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Cinaleo

  • Carcinoma de células escamosas: de cabeça e pescoço (incluindo
    boca, língua, amígdalas, nasofaringe, orofaringe, seios nasais e
    paranasais, palato, lábio, mucosa bucal, gengiva, epiglote, pele e
    laringe), pênis, cérvice uterina e vulva. A resposta à bleomicina é
    menor em pacientes com carcinoma de cabeça e pescoço submetidos
    previamente à irradiação.
  • Linfomas: doença de Hodgkin, linfoma não Hodgkin.
  • Carcinoma de testículo: células embrionárias, coriocarcinoma e
    teratocarcinoma.
  • Derrame pleural maligno: CINALEO, quando administrado por
    injeção intrapleural mostra-se útil no tratamento do derrame
    pleural maligno, como esclerosanete e na prevenção de derrames
    pleurais recorrentes.

Contraindicação do Cinaleo

Este medicamento é contraindicado em pacientes que demonstraram
hipersensibilidade ou reação idiossincrática ao medicamento.

Como usar o Cinaleo

Devido à possibilidade de ocorrer reação anafilática, os
pacientes portadores de linfoma devem ser tratados com 2 unidades
ou menos nas duas doses. Se não ocorrerem reações agudas, seguir o
esquema normal de dosagem. Recomendam-se os seguintes esquemas:

Carcinoma de células escamosas, e carcinoma de
testículo:

0,25 a 0,50 unidades/kg (10 a 20 unidades/m2), administradas por
via intravenosa, intramuscular ou subcutânea, uma ou duas vezes por
semana.

Linfoma não-Hodgkin:

0,25 a 0,50 unidades/kg (10 a 20 unidades/m2), administradas por
via intravenosa, intramuscular ou subcutânea, uma ou duas vezes por
semana. As duas doses iniciais devem ser 2 unidades ou menos devido
a possibilidade de reação anafilactoide. A dose preconizada deve
ser iniciada se não ocorrer nenhuma reação aguda.

Doença de Hodgkin:

0,25 a 0,50 unidades/kg (10 a 20 unidades/m2), administradas por
via intravenosa, intramuscular ou subcutânea, uma ou duas vezes por
semana. As duas doses iniciais devem ser 2 unidades ou menos devido
a possibilidade de reação anafilactoide. Após a obtenção de 50% de
resposta, administrar uma dose de manutenção de 1 unidade diária ou
5 unidades por semana via I.V. ou I.M.

NOTA:

A toxicidade pulmonar do CINALEO parece estar relacionada com a
dose e o aumento é acentuado quando a dose total for superior a 400
unidades. Doses totais acima de 400 unidades devem ser
administradas com muito cuidado. Quando CINALEO for usado em
combinação com outros agentes antineoplásicos, as toxicidades
pulmonares podem ocorrer com doses mais baixas. A melhora da doença
de Hodgkin e dos tumores de testículo é observada em duas semanas.
Caso não se observe melhora nesse intervalo de tempo, provavelmente
isto não ocorrerá. Os carcinomas de células escamosas respondem
mais lentamente, necessitando-se às vezes, três semanas até que se
observe algum sinal de resposta.

Derrame pleural maligno:

60 unidades administradas em dose única por injeção intrapleural
(ver Administração).

– Dosagem em paciente com insuficiência renal: A toxicidade
associada à bleomicina pode ser mais frequente em paciente com
função renal comprometida, sugerindo-se a modificação de dose.
Reduções de dosagem da ordem de 40-75% têm sido recomendadas para
pacientes com valores de clearance de creatina lt;50 mL/min. Não é
necessário ajuste de dose em pacientes em hemodiálise.

Em casos de déficit da função renal, a dose deve ser recalculada
de acordo com as porcentagens abaixo, baseadas no clearance de
cratina (ClCr):

Clearance de creatina (mL/min)% dose de Cinaleo
 gt;50100%
 40 a 5070%
 30 a 4060%
 20 a 3055%
 10 a 2045%
 5 a 1040%

– Administração: CINALEO pode ser administrado por vias
intramuscular, intravenosa, subcutânea ou intrapleural. Deve-se
observar a existência de partículas e descoloração da solução da
administração do medicamento.

Intramuscular ou subcutânea:

Dissolver o conteúdo de um frasco-ampola de CINALEO 15 unidades
em 1 a 5 mL de água estéril para injeção, solução fisiológica ou
água bacteriostática para injeção. Se a injeção intramuscular for
dolorosa, pode ser ministrada em solução de 1% de lidocaína.

Intravenosa:

Dissolver o conteúdo de 1 frasco-ampola de 15 unidades em 5 mL
de solução fisiológica e administrar lentamente em um período de 10
minutos.

Intrapleural:

Dissolver 60 unidades de CINALEO em 50-100 mL de solução
fisiológica e administrar através de um tubo de toracostomia, após
drenagem do excesso do fluído pleural e confirmação da expansão
pulmonar completa. O tubo de toracostomia é, então, grampeado. O
paciente é movido da posição supina para as posições laterais
direita e esquerda diversas vezes durante as 4 horas seguintes. O
grampo é removido e a sucção, restabelecida. O período em que o
tubo de toracostomia deve permanecer instalado após a esclerose é
estabelecido conforme a situação clínica.

A injeção intrapleural de anestésicos tópicos ou a analgesia
narcótica sistêmica não é normalmente necessária.

NOTA:

Devem ser considerados os procedimentos quanto à manipulação e
os descartes das drogas anticâncer. Já foram publicados vários
guias sobre este assunto.

Para minimizar o risco de exposição dermatológica, sempre
utilizar luvas para manipular Cinaleo. Isto inclui todas as
atividades em clínicas, farmácias, estoques e outros, incluindo a
abertura da embalagem e inspeção, transporte e preparação da dose
de administração.

Precauções do Cinaleo

CINALEO deve ser administrado sob supervisão de um profissional
médico qualificado, com experiência no uso de agentes
quimioterápicos para câncer. Os pacientes em tratamento com CINALEO
devem ser observados cuidadosa e frequentemente durante e após a
terapia.

A disponibilidade de recursos para o diagnóstico e tratamento
permitem o controle da terapia e suas possíveis complicações.

CINALEO deve ser usado com extremo cuidado em pacientes com
insuficiência renal significativa ou com função pulmonar
comprometida. As toxicidades pulmonares ocorrem em 10% dos
pacientes tratados. Em aproximadamente 1% deles, a pneumonite
neumonite namente 1% deles, CINALEO evolui para fibrose pulmonar e
neumonite nom função pulmonar comprometida. As t pacientes com mais
de 70 anos de idade e naqueles recebendo doses totais maiores que
400 unidades. Embora esteja relacionada de e naqueles recebendo
doses totais maiores que 400es imprevisível. O comprometimento
renal constitui um fator de risco para a ocorrência de toxicidade
pulmonar. A monitoração frequente é essencial. Devido à falta de
especificação da síndrome clínica, a identificação dos pacientes
portadores de toxicidade pulmonar devido ao CINALEO é extremamente
difícil. O primeiro sintoma associado com a toxicidade pulmonar é a
dispneia e os primeiros sinais são os estertores finos.
Radiograficamente, a pneumonite induzida pelo CINALEO produz
opacidade não-específicas, geralmente dos campos pulmonares
inferiores. As alterações mais comuns dos testes da função pulmonar
são a diminuição do volume pulmonar total e diminuição da
capacidade vital. Pacientes tratados com CINALEO apresentam maior
risco de desenvolver toxicidade pulmonar quando o oxigênio é
administrado na intervenção cirúrgica. Embora se saiba que a
exposição prolongada a altas concentrações de oxigênio após a
administração de CINALEO cause danos aos pulmões, isto pode ocorrer
em concentrações mais baixas que usualmente seriam consideradas
como seguras. As medidas sugeridas como preventivas são as
seguintes:

Manter o Fl O2 em concentrações próximas ao ar ambiente (25%),
durante a cirurgia e no período pós-operatório.

Monitorar cuidadosamente a infusão de fluídos, concentrando-se
mais na administração de coloides do que na de cristaloides.

O aparecimento repentino de uma síndrome de dor torácica aguda,
sugerindo uma pleuropericardite, foi raramente relatado durante as
infusões de CINALEO. Embora cada paciente deva ser avaliado
individualmente, ciclos adicionais deste medicamento não parecem
ser contraindicados.

Reações idiossincrásicas semelhantes à anafilaxia têm sido
relatadas em cerca de 1% dos pacientes portadores de linfomas
tratados com CINALEO. Como estas reações ocorrem normalmente após a
primeira ou segunda dose, é necessária uma monitoração cuidadosa
após estas doses.

As toxicidades renais e hepáticas, cujos primeiros sinais são o
de deterioração das provas funcionais, são raramente relatadas;
porém, estas toxicidades podem ocorrer em qualquer momento após o
início do tratamento.

Reações Adversas do Cinaleo

Reações adversas cardiovasculares:

Reações muito comuns (gt; 1/10): Edema e eritema em mãos e pés;
Fenômeno de Raynaud (monoterapia ou em combinação com vimblastina
com ou sem a associação com a cisplatina).
Reações sem frequência definida na literatura: Hipotensão
(geralmente requerendo tratamento), dor torácica durante a infusão
da medicação, trombose arterial (descrita na combinação entre
bleomicina, vimblastina e cisplatina), acidente vascular cerebral,
arteriosclerose coronariana, infarto agudo do miocárdio.

Reações adversas dermatológicas:

Reações muito comuns (gt; 1/10): hiperqueratose nas mãos e
unhas, hiperpigmentação da pele, prurido, alopecia, vesículas, rash
cutâneo, eritema, danos às unhas, flacidez da pele, flebite.
Reações sem frequência definida na literatura: alterações cutâneas
semelhantes a esclerodermia.

Reações adversas gastrointestinais:

Reações sem frequência definida na literatura: náuseas, vômitos,
mucosite, estomatite, alteração no paladar, anorexia,
hepatotoxicidade.

Reações adversas hematológicas:

Reações sem frequência definida na literatura: plaquetopenia,
crioglobulinemia, microangiopatia trombótica.

Reações adversas imunológicas:

Reações comuns (gt; 1/100 e lt; 1/10): reações idiossincráticas
(1%)- reações semelhantes à anafilaxia: hipotensão, confusão
mental, febre, calafrios.

Reações adversas renais:

Reações sem frequência definida na literatura: cistite
hemorrágica, nefrotoxicidade.

Reações adversas pulmonares:

Reações comuns (gt; 1/100 e lt; 1/10): pneumonite (10%) e
fibrose pulmonar (1%).
Reações adversas pulmonares são raramente relatadas após
administração intrapleural de CINALEO.

População Especial do Cinaleo

Carcinogênese, mutagênese e comprometimento da
fertilidade:

O potencial carcinogênico da bleomicina em humanos não é
conhecido. Dado o seu mecanismo de ação, deve ser considerado como
um possível carcinógeno em humanos. A bleomicina demonstra ser
mutagênica nos testes in vitro e in vivo. A bleomicina é
teratogênica em ratos e camundongos que receberam a droga durante a
organogênese. Os efeitos de CINALEO sobre a fertilidade não foram
estabelecidos.

Gravidez:

CINALEO pode provocar dano fetal quando administrado em mulheres
grávidas. Mulheres em idade reprodutiva devem ser alertadas para
evitar a gravidez durante a terapia com o CINALEO. Se o produto for
utilizado durante a gravidez ou se a paciente ficar grávida durante
o tratamento com este medicamento, a mesma deverá estar ciente dos
riscos potenciais.
Categoria de risco na gravidez: D.

Lactação:

Não se sabe se o CINALEO é excretado no leite humano. Pelo fato
de muitas drogas serem excretadas no leite humano e devido ao
potencial de CINALEO em provocar graves reações adversas em
lactentes, deve-se ponderar entre descontinuar a amamentação ou o
tratamento, levando-se em consideração a importância da droga para
a mãe.

Composição do Cinaleo

Cada frasco-ampola contém: bleomicina.- 15UI
hidróxido de sódio. – .q.s.(para ajuste do pH) Não contém
conservante.

Cada mg de sulfato de bleomicina equivale ao intervalo de 1,5 UI
– 2,0 UI de bleomicina.

Superdosagem do Cinaleo

A dose tóxica não foi estabelecida. A toxicidade pulmonar
causada pelo CINALEO parece ser relacionada à dose. Doses totais
acima de 400 unidades provocam um aumento significativo desta
toxicidade, e, portanto, devem ser administradas com muito cuidado.
O tratamento de reações idiossincráticas é sintomático e pode
consistir de expansão de volume, agentes pressores, anti-
histamínicos e corticosteroides.

A toxicidade pulmonar é mais frequente em pacientes com mais de
70 anos de idade e naqueles recebendo doses totais superiores a 400
unidades. Embora a toxicidade pulmonar seja relacionada à dose e
idade, a toxicidade é imprevisível.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Cinaleo

Gravidade: Moderada

Efeito da interação

Diminuição da efetividade do medicamento.

Medicamento

Fenitoína.

Gravidade: Moderada

Efeito da interação

Redução do efeito da bleomicina quando adicionados juntamente em
soluções contendo os medicamentos na infusão.

Medicamento

Aminofilina, ácido ascórbico, carbenicilina, cefazolina,
cefalotina, hidrocortisona succinato sódico, metotrexato sódico,
penicilina G sódica, terbutalina. 

Gravidade: Moderada

Efeito da interação

Inativação da bleomicina quando administrado em mesmas
soluções.

Medicamento

Compostos contendo grupo sulfidrila.

Gravidade: Moderada

Efeito da interação

Precipitação quando adicionados juntamente em soluções contendo
os medicamentos na infusão.

Medicamento

Soluções contendo aminoácidos.

Ação da Substância Cinaleo

Resultados da eficácia

A bleomicina está indicada para o tratamento paliativo do
Linfoma de Hodgkin. A escolha da terapia está baseada no estágio da
doença. Pacientes no estágio IA e IIA são tratados com
radioterapia. Os no estágio IVA e IVB requerem combinação com
quimioterapia. O tratamento dos estágios intermediários é
controverso e muitos pacientes recebem uma terapia combinada.

As combinações de quimioterápicos de escolha incluem os esquemas
ABVD (doxorrubicina, bleomicina, vimblastina, dacarbazina),
MOPP/ABV (mecloretamina,vincristina, procarbazina, prednisona,
doxorrubicina, bleomicina e vimblastina) e B-CAVe (bleomicina,
lomustina, doxorrubicina, vimblastina). Tanto o esquema ABVD quanto
B-CAVe foram efetivos em produzir respostas completas em pacientes
com Doença de Hodgkin que apresentaram progressão da doença
enquanto recebiam MOPP ou após a remissão induzida por MOPP.

Respostas completas ocorreram em 71%, 39 de 55 dos pacientes
tratados com ABVD e 71%, 34 de 48 pacientes tratados com
B-CAVe.

A bleomicina tem indicação como tratamento paliativo no linfoma
não-Hodgkin. Uma análise retrospectiva em estudo randomizado
envolvendo 459 pacientes sugere um benefício na sobrevivência em
pacientes que receberam PACEBOM (prednisolona, doxorrubicina,
ciclofosfamida, etoposide, bleomicina, vincristina, metotrexato)
sobre os que receberam CHOP (ciclofosfamida, doxorrubicina,
vincristina, prednisolona).

As taxas de remissão completa foram de 64% versus 57%,
8 anos de sobrevida global foram de 51% versus 41% e de
sobrevivência causa-específica foram de 59% versus 41% nos
pacientes do grupo que receberam PACEBOM e CHOP respectivamente,
sendo estatisticamente equivalentes. Nos pacientes com idade menor
de 50 anos, o índice de sobevivência em 8 anos e
causa-específica fora de 78% e 55% para os grupos PACEBOM e CHOP
respectivamente (p=0,0036). O mesmo também ocorre nos pacientes com
estágio IV da doença com 51% e 30% respectivamente (p=0,02).
MACOP-B (metotrexato, leucovorina, doxorrubicina, ciclosfosfamida,
vincristina, bleomicina, prednisona, cotrimoxazol) foi efetivo em
um tratamento de 12 semanas em pacientes com linfoma difuso de
células grandes avançado.

Resposta completa ocorreu em 51 de 61 pacientes (84%). Resposta
parcial ocorreu em 10 (16%) dos pacientes e a sobrevida global em
76% com 90% de intervalo livre de doença nos que obtiveram resposta
completa. Em outro estudo, 105 de 125 pacientes obtiveram remissão
completa da doença. 70 pacientes nos estágios 2 a 4 de linfomas
intermediário ou de alto grau receberam MACOP-B. Para todos os
tipos histológicos, remissão completa foi alcançada em 58% dos
casos; 52% deles com linfoma difuso de células grandes.

A bleomicina também está indicada como agente esclerosante para
o tratamento do derrame pleural maligno. A taxa de recorrência de
derrame pleural após o tratamento com bleomicina em 30 dias foi
significantemente menor quando comparada com a tetraciclina, porém
não houve aumento da sobrevivência sobrevida global. A recorrência
foi de 36% nos pacientes tratados com bleomicina comparado a 67%
nos pacientes tratados com tetraciclina.

No tratamento do carcinoma de células escamosas do colo do útero
a combinação de bleomicina, mitocina e cisplatina alcançou 19% de
taxa resposta em pacientes com doença recorrente ou persistente,
avançada localmente ou com metástases.

Este estudo incluiu 59 pacientes, 44 delas foram tratadas
previamente com radioterapia, cirurgia ou ambos. Dentro desse grupo
16% apresentou resposta completa ou parcial. De 10 previamente não
tratadas, 3 obtiveram resposta.

Para o carcinoma de células escamosas de pênis, a bleomicina
está indicada como tratamento paliativo. A quimioterapia com
bleomicina, metotrexato e cisplatina para o carcinoma metástatico
de pênis demostrou resultados limitados. A bleomicina demostrou
mais atividade com taxa de resposta de 60% a 70%.

No tratamento dos carcinomas de células escamosas de cabeça e
pescoço, que incluem mucosa da boca, língua, amígdalas,
nasofaringe, orofaringe, seios nasais e paranasais, palato, lábio,
mucosa bucal, gengiva, epiglote, pele e laringe, a bleomicina é
considerada tratamento paliativo. Para essa terapia as combinações
de cisplatina, vincristina e bleomicina ou cisplatina com
fluouracil estão associadas com as maiores taxas de resposta (50 a
95%), porém essas combinações não aumentaram as taxas de
sobrevivência global quando comparadas a monoterapia.

Cisplatina com fluouracil ou metotrexato isoladamente são as
drogas de escolha para o carcinoma de cabeça e pescoço. Porém o
metotrexato está indicado para um grupo seleto de pacientes
(aqueles que não têm indicação para o uso de cisplatina). A
combinação de vinorelbina, metotrexato e bleomicina tem efeito
moderado em pacientes com carcinoma de cabeça e pescoço previamente
tratados. Em um estudo com 48 pacientes que havia recebido um
regime prévio com cisplatina e 5-fluouracil. A resposta global foi
de 27%, com uma taxa de resposta completa em 2% dos pacientes e
resposta parcial em 25%. Estabilização da doença ocorreu em 23% dos
pacientes e 50% tiveram progressão da doença.

Em outro estudo com 110 pacientes, o uso de bleomicina com
cisplatina com ou sem mitomicina, produziu uma taxa de resposta
global de 78% (45/57 pacientes) com duas drogas e 90% (48/53
pacientes) com regime de três drogas. Em estudo realizado com 69
pacientes no estágio III e IV de carcinoma de cabeça e pescoço que
receberam a associação de bleomicina, vincristina, metotrexato e
mitomicina, 68% dos pacientes obteve resposta global, sendo esse
regime uma opção alternativa de tratamento para pacientes com
estado de saúde comprometido ou incapazes de tolerar as combinações
a base de cisplatina.

A bleomicina também está indicada para o tratamento paliativo do
carcinoma de células escamosas de vulva. Em um pequeno estudo
clínico aberto, o uso de BMC (bleomicina, metotrexato, CCNU –
Lomustina) se mostrou ativo. Pacientes com carcinoma de células
escamosas de vulva (n=25) primário ou recorrente, localmente
avançado, inoperável, sem tratamento quimioterápico ou
radioterápico prévio foram incluídas nos estudo. Todas as pacientes
foram tratadas por seis semanas com o regime BMC, e o esquema foi
repetido a cada 49 dias até que o tumor se torne ressecável, ocorra
progressão ou toxicidade inaceitável. As pacientes receberam 3
ciclos de BMC. A resposta global foi de 65% (95% de intervalo de
confiança, 35% a 76%), com resposta completa em duas pacientes.

Das quatorze pacientes que responderam, a cirurgia foi realizada
em oito pacientes e quatro delas ficaram livres de doença. O tempo
médio para progressão para intervalo livre de doença foi de 4,8
meses, com sobrevida global média de 7,8 meses. Graus 3 ou 4 de
toxicidade consistiu em anemia (24%), trombocitopenia (12%),
leucopenia (8%), mucosite (12%), toxicidade pulmonar (4%),
neutropenia febril (4%), alopécia (8%), infecção (4%) e
neurotoxicidade (4%). Uma morte ocorreu devido a mielossupressão e
candidíase pulmonar.

No carcinoma testicular (carcinoma de células embrionárias,
coriocarcinoma, teratocarcinoma), a bleomicina está indicada como
tratamento isolado ou em combinação com a radioterapia. A escolha
entre quimioterapia e radioterapia seguindo a cirurgia, depende do
estadiamento da doença. O regime quimioterápico de escolha é o PEB
(cisplatina, etoposideo e bleomicina). Esse regime, com ou sem
cirurgia produz remissão completa em aproximadamente 100% dos
pacientes.

Estudos demonstram a eficácia do regime PEB no tratamento do
câncer metastático testicular de células germinativas. Um estudo
com 419 pacientes mostrou que a retirada da bleomicina do esquema
diminuiu a taxa de resposta completa (87% versus 95%,
p=0,008). Após dez anos de seguimento, não houve mudança do tempo
de progressão da doença e da sobrevida global.

Em análise retrospectiva de 229 pacientes com tumor de células
germinativas disseminado recebendo o regime PVB (cisplatina,
vimblastina e bleomicina) com ou sem associação com doxorrubicina,
observou-se a resposta completa em 175 pacientes r5 (76,4%) com
quimioterapia isolada ou adjuvante a cirurgia. No tempo médio de
seguimento de 102,3 meses, variando de 73 a 144 meses, 147
pacientes (64,2%) encontrava-se com vida, com 146 livres de doença.
A probabilidade estimada de sobrevivência em 12 anos é de 65% com
sobrevida livre de doença de 83,5%.

Características Farmacológicas

Sulfato de Bleomicina (substância ativa) é uma mistura de
antibióticos glicopeptstura citotóxicos isolados de uma cepa do
Streptomyces verticillus. O Sulfato de Bleomicina
(substância ativa) é solúvel em água.

A principal via de excreção da bleomicina é o rim, com 60 a 7%
de uma droga administrada recuperada na urina como bleomicina
ativa. A disfunção renal pode prolongar significativamente a
excreção.

Relata-se uma relação entre a função renal diminuída e o aumento
da toxicidade associada à bleomicina. Relações
Farmacocinética/Farmacodinâmica sugerem que o aumento da toxicidade
é uma consequência de clearance renal reduzido de bleomicina,
resultando em meia-vida de eliminação prolongada e aumento da área
sob a curva de concentração plasmática x tempo comparado a
pacientes com função renal normal. Recomenda-se reduções de dosagem
da ordem de 40 – 75% para pacientes com clearance de creatina ≤ 40
mL/min.

No tratamento do derrame pleural maligno, após administração
intrapleural, as concentrações plasmáticas resultantes de
bleomicina sugerem uma taxa de absorção sistêmica de
aproximadamente 45%.

Após a administração intrapleural de bleomicina a concentração
plasmática resultante sugere uma absorção sistêmica de
aproximadamente 45%. Assim, na determinação da exposição cumulativa
à bleomicina, a exposição sistêmica seguida da administração
intrapleural de Sulfato de Bleomicina (substância ativa) deve ser
levada em consideração.

Cuidados de Armazenamento do Cinaleo

CINALEO deve ser armazenado sob refrigeração à temperatura de
2°C a 8°C por 36 meses. Após a reconstituição em solução

fisiológica o produto é estável por 24 horas, sob
refrigeração.
CINALEO é um pó liófilo de coloração variável entre branco e o
amarelo.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em
sua embalagem original. Antes de usar, observe o aspecto do
medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Mensagens de Alerta do Cinaleo

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas
sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de
suspeita de gravidez.

Dizeres Legais do Cinaleo

M.S. 1.2361.0062

Farmacêutica Responsável:
Lenita A. Alves Gnochi
CRF-SP: 14.054

Fabricado por: Cipla Limited
Plot no, S-103 to S-105 amp; S-107 to S-112 Verna Indl. Estate,
Verna, Salcette
Goa / Índia

Importado e Distribuído por:
UCB Biopharma S.A.
Alameda Araguaia, 3833 – Tamboré CEP: 06455-000 – Barueri – SP
C.N.P.J.: 64.711.500/0001-14

Cinaleo, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.