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Citocaína 3%

Anestesia de infiltração em odontologia, onde não há necessidade
de isquemia profunda na área injetada.

Como Citocaína 3% funciona?

A Citocaína 3% contém prilocaína, que é um anestésico do tipo
amida com potência similar a lidocaína e felipressina, que é
uma alternativa adequada para a epinefrina como agente local desde
que a isquemia local não seja necessária.

A prilocaína, como outros anestésicos locais, causa um bloqueio
reversível da propagação do impulso ao longo das fibras nervosas
através da prevenção do movimento de sódio para dentro das
membranas nervosas.

Presume-se que anestésicos locais do tipo amida atuem dentro dos
canais de sódio das membranas nervosas.

Apresenta menor toxicidade que a lidocaína.

As doses necessárias para produção de sintomas tóxicos do SNC
são 30-50% maiores com prilocaína que com lidocaína. No entanto, os
anestésicos locais podem ter efeito similar em membranas excitáveis
no cérebro e no miocárdio.

Se quantidades excessivas do fármaco alcançarem rapidamente a
circulação sistêmica, aparecerão sinais e sintomas de toxicidade,
originados principalmente dos sistemas cardiovascular e nervoso
central.

A toxicidade no sistema nervoso central geralmente precede os
efeitos cardiovasculares, uma vez que ela ocorre em níveis
plasmáticos mais baixos.

Os efeitos diretos dos anestésicos locais no coração incluem
condução lenta, inotropismo negativo e, eventualmente, parada
cardíaca.

A felipressina é um hormônio sintético do lobo pituitário
posterior caracterizado por propriedades vasoconstritoras usada em
soluções anestésicas odontológicas.

A felipressina possui baixa toxicidade e é bem tolerada pelos
tecidos.

A prilocaína tem ligação de 40% a 55% com proteínas plasmáticas,
principalmente à alfa-1-glicoproteína ácida.

A prilocaína é metabolizada no fígado, rins e pulmões.

Um dos metabólitos é a o-toluidina, a qual induz um aumento na
quantidade de metahemoglobina no sangue.

Apenas pequena proporção de prilocaína (menos do que 5%) é
excretada inalterada pela urina.

A meia-vida média de eliminação após injeção I.V. de prilocaína
é de aproximadamente 1,6 hora. A prilocaína atravessa as barreiras
hematoencefálica e placentária.

Insuficiência hepática ou renal pode afetar a eliminação de
prilocaína e levar ao acúmulo de prilocaína e/ou seus
metabólitos.

A Citocaína 3% apresenta uma excepcional eficácia anestésica em
diversos tipos de bloqueios odontológicos, sendo que a duração da
anestesia nos tecidos moles da cavidade oral (mucosa da gengiva,
língua) é muito menor do que nos tecidos dentários propriamente
ditos. Isto traz uma vantagem evidente ao dentista, pois a sensação
de “boca inchada” após bloqueio anestésico odontológico dura muito
menos.

A felipressina é um novo vasoconstritor de natureza
polipeptídica agindo na porção vascular do leito capilar e que não
apresenta reações colaterais sistêmicas, tais como taquicardia e
mal estar, comum com o emprego da adrenalina. Deste modo, a
Citocaína 3% apresenta uma notável tolerância clínica, não
provocando reações alergênicas e sendo especialmente indicada para
pacientes sensíveis a epinefrina.

As características clínicas da prilocaína como baixa toxicidade,
boa duração do efeito anestésico, reduzido tempo de latência e
duração de efeito mais prolongado para o dente que para os tecidos
moles; uma potente ação vasoconstritora local com baixíssima
incidência de efeitos colaterais sistêmicos torna a Citocaína 3%
com felipressina o anestésico local ideal para a anestesia regional
odontológica.

Contraindicação do Citocaína 3%

Hipersensibilidade conhecida a anestésicos locais do tipo amida,
a felipressina ou a outros componentes da fórmula, e em casos de
metahemoglobinemia congênita ou idiopática.

Pacientes que apresentem hipertermia maligna (hiperpirexia).

Pacientes com doença hepática avançada, grave disfunção renal ou
tireotoxicose (hipertireoidismo).

Como usar o Citocaína 3%

A infiltração do anestésico deve sempre ser feita lentamente com
aspiração cuidadosa antes e intermitentemente durante a infiltração
para evitar injeção intravascular inadvertida e minimizar a
incidência de efeitos colaterais e falha anestésica.

Visando evitar danos traumáticos aos nervos que acarretem em
parestesia associada ao bloqueio nervoso deve-se usar uma técnica
não traumática.

A desinfecção da borracha do carpule dental ou de toda a parte
externa do carpule deve ser feita através de uma limpeza com um
chumaço de algodão umedecido com álcool etílico a 70%.

Os carpules não devem ser mergulhados em álcool ou em qualquer
outra solução desinfetante.

Os carpules de Citocaína 3% não devem ser autoclavados.

Este produto reage com certos metais (zinco, cobre, mercúrio,
etc) e causa liberação dos seus respectivos íons, os quais, se
injetados, podem causar irritação local grave e inchaço na área
injetada.

Deve-se tomar cuidado para evitar contato prolongado entre a
solução e a superfície de metais como cânulas e seringas com partes
metálicas.

Não utilizar o produto se houver presença de partículas
em suspensão, precipitação, turvação e alteração na
coloração.

Não utilizar o produto após o vencimento do prazo de
validade.

Posologia

Deve-se usar a menor dose eficaz.

A dose também depende da área da cavidade bucal a ser
anestesiada, da vascularização do tecido, da tolerância individual
e da técnica anestésica.

A dose total deve ser ajustada de acordo com a idade, tamanho e
estado físico do paciente.

Doses recomendadas para a maioria dos procedimentos
odontológicos

Adultos normais sadios

1-5 mL (30-150 mg de cloridrato de prilocaína), o que equivale
na prática a 1-3 carpules. Não deve exceder uma dose de 10 mL ( =
300 mg de cloridrato de prilocaína) de Citocaína 3% para os
procedimentos odontológicos.

Crianças menores de 10 anos

1-2 mL (30-60 mg de cloridrato de prilocaína), o que equivale na
prática 0,5 – 1 carpule.

A Citocaína 3% (cloridrato de prilocaína – felipressina) tem um
rápido início de ação após anestesia de infiltração, em média de
2-3 minutos.

O bloqueio do nervo alveolar inferior requer 5 minutos ou mais
para obter o efeito completo.

A duração da anestesia efetiva varia conforme o indivíduo e
depende do tipo de bloqueio.

A duração média da anestesia útil após infiltração é de 45
minutos.

Após bloqueio regional de sucesso, ex. bloqueio do nervo
alveolar inferior, a anestesia dura de 2 horas ou mais.

Precauções do Citocaína 3%

A segurança e eficácia do agente anestésico local (cloridrato de
prilocaína) dependem de dose apropriada, técnica correta de
injeção, precauções adequadas e prontidão para ocorrência de
emergências.

Embora quase livre de efeitos adversos quando associado a
prilocaína, a felipressina pode causar um aumento na pressão
sanguínea ou constrição coronária, se uma superdosagem for
administrada.

Antes da administração de um anestésico local, deve-se verificar
a disponibilidade de equipamentos para oxigenação e ventilação
assistida, monitorização cardíaca e medicamentos utilizados no
tratamento das reações adversas.

O paciente deve ser avisado para ter cuidado para não
traumatizar os lábios, língua, mucosa da bochecha ou palato mole
quando estas estruturas forem anestesiadas. a ingestão de alimentos
deve ser adiada até a volta da função e sensibilidade normais.

Nas áreas da cabeça e pescoço, incluindo retrobulbar, dental e
bloqueio do gânglio estrelado devido à proximidade do SNC, a
injeção intravascular de pequenas doses de anestésicos locais pode
causar reações adversas similares àquelas observadas após a injeção
intravascular inadvertida de altas doses em outras áreas do
corpo.

Acidose ou hipóxia podem aumentar o risco e a gravidade das
reações adversas. Tais reações envolvem o Sistema Nervoso Central e
o Sistema Cardiovascular.

Apesar da dose de Citocaína 3% empregada usualmente
em odontologia ser pequena, alguns pacientes necessitam de atenção
especial para reduzir o risco de efeitos adversos
graves:

  • Pacientes com bloqueio cardíaco parcial ou completo devido à
    possibilidade de depressão miocárdica pelos anestésicos
    locais;
  • Pacientes idosos e pacientes debilitados;
  • Pacientes com hipertensão grave ou não tratada, doença cardíaca
    grave, diabetes avançada, anemia grave ou distúrbio circulató-rio
    de qualquer origem, ou qualquer outra condição patológica;
  • Os anestésicos locais devem ser evitados quando há infecção na
    região da injeção;
  • Pode ocorrer metahemoglobinemia após a administração de
    prilocaína, conforme mostra o item reações adversas;
  • Pacientes jovens, pacientes portadores de metahemoglobinemia
    congênita ou idiopática ou pacientes com deficiência de
    glicose-6-fosfato são mais suscetíveis a metahemoglobinemia.

Dependendo da dose, os anestésicos locais podem ter um pequeno
efeito na função mental e podem prejudicar temporariamente a
locomoção e coordenação.

Carcinogenicidade, mutagenicidade e diminuição da
fertilidade

Estudos realizados em animais com o uso de prilocaína para
avaliar o potencial carcinogênico e mutagênico ou efeitos sobre a
fertilidade ainda não foram conduzidos.

Interações medicamentosas

A prilocaína está associada ao desenvolvimento de
metahemoglobinemia e deve ser empregada com cautela em pacientes
que fazem uso de fármacos indutores de metahemoglobinemia, como
sulfonamidas, acetaminofeno, benzocaina, cloroquina, dapsona,
nitratos e nitritos, nitrofurantoína, nitroglicerina,
nitroprussiato, pamaquina, ácido para-amino-salicílico, fenacetina,
fenobarbital, fenitoína, primaquina e quinina.

Devido à baixa toxicidade aguda, felipressina não aumenta a
toxicidade da solução de prilocaína.

A felipressina, nas doses usadas na Citocaína 3% (cloridrato de
prilocaína – felipressina), não interage com os antidepressivos
tricíclicos.

Reações Adversas do Citocaína 3%

As reações a Citocaína 3% são muito raras em procedimentos
dentários nas doses recomendadas e são similares às observadas com
outros anestésicos locais.

As reações adversas são geralmente dose-dependentes e podem ser
resultado de uma concentração plasmática elevada por dose
excessiva, injeção intravascular acidental, absorção rápida ou
hipersensibilidade.

As reações psicogênicas são comuns antes ou durante os
procedimentos odontológicos e podem mimetizar os sintomas de
reações aos anestésicos locais como síncope, hiperventilação,
náuseas, vômitos, alterações nos batimentos cardíacos
e pressão arterial.

Sistema nervoso central

A incidência de complicações neurológicas (ex.: déficit
neurológico persistente) associadas ao uso de anestésicos locais é
muito baixa. reações neurológicas dependem do fármaco utilizado,
técnicas de bloqueio, via de administração e estado físico do
paciente.

Os sinais e sintomas clínicos iniciais de toxicidade do SNC são
de origem excitatória, tais como sinais de fala difícil, calafrios,
contração muscular, tremores dos músculos da face e extremidades
distais, sintomas de sensação de pele quente e ruborizada, delírio,
tonturas, distúrbios visuais como visão dupla ou turva, distúrbio
auditivo como zumbido, sonolência e desorientação.

A presença de parestesia bilateral de língua e região perioral e
episódio convulsivo tônico-crônico generalizado são sinais de
reação tóxica por altos níveis de anestésicos locais.

Sistema cardiovascular

Sinais e sintomas da depressão cardiovascular podem comumente
resultar de reação vasovagal, particularmente se o paciente estiver
na posição ereta. as reações adversas dose-dependentes podem
resultar em hipotensão, depressão miocárdica, bradicardia e,
possivelmente, parada cardíaca.

Sistema respiratório

Em níveis inferiores a superdosagem possuem uma ação relaxante
direta sobre o músculo liso brônquico; em níveis de superdosagem
podem produzir parada respiratória em consequência da depressão
generalizada do SNC.

Reações alérgicas

São caracterizadas por lesões cutâneas, urticária, edema ou
reações anafiláticas.

Pacientes alérgicos aos derivados do ácido para-amino-benzóico
(procaína, tetracaína, benzocaína, etc.) não demonstraram
sensibilidade cruzada a prilocaína.

Parestesias

Anestesia prolongada ou parestesia da língua e lábios são riscos
para realização de procedimentos cirúrgicos como extrações, embora
elas possam ocorrer após procedimentos não-cirúrgicos.

Parestesia persistente com duração de semanas a meses e em casos
raros com duração de anos foram reportados.

Toxicidade aguda sistêmica

A prilocaína pode causar efeitos tóxicos agudos se ocorrerem
níveis sistêmicos altos devido à injeção intravascular acidental,
absorção rápida ou superdosagem.

Metahemoglobinemia

A administração repetida de prilocaína, mesmo em doses
relativamente pequenas, pode levar a manifestação clínica da
metahemoglobinemia (cianose). a conversão da hemoglobina em
metahemoglobina é causada pelos metabólitos da prilocaína,
orto-toluidina, que apresentam uma meia-vida longa e tendem a
acumular, e converter a 4- e 6-hidroxitoluidina. a cianose ocorre
quando a concentração de metahemoglobina no sangue atinge 1-2 g/100
mL (6-12% da concentração normal de hemoglobina) e deve ser
avaliada caso ocorra em 2-4 horas após a administração de
prilocaína. a metahemoglobinemia pode ser revertida quando
indicada, por administração endovenosa de azul de metileno na
dosagem de 1-2 mg/kg em um período de 5 minutos.

A ocorrência de metahemoglobinemia é remota com as dosagens de
prilocaína empregadas em procedimentos odontológicos (1 – 5 mL de
Citocaína 3%, isto é, 30 – 150 mg de cloridrato de prilocaína 3%
com felipressina 0,54 µg/mL).

Entretanto, superdosagem durante procedimentos odontológicos tem
sido relatada como causadora de metahemoglobinemia.

Nota:

Mesmo baixas concentrações de metahemoglobina podem interferir
na leitura oximétrica do pulso, indicando uma falsa baixa saturação
de oxigênio.

Alterações de exames laboratoriais

A injeção intramuscular de cloridrato de prilocaína pode
resultar em um aumento nos níveis da creatino fosfoquinase. Dessa
forma, a determinação dessa enzima como diagnóstico da presença de
infarto agudo do miocárdio, sem a separação da isoenzima, pode
comprometer o resultado do exame.

População Especial do Citocaína 3%

Pacientes pediátricos

A principal preocupação com pacientes pediátricos é a relativa
facilidade de induzir uma superdosagem. Assim, antes da
administração, o dentista deve determinar o peso da criança e
calcular a dose máxima.

Aconselha-se selecionar a solução contendo a menor concentração
de anestésico local e vasoconstritor.

Gravidez e lactação

Categoria de risco na gravidez: B.

O cloridrato de prilocaína e felipressina estão contraindicados
em mulheres grávidas, visto que a felipressina exerce ação no útero
e a prilocaína atravessa facilmente a placenta e concentrações
plasmáticas livres são semelhantes no feto e na mãe.

Não é conhecido se o cloridrato de prilocaína e a felipressina
são excretadas no leite materno.

Como para qualquer outro fármaco, a prilocaína e a felipressina
somente devem ser usadas durante a gravidez ou lactação se, a
critério médico, os benefícios potenciais superarem os possíveis
riscos.

Pacientes idosos

É prudente administrar uma dose do produto abaixo da dose
máxima, visto que pacientes idosos podem apresentar algum
comprometimento hepático ou cardiovascular.

Composição do Citocaína 3%

Cada ml contém

Cloridrato de
prilocaína
30 mg
Felipressina

0,03 UI

Veículo* estéril1 ml

*Cloreto de sódio, metilparabeno e água para injetáveis.

Superdosagem do Citocaína 3%

A prilocaína é o anestésico local amino-amida de menor
toxicidade particularmente útil em situações onde uma maior dosagem
de anestésico local pode ser necessária.

Esta vantagem deve ser considerada em relação ao risco de causar
metahemoglobinemia.

Emergências agudas são, em geral, doses-relacionadas e podem ser
resultado de altos níveis plasmáticos causados por dose excessiva,
absorção rápida (isto é, aumento da taxa de concentração
plasmática) ou injeção intravascular involuntária, ou pode resultar
de hipersensibilidade ou tolerância diminuída pelo paciente.

Toxicidade sistêmica aguda

Reações do SNC são excitatórias ou depressoras e podem ser
caracterizadas por nervosismo, tinido, espasmos musculares,
euforia, sonolência, visão embaçada ou turva, vertigem, convulsões,
inconsciência e possivelmente parada respiratória.

As reações excitatórias podem ser muito breves ou podem não
ocorrer no todo.

A primeira manifestação de toxicidade é sonolência que pode
evoluir para inconsciência e até mesmo parada respiratória.

As reações cardiovasculares são depressoras e podem ser
caracterizadas por hipotensão, depressão miocárdica, bradicardia e
possivelmente parada cardíaca.

Sinais e sintomas de depressão da função cardiovascular podem
comumente resultar de uma reação vasovagal, particularmente se o
paciente estiver na posição ortostática.

Menos frequentemente, os sinais ou sintomas podem ocorrer por um
efeito direto do fármaco.

Falha no reconhecimento de sinais indicativos, tais como
sudorese, sensação de desmaio, alterações no pulso, ou sensoriais
podem resultar em hipóxia cerebral progressiva ou colapso
cardiovascular.

Efeitos cardiovasculares geralmente ocorrem nos casos graves e
são normalmente precedidos por sinais de toxicidade no sistema
nervoso central.

Acidose ou hipóxia nos pacientes podem aumentar o risco e a
gravidade das reações tóxicas. Estas reações envolvem os sistemas
nervoso central e cardiovascular.

Tratamento da toxicidade aguda

  • Colocar o paciente em decúbito dorsal horizontal. Elevar as
    pernas a 30o – 45o acima do nível
    horizontal;
  • Garantir uma ventilação adequada das vias aéreas. Se a
    ventilação estiver inadequada, ventile o paciente com oxigênio uma
    vez que a toxicidade aumenta com a acidose;
  • O tratamento das convulsões consiste em garantir uma ventilação
    adequada das vias aéreas e interromper as crises. Se as convulsões
    persistirem apesar da ventilação adequada, devem ser administrados
    intravenosamente diazepam 0,1 mg/kg ou tiopentona sódica 1-3
    mg/kg.

Considerando que o tratamento pode também causar depressão
respiratória, os meios de manutenção ou controle da ventilação
devem estar disponíveis.

Tratamento de suporte da depressão circulatória pode requerer a
administração de fluidos intravenosos e, quando apropriado, um
vasopressor (por ex. efedrina 5 – 10 mg intravenosa, repetir após 2
– 3 min, se necessário), conforme a situação clínica.

Se o paciente não for responsivo e o pulso carótido estiver
totalmente ausente, devem ser instituídas as manobras de reanimação
cardíaca.

Tratamento da metahemoglobinemia aguda

A manifestação clínica de metahemoglobinemia pode ser revertida
através de administração intravenosa de solução azul de metileno
1%, 1 a 2 mg/kg de peso corpóreo, durante um período de 5
minutos.

A cianose pode desaparecer em aproximadamente 15 minutos.

Esta dose não deve ser repetida porque o azul de metileno em
altas concentrações age como um oxidante de hemoglobina.

Interação Medicamentosa do Citocaína 3%

Segundo estudos de P. Henry e J. Van der Driessche do
laboratório de farmacologia do Centro Hospitalar Universitário de
Rennes, o uso de anestésico local associado ao consumo de álcool e
medicamentos tranqüilizantes, interfere diretamente na eficiência
do anestésico, podendo aumentar ou diminuir seu tempo de ação, bem
como sua potência.

Cloridrato De Prilocaína + Felipressina (substância ativa) deve
ser usado com cuidado em pacientes recebendo antiarrítmicos, pois
pode haver um aumento dos efeitos tóxicos destes. Pacientes que
estejam usando paracetamol ou fenacetina não devem usar este
produto, já que estes elevam os níveis de metemoglobina.

Ação da Substância Citocaína 3%

Resultados de eficácia

Estudos clínicos têm avaliado a capacidade dos anestésicos de
bloquear a condução nos axônios do sistema nervoso
periférico. Estudos laboratoriais e clínicos com a
felipressina em animais e humanos demonstraram uma ampla margem de
segurança. A incidência de reações sistêmicas à felipressina é
mínima.

Características farmacológicas

Cloridrato de Prilocaína

Classificação:

Amida. 

Sinônimos:

Propitocaína.

Fórmula química:

Cloridrato de 2-Propilamino-o propionotoluidida.

Potência:

2 (procaína = 1; lidocaína = 2).

Toxicidade:

1 (procaína = 1; lidocaína = 2), 40% menos tóxica que a
lidocaína.

Modo de Ação:

Estabiliza a membrana neuronal inibindo o fluxo de íons
necessários ao início e condução dos impulsos, causando por isto um
efeito de anestesia local.

Metabolismo:

Difere significativamente daquele da lidocaína e da mepivacaína.
Sendo uma amina secundária, a prilocaína é hidrolizada diretamente
pela amidases hepáticas em orto-toluidina e N-propilalanina. O
dióxido de carbono é o principal produto final da transformação da
prilocaína.

A eficiência da degradação corporal da prilocaína é demonstrada
pela fração extremamente pequena de prilocaína intacta recuperada
na urina. Aorto-toluidina pode induzir a formação
de metemoglobina, produzindo metemoglobinemia, se grandes
doses forem administradas. Graus menores de metemo-globinemia têm
sido observados tanto com a administração de benzocaína como de
lidocaína, porém a prilocaína reduz consistentemente a capacidade
de transporte de oxigênio do sangue, às vezes o suficiente para
causar cianose.

Limitar a dose total de prilocaína 3% a 450 mg evita a cianose
sintomática. Níveis de metemoglobina menores que 20% usualmente não
produzem sinais ou sintomas clínicos (os quais podem se manifestar
como cianose acinzentada ou azul acizentada dos lábios, membranas
mucosas, e base das unhas e (não freqüente) desconforto
respiratório e circulatório).

A metemoglobinemia pode ser revertida dentro de 15 minutos com a
administração de 1 a 2 mg/Kg de peso corporal de solução de azul de
metileno 1% por via intravenosa por cerca de 5 minutos. A
prilocaína sofre biotransformação mais rápida e completamente que a
lidocaína, ocorrendo não somente no fígado, mas também em um grau
menor nos rins e pulmões.

Os níveis plasmáticos de prilocaína diminuem mais rapidamente
que os da lidocaína. Por esta razão, a prilocaína é considerada
menos tóxica sistemicamente quando comparada às amidas anestésicas
locais potentes. Sinais de toxicidade do SNC em decorrência da
administração em humanos são mais breves e menos severos que os
decorrentes da mesma dose intravenosa de lidocaína.

Excreção:

A prilocaína e seus metabólitos são excretados primariamente via
rins. O clearance renal da prilocaína é mais rápido que
aquele para as outras amidas, resultando na sua remoção mais rápida
da circulação.

Propriedades vasodilatadoras:

Aprilocaína é um agente vasodilatador. Determina maior
vasodilatação do que a mepivacaína, porém menor que a lidocaína e
significativamente menos do que a procaína. pKa: 7,9; Início da
ação: Discretamente mais lento que o da lidocaína (2 a 4
minutos).

Meia-vida anestésica:

1,6 hora.

Ação anestésica tópica:

Nenhuma nas concentrações clinicamente aceitáveis.

Felipressina

Sinônimos:

Octapressina. A Felipressina é um análogo sintético do hormônio
antidiurético, vasopressina.

É uma amina não-simpaticomimética classificada como
vasoconstritor.

Modo de ação:

Atua como um estimulante direto do músculo liso vascular e sua
ação parece ser mais acentuada na microcirculação venosa que na
arteriolar. É bem tolerada pelos tecidos em que é infiltrada,
ocorrendo apenas uma pequena irritação.

Seu efeito isquêmico local é menos pronunciado e não é
acompanhado por hipóxia ou cianose tecidual como ocorre com
soluções contendo Epinefrina.

Cuidados de Armazenamento do Citocaína 3%

Conservar a embalagem fechada, em temperatura ambiente
controlada, entre 15oC e 25ºC, e protegida da luz.

O prazo de validade do produto é de 24 meses a partir da data de
fabricação, impressa na embalagem, sendo que após este prazo, o
produto pode não apresentar mais efeito terapêutico.

O médico ou o dentista deve estar ciente da ocorrência
de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término, bem
como se a paciente está amamentando.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Citocaína 3%

No do Lote, Data da Fabricação e Prazo de
Validade:

Vide Rótulo/Caixa.

MS No 1.0298.0330

Farm. Resp.:

Dr. José Carlos Módolo
CRF-SP N.o 10.446

SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente):

0800 7011918

Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos
Ltda

Rod. Itapira-Lindóia, km 14 – Itapira – SP
CNPJ nº 44.734.671/0001-51 – Indústria Brasileira

Citocaina-3, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.