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Cloridrato De Dobutamina ABL Brasil

Como o Cloridrato de Dobutamina ABL Brasil
funciona?


A dobutamina age diretamente no coração, aumentando a sua força
de contração. O início da ação da dobutamina ocorre 1 a 2 minutos
após o início da administração, entretanto, podem ser necessários
até 10 minutos quando a velocidade de infusão é baixa.

Contraindicação do Cloridrato De Dobutamina – ABL
Brasil

O cloridrato de dobutamina não deve ser usado por pacientes que
apresentam estenose subaórtica hipertrófica idiopática ou
cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva (caracterizada pelo
espessamento do músculo do ventrículo do coração), feocromocitoma
(tumor formado por células produtoras de substâncias adrenérgicas,
como a adrenalina), arritmias cardíacas (alteração no ritmo dos
batimentos do coração) ou reações alérgicas à dobutamina.

Como usar o Cloridrato De Dobutamina – ABL
Brasil

A solução deve ser diluída antes da administração.

Deve ser administrado por via intravenosa, exclusivamente por
infusão intravenosa.

Abertura da ampola com sistema OPC (One point
cut
)

  1. Segure a ampola inclinada a um ângulo de aproximadamente
    45°.
  2. Apoie a ponta dos polegares no estrangulamento da ampola.

Atenção: o ponto de tinta deve estar voltado para
frente, do lado oposto aos polegares.

  1. Com o dedo indicador envolva a parte superior da ampola,
    pressionando-a para trás até sua abertura.

Diluição

Diluente:

Glicose 5%, cloreto de sódio 0,9%, glicose 5% em cloreto de
sódio 0,45%, glicose 5% em cloreto de sódio 0,9%, glicose 10%,
ringer lactato, glicose 5% em ringer lactato ou lactato de
sódio.

As diluições devem ser feitas considerando as necessidades de
fluidos do paciente.

Concentrações das soluções:

A ampola de cloridrato de dobutamina contém uma solução com 250
mg de dobutamina em 20 mL.

Diluído para 1000 mL obtém-se:

A concentração 250 mcg/mL.

Diluído para 500 mL obtém-se:

A concentração 500 mcg/mL.

Diluído para 250 mL obtém-se:

A concentração 1000 mcg/mL.

Obs.: a concentração de dobutamina não deve ultrapassar
5000 mcg/mL (250 mg de dobutamina diluídos para 50
mL).

Aparência da solução diluída:

Incolor.

Soluções contendo dobutamina podem apresentar uma cor rósea, o
que indica leve oxidação da formulação, mas sem perda da potência
desde que os parâmetros de estabilidade sejam respeitados.

Estabilidade após diluição:

Temperatura ambiente (15°C a 30°C):

24 horas.

O medicamento não deve ser congelado devido à possibilidade de
cristalização.

Medicamentos intravenosos devem ser inspecionados visualmente e
não devem ser usados se houver presença de material
particulado.

A administração de dobutamina deve ser feita através de
aparelhos capazes de controlar a velocidade de infusão, para evitar
a administração de doses maciças.

Incompatibilidades e compatibilidades

Incompatibilidades:

A dobutamina é incompatível com soluções alcalinas, portanto,
não misturar com produtos como a injeção de bicarbonato de sódio a
5%. Não usar a dobutamina em conjunto com outros medicamentos ou
diluentes contendo bissulfito de sódio e etanol.

A dobutamina é também incompatível com:

Succinato sódico de hidrocortisona, cefazolina, cefamandol,
cefalotina neutra, penicilina, ácido etacrínico e heparina
sódica.

Compatibilidades:

Quando administrada por tubos tipo Y, a dobutamina é compatível
com dopamina, lidocaína, verapamil, cloreto de potássio.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O cloridrato de dobutamina é para uso injetável e, portanto,
deve ser administrado em serviços profissionais autorizados. Deve
ser administrado por via intravenosa, exclusivamente por infusão
intravenosa.

Posologia do Cloridrato de Dobutamina ABL
Brasil


Atenção: as doses são dadas em termos de
dobutamina.

Doses e velocidades de infusão

Para aumentar o débito cardíaco geralmente se emprega uma dose
de 2,5 a 10 mcg/kg/min. Recomenda-se iniciar com a dose menor (2,5
mcg/kg/min). O ajuste das doses e a duração do tratamento são
determinados pelo médico, de acordo com a resposta clínica
individual. Alguns pacientes podem necessitar de doses mais
elevadas que as usuais.

Adultos

A infusão de dobutamina deve ser iniciada com a dose mais baixa
(2,5 mcg/kg/min) e titulada a intervalos de alguns minutos, guiada
pela resposta do paciente. As doses geralmente se situam entre 2,5
a 10 mcg/kg/min na maioria dos pacientes.

Frequentemente doses até 20 mcg/kg/min são necessárias para
melhora adequada da hemodinâmica. Em raras ocasiões doses de até 40
mcg/kg/min foram reportadas.

Na tabela 1 são fornecidas as velocidades de infusão, em função
das concentrações e das doses desejadas de dobutamina.

Crianças

Doses geralmente de 5 a 20 mcg/kg/min, mas considerando as
particularidades da resposta clínica.

Na tabela 1 são fornecidas as velocidades de infusão, em função
das concentrações e das doses desejadas de dobutamina.

Tabela 1 – Velocidade de infusão em função da
concentração e da dose desejada de dobutamina:

(**) É a velocidade (em mL/kg/min) necessária para proporcionar
a dose desejada de dobutamina referida na coluna da esquerda.

Observar que são fornecidos números (mL/kg/min) para cálculo das
velocidades para as três principais diluições utilizadas de
dobutamina (250 mcg/mL, 500 mcg/mL e 1000 mcg/mL).

Precauções do Cloridrato De Dobutamina – ABL
Brasil

Pacientes alérgicos à dobutamina podem apresentar reações como
erupção na pele, coceira no couro cabeludo, eosinofilia (aumento de
eosinófilos no sangue), febre e broncoespasmo (contração dos
brônquios). O cloridrato de dobutamina contém bissulfito de sódio,
que pode causar reações alérgicas, incluindo sintomas anafiláticos
e episódios asmáticos menos graves ou com risco de morte em
indivíduos sensíveis a esse composto. A sensibilidade ao sulfito
tem sido observada com maior frequência em pessoas asmáticas.

Durante o tratamento com dobutamina, devem ser monitoradas a
pressão arterial, a frequência cardíaca e a taxa de infusão.

Podem ocorrer quedas repentinas na pressão arterial, que
geralmente retorna a níveis normais com a diminuição da dose ou a
interrupção da administração. Se o paciente apresentar pressão
baixa devido ao baixo volume de sangue, pode ser necessário o
tratamento com soluções repositoras de volume antes que se inicie o
tratamento com dobutamina.

A dobutamina pode provocar aumento dos batimentos do coração e
da pressão arterial, que geralmente são revertidos pela redução da
dose administrada. Pacientes com fibrilação atrial (ritmo irregular
dos batimentos cardíacos) e hipertensão (pressão alta)
préexistentes possuem maior chance de apresentar estas reações.

A dobutamina pode precipitar ou exacerbar atividade ectópica
ventricular (tipo de alteração do batimento cardíaco), mas isso
raramente tem causado taquicardia ventricular (aumento da
frequência dos batimentos cardíacos).

A dobutamina não melhora as condições de pacientes que
apresentam enchimento e/ou esvaziamento ventricular prejudicado
devido a obstrução mecânica importante.

A segurança do uso de dobutamina após infarto agudo do miocárdio
ainda não foi estabelecida. Pacientes que possuem risco de
apresentar uma ruptura cardíaca durante o teste com dobutamina
devem ser cuidadosamente avaliados.

A dobutamina pode diminuir as concentrações de potássio no
sangue.

Interações medicamentosas

A dobutamina pode:

  • Aumentar os efeitos pressores dos vasoconstritores (ex.:
    epinefrina, norepinefrina, levonordefrina). Pode também aumentar a
    vasoconstrição (contração dos vasos sanguíneos) com ergotamina;
    ergonovina; metilergonovina; metisergida; oxitocina;
  • Aumentar os riscos de arritmias cardíacas e de hipertensão
    arterial grave com antidepressivos tricíclicos (ex.: amitriptilina,
    nortriptilina), maprotilina;
  • Ter sua ação inibida ou inibir a ação de betabloqueadores (ex
    .: propranolol, metoprolol). Durante o tratamento com
    betabloqueadores, baixas doses de dobutamina poderão manifestar
    graus variados de atividade alfa adrenérgica, como
    vasoconstrição;
  • Sofrer ou provocar aumento de reações adversas graves
    com cocaína, IMAO* (inibidores da monoamina-oxidase),
    incluindo furazolidona, procarbazina e selegilina;

*Pacientes que receberam IMAO até 3 semanas antes podem exigir
doses de simpatomiméticos (como a dobutamina) muito menores que as
habituais (chegando mesmo a um décimo da dose usual), para tentar
evitar reações adversas graves.

  • Aumentar os riscos de arritmias cardíacas com digitálicos (ex.:
    digoxina);
  • Aumentar a ação ou ter sua ação aumentada por doxapram.

O uso concomitante de dobutamina e nitroprussiato resulta no
aumento do débito cardíaco (volume de sangue bombeado pelo coração)
e, geralmente em uma menor pressão pulmonar de oclusão do que
quando estes medicamentos são utilizados sozinhos.

Anestésicos hidrocarbonetos halogenados (ex.: halotano,
isoflurano) podem sensibilizar o miocárdio (músculo do coração) aos
efeitos da dobutamina, há risco de ocorrer arritmia grave.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Cloridrato De Dobutamina – ABL
Brasil

Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento):

Aumento da pressão arterial, aumento dos batimentos do coração,
aumento de batimentos ventriculares prematuros, náusea, dor de
cabeça, dor anginosa, dor no peito, palpitações, dificuldade de
respirar.

Outras reações:

Flebite no local da aplicação (inflamação das veias), necrose da
pele, erupção na pele, trombocitopenia (diminuição das plaquetas no
sangue), diminuição da concentração de potássio no sangue.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Cloridrato De Dobutamina – ABL
Brasil

Trabalho de Parto

O efeito da dobutamina no trabalho de parto é desconhecido.

Uso na gravidez

Categoria de risco B.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Uso na amamentação

Não se sabe se este medicamento é excretado no leite materno
humano. Por precaução recomenda-se que a amamentação seja
interrompida enquanto durar o tratamento.

Uso em idosos

Não há diferenças nas respostas entre idosos e indivíduos mais
jovens, mas uma maior sensibilidade entre os indivíduos idosos não
pode ser descartada. A dose deve ser escolhida com cautela nesses
pacientes, pois eles possuem maior possibilidade de apresentar
diminuição da função do fígado, dos rins ou do coração e pelas
terapias e doenças concomitantes.

Uso em crianças

A dobutamina aumenta o débito cardíaco (volume de sangue
bombeado pelo coração em um determinado período) e a pressão
sistêmica em crianças de todas as idades. Em neonatos prematuros, a
dobutamina é menos efetiva que a dopamina em aumentar a pressão
sanguínea sistêmica sem causar taquicardia e não oferece benefícios
adicionais quando administrada a pacientes recebendo dopamina.

Composição do Cloridrato De Dobutamina – ABL
Brasil

Apresentações

Dobutamina 250 mg/20 mL:

Cada ampola contém cloridrato de dobutamina equivalente a 250 mg
de dobutamina na forma de solução injetável. Embalagem contendo 20
ampolas com 20 mL cada.

Via intravenosa, exclusivamente por infusão
intravenosa.

Uso adulto e pediátrico.

Composição

Dobutamina 250 mg/20 mL:

Cada 1 mL de solução contém 14,1 mg de cloridrato de dobutamina
equivalente a 12,5 mg de dobutamina.

Excipientes:

bissulfito de sódio e água para injetáveis.

Obs:

pode ser utilizado ácido clorídrico e/ou hidróxido de
sódio durante a fabricação para ajustar o pH.

Superdosagem do Cloridrato De Dobutamina – ABL Brasil

Sinais e sintomas

Ao utilizar uma dose excessiva, o paciente pode apresentar:
falta de apetite, náusea, vômitos, tremor, ansiedade, palpitações,
dor de cabeça, dificuldade de respirar e dor no peito. Também podem
ocorrer aumento ou diminuição da pressão, aumento dos batimentos do
coração, isquemia miocárdica (diminuição do fluxo de sangue para o
músculo do coração) e fibrilação ventricular.

Tratamento

Em caso de superdosagem deve-se interromper a administração do
medicamento, garantir o funcionamento respiratório e adotar medidas
para tratamento dos sinais e sintomas.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800-722-6001 se você precisar
de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Cloridrato De Dobutamina –
ABL Brasil

O Cloridrato de Dobutamina (substância ativa)
pode:

  • Aumentar os efeitos pressores dos vasoconstritores (ex.:
    epinefrina, norepinefrina, levonordefrina). Pode também aumentar a
    vasoconstrição com ergotamina; ergonovina; metilergonovina;
    metisergida; oxitocina.
  • Aumentar os riscos de arritmias cardíacas e de hipertensão
    arterial grave com antidepressivos tricíclicos (ex.:
    amitriptilina, nortriptilina); maprotilina.
  • Ter sua ação inibida ou inibir a ação de betabloqueadores (ex.:
    propranolol, metoprolol). Durante o tratamento com
    betabloqueadores, baixas doses de Cloridrato de Dobutamina
    (substância ativa) poderão manifestar graus variados de atividade
    alfa adrenérgica, como vasoconstrição.
  • Sofrer ou provocar aumento de reações adversas graves com
    cocaína; IMAO* (inibidores da monoamina-oxidase), incluindo
    furazolidona, procarbazina e selegilina.- aumentar os riscos de
    arritmias cardíacas com digitálicos (ex.: digoxina).
  • Aumentar a ação ou ter sua ação aumentada por doxapram.

*Pacientes que receberam IMAO até 3 semanas antes podem exigir
doses de simpatomiméticos muito menores que as habituais (chegando
mesmo a um décimo da dose usual), para tentar evitar reações
adversas graves.

O uso concomitante de Cloridrato de Dobutamina (substância
ativa) e nitroprussiato resulta no aumento do débito cardíaco e,
geralmente em uma menor pressão pulmonar de oclusão do que quando
estes medicamentos são utilizados sozinhos.

Anestésicos hidrocarbonetos halogenados (ex.: halotano,
isoflurano) podem sensibilizar o miocárdio aos efeitos do
Cloridrato de Dobutamina (substância ativa); há risco de ocorrer
arritmia grave.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Dobutrex®.

Ação da Substância Cloridrato De Dobutamina – ABL Brasil

Resultados de Eficácia


O Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) é um derivado de
dopamina com propriedades inotrópicas pronunciadas e efeitos
cronotrópicos e arritmogênicos menos pronunciados que o
isoproterenol. O Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) foi
avaliada em duas doses, 5 mcg/kg/min e 10 mcg/kg/min, em dois
grupos de 10 pacientes cada, durante emergência de bypass
cardiopulmonar. Um terceiro grupo com 5 pacientes foi estudado com
isoproterenol na dose de 0,02 mcg/kg/min. O Cloridrato de
Dobutamina (substância ativa) aumentou o índice cardíaco em 16% com
dose de 5 mcg/kg/min e em 28% com dose de 10 mcg/kg/min e o
isoproterenol aumentou o índice cardíaco em 9%.

Em contraste, o Cloridrato de Dobutamina (substância ativa)
aumentou a frequência cardíaca em 6% e 15% com as doses 5
mcg/kg/min e 10 mcg/kg/min, respectivamente (não significante) e o
isoproterenol aumentou a frequência em 44%
(significante).(5)

Baixas doses de dobutamina melhoram a função sistólica e o
relaxamento ventricular esquerdo em pacientes com movimentação
normal da parede até mesmo em dosagens em que a frequência cardíaca
geralmente não aumenta, enquanto não há efeito no índice de pressão
de enchimento ventricular esquerdo.(6)

Em um estudo em que o Cloridrato de Dobutamina (substância
ativa) foi administrada por infusão intravenosa em 22 pacientes
após cirurgia cardíaca aberta, pode-se concluir que o Cloridrato de
Dobutamina (substância ativa) é um potente agente inotrópico que
aumenta o débito cardíaco sem causar taquicardia ou arritmia
significante, podendo ser utilizada no tratamento de pacientes após
cirurgia cardíaca aberta. Com o Cloridrato de Dobutamina
(substância ativa) foi possível obter um efeito no índice cardíaco
comparável ao do isoproterenol, com menor alteração na frequência
cardíaca.(7)

Os efeitos hemodinâmicos da infusão de dobutamina foram
estudados nas dosagens de 2,5; 5 e 10 mcg/kg/min em 12 pacientes
com doença arterial coronariana. O Cloridrato de Dobutamina
(substância ativa) possui um potente efeito inotrópico positivo que
não é acompanhado de aumento da frequência cardíaca, exceto em
altas doses. Na menor dose, 2,5mcg/kg/min, a infusão de dobutamina
aumentou significativamente o débito cardíaco; aumentos maiores
ocorreram com as doses de 5 e 10 mcg/kg/min.(8)

Um estudo com 18 pacientes com doença arterial coronariana e 7
pacientes com cardiomiopatia avaliou a infusão de Cloridrato de
Dobutamina (substância ativa) em doses de 2,5 a 15mcg/kg/min. O
Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) produziu efeitos
favoráveis na hemodinâmica, no volume sistólico e nas anormalidades
de motilidade segmentar na maioria dos pacientes com insuficiência
cardíaca congestiva sem efeito deletério no metabolismo do
miocárdio.(9)

Em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, a
administração a curto prazo de Cloridrato de Dobutamina (substância
ativa) por 72 horas melhora a função endotelial vascular por pelo
menos duas semanas.(10)

O Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) é um agente
inotrópico positivo efetivo em pacientes com insuficiência cardíaca
congestiva grave. Devido ao pequeno efeito na frequência cardíaca e
na pressão aórtica (principais determinantes do consumo de oxigênio
pelo miocárdio) pode ser utilizada na síndrome do débito cardíaco
diminuído associada à doença cardíaca coronariana. Em um
estudo com 12 pacientes recebendo Cloridrato de Dobutamina
(substância ativa) e 10 pacientes recebendo dopamina, o Cloridrato
de Dobutamina (substância ativa) apresentou aumento no índice
cardíaco maior que a dopamina.(11)

Um estudo com 13 pacientes com insuficiência cardíaca congestiva
grave comparou os efeitos hemodinâmicos sistêmicos e regionais do
Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) e da dopamina. Os
resultados demonstraram que o Cloridrato de Dobutamina (substância
ativa) (2,5 – 10 mcg/kg/min) aumenta progressivamente e
previsivelmente o débito cardíaco através do aumento do volume
sistólico, enquanto diminui simultaneamente a resistência vascular
sistêmica e pulmonar e a pressão propulsora pulmonar. Não houve
alteração na frequência cardíaca ou contrações ventriculares
prematuras por minuto (PVCs/min) com estas doses. A dopamina (2-8
mcg/kg/min) aumentou o volume sistólico e o débito cardíaco com dos
es de 4 mcg/kg/min. A dopamina em dose maior que 4 mcg/kg/min
promoveu pequeno aumento adicional no débito cardíaco e na pressão
propulsora pulmonar e no número de PVCs/min. Doses de dopamina
maiores que 6 mcg/kg/min aumentaram a frequência cardíaca. Durante
a infusão da dose de manutenção por 24 horas, apenas o Cloridrato
de Dobutamina (substância ativa) manteve um aumento significativo
no volume sistólico, no débito cardíaco, no fluxo urinário, na
concentração de sódio urinário, no clearance de creatinina
e no fluxo sanguíneo periférico.(12)

No período pós-operatório recente, pacientes com doença cardíaca
isquêmica apresentam distúrbios na performance do ventrículo
esquerdo. O Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) melhora
estes distúrbios sem provocar efeitos deletérios na excitabilidade.
Os efeitos hemodinâmicos estão relacionados à dose. Com baixas
doses, de 2,5 mcg/kg por minuto, o Cloridrato de Dobutamina
(substância ativa) reduz a resistência vascular sistêmica e a
pressão de enchimento. Com doses entre 5 e 7,5 mcg/kg por minuto a
redução da resistência vascular sistêmica é mantida e aumenta,
enquanto as pressões de enchimento retornam a níveis normais.
Adicionalmente, o índice sistólico aumenta. Nas dosagens mais
altas, de 10 a 15 mcg/kg por minuto o Cloridrato de Dobutamina
(substância ativa) produz um aumento significativo na frequência
cardíaca podendo contribuir para o aumento do índice
cardíaco.(13)

Em um estudo comparativo de Cloridrato de Dobutamina (substância
ativa) com dopamina, ambas melhoraram o débito cardíaco em
pacientes com insuficiência cardíaca crônica por baixo débito.
Entretanto, a dopamina tem maior probabilidade de causar elevação
persistente da resistência vascular, de aumentar a pressão de
enchimento do ventrículo esquerdo e de causar congestão pulmonar e
edema. Por isso, deve-se ter preferência pelo Cloridrato de
Dobutamina (substância ativa) para aumentar o débito cardíaco
nestes pacientes.(14)

Referências Bibliográficas

1. Drug Information for the Health
Care Professional – USP DI, 27th Edition, 2007, Thomson –
Micromedex.
2. Handbook on Injectable Drugs – Lawrence A. Trissel, 15th
edition, 2009, American Society of Health-System Pharmacists.
3. Drug Information, American Society of Health-System Pharmacists,
2010.
4. Martindale – The Complete Drug Reference, 36th Edition,
2009.
5. Tinker JH, Tarhan S, White R, Pluth J, Barnhorst DA. Dobutamine
for inotropic during emergence from cardiopulmonary bypass.
Anesthesiology. 1976 Apr;44(4): 281-286.
6. Görgülü S, Eren M, Uzunlar B, Uyarel H, Tezel T. Assessing the
effect of low dose dobutamine on various diastolic function
indexes. Anadolu Kardiyol Derg. 2004 Sep; 4(3): 227-30.
7. Sakamoto T, Yamada T. Hemodynamic effects of dobutamine in
patients following open heart surgery. Circulation. 1977 Mar;
55(3): 525-533.
8. Magnani B, Ambrosioni E, Branzi A, Picchio F, Capitanucci P.
Hemodynamic effects of dobutamine in patients with coronary artery
disease. J Int Med Res. 1977; 5: 10-17.
9. Pozen RG, DiBianco R, Katz RJ, Bortz R, Myerburg RJ, Fletcher
RD. Myocardial metabolic and hemodynamic effects of dobutamine in
heart failure complicating coronary artery disease. Circulation.
1981 Jun; 63(6): 1279-1285.
10. Patel MB, Kaplan IV, Patni RN, Levy D, Strom JÁ, Shirani J,
LeJemtel TH. Sustained improvement in flow-mediated vasodilation
after short-term administration of dobutamine in patients with
severe congestive heart failure. Circulation. 1999 Jan; 99(1):
60-64.
11. Stoner III JD, Bolen JL, Harrison DC. Comparison of dobutami ne
and dopamine in treatment of severe heart failure. British Heart
Journal. 1977; 39: 536- 539.
12. Leier CV, Heban PT, Huss P, Bush CA, Lewis RP. Comparative
systemic and regional hemodynamic effects of dopamine and
dobutamine in patients with cardiomiopathic heart failure.
Circulation. 1978 Sep; 58(3): 466-475.
13. Pinaud M, Desjars P, Nicolas F. dobutamine in the treatment of
depressed cardiac function. Intens. Care Med. 1978; 4: 105-110.
14. Loeb HS, Bredakis J, Gunnar RM. Superiority of dobutamine over
dopamine for augmentation of cardiac output in patients with
chronic low output cardiac failure. Circulation. 1977 Feb; 55(2):
375-381.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Dobutrex®.

Caraterísticas Farmacológicas


Descrição

O Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) é uma catecolamina
sintética, de nome químico cloridrato de 1, 2-benzenodiol,
4-[2-[[3-(4-hidroxifenil)-1-metilpropil]amino]etil]-, (±). Possui
fórmula molecular C18H23NO3 e peso molecular 301,39.

Farmacologia Clínica

O Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) é um agente
inotrópico de ação direta. Sua atividade primária resulta da
estimulação dos receptores beta 1 do coração; tem poucos efeitos em
receptores alfa 1 (vasoconstritor) e beta 2 (vasodilatador). A ação
do Cloridrato de Dobutamina (substância ativa), ao contrário da
dopamina, não depende da liberação de norepinefrina endógena e,
portanto não depende das reservas cardíacas desse mediador.

O Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) produz um menor
aumento da frequência cardíaca e uma menor diminuição da
resistência vascular periférica do que o isoproterenol. Em
pacientes com depressão da função cardíaca, o Cloridrato de
Dobutamina (substância ativa) e o isoproterenol aumentam o débito
cardíaco até níveis semelhantes.

A fraca elevação da pressão arterial se explica pela compensação
do aumento do débito cardíaco concomitante com a diminuição da
resistência vascular periférica. O Cloridrato de Dobutamina
(substância ativa) aumenta o volume sistólico e o débito cardíaco.
Diminui a pressão ventricular de enchimento (reduz a pré-carga) e
as resistências vascular pulmonar e sistêmica total.

Como o Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) não age sobre
receptores dopaminérgicos, não dilata seletivamente os vasos renais
ou esplâncnicos; assim, o Cloridrato de Dobutamina (substância
ativa) pode melhorar o débito sanguíneo renal, a taxa de filtração
glomerular, o débito urinário e a excreção de sódio.

Experimentos clínicos mostraram que o Cloridrato de Dobutamina
(substância ativa) não aumenta ou aumenta pouco o consumo de
oxigênio pelo miocárdio, salvo nos casos onde a frequência cardíaca
ou a pressão arterial, ou ambos, aumentou.

O Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) demonstrou
facilitar a condução átrio-ventricular em estudos
eletrofisiológicos no homem e em casos de pacientes com fibrilação
ou flutter atrial. A alteração da concentração sináptica de
catecolaminas, tanto com a reserpina quanto com antidepressivos
tricíclicos, não altera as ações do Cloridrato de Dobutamina
(substância ativa) em animais, indicando que as ações do Cloridrato
de Dobutamina (substância ativa) não dependem de mecanismos
pré-sinápticos.

A velocidade de infusão efetiva de Cloridrato de Dobutamina
(substância ativa) varia amplamente de paciente para paciente, e a
titulação é sempre necessária.

Farmacocinética

O início da ação do Cloridrato de Dobutamina (substância ativa)
ocorre 1 a 2 minutos após o início da infusão, entretanto, podem
ser necessários até 10 minutos quando a velocidade de infusão é
baixa. As concentrações plasmáticas de Cloridrato de Dobutamina
(substância ativa) atingem o estado de equilíbrio aproximadamente
10 minutos após o início da infusão. A meia-vida plasmática do
Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) em humanos é de 2
minutos.

A meia-vida de eliminação é de cerca de 9 minutos. A duração da
ação é de menos de 5 minutos. A metabolização ocorre no fígado,
gerando produtos inativos. As principais rotas de metabolismo do
Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) são a metilação do
grupo catecol e conjugação. Conjugados de Cloridrato de Dobutamina
(substância ativa) e o seu principal metabólito, o
3-O-metildobutamina, são eliminados principalmente na urina e uma
pequena parte nas fezes.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Dobutrex®.

Cuidados de Armazenamento do Cloridrato De Dobutamina –
ABL Brasil

O cloridrato de dobutamina deve ser mantido em sua embalagem
original até o momento da utilização, em temperatura ambiente (15°C
a 30°C) e protegido da luz.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Após preparo, manter em temperatura ambiente (15°C a 30°C) por
até 24 horas.

Características físicas e organolépticas

Aspecto da solução concentrada:

Incolor a amarelo claro.

Aspecto da solução após diluição:

Incolor.

Soluções contendo dobutamina podem apresentar uma cor rósea, o
que indica leve oxidação da formulação, mas sem perda da potência
desde que os parâmetros de estabilidade sejam respeitados.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Cloridrato De Dobutamina – ABL
Brasil

Registro MS 1.5562.0044.

Farm. Resp.:

Sidnei Bianchini Junior.
CRF-SP Nº 63.058.

Fabricado por:

Laboratórios Pfizer Ltda.
Guarulhos – SP.

Ou

Eurofarma Laboratórios S.A.

Itapevi – SP.

Registrado por

:
Antibióticos do Brasil Ltda.
Rod. Professor Zeferino Vaz, SP – 332, Km 135 – Cosmópolis –
SP.
CNPJ 05.439.635/0001-03.

Indústria Brasileira.

Uso restrito a hospitais.

Venda sob prescrição médica.

Cloridrato-De-Dobutamina-Abl-Brasil, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.