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Bramicar

Prevenção de mortalidade e lesão cardiovascular em pacientes com
idade igual ou superior a 55 anos com alto risco de doença
cardiovascular.

Contraindicação do Bramicar

  • Hipersensibilidade à telmisartana (substância ativa) ou aos
    excipientes da fórmula;
  • Distúrbios biliares obstrutivos;
  • Disfunções hepáticas graves;
  • Intolerância hereditária rara à frutose;
  • Uso concomitante com alisquireno em pacientes com diabetes
    mellitus ou disfunção renal (taxa de filtração glomerular
    lt; 60 ml/min/1,73 m2);
  • Segundo e terceiro trimestres de gravidez;

  • – Lactação.

Como usar o Bramicar

Os comprimidos de telmisartana (substância ativa) devem ser
ingeridos com um pouco de água ou outro líquido, por via oral, com
ou sem alimentos.

A telmisartana (substância ativa) é um medicamento de uso
contínuo e deve ser tomado diariamente na dose prescrita.

Tratamento da hipertensão arterial

A dose recomendada é de 40 mg uma vez ao dia.

Caso a pressão arterial pretendida não seja atingida, a dose de
telmisartana (substância ativa) pode ser aumentada para 80 mg uma
vez ao dia.

Alternativamente, telmisartana (substância ativa) pode ser usado
em combinação com diuréticos tiazídicos, como a hidroclorotiazida,
para se obter uma redução maior da pressão arterial.

Quando se considerar um aumento da dose, deve-se levar em conta
que o máximo efeito anti-hipertensivo é geralmente atingido quatro
a oito semanas após o início do tratamento.

Prevenção da mortalidade e lesão
cardiovascular:

A dose recomendada é de 80 mg uma vez ao dia.

Não se sabe se doses inferiores a 80 mg de telmisartana
(substância ativa) são eficazes na prevenção da mortalidade e lesão
cardiovascular.

Ao iniciar a terapia com telmisartana (substância ativa) para a
prevenção da mortalidade e lesão cardiovascular, recomenda-se
monitoração da pressão arterial e, se conveniente, pode ser
necessário o ajuste de medicações que reduzem a pressão
arterial.

Insuficiência renal:

Não há necessidade de ajustes de dose nem mesmo nos pacientes
que fazem hemodiálise.

A telmisartana (substância ativa) não é removida do sangue por
hemofiltração.

Insuficiência hepática:

Não se deve exceder a dose diária de 40 mg nos pacientes
portadores de insuficiência hepática leve a moderada.

Pacientes idosos:

Não são necessários ajustes de doses.

Crianças e adolescentes:

O uso de telmisartana (substância ativa) em crianças e
adolescentes menores de 18 anos não são recomendados, pois há dados
limitados sobre segurança e eficácia nesta faixa etária.

Este medicamento não deve ser partido ou
mastigado.

Precauções do Bramicar

Hipertensão renovascular:

Há um risco aumentado de hipotensão severa e insuficiência renal
quando pacientes com estenose arterial renal bilateral ou estenose
da artéria com um único rim funcionando são tratados com
medicamentos que atuam no sistema
renina-angiotensina-aldosterona.

Disfunção renal e transplante renal:

Quando telmisartana (substância ativa) é usada em pacientes com
função renal anormal, recomenda-se monitoração periódica dos níveis
séricos de potássio e creatinina.

Não há experiência com relação à administração de telmisartana
(substância ativa) em pacientes com transplante renal recente.

Desidratação:

Pode ocorrer hipotensão sintomática, especialmente após a
primeira dose, em pacientes com depleção volêmica e/ou de sódio por
vigorosa terapia diurética, dieta restrita de sal, diarreia ou
vômito. Tais condições, especialmente depleção volêmica e/ou de
sódio, devem ser corrigidas antes do início da terapêutica com
telmisartana (substância ativa).

Duplo bloqueio do sistema
renina-angiotensina-aldosterona:

Como consequência da inibição do sistema
renina-angiotensina-aldosterona, foram relatadas alterações da
função renal (incluindo falência renal aguda) em pacientes
susceptíveis, especialmente quando foram combinados medicamentos
que afetam esse sistema. Portanto, o duplo bloqueio do sistema
renina-angiotensina-aldosterona [por exemplo, combinando um
inibidor da ECA ou o inibidor direto de renina (alisquireno) a um
BRA] deve ser limitado aos casos definidos individualmente, com
estrita monitoração da função renal.

Outras condições de estimulação do SRAA:

Em pacientes cujo tônus vascular e função renal dependem
predominantemente da atividade do sistema
renina-angiotensina-aldosterona (p. ex. pacientes com insuficiência
cardíaca congestiva grave ou doença renal subjacente, inclusive
estenose da artéria renal), o tratamento com medicamentos que
afetam este sistema tem sido associado com hipotensão aguda,
hiperazotemia, oligúria ou, raramente, insuficiência renal
aguda.

Hiperaldosteronismo primário:

Pacientes com aldosteronismo primário geralmente não respondem
às medicações anti-hipertensivas que agem inibindo o sistema
renina-angiotensina. Portanto, não se recomenda o uso de
telmisartana (substância ativa).

Estenose da valva aórtica ou mitral e cardiomiopatia
obstrutiva hipertrófica:

A exemplo do que ocorre com o uso de outros fármacos
vasodilatadores, recomenda-se precaução especial aos pacientes que
sofrem de estenose aórtica ou mitral ou cardiomiopatia hipertrófica
obstrutiva.

Hiperpotassemia:

Na vigência do tratamento com medicamentos que atuam no sistema
renina-angiotensina- aldosterona, especialmente na presença de
insuficiência renal e/ou insuficiência cardíaca, pode ocorrer
hiperpotassemia.

Recomenda-se monitoração dos níveis séricos de potássio em
pacientes de risco.

A experiência com o uso de medicamentos que atuam no sistema
renina-angiotensina mostra que o uso concomitante de diuréticos
poupadores de potássio, suplementos de potássio, substitutos do sal
comum por outro que contenha potássio ou outros medicamentos que
podem aumentar os níveis de potássio, como a heparina, podem levar
a um aumento da potassemia.

Portanto, nestas situações, telmisartana (substância ativa) deve
ser administrado com cautela.

Distúrbios hepatobiliares:

Uma vez que a maior parte da telmisartana (substância ativa) é
eliminada pela bile, pode-se esperar redução da depuração em
pacientes com disfunções obstrutivas do sistema biliar ou
insuficiência hepática.

A telmisartana (substância ativa) deve ser utilizada com cautela
nestes pacientes.

Diabetes mellitus:

Pacientes diabéticos com risco cardiovascular adicional [por
exemplo, diabéticos com doença arterial coronariana (DAC)
coexistente devem passar por uma adequada avaliação
diagnóstica (por exemplo, teste ergométrico de esforço) para
detecção e tratamento adequado da DAC antes do início do tratamento
com telmisartana (substância ativa), pois o não diagnóstico da DAC
assintomática nestes pacientes pode apresentar maior risco de
infarto do miocárdio fatal e morte de causa cardiovascular
inesperada quando tratados com anti-hipertensivos como BRAs ou
inibidores da ECA.

Outras:

Como observado para os inibidores da ECA, bloqueadores de
receptores de angiotensina, incluindo telmisartana (substância
ativa), são aparentemente menos eficazes na redução da pressão
arterial na população negra do que na população não negra,
possivelmente devido à prevalência de baixas taxas de renina na
população hipertensa negra.

Assim como com outros agentes anti-hipertensivos, a redução
excessiva da pressão arterial em pacientes com cardiopatia
isquêmica ou doença cardiovascular isquêmica pode resultar em
infarto do miocárdio ou AVC.

Ainda não se realizaram estudos sobre o efeito na habilidade de
dirigir e utilizar máquinas. Contudo, ao dirigir ou operar
máquinas, deve-se levar em conta que na vigência do tratamento
anti-hipertensivo, pode ocasionalmente ocorrer tontura ou
sonolência.

Fertilidade, Gravidez e Lactação

O tratamento com BRAs não é recomendado no primeiro trimestre da
gravidez e não deve ser iniciado durante a gravidez.

Quando a gravidez for diagnosticada, o tratamento com BRAs deve
ser interrompido imediatamente e, se conveniente, deve ser iniciada
terapia alternativa. Pacientes que planejam engravidar devem ter o
tratamento substituído por outros anti-hipertensivos alternativos,
que tenham o perfil de segurança estabelecido para uso durante a
gestação, a menos que o tratamento com BRAs seja absolutamente
necessário.

Estudos pré-clínicos com telmisartana (substância ativa) não
indicaram efeito teratogênico, mas, em doses tóxicas, demonstraram
fetotoxicidade e risco ao desenvolvimento pós-natal da prole.

Em humanos, sabe-se que a exposição aos BRAs no segundo e
terceiro trimestres da gestação induz fetotoxicidade (diminuição da
função renal, oligoidrâmnio, retardo da ossificação) e toxicidade
neonatal (falência renal, hipotensão, hipercalemia).

Caso tenha ocorrido exposição aos BRAs a partir do segundo
trimestre de gestação, recomenda-se verificar a função renal e os
ossos por ultrassom. Bebês cujas mães utilizaram BRAs devem ser
monitorados de perto quanto à hipotensão.

Não se sabe se telmisartana (substância ativa) é excretada no
leite materno em humanos. Estudos pré-clínicos demonstraram
excreção de telmisartana (substância ativa) no leite materno.

Não foram realizados estudos sobre a fertilidade em humanos. Não
foram observados efeitos de telmisartana (substância ativa) sobre a
fertilidade em fêmeas e machos durante os estudos pré-clínicos.

A telmisartana (substância ativa) está classificada na
categoria de risco C para o primeiro trimestre de
gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Reações Adversas do Bramicar

Nos estudos clínicos controlados em pacientes tratados para
controle da hipertensão, a incidência total dos eventos adversos
relatados com telmisartana (substância ativa) (41,4%) foi, em
geral, comparável ao placebo (43,9%).

A incidência dos eventos adversos não foi relacionada à dose nem
demonstrou correlação com sexo, idade ou raça dos pacientes.

O perfil de segurança de telmisartana (substância ativa) em
pacientes tratados para a prevenção da mortalidade e lesão
cardiovascular foi consistente com o obtido em pacientes
hipertensos.

As reações adversas ao fármaco listadas abaixo foram acumuladas
a partir de estudos clínicos controlados em pacientes tratados para
controle da hipertensão e a partir de relatos
pós-comercialização.

A lista também leva em conta eventos adversos sérios e eventos
adversos levando à descontinuação relatados em três estudos
clínicos de longa duração, incluindo 21.642 pacientes tratados com
telmisartana (substância ativa) para prevenção da mortalidade
e lesão cardiovascular por até seis anos.

Reações incomuns (gt;1/1000 e lt;1/100):

Infecções do trato urinário incluindo cistite, infecções do
trato respiratório superior, anemia, hipercalemia, insônia,
depressão, síncope, vertigem, bradicardia, hipotensão, hipotensão
ortostática, dispneia, dor abdominal, diarreia, dispepsia,
flatulência, vômitos, prurido, hiperidrose, rash, dor nas costas,
espasmos musculares, mialgia, disfunção renal incluindo
insuficiência renal aguda, dor no peito, astenia, aumento dos
níveis plasmáticos de creatinina.

Reações raras (gt;1/10000 e lt;1/1000):

Sepse incluindo desfecho fatal, eosinofilia, trombocitopenia,
reação anafilática, hipersensibilidade, hipoglicemia (em pacientes
diabéticos), ansiedade, distúrbios visuais, taquicardia, boca seca,
desconforto estomacal, disfunção hepática (a maioria dos casos
observados em experiência pós-comercialização ocorreram em
pacientes do Japão, que são mais propensos a apresentar este tipo
de reação adversa), angioedema (com desfecho fatal), eczema,
eritema, urticária, erupção induzida pelo medicamento, erupção
relacionada à toxicidade pelo medicamento, artralgia, dor nas
extremidades, dor nos tendões, mal-estar semelhante à gripe,
diminuição da hemoglobina, aumento dos níveis plasmáticos de ácido
úrico, creatinina fosfoquinase e enzimas hepáticas.

Atenção: este produto é um medicamento que possui nova
indicação terapêutica no país e, embora as pesquisas tenham
indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e
utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos
imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos
adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –
NOTIVISA ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.

Interação Medicamentosa do Bramicar

A telmisartana (substância ativa) pode aumentar o efeito
hipotensor de outros agentes anti-hipertensivos. Não se observaram
outras interações com significado clínico.

A coadministração de telmisartana (substância ativa) não
resultou em interações clinicamente significativas com digoxina,
varfarina, hidroclorotiazida, glibenclamida, ibuprofeno,
paracetamol, sinvastatina e anlodipino.

No caso da digoxina, observou-se um aumento de 20% (num único
caso, de 39%) das concentrações plasmáticas de digoxina; portanto,
deve-se considerar a monitoração dos seus níveis plasmáticos.

Em um estudo, a coadministração de telmisartana (substância
ativa) e ramipril levou a um aumento de até 2,5 vezes na AUC0-24 e
Cmáx de ramipril e ramiprilato. Desconhece-se a
relevância clínica desta observação.

Relataram-se aumentos reversíveis das concentrações séricas de
lítio e toxicidade durante administração concomitante de lítio com
inibidores da ECA.

Relataram-se também casos de interação com BRAs, incluindo
telmisartana (substância ativa). Portanto, é aconselhável monitorar
os níveis séricos de lítio durante o uso concomitante.

Em pacientes com desidratação, o tratamento com AINEs (por
exemplo, AAS como anti-inflamatório, inibidores da COX-2 e AINEs
não seletivos) está associado com um aumento do potencial para o
desenvolvimento de insuficiência renal aguda.

Fármacos que atuam no sistema renina-angiotensina, como
telmisartana (substância ativa), podem ter efeitos sinérgicos.
Pacientes em tratamento com AINEs e telmisartana (substância ativa)
devem ser adequadamente hidratados e ter sua função renal
monitorada no início do tratamento combinado.

Foi relatada uma redução do efeito de drogas anti-hipertensivas,
como telmisartana (substância ativa), pela inibição de
prostaglandinas vasodilatadoras, durante tratamento combinado com
AINEs.

Ação da Substância Bramicar

Resultados da eficácia

Tratamento da hipertensão arterial

No homem, uma dose de 80 mg de telmisartana (substância ativa)
inibiu quase completamente os aumentos de pressão arterial
induzidos pela angiotensina II. Este efeito inibidor mantém-se
durante 24 horas e pode ser detectado após 48 horas.

Após a administração da primeira dose de telmisartana
(substância ativa), o início da atividade anti-hipertensiva
gradualmente se torna evidente dentro de 3 horas.

A redução máxima da pressão arterial é normalmente obtida 4
semanas após o início da terapêutica, mantendo-se durante o
tratamento de longa duração.

O efeito anti-hipertensivo permanece constante durante 24 horas
após a administração, incluindo as últimas 4 horas antes da próxima
dose, como foi demonstrado por medições ambulatoriais de pressão
arterial. Este fato é confirmado pelas relações vale-pico
consistentemente acima de 80%, verificadas após doses de 40 e 80 mg
de telmisartana (substância ativa) em estudos clínicos controlados
com placebo.

Há uma aparente tendência para uma relação entre a dose e o
tempo de restabelecimento da pressão arterial sistólica (PAS)
basal. Com relação à pressão arterial diastólica (PAD), os dados de
referência são inconsistentes.

Em pacientes hipertensos, a telmisartana (substância ativa)
reduz a pressão arterial diastólica e sistólica, sem afetar a
frequência cardíaca.

A eficácia anti-hipertensiva de telmisartana (substância ativa)
foi comparada a fármacos anti-hipertensivos tais como
anlodipino, atenolol, enalapril, hidroclorotiazida, losartana,
lisinopril, ramipril e valsartana.

Após a interrupção abrupta da administração de telmisartana
(substância ativa), a pressão arterial retorna gradualmente aos
valores anteriores ao tratamento, ao fim de vários dias, sem
evidências de efeito-rebote.

Demonstrou-se em estudos clínicos que o tratamento com
telmisartana (substância ativa) está associado a reduções
estatisticamente significativas de massa do ventrículo esquerdo e
índice de massa do ventrículo esquerdo em pacientes hipertensos
portadores de Hipertrofia Ventricular Esquerda.

Demonstrou-se em estudos clínicos (incluindo comparações com
losartana, ramipril e valsartana) que o tratamento com telmisartana
(substância ativa) está associado a reduções estatisticamente
significativas da proteinúria (incluindo microalbuminúria e
macroalbuminúria) em pacientes com hipertensão e nefropatia
diabética.

A incidência de tosse seca foi significantemente menor em
pacientes tratados com telmisartana (substância ativa) do que
naqueles tratados com inibidores da ECA em estudos clínicos
comparando diretamente os dois tratamentos anti-hipertensivos.

Prevenção de mortalidade e lesão
cardiovascular

O estudo Ontarget comparou os efeitos da telmisartana
(substância ativa), ramipril e da combinação de telmisartana
(substância ativa) e ramipril sobre os desfechos cardiovasculares
em 25.620 pacientes com idade igual ou superior a 55 anos, com
história de doença arterial coronariana, acidente vascular
cerebral, doença vascular periférica ou diabetes mellitus
associada à evidência de dano a órgão-alvo (por exemplo,
retinopatia, hipertrofia ventricular esquerda, macro ou
microalbuminúria), que representam uma grande parte dos pacientes
com alto risco cardiovascular.

Os pacientes foram randomizados para um dos três
seguintes grupos de tratamento:

Telmisartana (substância ativa) 80 mg (n = 8542), ramipril 10 mg
(n = 8576), ou combinação de telmisartana (substância ativa) 80 mg
e ramipril 10 mg (n = 8502), seguidos de um tempo médio de
observação de 4,5 anos.

A população estudada era 73% masculina, 74% caucasiana, 14%
asiática e 43% tinham idade igual ou superior a 65 anos.

Cerca de 83% dos pacientes randomizados apresentavam
hipertensão: 69% tinham história de hipertensão na randomização e
mais 14% tinham leituras reais de pressão arterial acima de 140/90
mmHg.

No início, 38% do total de pacientes tinham história médica de
diabetes e mais 3% apresentavam glicemia de jejum elevada.

A terapia de início incluía ácido acetilsalicílico (76%),
estatinas (62%), beta-bloqueadores (57%), bloqueadores dos canais
de cálcio (34%), nitratos (29%) e diuréticos (28%).

O objetivo primário de avaliação (desfecho primário) foi uma
composição de morte cardiovascular, infarto não-fatal do miocárdio,
acidente vascular cerebral não-fatal ou hospitalização por
insuficiência cardíaca congestiva.

A adesão ao tratamento foi melhor para telmisartana (substância
ativa) do que para ramipril ou para a combinação de telmisartana
(substância ativa) e ramipril, embora a população do estudo tenha
sido pré-selecionada para tolerância ao tratamento com um inibidor
da ECA.

A análise dos eventos adversos que levaram à descontinuação
permanente do tratamento e dos eventos adversos sérios mostrou que
tosse e angioedema foram menos frequentemente relatadas em
pacientes tratados com telmisartana (substância ativa) do que com
ramipril, enquanto que hipotensão foi mais frequentemente relatada
com telmisartana (substância ativa).

A telmisartana (substância ativa) teve eficácia similar ao
ramipril na redução do objetivo primário de avaliação (desfecho
primário), com ocorrências similares nos braços com telmisartana
(substância ativa) (16,7%), ramipril (16,5%) e com a combinação de
telmisartana (substância ativa) e ramipril (16,3%). A proporção de
risco para telmisartana (substância ativa) vs. ramipril
foi de 1,01 [IC 97,5% 0,93 – 1,10 p (não inferioridade) =
0,0019].

O efeito do tratamento mostrou persistir após correções para
diferenças na pressão arterial sistólica de início e ao longo do
tempo.

Não houve diferença nos resultados do objetivo primário de
avaliação (desfecho primário) com base na idade, sexo, raça,
terapia basal ou doença subjacente.

A telmisartana (substância ativa) mostrou-se também similarmente
eficaz ao ramipril em vários objetivos secundários de avaliação
pré-especificados (desfecho secundário), incluindo uma composição
de morte cardiovascular, infarto não-fatal do miocárdio e acidente
vascular cerebral não-fatal, objetivo primário de avaliação
(desfecho primário) no estudo de referência HOPE, que havia
investigado o efeito do ramipril vs. placebo4.

A proporção de risco da telmisartana (substância ativa)
vs. ramipril para este objetivo no Ontarget foi de 0,99
[IC 97,5% 0,90 – 1,08, p (não-inferioridade) = 0.0004].

A combinação de telmisartana (substância ativa) e ramipril não
acrescentou benefício sobre a monoterapia com ramipril ou
telmisartana (substância ativa).

Além disso, houve uma incidência significativamente maior de
hipercalemia, insuficiência renal, hipotensão e síncope no grupo da
combinação. Portanto, o uso da combinação de telmisartana
(substância ativa) e ramipril não é recomendado nesta
população.


Características Farmacológicas

Farmacodinâmica

A telmisartana (substância ativa) é um BRA (bloqueador
específico dos receptores da angiotensina II, tipo AT1), eficaz por
via oral.

A telmisartana (substância ativa) desloca, com afinidade muito
elevada, a angiotensina II de seus sítios de ligação no receptor
AT1, o qual é responsável pelas ações conhecidas da angiotensina
II.

A telmisartana (substância ativa) não apresenta qualquer
atividade agonista parcial no receptor AT1 e liga-se seletivamente
a esses receptores. Esta ligação é de longa duração.

A telmisartana (substância ativa) não apresenta afinidade por
outros receptores, incluindo AT2 e outros receptores AT menos
caracterizados.

A função destes receptores não é conhecida, nem os efeitos da
possível superestimulação pela angiotensina II cujos níveis são
aumentados pela telmisartana (substância ativa).

Os níveis de aldosterona plasmática são diminuídos pela
telmisartana (substância ativa).

A telmisartana (substância ativa) não inibe a renina plasmática
humana nem bloqueia canais iônicos.

A telmisartana (substância ativa) não possui efeito inibitório
sobre a ECA (quininase II), que também degrada a bradicinina.
Portanto, não se espera uma potencialização de efeitos adversos
mediados pela bradicinina.

Farmacocinética

A absorção da telmisartana (substância ativa) é rápida, embora a
quantidade absorvida varie. A biodisponibilidade absoluta média é
de cerca de 50%.

Quando a telmisartana (substância ativa) é administrada com
alimentos, a redução da AUC varia entre aproximadamente 6% (dose de
40 mg) e 19% (dose de 160 mg).

Três horas após a administração, as concentrações plasmáticas
são semelhantes, quer a telmisartana (substância ativa) seja tomada
em jejum, quer com alimentos.

Não se espera que a pequena redução na AUC cause uma redução na
eficácia terapêutica.

Foram observadas diferenças relacionadas ao sexo nas
concentrações plasmáticas, Cmáx e AUC, que são
aproximadamente 3 e 2 vezes, respectivamente, maiores em mulheres
que em homens, sem influência relevante na eficácia.

A telmisartana (substância ativa) liga-se predominantemente às
proteínas plasmáticas (99,5%), principalmente à albumina e à
glicoproteína ácida alfa-1. O volume de distribuição aparente no
estado de equilíbrio (Vdss) é de cerca de 500L.

O metabolismo se dá por conjugação para glucuronídio. Não foi
demonstrada qualquer atividade farmacológica da entidade
conjugada.

A telmisartana (substância ativa) caracteriza-se por uma
cinética de declínio bi-exponencial, com um tempo de meia vida
terminal superior a 20 horas.

A concentração plasmática máxima (Cmáx) e, numa
extensão menor, a AUC, aumentam na proporção inversa à dose.

Não existe evidência de acúmulo clinicamente relevante de
telmisartana (substância ativa) se esta for tomada na dose
recomendada.

Após a administração oral e intravenosa, a telmisartana
(substância ativa) é quase exclusivamente excretada pelas fezes,
principalmente na forma de composto inalterado.

A excreção urinária cumulativa é inferior a 2% da dose. A
depuração plasmática total, (CLtot) é elevada (cerca de
900 mL/min), em comparação com o fluxo sanguíneo hepático (cerca de
1500 mL/min).

A farmacocinética da telmisartana (substância ativa) não difere
entre pacientes jovens e idosos.

Em pacientes com insuficiência renal em diálise, foram
observadas concentrações plasmáticas inferiores.

Como a telmisartana (substância ativa) se liga predominantemente
às proteínas plasmáticas, ela não pode ser removida por diálise nos
pacientes com insuficiência renal.

A meia vida de eliminação não se altera em pacientes com lesão
renal.

Estudos farmacocinéticos em pacientes com lesão hepática
mostraram um aumento de cerca de 100% na biodisponibilidade.

A meia vida de eliminação não é alterada nestes pacientes.

Bramicar, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.