossem meramente aditivos. O tramadol atinge
atividade de pico em 2 a 3 horas com um efeito analgésico
prolongado, de forma que a sua combinação com paracetamol, um
agente analgésico de início de ação rápido e de curta duração,
fornece benefício substancial aos pacientes em relação aos
componentes isolados.

Propriedades Farmacocinéticas

O tramadol é administrado sob a forma de racemato e tanto a
forma (-) como a (+) do tramadol e do metabólito M1 são detectadas
na circulação. Embora o tramadol seja absorvido rapidamente após a
administração, a sua absorção é mais lenta (e a meia-vida mais
longa) quando comparado ao paracetamol.

Após dose oral única da combinação de tramadol e paracetamol
(37,5 mg/325,0 mg), concentrações plasmáticas de pico de 64,3 ng/mL
/ 55,5 ng/mL de (+) tramadol/(-) tramadol e 4,2 mcg/mL de
paracetamol são alcançadas após 1,8 horas e 0,9 hora
respectivamente. As meias-vidas de eliminação (t½) são 5,1 h / 4,7
h para (+) tramadol / (-) tramadol e 2,5 horas para o
paracetamol.

Estudos farmacocinéticos de dose única e múltipla realizados com
Cloridrato de Tramadol + Paracetamol (substância ativa) em
voluntários não mostraram interações medicamentosas significativas
entre tramadol e paracetamol.

Absorção

O cloridrato de tramadol apresenta biodisponibilidade absoluta
média de aproximadamente 75% após a administração de uma única dose
oral de tramadol comprimido de 100 mg. A concentração plasmática
máxima média de tramadol racêmico e M1 após administração de dois
comprimidos de Cloridrato de Tramadol + Paracetamol (substância
ativa) ocorre aproximadamente duas e três horas, respectivamente,
após a dose em adultos saudáveis.

A absorção oral de paracetamol após a administração de
Cloridrato de Tramadol + Paracetamol (substância ativa) é rápida e
quase completa e ocorre, principalmente, no intestino delgado. O
pico de concentração plasmática do paracetamol ocorre dentro de 1
hora e não é afetado pela coadministração com tramadol.

Efeito da alimentação

A administração oral de Cloridrato de Tramadol + Paracetamol
(substância ativa) com alimentos não afeta de forma significativa a
concentração plasmática máxima ou a extensão de absorção de
tramadol ou paracetamol, de modo que Cloridrato de Tramadol +
Paracetamol (substância ativa) pode ser tomado independentemente
das refeições.

Distribuição

Após dose intravenosa de 100 mg, o volume de distribuição de
tramadol foi 2,6 e 2,9 L/kg em homens e mulheres, respectivamente.
A ligação de tramadol às proteínas plasmáticas é aproximadamente
20% e a ligação parece ser independente da concentração até 10
mcg/mL. A saturação da ligação à proteína plasmática ocorre apenas
em concentração fora da faixa clinicamente relevante. O paracetamol
parece ser amplamente distribuído para a maioria dos tecidos,
exceto para a gordura. O seu volume de distribuição aparente é 0,9
L/kg. Uma porção relativamente pequena (~20%) do paracetamol
liga-se às proteínas plasmáticas e não ocorre ligação aos glóbulos
vermelhos.

Metabolismo

Os perfis de concentração plasmática de tramadol e seu
metabólito M1 medidos após a administração de Cloridrato de
Tramadol + Paracetamol (substância ativa) em voluntários, não
mostraram alteração significativa comparado à administração de
tramadol isolado. Aproximadamente 30% da dose é excretada na urina
como fármaco inalterado, enquanto que 60% da dose é excretada como
metabólitos. As principais vias metabólicas parecem ser a N- e a
O-desmetilação e a glicuronidação ou sulfatação no fígado. O
tramadol é extensivamente metabolizado por diversas vias, incluindo
a CYP2D6 e CYP3A4, assim como por conjugação do fármaco “mãe” e dos
metabólitos. Os pacientes que são metabolizadores ultrarrápidos
através da CYP2D6 podem converter tramadol no seu metabolito ativo
(M1) de maneira mais rápida e completa do que outros pacientes. A
prevalência deste genótipo CYP2D6 varia de acordo com a população e
tem sido relatados na literatura de 1% a 10% em afro-americanos,
americanos caucasianos, asiáticos e europeus (incluindo estudos
específicos em gregos, húngaros e europeus do norte) para cifras
tão altas quanto 29% em Africanos / etíopes.

Aproximadamente 7% da população tem atividade reduzida da
isoenzima CYP2D6 do citocromo P450 e são considerados
“metabolizadores pobres” de debrisoquina, dextrometorfano,
antidepressivos tricíclicos, entre outros medicamentos. Após uma
dose oral única de tramadol, as concentrações de tramadol foram
apenas ligeiramente maiores em “metabolizadores pobres” em relação
aos “metabolizadores extensivos”, enquanto que as concentrações de
M1 foram menores.

O paracetamol é metabolizado principalmente no fígado
pela cinética de primeira ordem e envolve 3 vias principais
separadas:

  • Conjugação com glicuronídeo;
  • Conjugação com sulfato e;
  • Oxidação via citocromo.

P450-dependente, via enzima oxidase de função mista para formar
um metabólito intermediário reativo, o qual se conjuga com
glutationa e é metabolizado para formar cisteína e conjugados do
ácido mercaptúrico. A principal isoenzima do citocromo P450
envolvida parece ser a CYP2E1, com vias adicionais da CYP1A2 e
CYP3A4.

Em adultos, a maior parte do paracetamol é conjugada com ácido
glicurônico e, em menor extensão, com sulfato. Estes metabólitos
derivados de glicuronídeo, sulfato e glutationa não têm atividade
biológica. Em bebês prematuros, recém-nascidos e crianças pequenas,
o conjugado de sulfato predomina.

Excreção

O tramadol e seus metabólitos são eliminados principalmente pelo
rim. As meias-vidas de eliminação do tramadol e de M1 são
aproximadamente 6 e 7 horas, respectivamente. A meia-vida de
eliminação plasmática do tramadol aumentou de aproximadamente 6
para 7 horas com doses múltiplas.

A meia-vida do paracetamol é cerca de 2 a 3 horas em adultos,
sendo um pouco mais curta em crianças e um pouco mais longa em
recém-nascidos e pacientes cirróticos. O paracetamol é eliminado
principalmente pela formação de conjugados de glicuronídeo e
sulfato de maneira dose-dependente. Menos de 9% do paracetamol é
excretado inalterado na urina.

Cuidados de Armazenamento do Cloridrato de Tramadol +
Paracetamol – Aché

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da
luz e umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas

Comprimido revestido oblongo de cor amarela.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Cloridrato de Tramadol + Paracetamol –
Aché

MS – 1.1213.0448

Farmacêutico Responsável:

Alberto Jorge Garcia Guimarães
CRF-SP n° 12.449

Registrado por:

Biosintética Farmacêutica Ltda.
Av. das Nações Unidas, 22.428
São Paulo – SP
CNPJ 53.162.095/0001-06
Indústria Brasileira

Fabricado por:

Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Guarulhos – SP

Venda sob prescrião médica.

Só pode ser vendido com retenção da
receita.

Cloridrato-De-Tramadol-Paracetamol-Ache, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.