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Cliane


Como Cliane funciona?

Cliane contém dois tipos de hormônio, o estradiol e o
progestógeno (acetato de noretisterona). Desta forma, este
medicamento repõe os hormônios que o organismo não produz mais. O
estradiol previne e/ou alivia os sintomas desagradáveis da
menopausa, como fogachos, sudorese, alterações no sono, nervosismo,
irritabilidade, tontura, dor de cabeça, incontinência urinária,
ressecamento vaginal e queimação e dor durante a relação sexual. O
acetato de noretisterona evita o espessamento da camada de
revestimento do útero e induz redução (e em algumas mulheres, a
eliminação) do sangramento semelhante ao menstrual.

Converse com seu médico para obter maiores esclarecimentos sobre
a ação do produto e sua utilização.

Contraindicação do Cliane

Cliane é contraindicado em casos de:

  • Gravidez ou amamentação;
  • Sangramento vaginal de causa desconhecida;
  • Presença ou suspeita de câncer de mama;
  • Presença ou suspeita de câncer que pode se desenvolver sob a
    influência de hormônios sexuais;
  • Presença ou história de tumor de fígado (benigno ou maligno),
    doença grave de fígado;
  • História recente de ataque cardíaco e/ou derrame;
  • História atual ou anterior de trombose (formação de coágulo
    sanguíneo) nos vasos sanguíneos das pernas (trombose venosa
    profunda) ou dos pulmões (embolia pulmonar);
  • Alto risco de trombose venosa ou arterial (coágulo
    sanguíneo);
  • Níveis muito elevados de um tipo especial de gordura
    (triglicérides) no sangue;
  • Hipersensibilidade conhecida a qualquer um dos componentes de
    Cliane.

 Se qualquer uma dessas condições surgir pela primeira vez
durante a terapia de reposição hormonal, descontinue o uso
imediatamente e consulte seu médico.

Como usar o Cliane

Siga rigorosamente o procedimento indicado, pois o
não-cumprimento pode ocasionar falhas na obtenção dos
resultados.

Se você está começando sua primeira cartela de Cliane e não
utilizou outra terapia hormonal anteriormente, você pode iniciar o
uso de Cliane a qualquer momento.

Se você está começando sua primeira cartela de
Cliane e utilizou outra terapia hormonal anteriormente, você
deve seguir uma das opções a seguir:

  • Se você estiver mudando de um produto contínuo monofásico que
    contenha todos os comprimidos de uma mesma cor, você pode iniciar o
    uso de Cliane a qualquer momento.
  • Se você estiver mudando de uma TRH contínua sequencial ou
    cíclica (os comprimidos da cartela são de pelo menos duas cores
    diferentes ou existe uma pausa entre as cartelas), você deve
    completar o ciclo atual da terapia utilizada antes de iniciar o uso
    de Cliane.

Respeite a orientação do seu médico quanto ao dia de início do
tratamento. O emprego deste produto é adequado apenas para mulheres
cuja última menstruação natural tenha ocorrido há, pelo menos, um
ano.

Para facilitar o seu controle da ingestão diária do comprimido,
os dias da semana encontram-se impressos em cada cartela de Cliane.
Inicie com o comprimido assinalado com o dia da semana
correspondente, seguindo a direção das setas até o término da
cartela.

Ingerir um comprimido rosa por dia com ajuda de pequena
quantidade de líquido, sem mastigar e de preferência sempre à mesma
hora do dia.

O tratamento é contínuo, isto é, após terminar a primeira
cartela (28 comprimidos), deve-se começar a próxima no dia
seguinte.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou
mastigado.


O que eu devo fazer quando me esquecer de usar o
Cliane?

Se ocorrer o esquecimento da tomada de um comprimido, deve-se
ingeri-lo o quanto antes. Se o atraso for de mais de 24 horas,
nenhum comprimido adicional deve ser ingerido. Pode ocorrer
sangramento irregular se você esquecer de tomar Cliane por vários
dias.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Cliane

Advertências e Precauções

Antes de iniciar ou reiniciar o tratamento, seu médico poderá
solicitar a realização de exames clínico geral e ginecológico
detalhados, que devem incluir atenção especial à pressão arterial,
mamas e órgãos pélvicos, incluindo citologia cervical de rotina,
além de uma avaliação do seu histórico clínico e familiar.

Durante o tratamento, consulte o médico em intervalos regulares
para submeter-se a exames de controle.

Seu médico irá discutir com você os benefícios e os riscos do
uso de Cliane. Ele irá verificar, por exemplo, se você tem risco
mais elevado de trombose devido a uma combinação de fatores. Neste
caso, o risco pode ser ainda maior.

Em caso de suspeita ou presença de doença no fígado, seu médico
irá monitorar sua função hepática regularmente.

Em caso de presença de prolactinoma no lóbulo anterior da
glândula pituitária (hipófise) (crescimento da parte anterior de
uma glândula, ou seja, um órgão que secreta certas substâncias,
localizado no cérebro, chamada glândula pituitária), é necessário
acompanhamento médico rigoroso, incluindo avaliação periódica dos
níveis de prolactina.

Cliane não é um contraceptivo oral. Se necessário, devem
ser utilizadas medidas adequadas não-hormonais para evitar a
possibilidade de gravidez, com exceção dos métodos de ritmo
(tabelinha) e da temperatura.

Dois grandes estudos clínicos realizados com estrogênios equinos
conjugados (EEC) combinados com acetato de medroxiprogesterona
(AMP), hormônios utilizados na terapia de reposição hormonal (TRH),
sugerem que o risco de ocorrência de ataque cardíaco (infarto do
miocárdio) pode aumentar discretamente no primeiro ano de uso
destas substâncias. Este risco não foi observado em um grande
estudo clínico realizado somente com estrogênios equinos
conjugados (EEC). Em dois outros grandes estudos clínicos
realizados com estes hormônios, o risco de ocorrer derrame aumentou
em 30 a 40%.

Embora estes estudos não tenham sido feitos com Cliane, não se
deve usar este medicamento para previnir doença cardíaca ou
derrame.

Se a TRH for utilizada na presença de qualquer uma das
condições listadas abaixo, deve-se manter cuidadosa supervisão,
portanto, certifique-se com o seu médico se você tem:

  • Risco aumentado de trombose (formação de coágulo sanguíneo).
    Este risco aumenta com a idade, podendo ser maior nos seguintes
    casos: se você ou algum familiar direto teve trombose nos vasos
    sanguíneos das pernas ou dos pulmões, se você está acima do peso e
    se você tem veias varicosas. Se você já usa Cliane, informe seu
    médico com antecedência sobre qualquer hospitalização ou cirurgia
    programada. O risco de trombose venosa profunda pode aumentar
    temporariamente com cirurgias de grande porte, traumatismos graves
    ou imobilização prolongada.
  • Miomas uterinos;
  • Presença ou histórico de endometriose (presença de tecido de
    revestimento do útero em locais onde normalmente não seria
    encontrado);
  • Doença do fígado ou da vesícula biliar;
  • Icterícia durante a gravidez ou durante o uso prévio de
    esteroides sexuais;
  • Diabetes;
  • Níveis elevados de triglicérides (um tipo de gordura do
    sangue);
  • Pressão alta;
  • Presença ou histórico de cloasma (pigmentação marrom-amarelada
    na pele). Neste caso, evite a exposição excessiva ao sol ou à
    radiação ultravioleta durante a terapia de reposição hormonal;
  • Epilepsia;
  • Dor nas mamas ou mamas com nódulos (doença benigna da
    mama);
  • Asma;
  • Enxaqueca;
  • Porfiria (doença hereditária);
  • Surdez hereditária (otosclerose);
  • Lúpus eritematoso sistêmico (LES, doença imunológica
    crônica);
  • Presença ou histórico de coreia menor (doença que provoca
    movimentos involuntários e anormais do corpo);
  • Episódios de inchaço em partes do corpo como nas mãos, pés,
    face, vias aéreas, causados por angioedema hereditário. O hormônio
    estradiol do Cliane pode induzir ou intensificar estes sinais
    e sintomas de angioedema hereditário;
  • 65 anos ou mais quando a TRH estiver sendo iniciada, pois há
    evidências limitadas de estudos clínicos que mostram que o
    tratamento hormonal pode aumentar o risco de perda significativa de
    habilidades intelectuais como memória (demência).

TRH e o câncer

Câncer do endométrio

O risco de câncer na camada de revestimento do útero (câncer
endometrial) aumenta quando estrogênios são utilizados isoladamente
por períodos prolongados. O progestógeno de Cliane diminui
esse risco.

Câncer de mama

O câncer de mama tem sido diagnosticado com frequência um pouco
maior entre as usuárias de TRH por vários anos. O risco aumenta com
a duração do tratamento, e pode ser menor ou até neutro com
produtos contendo somente estrogênio. Quando se interrompe o uso de
TRH, este risco aumentado desaparece em poucos anos.

Aumentos similares nos diagnósticos de câncer de mama são
observados, por exemplo, em casos de atraso da menopausa natural,
consumo de bebida alcóolica ou obesidade.

A TRH pode alterar a imagem da mamografia (aumenta a densidade
de imagens mamográficas). Isto pode dificultar a detecção
mamográfica de câncer em alguns casos. Desta maneira, seu médico
pode optar pelo uso de outras técnicas de exame para detecção de
câncer de mama.

Tem-se observado que tumores diagnosticados em usuárias atuais
ou recentes de TRH tendem a ser mais bem diferenciados (menos
agressivos) do que os verificados em não-usuárias. Dados referentes
à localização fora da área da mama não são conclusivos.

Câncer de ovário

O câncer de ovário é menos comum do que o câncer de mama.

Alguns estudos mostram um ligeiro aumento do risco global de
desenvolver câncer de ovário em mulheres que usaram TRH quando
comparado com as que nunca usaram TRH. Em mulheres que atualmente
usam TRH, esse risco foi mais aumentado. Estas associações não
foram mostradas em todos os estudos. Não há evidência consistente
de que o risco de desenvolver câncer de ovário esteja relacionado
com a duração do uso da TRH. No entanto, o risco pode ser mais
relevante com o uso prolongado (durante vários anos).

Tumor no fígado

Em casos raros foram observados tumores benignos de fígado e,
mais raramente, tumores malignos de fígado durante ou após o uso de
hormônios como os contidos em Cliane. Em casos isolados, estes
tumores causaram sangramento intraabdominal com risco para a vida
da paciente. Embora esses eventos sejam extremamente improváveis,
informe seu médico se ocorrer quaisquer distúrbios abdominais
incomuns que não desapareçam em um curto espaço de tempo.

Avise imediatamente ao médico, pois podem ser motivos para
descontinuação do tratamento: aparecimento pela primeira vez de
dores de cabeça do tipo enxaqueca, piora de enxaqueca preexistente
ou dores de cabeça com frequência e intensidade não-habituais;
perturbações repentinas dos sentidos (por exemplo: da visão ou da
audição) e inflamação das veias (flebite).

Durante a terapia com Cliane, descontinue o tratamento
imediatamente e avise seu médico se você apresentar: falta de ar e
tosse com sangue, dores incomuns ou inchaço dos braços ou pernas,
dificuldade respiratória repentina e desmaio, que podem ser sinais
indicativos de coágulo.

O tratamento com Cliane também deve ser interrompido em
caso de ocorrência de gravidez ou desenvolvimento de icterícia.

Se ocorrer sangramento após um longo intervalo de amenorreia,
informe seu médico, pois isso deve ser investigado.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Cliane

Os sintomas, que podem ou não serem causados pela TRH, e que em
alguns casos são provavelmente sintomas do climatério, foram
reportados em usuárias submetidas a diferentes produtos para
TRH:

Reações adversas comuns (entre 1 e 10 pessoas a cada 100
usuárias podem apresentar estas reações)

Aumento ou diminuição de peso corporal, dor de cabeça, dor
abdominal, náusea, erupção cutânea, coceira, sangramento
uterino/vaginal incluindo gotejamento (sangramentos irregulares
normalmente desaparecem com a continuação do tratamento)

Reações adversas incomuns (entre 1 e 10 pessoas a cada 1
000 usuárias podem apresentar estas reações)

Reação alérgica, estados depressivos, tontura, distúrbios
visuais, palpitação, má digestão, eritema nodoso (nódulos
avermelhados e dolorosos), urticária, dor e hipersensibilidade
dolorosa nas mamas, edema

Reações adversas raras (entre 1 e 10 pessoas a cada 10
000 usuárias podem apresentar estas reações)

Ansiedade, aumento ou diminuição do desejo sexual (libido),
enxaqueca, intolerância às lentes de contato, distensão abdominal,
vômito, crescimento excessivo de pêlos, acne, cãibras musculares,
dismenorreia (cólica menstrual), secreção vaginal, síndrome
semelhante à pré-menstrual, aumento das mamas, fadiga.

Sinônimos ou condições relacionadas não foram listados, mas
também devem ser considerados.

Em mulheres com episódios de inchaço em partes do corpo como nas
mãos, pés, face, 9 vias aéreas, causados por angioedema
hereditário, o hormônio estradiol do Cliane pode induzir ou
intensificar estes sinais e sintomas.

Em alguns estudos, a ocorrência de câncer de ovário foi
observada com frequência ligeiramente maior em usuárias de TRH (TRH
com apenas estrogênio ou combinado de estrogênio-progestógeno). O
risco pode ser mais relevante com o uso prolongado (durante vários
anos).

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento.

População Especial do Cliane

Gravidez e lactação

Este medicamento é contraindicado para mulheres grávidas. Se
ocorrer gravidez durante a utilização de Cliane, o tratamento deve
ser descontinuado imediatamente. O uso de TRH é contraindicado
durante a amamentação, pois pequenas quantidades de hormônios
sexuais podem ser excretadas no leite materno.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos ou operar
máquinas

Não foram observados efeitos na capacidade de dirigir veículos
ou operar máquinas em usuárias de Cliane.

Crianças e adolescentes

Cliane não é indicado para o uso em crianças e
adolescentes.

Pacientes idosas

Não existem dados que sugiram a necessidade de ajuste de dose em
pacientes idosas. Informe seu médico se você tem 65 anos ou
mais.

Pacientes com disfunção hepática

Cliane não foi especificamente estudado em pacientes com
disfunção hepática. Cliane é contraindicado em mulheres com
doença hepática grave.

Pacientes com disfunção renal

Cliane não foi especificamente estudado em pacientes com
disfunção renal. Dados disponíveis não sugerem a necessidade de
ajuste de dose nesta população de pacientes.

Composição do Cliane

Cada comprimido revestido de
Cliane contém:

Estradiol2mg
Acetato de
noretisterona
1mg

Excipientes:

lactose, amido, povidona, estearato de magnésio, hipromelose,
macrogol, talco, dióxido de titânio, pigmento de óxido de ferro
vermelho.

Superdosagem do Cliane

Não há relatos de efeitos adversos relacionados à superdose. A
superdose pode causar náuseas, vômitos e sangramento irregular. Não
é necessário tratamento específico, mas caso você não tenha
certeza, consulte o seu médico.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível.

Interação Medicamentosa do Cliane

Se uma mulher em tratamento com Norestisterona (substância
ativa) também utilizar um medicamento ou um fitoterápico indutor de
uma enzima que metaboliza a Norestisterona (substância ativa),
principalmente a CYP3A4, deve ser aconselhada a utilizar um método
contraceptivo adicional ou diferente (ex.: método de barreira).

Medicamentos ou fitoterápicos que induzem tais enzimas podem
diminuir as concentrações plasmáticas de Norestisterona (substância
ativa), e podem reduzir a eficácia de Norestisterona (substância
ativa) ou aumentar o “sangramento de escape”.

Alguns medicamentos ou fitoterápicos que podem diminuir
a eficácia de contraceptivos hormanais incluem: 

  • Alguns antiepilépticos (por exemplo, carbamazepina,
    fenitoína);
  • (Fos)aprepitanto;
  • Barbitúricos;
  • Bosentana;
  • Griseofulvina;
  • Alguns (combinações de) inibidores de protease do HIV (por
    exemplo, nelfinavir, alguns inibidores de protease com reforço de
    ritonavir);
  • Alguns inibidores da transcriptase reversa não nucleosídeos
    (por exemplo, nevirapina);
  • Rifampicina e rifabutina;
  • Erva de São João (Hypericum perforatum).

Conduta

A indução de enzimas pode ser observada após alguns dias de
tratamento. A indução enzimática máxima é geralmente vista em cerca
de 10 dias, mas pode depois ser sustentada por pelo menos 4 semanas
após a interrupção do tratamento com o medicamento.

Curto Prazo

Uma mulher em tratamento de curto prazo com medicamentos que
induzem as enzimas de metabolização hepática de medicamentos ou
substâncias ativas individuais que induzem essas enzimas deve
usar temporariamente um método de barreira em adição ao
Norestin, ou seja, durante o tempo de administração concomitante de
medicamentos e por 28 dias após a descontinuação.

Longo Prazo

Para mulheres em tratamento de longo prazo com substâncias
ativas indutoras enzimáticas, outro método de contracepção
confiável, não hormonal é recomendado.

Estudos in vitro sugerem que carvão ativado se liga à
Norestisterona (substância ativa); entretanto, o efeito terapêutico
da Norestisterona (substância ativa) não é afetado quando o carvão
ativado é administrado 3 horas após a dose prévia ou 12 horas antes
da próxima dose.

Aconselha-se que os médicos consultem a bula de medicamentos
utilizados concomitantemente para obter maiores informações sobre
as interações com contraceptivos hormonais ou o potencial para
alterações enzimáticas e a possível necessidade de ajuste de
doses.

Interação com exames laboratoriais

Certos testes endócrinos, de função hepática e de componentes
sanguíneos podem ser afetados pelo uso de anticoncepcionais orais à
base de progestagênio somente:

  • As concentrações de globulina de ligação de hormônio sexual
    (SHBG) podem estar diminuídas;
  • As concentrações de tiroxina podem estar diminuídas devido a
    uma diminuição da globulina de ligação da tireoide
    (TBG). 

Ação da Substância Cliane

Resultados de eficácia

Em humanos, a Norestisterona (substância ativa) provou ser um
inibidor altamente efetivo da ovulação. O contraceptivo oral
Norestisterona previne a concepção através da supressão da
ovulação em aproximadamente metade das usuárias, do espessamento do
muco cervical para inibir a penetração do esperma, da diminuição do
ciclo médio do hormônio luteinizante (LH) e de picos do hormônio
folículo-estimulante (FSH), da diminuição do movimento do óvulo
pelas trompas de falópio, e afetando adversamente a implantação por
alteração do endométrio.

Se usados perfeitamente, a taxa de falha no primeiro ano para
contraceptivos orais à base de progestagênios é de somente 0,5%. No
entanto, a taxa de falha típica é estimada como próxima a 5%,
devido a pílulas atrasadas ou omitidas. A Tabela 1 lista as taxas
de gravidez para usuárias de todos os principais métodos de
contracepção.

Tabela 1. Porcentagem de mulheres passando por uma
gravidez indesejada durante o primeiro ano de uso típico e o
primeiro ano de uso perfeito de contraceptivos e a porcentagem
continuando o uso ao final do primeiro ano. Estados
Unidos

1 Dentre os casais típicos que iniciam o uso de um
método (não necessariamente pela primeira vez), a porcentagem
daqueles que vivenciaram uma gravidez acidental durante o primeiro
ano se eles não pararam o uso por qualquer outra razão.
2 Dentre os casais que iniciaram o uso de um método (não
necesariamente pela primeira vez) e aqueles que o usaram
perfeitamente (ambos consistente e corretamente), a porcentagem
daqueles que vivenciaram uma gravidez acidental durante o primeiro
ano se eles não pararam o uso por nenhuma outra razão.
3 Dentre os casais tentando evitar gravidez, a
porcentagem que continuou a usar o método por 1 ano.
4 As porcentagens em mulheres vivenciando uma gravidez
não pretendida dentro do primeiro ano de uso foram baseadas em
dados de população em que a contracepção não é usada e de mulheres
que cessaram o uso de contracepção com o intuito de engravidarem.
Dentre estas populações, cerca de 89% engravidaram dentro de 1 ano.
Esta estimativa diminuiu levemente (para 85%) para representar a
porcentagem que iria engravidar dentro de 1 ano dentre as mulheres
agora contando com métodos reversíveis de contracepção se elas
abandonassem a contracepção como um todo.
5 Espuma, cremes, géis, supositórios vaginais, e filme
vaginal.
6 Método do muco cervical (ovulação) suplementado por
calendário nas fase pré-ovulatória e temperatura basal corporal na
fase pós-ovulatória.
7 Com creme ou geleia espermicida.
8 Sem espermicidas.

A eficácia de Norestisterona como um contraceptivo oral foi
avaliada em 2.925 pacientes em um estudo clínico de Micronor 0,35
mg administrado diariamente. Um total de 1.801 pacientes
completaram 6 meses de terapia, 1.380 pacientes completaram 12
meses, 828 completaram 18 meses, 203 pacientes completaram 24
meses, e 24 pacientes completaram 30 meses de terapia.

Durante o total de 26.713 meses de terapia, 52 casos de gravidez
foram registrados (taxa de gravidez de 2,34 por 100 mulheres-ano).
Destes, 26 casos de garvidez foram relatadas como associadas ao uso
incorreto dos comprimidos. Os 26 casos de gravidez restantes foram
relatados como associados à falha do método (taxa de gravidez de
1,17 por 100 mulheres-ano). As taxas cumulativas de gravidez para
este estudo estão mostradas na Tabela 2.

Tabela 2.Taxa cumulativa de gravidez: Estudo clínico de
30 meses com Norestisterona ​


Características farmacológicas

Descrição

Norestisterona é uma medicação progestínica em dose
adequada para uso contínuo que satisfaz plenamente, do ponto de
vista terapêutico, como substância controladora dos distúrbios do
ciclo menstrual e da fertilidade.

O uso ininterrupto da Norestisterona (substância ativa) produz
alterações bioquímicas do muco cervical e adaptações endometriais
típicas da fase luteínica do ciclo menstrual, ligadas à fisiologia
feminina da menstruação e da fertilidade.

O índice de falha durante o primeiro ano de uso é de 0,5% quando
usado rigorosamente como recomendado e de cerca de 5% quando da
ocorrência de atraso ou omissão na tomada do medicamento. O risco
de gravidez aumenta a cada esquecimento de tomada de comprimido
durante o ciclo menstrual.

Além da nítida atividade progestacional, destacamos a ínfima
toxicidade e a sua eficácia e segurança.

Em uso contínuo, Norestin tem sido empregado, com bastante
sucesso, nos distúrbios do ciclo menstrual, notadamente a
dismenorreia, tensão pré-menstrual, algias pélvicas e mastodínia,
proporcionando o controle de várias condições ginecológicas,
relacionadas com a ação hormonal progestínica.

Se o procedimento de uso for corretamente seguido,
Norestisterona protege contra a gravidez a partir do primeiro
dia de uso. 

Propriedades Farmacodinâmicas

Pílulas à base de progestagênio puro evitam a gravidez através
de diferentes mecanismos independentes, com extensa variação
interindividual e intraindividual. Cinco formas de ação foram
descritas. São elas:

  1. Inibição da ovulação em aproximadamente metade dos ciclos.
  2. Diminuição dos picos de LH e de FSH no meio do ciclo.
  3. Redução do deslocamento do óvulo nos tubos uterinos. 
  4. Espessamento do muco cervical para impedir a penetração do
    espermatozoide.
  5. Alteração do endométrio, tornando-o desfavorável à implantação
    do óvulo. 

Propriedades Farmacocinéticas

Absorção

A Norestisterona (substância ativa) é absorvida rapidamente após
a administração oral. O pico do nível de progestina sérica é
atingido aproximadamente duas horas após a administração oral,
seguido de rápida distribuição e eliminação.

A biodisponibilidade da Norestisterona (substância ativa) é
cerca de 60% (47 73% em vários estudos).

Vinte e quatro horas após a administração oral, os níveis
séricos estão próximos aos níveis de base, tornando a eficácia
dependente de uma rigorosa aderência ao esquema posológico. Há uma
grande variação nos níveis séricos entre cada paciente.

Metabolismo

A Norestisterona (substância ativa) é parcialmente inativada
durante o metabolismo de primeira passagem no intestino e no
fígado.

Eliminação

A administração de progestagênio puro resulta em um nível de
progestina sérica no estado de equilíbrio e meia-vida de eliminação
menor do que quando há administração concomitante com
estrogênios.

Cuidados de Armazenamento do Cliane

Cliane deve ser conservado em temperatura ambiente (entre
15ºC e 30ºC). Proteger da umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características organolépticas

Apresenta-se na forma de comprimidos revestidos rosas.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Cliane

MS – 1.7056.0056

Farm. Resp.:

Dra. Dirce Eiko Mimura
CRF-SP nº 16532

Fabricado por:

Schering do Brasil, Química e Farmacêutica Ltda.
São Paulo – SP

Registrado por:

Bayer S.A.
Rua Domingos Jorge, 1.100 – Socorro
04779-900 – São Paulo – SP
C.N.P.J. 18.459.628/0001-15
Indústria Brasileira

Venda sob prescrição médica.

Cliane, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.