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Anesevo

Como o Anesevo funciona?


O medicamento Anesevo é um anestésico geral inalatório, de
uso hospitalar, cuja administração tem sido associada à indução
anestésica com perda de consciência rápida e suave, bem como a
rápida recuperação após descontinuação da anestesia. Para indução
anestésica, o tempo estimado de início da ação do medicamento
geralmente é de menos de 2 minutos, tanto em adultos quanto em
crianças.

Contraindicação do Anesevo

Anesevo não deve ser utilizado por pacientes com suscetibilidade
genética suspeita ou conhecida à hipertermia maligna (um aumento
anormal da temperatura corporal). Anesevo não deve ser
utilizado em pacientes com sensibilidade conhecida ou suspeita ao
sevoflurano ou a outro agente anestésico inalatório halogenado [por
exemplo, histórico de hepatotoxicidade (dano ao fígado causado por
toxinas), incluindo geralmente aumento das enzimas hepáticas
(enzimas do fígado), febre, leucocitose (aumento transitório no
número de glóbulos brancos no sangue) e/ou eosinofilia temporária
(aumento anormal no número de eosinófilos no sangue) relacionada à
anestesia com um desses agentes].

Como usar o Anesevo

Como outros anestésicos gerais potentes, Anesevo é de uso
restrito a hospitais, e somente deverá ser empregado por
anestesiologista qualificado. Desta forma, a posologia adequada
será especificada pelo médico responsável de acordo com a
necessidade individual do paciente.

Posologia do Anesevo


Pré-medicação

Deve ser selecionada de acordo com a necessidade individual do
paciente e decisão médica do anestesiologista.

Anestesia cirúrgica

A concentração de sevoflurano liberada pelo vaporizador durante
a anestesia deve ser conhecida. Isto pode ser controlado através do
uso de vaporizadores calibrados especificamente para
sevoflurano.

Indução

A dosagem deve ser individualizada e titulada para o efeito
desejado de acordo com a idade e quadro clínico do paciente. Um
barbitúrico de ação curta ou outro agente indutor intravenoso pode
ser administrado, seguindo-se a inalação de sevoflurano. A indução
com sevoflurano deve ser realizada em oxigênio, ou em uma mistura
de oxigênio/óxido nitroso. Para indução anestésica, as
concentrações inspiradas de até 8% de sevoflurano geralmente
produzem anestesia cirúrgica em menos de 2 minutos, tanto em
adultos quanto em crianças.

Manutenção

Níveis cirúrgicos de anestesia podem ser sustentados com
concentrações de 0,5 a 3% de sevoflurano, com ou sem uso combinado
de óxido nitroso (ver 4. O que devo saber antes de usar este
medicamento? – Interações).

Despertar

Após anestesia com sevoflurano, o tempo do despertar anestésico
é geralmente curto; portanto, os pacientes podem necessitar mais
precocemente de analgésicos no pós-operatório.

Idosos

A CAM (concentração alveolar mínima) diminui com o aumento da
idade. A concentração média de sevoflurano para atingir a CAM em
pacientes de 80 anos é de aproximadamente 50% daquela requerida
para um paciente de 20 anos de idade.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Anesevo?


Anesevo é um medicamento de uso restrito hospitalar, que deve
ser usado sob a orientação e supervisão de um médico. A
administração deste medicamento deve ser feita somente por
anestesiologista qualificado.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Anesevo

Anesevo pode causar depressão respiratória que pode ser agravada
por pré-medicação narcótica ou outros agentes que causam depressão
respiratória. A respiração deve ser supervisionada e, se
necessário, assistida.

Anesevo somente deve ser administrado por médicos treinados
na administração de anestesia geral.

Hipotensão (pressão baixa) e depressão respiratória (dificuldade
de respirar espontaneamente) aumentam na medida em que a anestesia
é aprofundada. Como anestésicos voláteis diferem em suas
propriedades físicas, apenas vaporizadores especificamente
calibrados para sevoflurano devem ser utilizados. A administração
de anestésicos gerais deve ser individualizada de acordo com a
resposta do paciente. Foram relatados casos isolados de
prolongamento do intervalo QT (alteração no exame de
eletrocardiograma), muito raramente associados à torsade de
pointes
(tipo de arritmia cardíaca) (em casos excepcionais,
fatal).

Deve-se exercer cautela quando sevoflurano for administrado em
pacientes suscetíveis. Também foram relatados casos isolados de
arritmia ventricular (tipo de arritmia cardíaca) em pacientes
pediátricos com

Doença de Pompe (doença enzimática que pode levar a lesões
musculares). Anestésicos gerais, incluindo o sevoflurano, devem ser
administrados com cautela em pacientes com desordem mitocondrial
(desordens que acometem uma estrutura celular específica, a
mitocôndria).

Gerais

Durante a manutenção anestésica, o aumento de concentração de
sevoflurano produz diminuição na pressão sanguínea. Como com todos
os anestésicos, a manutenção da estabilidade hemodinâmica é
importante para evitar isquemia (insuficiência absoluta ou relativa
de aporte sanguíneo) miocárdica em pacientes com doença
arterial coronariana. A recuperação da anestesia geral deve
ser avaliada com cuidado, antes que os pacientes estejam
dispensados da unidade de cuidado pós-anestésica. Pequenas
alterações no humor podem persistir por diversos dias após a
administração do anestésico.

Hepáticas (do fígado)

Casos muito raros de disfunção hepática leve, moderada e severa
no pós-operatório ou hepatite com ou sem icterícia (coloração
amarelada da pele e olhos) têm sido relatados a partir de
experiências póscomercialização.

Deve ser realizada uma avaliação do médico quando sevoflurano
for administrado em pacientes com uma alteração hepática conhecida
ou sob tratamento com medicamentos conhecidos por causar disfunção
hepática. Há relatos de que a exposição prévia a anestésicos com
hidrocarbonetos halogenados pode aumentar o potencial de lesão
hepática, especialmente se esta ocorrer em um intervalo inferior a
3 meses.

Hipertermia maligna

Assim como com outros agentes inalatórios, a anestesia com
sevoflurano pode levar a uma síndrome clínica conhecida como
hipertermia maligna (aumento anormal da temperatura corporal).

Esta síndrome é caracterizada por hipercapnia (elevação do gás
carbônico no sangue arterial) e pode incluir sinais como rigidez
muscular, taquicardia (batimento cardíaco acelerado), taquipneia
(respiração excessivamente acelerada), cianose (coloração azulada
da pele), arritmias (alterações no batimento cardíaco) e/ou
instabilidade da pressão sanguínea. O tratamento consiste na
descontinuação dos agentes causadores (como sevoflurano),
administração de dantrolene sódico intravenoso (as informações de
prescrição do dantrolene sódico intravenoso devem ser consultadas
pelo médico para informações adicionais sobre o manejo dos
pacientes) e aplicação de medidas de suporte. Tal terapia inclui
esforço vigoroso para restaurar a temperatura corpórea a valores
normais, suportes respiratório e circulatório como indicado e
manejo dos distúrbios ácido-básicos, de fluidos e eletrólitos.

Hipercalemia perioperatória (concentração elevada de
potássio)

O uso de agentes anestésicos inalatórios foi associado a raros
aumentos nos níveis de potássio sérico que resultaram em arritmias
cardíacas e morte de pacientes pediátricos durante o período
pós-operatório. Pacientes com doenças neuromusculares latentes ou
manifestas, particularmente com distrofia muscular de Duchenne
(tipo de doença neuromuscular hereditária), parecem ser mais
vulneráveis. O uso combinado de succinilcolina foi associado à
maioria destes casos, mas não a todos. Estes pacientes também
mostraram elevações significantes dos níveis de creatinoquinase
(uma enzima de degradação muscular) e, em alguns casos, alterações
na urina consistentes com mioglobinúria (presença da substância
mioglobina na urina). Apesar da similaridade deste quadro à
hipertermia maligna, nenhum destes pacientes exibiu sinais ou
sintomas de rigidez muscular ou estado hipermetabólico (estado de
aumento importante do metabolismo corporal).

Intervenção precoce e agressiva para o tratamento da
hipercalemia (nível de potássio sanguíneo elevado) e arritmias
resistentes é recomendável, assim como subsequente avaliação de
doenças neuromusculares latentes.

Substituição dos absorventes de CO2
dessecados

Casos raros de calor extremo, fumaça e/ou fogo espontâneo no
aparelho de anestesia foram relatados durante o uso de Anesevo em
conjunto com o uso de absorventes de CO2 dessecados,
especificamente aqueles que contém hidróxido de potássio. Um
aumento tardio incomum ou um declínio inesperado da concentração
estabelecida no vaporizador pode estar associado ao excessivo
aquecimento dos absorventes de CO2. Quando um médico suspeita que
esses absorventes possam estar dessecados, eles devem ser
substituídos antes da administração do Anesevo. O indicador de cor
desses absorventes não necessariamente muda como resultado da
desidratação ou ressecamento. Consequentemente, a falta da mudança
significativa de cor não deve ser entendida como adequado estado de
hidratação. Os absorventes de CO2 devem ser substituídos
rotineiramente, independente da coloração do indicador.

Anestesia neurocirúrgica

Em pacientes com risco de aumento da pressão intracraniana,
sevoflurano deve ser administrado cautelosamente, em conjunto com
manobras para reduzir a pressão intracraniana, como a
hiperventilação.

Disfunção renal

A segurança do uso de sevoflurano neste grupo de pacientes ainda
não pode ser completamente estabelecida. Portanto, o sevoflurano
deve ser utilizado com cautela em pacientes com insuficiência
renal.

Convulsões

Raros casos de convulsão associados ao uso de sevoflurano foram
relatados.

Interações medicamentosas

Agentes beta-simpatomiméticos (agentes que imitam os efeitos do
hormônio noradrenalina) como isoprenalina e agentes alfa- e
beta-simpatomiméticos (agentes que imitam os efeitos dos hormônios
adrenalina e noradrenalina) como adrenalina e noradrelina devem ser
usados com precaução durante a narcose com Anesevo, devido ao risco
potencial de arritmia ventricular.

Inibidores não seletivos de monoaminoxidase
(MAO):

Risco de crises durante operação. Geralmente, é recomendado que
o tratamento seja suspenso 2 semanas anteriormente à cirurgia. O
sevoflurano pode levar a uma marcada hipotensão (queda da pressão
arterial) em pacientes tratados com antagonistas de cálcio, em
particular derivados da di-hidropiridina. Precaução deve ser
exercida quando antagonistas de cálcio são utilizados
concomitantemente com anestésicos inalantes devido ao risco de
efeito inotrópico negativo aditivo (redução da força de contração
do coração). O uso concomitante de succinilcolina com agentes
anestésicos inalantes tem sido associado com raros aumentos dos
níveis do potássio sérico que resultaram em arritmias cardíacas
(distúrbios de pulsação do coração) e morte em pacientes
pediátricos durante o período pós-operatório.

Medicamentos com importante potencial de interação
observado:

Benzodiazepínicos e opioides:

Como ocorre com os demais anestésicos inalatórios, é esperado
que benzodiazepínicos e opioides diminuam a CAM (Concentração
Alveolar Mínima – medida de potência de um agente anestésico
inalatório) do sevoflurano. A administração de sevoflurano é
compatível com os benzodiazepínicos e opioides comumente utilizados
na prática cirúrgica.

Bloqueadores neuromusculares:

Em alguns casos há a necessidade de ajustes de dose para
miorrelaxantes, quando administrados com sevoflurano.

Indutores da CYP2E1 (enzima do fígado que transforma o
medicamento):

Produtos medicinais e compostos que aumentam a atividade da
CYP2E1 do citocromo P450 (grupo de enzimas do fígado), como a
isoniazida e o álcool, podem aumentar o metabolismo do sevoflurano
e levar a aumentos significantes nas concentrações de fluoreto no
sangue.

Óxido nitroso:

Do mesmo modo como ocorre com os demais anestésicos voláteis
halogenados, a concentração alveolar mínima do sevoflurano diminui
quando administrada em combinação com óxido nitroso.

Medicamentos sem potencial de interação clinicamente
importante ou sem interação observada:

Anesevo mostrou-se seguro e efetivo quando administrado
juntamente a uma grande variedade de medicamentos, geralmente
encontrados no ambiente cirúrgico, tais como:

Agentes do sistema nervoso central, fármacos autonômicos,
miorrelaxantes, anti-infecciosos (incluindo aminoglicosídeos),
hormônios e substitutos sintéticos, hemoderivados e fármacos
cardiovasculares (incluindo epinefrina).

Barbitúricos:

A administração de sevoflurano é compatível com os barbitúricos
comumente utilizados na prática cirúrgica.

Interações medicamento-exame laboratorial:

O uso de sevoflurano pode provocar alterações nos testes de
glicose sanguínea e de contagem de leucócitos (glóbulos brancos).
Casos ocasionais de alterações transitórias em teste de função
hepática (do fígado) foram relatados com o uso de sevoflurano e
agentes de referência. Aumentos transitórios nos níveis de fluoreto
inorgânico sérico podem ocorrer durante e após a anestesia com
sevoflurano.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Anesevo

Assim como todos os anestésicos inalatórios potentes,
sevoflurano pode causar depressão cardiorrespiratória (redução dos
batimentos cardíacos e dificuldade de respiração espontânea).
Muitos eventos adversos são leves ou moderados na intensidade e
transitórios na duração. Náuseas, vômitos e delírios têm sido
observados no período pós-operatório, consequências comuns da
cirurgia e da anestesia geral, que podem ser devidas ao anestésico
inalatório ou outro agente administrado no período intra ou
pós-operatório, ou devidas à resposta do paciente ao procedimento
cirúrgico.

Todos os eventos considerados como provavelmente relacionados à
administração de sevoflurano.

As seguintes definições de frequências foram
adotadas

  • Muito comum (ocorre em 10% dos pacientes que utilizam este
    medicamento);
  • Comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este
    medicamento);
  • Incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este
    medicamento);
  • Rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este
    medicamento);
  • Muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam
    este medicamento), incluindo relatos isolados.

O tipo, severidade e frequência das reações adversas em
pacientes usando sevoflurano foram comparáveis àquelas observadas
em pacientes que usaram drogas de referência.

Reação muito comum (ocorre em 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento):

Agitação, bradicardia (batimento cardíaco lento), hipotensão
(pressão arterial baixa), tosse, náusea, vômito.

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento):

Sonolência, tontura, cefaleia (dor de cabeça), taquicardia
(batimento cardíaco acelerado), hipertensão (pressão arterial
alta), alterações respiratórias, laringoespasmos (contração da
musculatura da laringe), hipersecreção salivar, calafrios e pirexia
(febre), glicose sanguínea anormal, teste anormal de função
hepática (do fígado), contagem de leucócitos (células de defesa do
sangue) anormal, aumento nos níveis de fluoreto e hipotermia
(temperatura do corpo mais baixa que o normal).

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
utilizam este medicamento):

Bloqueio atrioventricular completo (bloqueio na condução do
impulso dos átrios para os ventrículos do coração).

Frequência desconhecida:

Prolongamento do intervalo QT associado com torsade (forma
maligna de ritmo ventricular anormalmente rápido).

Eventos adversos da experiência
pós-comercialização:

Eventos adversos foram espontaneamente relatados durante o
período de comercialização do sevoflurano. Estes eventos foram
relatados por uma população com taxa de exposição desconhecida.
Portanto, não é possível estimar a verdadeira incidência dos
eventos adversos ou estabelecer uma relação de exposição ao
sevoflurano.

Todos os eventos adversos relatados estão descritos a
seguir:

Reação anafilática (reação alérgica grave), reação anafilactoide
(síndrome de choque aparentemente semelhante à anafilaxia, mas que
não é imunologicamente mediada), hipersensibilidade, convulsão,
distonia (contrações musculares), parada cardíaca, com relatos
muito raros de casos de parada cardíaca no ajuste do uso de
sevoflurano, broncoespasmo (contração da musculatura dos
brônquios), dispneia (falta de ar), respiração com dificuldade,
hepatite (inflamação do fígado), falência hepática (perda da função
do fígado), necrose hepática (lesão irreversível do fígado ou parte
dele), rash (erupções na pele), urticária (alergia de
pele), prurido (coceira), dermatite de contato (reação alérgica na
pele caracterizada por vermelhidão, inchaço leve e descamação na
região afetada), edema (inchaço) na face, hipertermia maligna
(aumento anormal da temperatura corporal), desconforto torácico (no
tórax).

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Anesevo

Uso em idosos

Ficou demonstrado que sevoflurano é um agente efetivo e seguro
para indução e manutenção anestésicas. A dosagem deve ser
individualizada para o efeito desejado de acordo com a idade e
quadro clínico do paciente.

Uso pediátrico

Ficou demonstrado que sevoflurano é um agente efetivo e seguro
para indução e manutenção anestésicas. A dosagem deve ser
individualizada e titulada para o efeito desejado de acordo com a
idade e quadro clínico do paciente. A utilização de sevoflurano foi
associada com convulsões. Muitas dessas ocorreram em crianças e
adultos jovens a partir de 2 meses de idade, a maioria dos quais
não possuíam fatores de risco predisponentes. O julgamento
médico deve ser exercido na decisão de utilizar Anesevo em
pacientes sob risco de convulsões.

Gravidez

Não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres
grávidas e, portanto, sevoflurano deve ser usado durante a gravidez
apenas se absolutamente necessário. A segurança do sevoflurano foi
demonstrada em estudo clínico, tanto para as mães quanto para os
conceptos, quando utilizado para anestesia de parto tipo cesárea; a
segurança para uso durante o trabalho de parto e parto normal não
foi demonstrada. Sevoflurano, assim como outros agentes
inalatórios, possui efeito relaxante no útero com risco potencial
para sangramento uterino. O julgamento médico deve ser exercido na
decisão de utilizar Anesevo durante a anestesia obstétrica.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista

.

Lactação

Não se sabe se o sevoflurano ou seus metabólitos são excretados
no leite humano. Devido à falta de experiência documentada,
mulheres lactantes devem ser orientadas a não amamentarem por 48
horas após a administração de sevoflurano e descartar o leite
produzido neste período.

Efeitos na capacidade de dirigir e operar
máquinas

Os pacientes devem ser advertidos de que o desempenho em
atividades que requeiram atenção constante, tais como conduzir
veículos motorizados ou operar maquinário pesado, pode ser
prejudicado por algum tempo após a anestesia geral.

Composição do Anesevo

Apresentação

Solução para inalação.

Frascos de vidro âmbar contendo:

100 mL ou 250 mL.

Composição

Cada mL contém:

Sevoflurano 1 mL.

(Não contêm excipientes, sevoflurano 100%).

Superdosagem do Anesevo

Em caso de superdosagem, ou o que possa parecer estar
relacionado com uma superdosagem, a seguinte conduta deve ser
tomada pelo seu médico: descontinuar a administração do fármaco,
estabelecer a patência das vias aéreas, iniciar ventilação
controlada ou assistida com oxigênio e manter a função
cardiovascular em níveis adequados.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Anesevo

Agentes beta-simpatomiméticos como isoprenalina e agentes alfa-
e beta-simpatomiméticos como adrenalina e noradrenalina devem ser
usados com precaução durante a narcose com Sevoflurano (substância
ativa), devido ao risco potencial de arritmia ventricular.

Inibidores não seletivos de monoaminoxidase
(MAO)

Risco de crises durante operação. Geralmente, é recomendado que
o tratamento seja suspenso 2 semanas anteriormente à cirurgia.

O Sevoflurano (substância ativa) pode levar a uma marcada
hipotensão em pacientes tratados com antagonistas de cálcio, em
particular derivados da di-hidropiridina. Precaução deve ser
exercida quando antagonistas de cálcio, precaução deve ser exercida
quando antagonistas de cálcio são utilizados concomitantemente com
anestésicos inalatórios devido ao risco de efeito inotrópico
negativo aditivo. O uso concomitante de succinilcolina com agentes
anestésicos inalantes tem sido associado com raros aumentos dos
níveis do potássio sérico que resultaram em arritmias cardíacas e
morte em pacientes pediátricos durante o período
pós-operatório.

Medicamentos com importante potencial de interação
observado

Benzodiazepínicos e opioides

Do mesmo modo como ocorre com os demais anestésicos inalatórios,
espera-se que os benzodiazepínicos e opioides diminuam a CAM do
Sevoflurano (substância ativa). A administração de Sevoflurano
(substância ativa) é compatível com os benzodiazepínicos e opioides
comumente utilizados na prática cirúrgica.

Bloqueadores neuromusculares

Assim como outros agentes anestésicos inalatórios, Sevoflurano
(substância ativa) afeta tanto a intensidade quanto a duração do
bloqueio neuromuscular produzido por relaxantes musculares não
despolarizantes. Quando utilizado como suplemento para anestesia
feita com alfentanila/N2O, o Sevoflurano (substância ativa)
potencializa o bloqueio neuromuscular induzido com pancurônio,
vecurônio e atracúrio.

Os ajustes de dose para estes miorrelaxantes, quando
administrados com Sevoflurano (substância ativa), são similares
àqueles requeridos com isoflurano. O efeito do Sevoflurano
(substância ativa) na succinilcolina e a duração da despolarização
do bloqueio neuromuscular não foram avaliados. A redução de dose
dos bloqueadores neuromusculares durante a indução anestésica pode
resultar em retardo para se atingir condições adequadas para a
intubação endotraqueal ou relaxamento muscular inadequado, porque a
potencialização dos bloqueadores neuromusculares é observada poucos
minutos após o início da administração de Sevoflurano (substância
ativa). Dentre os agentes não despolarizantes, as interações com
vecurônio, pancurônio e atracúrio foram estudadas.

Na ausência de orientações específicas

  • Para intubação endotraqueal, não reduza a dose dos relaxantes
    musculares não despolarizantes;
  • Durante a manutenção da anestesia, é desejável reduzir a dose
    dos relaxantes musculares não despolarizantes, de modo análogo ao
    feito durante anestesia com N2O/opioides.

A administração de doses suplementares de relaxantes musculares
deve ser orientada pela resposta à estimulação nervosa.

Indutores da CYP2E1

Produtos medicinais e compostos que aumentam a atividade da
isoenzima CYP2E1 do citocromo P450, como a isoniazida e o álcool,
podem aumentar o metabolismo do Sevoflurano (substância ativa) e
levar a aumentos significantes nas concentrações de fluoreto no
plasma.

Óxido nitroso

Do mesmo modo como ocorre com os demais anestésicos voláteis
halogenados, a CAM do Sevoflurano (substância ativa) diminui quando
administrado em combinação com óxido nitroso. A CAM equivalente
está reduzida em aproximadamente 50 % nos adultos e 25% nos
pacientes pediátricos.

Medicamentos sem potencial de interação clinicamente
importante ou sem interação observada

O Sevoflurano (substância ativa) mostrou-se seguro e
efetivo quando administrado concomitantemente a uma grande
variedade de fármacos, geralmente encontrados no ambiente
cirúrgico, tais como

Agentes do sistema nervoso central, fármacos autônomos,
miorrelaxantes, anti-infecciosos (incluindo aminoglicosídeos),
hormônios e substitutos sintéticos, hemoderivados e fármacos
cardiovasculares (incluindo epinefrina).

Barbitúricos

A administração de Sevoflurano (substância ativa) é
compatível com os barbitúricos comumente utilizados na prática
cirúrgica.

Interações medicamento-exame laboratorial

O uso de Sevoflurano (substância ativa) pode provocar alterações
nos testes de glicose sanguínea e de contagem de leucócitos. Casos
ocasionais de alterações transitórias em teste de função hepática
foram relatados com o uso de Sevoflurano (substância ativa) e
agentes de referência. Aumentos transitórios nos níveis de fluoreto
inorgânico sérico podem ocorrer durante e após a anestesia com
Sevoflurano (substância ativa). O pico das concentrações de
fluoreto inorgânico geralmente ocorre dentro de 2 horas do término
da anestesia com Sevoflurano (substância ativa) e retornam ao nível
pré-operatório em 48 horas. Em ensaios clínicos, concentrações
elevadas de fluoreto não foram associadas à disfunção renal.

Ação da Substância Anesevo

Resultados de eficácia

Numerosos estudos clínicos foram conduzidos com Sevoflurano
(substância ativa) usado como anestésico para pacientes adultos e
pediátricos. Os resultados demonstraram que o Sevoflurano
(substância ativa) proporciona uma indução rápida e suave, bem como
uma recuperação rápida da anestesia. Quando comparado com os
anestésicos padrões, o Sevoflurano (substância ativa) foi associado
a tempos mais rápidos para indução e também para eventos do
despertar anestésico, como resposta à ordens e orientação.

Estudos de eficácia

Manutenção da anestesia em procedimentos de média
duração

Neste estudo clínico, a eficácia de Sevoflurano (substância
ativa) foi comprovada durante a manutenção da anestesia em
pacientes adultos ASA classes I, II, e III. Este estudo de
fase III, aberto, randomizado, multicêntrico foi realizado em 12
unidades cirúrgicas. A população estudada incluiu 555 pacientes
adultos, submetidos a procedimentos cirúrgicos de duração
intermediária (pelo menos 1 hora), dividido em dois grupos. No
grupo 1 (n=272), os pacientes foram submetidos a manutenção da
anestesia com Sevoflurano (substância ativa) e no grupo 2 (n=283),
de controle, o anestésico isoflurano foi usado para manutenção do
procedimento anestésico. Despertar, a resposta aos comandos,
orientação e a primeira solicitação de analgesia pós-operatória
foram todos maisrápidos após descontinuação do anestésico no grupo
que utilizou Sevoflurano (substância ativa). (Tabela 1)

Tabela 1

Concluiu-se pelo estudo que a eficácia dos agentes anestésicos
avaliados foi comparável, sendo que Sevoflurano (substância ativa)
associou-se a uma recuperação anestésica mais rápida.

Manutenção da anestesia em procedimentos
ambulatoriais

Neste segundo estudo, comparou-se a eficácia de Sevoflurano
(substância ativa) versus isoflurano em procedimentos
cirúrgicos ambulatoriais. Este foi um estudo de fase III,
multicêntrico, randomizado, onde 500 pacientes submetidos à
procedimentos cirúrgicos ambulatoriais receberam os agentes
anestésicos Sevoflurano (substância ativa) (grupo 1, n=247) ou
isoflurano (grupo 2, n=253). Foram comparados os seguintes
parâmetros entre os grupos: tempo médio de despertar, resposta a
comandos e orientação têmporo-espacial. Para todos os parâmetros
avaliados, Sevoflurano (substância ativa) demonstrou respostas
significativamente mais rápidas comparando-se ao isoflurano.
(Tabela 2)

Tabela 2

 

Sevoflurano (substância ativa)

Isoflurano

Despertar (minutos)8.29.3
Resposta aos comandos (minutos)8.59.8
Orientação (minutos)10.613.0

Na avaliação dos resultados de eletreoencefalografia,
demonstrou-se que o grupo Sevoflurano (substância ativa) apresentou
uma redução mais rápida das ondas delta e rápido aumento da
atividade alfa em relação ao grupo isoflurano, indicando um
despertar mais rápido no grupo do Sevoflurano (substância
ativa).

Indução e manutenção da anestesia geral

Neste estudo, foram comparados procedimentos de anestesia geral
realizados com Sevoflurano (substância ativa) versus
propofol, tanto para indução quanto a manutenção da anestesia.
Pacientes (n=50) com ASA classes I e II e com idades variando de 17
a 70 anos foram incluídos neste estudo randomizado, controlado, que
comparou a facilidade de indução e o tempo necessário para o
despertar da anestesia. Concluiu-se que os parâmetros avaliados
foram semelhantes em ambos os grupos estudados. (Tabela 3)

Tabela 3

O Sevoflurano (substância ativa) permitiu uma rápida indução
inalatória e despertar da anestesia geral.

Indução e manutenção da anestesia geral na população
pediátrica

Neste estudo, foram comparados os dados de eficácia no
despertar e recuperação anestésica com o uso de diferentes
anestésicos inalatórios

Sevoflurano (substância ativa), desflurano e halotano.
Foram incluídas 80 crianças submetidas à adenoidectomia e
miringotomia bilateral com inserção de tubos de ventilação,
randomizados para um dos 4 grupos:

  • Grupo 1 (n= 20) – indução e manutenção com Sevoflurano
    (substância ativa);
  • Grupo 2 (n= 20) indução com halotano e manutenção com
    Sevoflurano (substância ativa);
  • Grupo 3 (n= 20) indução e manutenção com halotano;
  • Grupo 4 (n= 20) – indução com halotano e manutenção com
    desflurano.

Um observador independente, cego para esquema anestésico avaliou
cada paciente nas fases de emergência e recuperação. Os resultados
dos parâmetros avaliados estão na (Tabela 4)

Tabela 4

O despertar e a recuperação da anestesia foram
significativamente mais rápidos com o uso do desflurano (grupo 4)
comparado com os outros grupos, porém houve maior incidência de
agitação e excitação neste grupo (55%) em relação aos grupos que
receberam Sevoflurano (substância ativa) (10%) e halotano (25%), e
não houve diferenças entre os grupos para critério de alta
hospitalar.

Outros estudos

Anestesia em adultos

Indução

Em estudos com adultos nos quais foi realizada indução por
máscara, foi demonstrado que Sevoflurano (substância ativa) promove
indução anestésica rápida e suave.

Manutenção

Em 28 estudos que envolveram 3591 pacientes adultos (2022 com
Sevoflurano (substância ativa), 1196 com isoflurano, 111 com
enflurano, 262 com propofol), ficou demonstrado que Sevoflurano
(substância ativa) é um agente efetivo para manutenção anestésica.
Do mesmo modo, evidenciou-se que Sevoflurano (substância ativa)é um
agente anestésico apropriado para uso em neurocirurgia, cirurgia
tipo cesariana, para pacientes submetidos a revascularização
cardíaca e para os pacientes não cardiopatas com risco de isquemia
do miocárdio.

Anestesia pediátrica

Em 5 estudos que envolveram 1498 pacientes (837 com Sevoflurano
(substância ativa), 661 com halotano), ficou demonstrado que
Sevoflurano (substância ativa) é um agente efetivo para indução e
manutenção anestésicas.

Indução

A indução anestésica por máscara teve um tempo de indução
mais curto e incidência de tosse menor do que halotano, de modo
estatisticamente significativo.

Segurança

Estudos clínicos foram conduzidos em uma grande variedade de
pacientes (adultos, crianças, idosos, nefropatas, hepatopatas,
obesos, pacientes submetidos à revascularização cardíaca, pacientes
tratados com aminoglicosídeos ou indutores metabólicos, pacientes
expostos a repetidas cirurgias, pacientes submetidos a cirurgias
com mais de 6 horas de duração). Os resultados dos parâmetros
laboratoriais (por exemplo, AST, ALT, fosfatase alcalina,
bilirrubina total, creatinina sérica e ureia), bem como a
incidência de eventos adversos relatados pelos investigadores em
relação às funções renais e hepáticas, demonstraram que Sevoflurano
(substância ativa) não teve efeito clínico significativo sobre as
funções renais e hepáticas, nem exacerbou disfunções hepática ou
renal previamente existentes nas populações avaliadas.

Não houve diferença estatisticamente significante entre
Sevoflurano (substância ativa) e as drogas de referência
(isoflurano, halotano, enflurano e propofol) na proporção de
pacientes que tiveram alterações nos parâmetros bioquímicos. O
impacto na função renal foi comparável entre Sevoflurano
(substância ativa) e as drogas de referência, entre tipos de
circuitos de anestesia, entre taxas de fluxo, e entre pacientes com
ou sem as concentrações de fluoreto inorgânico maiores ou iguais a
50µm. A incidência de disfunção renal foi menor do que 1% tanto
para Sevoflurano (substância ativa) (0,17%) quanto para drogas de
referência (isoflurano, halotano, enflurano, propofol) (0,22%). Em
todos os casos existiu uma causa alternativa ou explicação razoável
para o aparecimento da disfunção renal.

Disfunção hepática

Durante a fase de desenvolvimento clínico, o Sevoflurano
(substância ativa) foi efetivo e bem tolerado como agente
anestésico primário para a manutenção anestésica em pacientes com
insuficiência hepática classe Child-Pugh A e B, e não
exacerbou doença hepática pré- existente. Para reações adversas
hepáticas verificadas na fase pós-comercialização, verificar
seções.

Disfunção renal

Em indivíduos portadores de nefropatia, com creatinina sérica
basal maior ou igual a 1,5 mg/dL (130 micromole/L), o Sevoflurano
(substância ativa) demonstrou não causar piora na função renal.
Baseado na incidência e magnitude das alterações na concentração
sérica de creatinina, Sevoflurano (substância ativa) não piora a
função renal.

Características farmacológicas

Descrição

Sevoflurano (substância ativa) é um agente anestésico líquido
fluorado, não inflamável, para uso em anestesia geral inalatória,
por meio de vaporização. É um derivado do éter metil isopropílico.
Sevoflurano (substância ativa) é quimicamente identificado como
éter fluorometil 1- (trifluorometil) 2,2,2-triofluoro etílico,
possui um peso molecular de 200,05 e apresenta as seguintes
propriedades físico-químicas.

Propriedades físico-químicas

Ponto de ebulição a 760 mmHg58,6°C
Gravidade específica a 20°C1,520 – 1,525

Pressão de vapor (calculada), em
mmHg**

A 20°C157
A 25°C197
A 36°C317

Coeficientes de partição a 37°C

Água: gás0,36
Cérebro: gás1,15
Óleo de oliva: gás47,2 -53,9

Coeficientes médios de partição componentes/gás a 25°C,
para polímeros geralmente usados em equipamentos
médicos

Borracha condutiva14,0
Borracha butil7,7
Cloreto Polivinílico17,4
Polietileno1,3

**Equação para cálculo da pressão de vapor (mmHg):
Log10Pvap = A + B/T.
Onde: A = 8,086; B = -1726,68; T = °C + 273,16°K (Kelvin).

Degradação do Sevoflurano (substância
ativa)

O Sevoflurano (substância ativa) é estável quando armazenado sob
condições normais de luminosidade ambiente. Não ocorre degradação
identificável na presença de ácidos fortes ou calor. O Sevoflurano
(substância ativa) não possui efeito corrosivo sobre aço
inoxidável, bronze, alumínio, bronze níquel-chapeado, bronze
cromo-chapeado ou à liga de cobre e berílio. Os anestésicos
inalatórios podem sofrer degradação sob exposição a absorvente de
CO2, dentro da máquina de anestesia. Quando usado como
orientado com absorventes frescos, a degradação do Sevoflurano
(substância ativa) é mínina e dos degradantes indetectáveis ou não
tóxicos. A degradação do Sevoflurano (substância ativa) e a
formação do produto subsequente é realçada por aumento da
temperatura do absorvente, absorvente de CO2 dessecado
(especialmente que contém hidróxido de potássio), concentração
aumentada de Sevoflurano (substância ativa) e baixo fluxo de gás
fresco. O Sevoflurano (substância ativa) pode sofrer degradação
alcalina por duas vias. A primeira resulta da perda de fluoreto de
hidrogênio com a formação de fluorometil pentafluoroisopropenil
éter (PIFE, também conhecido como composto A). A segunda via para a
degradação do Sevoflurano (substância ativa) ocorre somente na
presença de absorventes dessecados de CO2 e conduz à
dissociação do Sevoflurano (substância ativa) em
hexafluoroisopropanol (HFIP) e formaldeído. O HFIP é inativo, não é
genotóxico, é rapidamente glucuronidado e depurado, e tem
toxicidade comparável ao Sevoflurano (substância ativa).

O formaldeído está presente durante o processo metabólico
normal. Uma vez exposto a um absorvente de
COaltamente dessecado, o formaldeído pode ainda
ser degradado em metanol e formato. Na presença de altas
temperaturas, o metabólito formato pode contribuir para a formação
do monóxido de carbono. O metanol pode reagir com o Composto A,
formando o Composto B por metóxi-adição. O Composto B pode sofrer
posteriormente eliminação HF, formando os Compostos C, D e E. Com
absorventes altamente dessecados, especialmente aqueles que contêm
hidróxido de potássio, pode ocorrer a formação de formaldeído,
metanol, monóxido de carbono, Composto A e talvez de alguns de seus
produtos de degradação, os Compostos B, C e D.

Farmacodinâmica

Estudos com Sevoflurano (substância ativa) no homem e em
diversas espécies animais demonstraram que este agente não é
irritativo e tem rápido início de ação. A administração tem sido
associada à indução anestésica com perda de consciência rápida e
suave, bem como à rápida recuperação após descontinuação da
anestesia. A indução é acompanhada por um mínimo de excitação ou
sinais de irritação no trato respiratório superior; não há
evidências de secreções excessivas na árvore traqueobrônquica, bem
como ausência de estimulação do SNC. Em estudos com pacientes
pediátricos que receberam indução anestésica por máscara, a
incidência de tosse foi mais baixa com Sevoflurano (substância
ativa) do que com halotano, de modo estatisticamente significativo.
Assim como outros anestésicos inalatórios potentes, Sevoflurano
(substância ativa) deprime a função respiratória e a pressão
arterial de forma dose-potente.

Estudos em humanos e animais (cães) demonstraram que o limiar
arritmogênico para Sevoflurano (substância ativa), induzido por
epinefrina, foi comparável ao do isoflurano e maior do que
halotano. Estudos em cães demonstraram que Sevoflurano (substância
ativa) não reduz a perfusão colateral do miocárdio. Em estudos
clínicos, a incidência de isquemia miocárdica e infarto do
miocárdio, em pacientes com risco de isquemia miocárdica, foram
comparáveis entre Sevoflurano (substância ativa) e isoflurano.

Estudos em animais evidenciam que a circulação sanguínea
regional (por exemplo, circulação hepática, cerebral ou renal)
mantém-se adequada com Sevoflurano (substância ativa). Em estudos
com animais (cães e coelhos) e estudos clínicos, as mudanças da
hemodinâmica cerebral (pressão intracraniana, fluxo sanguíneo
cerebral/ velocidade do fluxo sanguíneo, taxa de metabolização
cerebral do oxigênio e pressão de perfusão cerebral) foram
comparáveis entre Sevoflurano (substância ativa) e isoflurano.
Sevoflurano (substância ativa) tem efeito mínimo na pressão
intracraniana e preserva a responsividade ao CO2. Mesmo
em exposição anestésica prolongada, até aproximadamente 9 horas,
Sevoflurano (substância ativa) não afeta a capacidade de
concentração renal.

Concentração alveolar mínima

A concentração alveolar mínima (CAM) é a concentração
alveolar na qual 50% dos indivíduos não manifestam repostas motoras
a um estímulo de incisão/doloroso. De acordo com diferentes grupos
etários, há diferentes equivalentes de CAM para Sevoflurano
(substância ativa). A CAM de Sevoflurano (substância ativa) em
oxigênio foi determinada em 2,05%, para um indivíduo adulto de 40
anos. Como observado com outros agentes anestésicos halogenados, os
valores da CAM diminuem com a idade e na presença de óxido
nitroso.

Farmacocinética

Solubilidade

A baixa solubilidade do Sevoflurano (substância ativa) no
sangue poderia sugerir que as concentrações alveolares devessem
aumentar rapidamente durante a indução, diminuindo também de forma
rápida quando da descontinuação do agente inalado. Isto foi
confirmado através de um estudo clínico, no qual as concentrações
da inspiração e do final da expiração (F1 e
FA) foram medidas. A taxa de aumento nas
concentrações alveolares durante a indução
(FA/F1) foi 0,85 e a taxa de diminuição
seguindo a descontinuação de inalação
(FA/FAO) foi de 0,15.

Distribuição

Os efeitos do Sevoflurano (substância ativa) no deslocamento de
drogas ligadas às proteínas séricas e aos tecidos não foram
investigados. Outros anestésicos voláteis fluorados têm
demonstrado, in vitro, deslocar drogas ligadas às
proteínas séricas e teciduais. O significado clínico desse fato é
desconhecido. Sobre este aspecto, estudos clínicos têm demonstrado
que não há efeitos indesejáveis quando Sevoflurano (substância
ativa) é administrado a pacientes que fazem uso de outros fármacos
que tenham forte ligação proteica e com pequeno volume de
distribuição (por exemplo, fenitoína).

Metabolismo

A eliminação pulmonar rápida do Sevoflurano (substância
ativa) minimiza o montante do anestésico disponível para
metabolização. Em humanos, menos de 5% do Sevoflurano (substância
ativa) absorvido é metabolizado via citocromo P450 2E1 em
hexafluorisopropil (HFIP), com liberação de fluoretos inorgânicos e
dióxido de carbono (ou um fragmento do carbono). Uma vez formado o
HFIP, este é rapidamente conjugado com ácido glucurônico e
eliminado como metabólito urinário. Não foram identificadas outras
vias metabólicas para o Sevoflurano (substância ativa). Sevoflurano
(substância ativa) é o único anestésico fluorado volátil que não é
metabolizado em ácido trifluoroacético.

Íon fluoreto

As concentrações de íon fluoreto são influenciadas pela duração
da anestesia, pela concentração do Sevoflurano (substância ativa)
administrado, e pela composição da mistura de gases anestésicos. A
desfluoração de Sevoflurano (substância ativa) não é induzível por
barbitúricos.

Dados de segurança Pré-Clínica

Estudos de toxicidade foram conduzidos em várias espécies
animais, sendo que a indução da anestesia foi rápida e suave, sem
resistência, sinais de respiração ofegante (“gasping”) ou
outras reações indesejáveis. Mortes por exposição a concentrações
letais foram devidas a parada respiratória. Nos animais estudados,
a exposição não foi associada a nenhuma toxicidade orgânica
específica, nem de desenvolvimento. Uma amostra de 344 ratos
Fischer foi anestesiada dentro de 2 a 3 minutos após exposição a
1,4% de Sevoflurano (substância ativa) por até 10 horas. Nenhum
prejuízo funcional ou morfológico decorreu da administração de
Sevoflurano (substância ativa). Em um estudo sobre reprodução, o
Sevoflurano (substância ativa) não causou efeitos significativos na
capacidade reprodutiva de machos ou fêmeas expostos a concentrações
de até 1,0 CAM (2,2%). Estudos posteriores indicam que o
Sevoflurano (substância ativa) não é um elemento tóxico seletivo
para a fase de desenvolvimento.

Composto A

Um estudo de toxicidade aguda em ratos Wistar indicou que a LC50
(concentração letal de 50%) do Composto A foi de 1.050 – 1.090 ppm
em animais expostos por 1 hora e 400-420 ppm em animais expostos
por 3 horas (as concentrações letais médias foram aproximadamente
1070 e 330 para 490 ppm, respectivamente). Os ratos foram expostos
a 30, 60 ou 120 ppm do Composto A em um estudo de toxicidade
crônica por 8 semanas, envolvendo 24 exposições, com duração de
exposição de 3 horas cada. Nenhuma evidência de toxicidade aparente
foi observada com esses animais, além de perda de peso corporal, em
fêmeas no último dia de estudo. Em outro estudo, o Composto A foi
administrado a ratos Sprague-Dawley por exposição
inalatória nasal em um sistema aberto (25, 50, 100 ou 200 ppm)
[0,0025 a 0,02%]; o grupo controle foi exposto ao ar ambiente. O
limiar no qual alterações reversíveis nos parâmetros clínicos e
urinários indicaram alterações renais (aumentos de ureia, glicose,
creatinina, proporção creatinina/proteína, proporção
creatinina/N-acetil-glicosamidas e dose-dependentes) foi de 114 ppm
de Composto A. As lesões histológicas foram todas reversíveis. São
esperados níveis mais elevados de Composto A (degradado do
Sevoflurano (substância ativa)), ou de
2-bromo-2-cloro-1,1-difluoroetileno (BCDFE) (degradado/metabólito
do halotano), em pequenos roedores do que em humanos, pois a
captação inalatória é substancialmente maior em ratos do que em
humanos. Além disso, a atividade de uma enzima importante
(beta-liase), envolvida na nefrotoxicidade haloalcalina, é dez
vezes maior em ratos do que em humanos.

Há relatos de aumento das concentrações do Composto A com
aumento da temperatura do absorvente de CO2, com o
aumento da concentração de Sevoflurano (substância ativa) e com a
diminuição das taxas de fluxo de gás corrente. Tem sido relatado
que a concentração do Composto A aumenta significativamente com a
desidratação prolongada da cal baritada. Sob situação clínica, as
mais altas concentrações de Composto A no circuito anestésico, com
cal sodada como absorvente de CO2, foram de 15 ppm para
pacientes pediátricos e de 32 ppm para adultos. Entretanto, as
concentrações de 61 ppm foram encontradas em pacientes sob sistemas
de cal baricada como absorvente de CO2. O nível de
Composto A no qual ocorre toxicidade para humanos não é conhecido.
Embora a exposição à Sevoflurano (substância ativa) em sistemas de
baixo fluxo seja limitada, não há evidência de disfunção renal
atribuída ao Composto A.

Composto B

Em situações clínicas, a concentração de Composto B detectada no
circuito anestésico não excedeu 1,5 ppm. Exposição inalatória ao
Composto B, sob concentração até 2.400 ppm (0,24%), por três horas,
resultou em ausência de eventos adversos nos parâmetros renais ou
na histologia tecidual em ratos Wistar.

Carcinogênese

Estudos com carcinogenicidade não foram realizados. Nenhum
efeito mutagênico foi observado, conforme estudo realizado pelo
teste de Ames. Não houve indução de aberrações cromossômicas em
culturas de células de mamíferos.

Cuidados de Armazenamento do Anesevo

Anesevo deve ser armazenado em temperatura ambiente (temperatura
entre 15 e 30ºC).

Prazo de validade

Se armazenado nas condições indicadas, este medicamento se
manterá próprio para consumo pelo prazo de validade de 24 meses, a
partir da data de fabricação.

Características físicas e organolépticas

Anesevo é um líquido claro e incolor, não inflamável e não
explosivo. Não possui odor irritativo, é pouco solúvel em água, mas
miscível com etanol, éter, clorofórmio ou benzeno de petróleo.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Antes de usar, observe o aspecto do
medicamento.

Caso ele esteja no prazo de validade e você observe
alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se
poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Anesevo

MS – 1.0063.0219.

Farmacêutico Responsável:

Rafael Nunes Princesval.
CRF-RJ nº 17295.

Fabricado por:

Instituto Biochimico Ind. Farm. Ltda.
Rodovia Presidente Dutra, Km 310 , Penedo.
Itatiaia – RJ – CEP: 27580-000.
CNPJ: 33.258.401/0004-48.

Registrado por:

Instituto Biochimico Ind. Farm. Ltda.
Rua Antônio João, n° 218, Cordovil.
Rio de Janeiro – RJ – CEP: 21250-150.
CNPJ: 33.258.401/0001-03.
Indústria Brasileira.

Uso restrito a hospitais.

Venda sob prescrição médica.

Só pode ser vendido com retenção da
receita.

Anesevo, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.