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Alzepinol

Este medicamento pode ser utilizado isoladamente (isto é,
monoterapia) ou em combinação com outros
medicamentos antiepilépticos. Normalmente, o médico vai tentar
encontrar o medicamento que funciona melhor, mas nos casos de
epilepsia mais grave, uma combinação de dois ou mais
medicamentos pode ser necessária para controlar as crises.

Como este medicamento funciona?


Alzepinol pertence ao grupo de medicamentos
denominados anticonvulsivantes ou antiepilépticos
(medicamentos para tratar a epilepsia).

Os medicamentos antiepilépticos, como a oxcarbazepina, são
tratamento padrão para a epilepsia.

A epilepsia é um distúrbio cerebral que leva as pessoas a ter
recorrentes crises (ou convulsões). As crises acontecem devido
a uma falha temporária na atividade elétrica do cérebro.

Normalmente, as células do cérebro coordenam os movimentos do
corpo através do envio de sinais através dos nervos para os
músculos de forma organizada e ordenada. Na epilepsia, as
células do cérebro enviam muitos sinais de forma desordenada.
O resultado pode ser uma atividade muscular desordenada, que é
chamada de crise epiléptica. Este medicamento atua mantendo as
células nervosas ‘super excitadas’ sob controle, suprimindo ou
reduzindo a frequência das crises.

Existem duas classes principais de crises
epilépticas

Generalizada e parcial.

As crises generalizadas envolvem uma ampla área do cérebro,
causam perda da consciência e podem afetar todo o corpo.

Existem dois principais tipos de crises
generalizadas::

Tônico-clônicas (grande mal) e crises de ausência (pequeno
mal).

As crises parciais envolvem uma área limitada do cérebro (isto
é, origem focal), mas podem se espalhar para todo o cérebro e
podem causar uma crise tônico-clônica secundariamente
generalizada.

Existem dois tipos de crises parciais:

Simples e complexa.

Nas crises parciais simples, o paciente permanece consciente,
enquanto que, nas crises parciais complexas, a consciência do
paciente é alterada.

Contraindicação do Alzepinol

Não tome Alzepinol se você é alérgico (hipersensível)
à oxcarbazepina (substância ativa deste medicamento) ou a
qualquer outro componente da formulação listado no início da
bula.

Se isto se aplica a você, informe ao seu médico antes de tomar
Alzepinol. Se você acha que pode ser alérgico, peça
orientação ao seu médico.

Como usar o Alzepinol

Siga cuidadosamente todas as instruções dadas a você pelo seu
médico e farmacêutico, mesmo que sejam diferentes das apresentadas
nesta bula.

Não exceda a dose recomendada.

Se você estiver tomando Alzepinol, não pare repentinamente de
tomá-lo sem antes verificar com seu médico. Seu médico irá
informá-lo se você pode e se deve parar de tomar este
medicamento.

Como tomar Alzepinol:

Engula os comprimidos com um pouco de água.

Quanto tomar:

Tome o seu medicamento exatamente como o seu médico ou
farmacêutico orientou.

Dose para adultos:

Alzepinol deve ser tomado duas vezes ao dia, todos os
dias, aproximadamente no mesmo horário do dia, a menos que o
médico lhe oriente de outra maneira.

Tomando Alzepinol no mesmo horário todo dia, você irá ter o
melhor efeito no controle da epilepsia. Isto também irá ajudá-lo a
lembrar-se de quando tomar o medicamento.

A dose inicial habitual de Alzepinol para adultos (incluindo
pacientes idosos) é de 600 mg por dia.

Tome um comprimido de 300 mg duas vezes ao dia. Esta dose pode
ser aumentada gradualmente, se necessário, até que os melhores
resultados sejam obtidos.

As doses de manutenção são geralmente entre 600 e 2.400 mg ao
dia.

A dose máxima pode atingir, em casos excepcionais, 4.200 mg por
dia.

A dose é a mesma se Alzepinol estiver sendo tomado junto com
outro antiepiléptico.

A dose inicial em pacientes com doença renal (com
comprometimento da função renal) é a metade da dose inicial
habitual.

Dose para crianças:

A dose para crianças será calculada pelo médico e depende do
peso da criança. A dose inicial é de 8 a 10 mg por kg de peso
corporal por dia, administrada em duas doses
divididas. Por exemplo, uma criança de 30 kg vai iniciar
o tratamento com uma dose de 150 mg duas vezes ao dia. Se
necessário, esta dose pode ser aumentada gradualmente até que
os melhores resultados sejam obtidos.

A dose de manutenção usual para uma criança é de 30 a 46 mg
por kg de peso corporal por dia. A dose máxima para uma
criança é de 60 mg por kg de peso corporal por dia.

Quando e por quanto tempo tomar Alzepinol:

O seu médico irá informar-lhe durante quanto tempo vai durar
o tratamento com Alzepinol. A duração do tratamento é
baseada no tipo de crise; pode ser necessário o tratamento
contínuo por muitos anos para controlar as crises. Não altere a
dose ou interrompa o tratamento sem conversar com o seu
médico.

Se você parar de tomar Alzepinol:

Parar o tratamento com a oxcarbazepina pode piorar suas
crises.Não pare de tomar seu medicamento a menos que o seu médico
tenha lhe orientado.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do
seu médico.

Este medicamento não deve ser partido* ou
mastigado.

*Aplicável apenas aos comprimidos revestidos de 300 mg.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar este
medicamento?


Se você esquecer apenas uma dose, tome-a assim que se
lembrar.

No entanto, se coincidir com o horário da próxima dose, não tome
a dose esquecida. Basta voltar a tomar o medicamento em
seu horário normal. Não dobrar a dose em momento algum.

Se você estiver inseguro ou tiver se esquecido de tomar
várias doses, informe ao seu médico.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Alzepinol

Siga cuidadosamente todas as orientações do seu médico.
Estas podem ser diferentes das informações gerais contidas
nesta bula.

O risco de reações cutâneas graves em pacientes de origem
chinesa Han ou tailandesa, associado ao uso de oxcarbazepina,
carbamazepina ou compostos quimicamente relacionados, pode ser
previsto através do teste de amostra de sangue desses
pacientes.

O seu médico informará se é necessário realizar este exame de
sangue antes de tomar Alzepinol.

Tome cuidado especial com a oxcarbazepina se
você:

  • Já apresentou sensibilidade incomum (rash ou qualquer sinal de
    alergia) à carbamazepina ou a outros medicamentos. Se você for
    alérgico à carbamazepina, as chances de apresentar
    reações alérgicas à oxcarbazepina são de 1 em 4 (25%);
  • Apresenta doença dos rins;
  • Apresenta doença grave do fígado;
  • Toma diuréticos (medicamentos usados para ajudar os rins a se
    livrarem do sal e água através do aumento da quantidade de
    urina produzida);
  • Apresenta doença do coração, falta de ar e/ou inchaço de pés
    ou pernas devido ao aumento de fluido corpóreo;
  • Sabe que tem um baixo nível sanguíneo de sódio;
  • Está tomando outros medicamentos;
  • É uma mulher que toma anticoncepcional hormonal, a
    oxcarbazepina pode tornar o contraceptivo ineficiente. Portanto,
    você deve usar um método não hormonal diferente ou adicional
    de contracepção (ex.: implante intrauterino) enquanto estiver
    tomando Alzepinol. Isto deverá prevenir a gravidez indesejada.
    Informe ao seu médico se apresentar sangramento vaginal
    irregular ou irregularidade menstrual. Se você tiver alguma
    dúvida sobre isso, pergunte ao seu médico ou a um profissional
    de saúde.

Se qualquer uma das situações acima se aplica a você,
informe ao seu médico antes de tomar Alzepinol.

Se você desenvolver qualquer um dos seguintes sintomas
após iniciar o tratamento com a oxcarbazepina, informe ao
seu médico imediatamente ou vá ao pronto-socorro mais
próximo:

  • Se você apresentar reações alérgicas, tais como inchaço dos
    lábios, pálpebras, face, garganta, boca ou problemas
    respiratórios repentinos, febre com inchaço dos gânglios
    (inchaço dos linfonodos), rash ou bolhas na pele;
  • Se você desenvolver reações cutâneas graves, tais como rash,
    vermelhidão na pele, formação de bolhas nos lábios, olhos
    ou boca, descamação da pele acompanhada de febre. Essas
    reações podem ser mais frequentes em pacientes de alguns
    países asiáticos (por ex.: Taiwan, Malásia e Filipinas) e em
    pacientes de descendência chinesa;
  • Se você tiver um aumento na frequência das crises. Isto é
    particularmente importante nas crianças, mas podem também
    ocorrer em adultos;
  • Se você notar sintomas sugestivos de hepatite, como
    icterícia (amarelamento da pele e olhos);
  • Se você sentir sintomas sugestivos de distúrbios
    circulatórios como cansaço, falta de ar ao se exercitar,
    palidez, dor de cabeça, calafrios, tontura, infecções
    frequentes levando à febre, dor de garganta, ulcerações na
    boca, sangramento ou formação de feridas mais facilmente que o
    normal, sangramento nasal, manchas vermelhas, roxas ou
    estranhas na pele;
  • Se, a qualquer momento, você tem pensamentos de
    se machucar ou de se matar. Um pequeno número de pessoas
    em tratamento com antiepilépticos têm tido esses pensamentos
    ou com portamentos;
  • Se você apresenta batimentos cardíacos rápidos ou
    irregularmente lentos.

Não interrompa seu tratamento com Alzepinol sem
primeiro confirmar com seu médico.

Para evitar a piora repentina das suas crises, não
interrompa seu tratamento abruptamente.

Monitoramento durante seu tratamento com
Alzepinol:

Antes e durante o seu tratamento com Alzepinol, seu médico pode
solicitar exames de sangue para determinar a dose para você.

Seu médico irá lhe informar quando realizar estes exames.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você
está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use este medicamento sem o conhecimento do seu
médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Pessoas idosas:

Alzepinol pode ser usado em pessoas com mais de 65 anos, de
acordo com instruções do médico.

Crianças e adolescentes:

Alzepinol pode ser usado em crianças com idade acima de 1
mês, de acordo com instruções do médico.

Em crianças, o médico pode recomendar a monitoração da função da
tireoide antes do tratamento e durante o tratamento
(especialmente em crianças com 2 anos ou menos).

Gravidez e amamentação:

Informe ao seu médico se estiver grávida ou planejando
engravidar.

É importante para controlar as crises epilépticas durante a
gravidez.

No entanto, pode haver um risco para o bebê se você tomar
medicamentos antiepilépticos durante a gravidez. O seu médico
irá informá-la sobre os benefícios e os riscos potenciais
envolvidos e ajudá-la a decidir se você deve tomar
Alzepinol.

Não pare o seu tratamento com Alzepinol durante a gravidez, sem
primeiro consultar o seu médico.

Informe ao seu médico ou farmacêutico antes de tomar
qualquer medicamento durante a gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

A oxcarbazepina, substância ativa deste medicamento, passa para
o leite materno. Isso pode causar reações adversas para os
bebês que estão sendo amamentados. Portanto, você não deve
usar Alzepinol durante a amamentação.

Mulheres em idade fértil:

Se você é uma mulher que toma um anticoncepcional
hormonal (como ‘pílula anticoncepcional’), a oxcarbazepina
pode tornar este contraceptivo ineficaz.

Portanto, você deve usar um método não hormonal diferente
ou adicional para a contracepção (por ex.: implantes
intrauterinos) enquanto estiver tomando Alzepinol.

Alteração na capacidade de dirigir veículos ou operar
máquinas:

É importante discutir com o seu médico se você pode
dirigir veículo ou operar máquinas uma vez que a oxcarbazepina
pode fazer você se sentir sonolento ou com tontura, ou pode
causar visão borrada, visão dupla, falta de coordenação muscular ou
uma depressão do nível de consciência, especialmente no início
do tratamento ou aumento da dose.

Reações Adversas do Alzepinol

Assim como muitos medicamentos, além dos efeitos benéficos,
a oxcarbazepina pode causar reações adversas.

Algumas reações adversas podem ser sérias:

  • Inchaço dos lábios, pálpebras, face, garganta ou boca,
    acompanhado de dificuldade de respirar, falar ou engolir (sinais
    de reação anafilática e angioedema) ou outros sinais de
    reações de hipersensibilidade como rash da pele, febre e dores
    nos músculos e nas juntas;
  • Bolhas graves na pele e/ou membranas mucosas dos lábios, olhos,
    boca, cavidades nasais ou genitais (sinais de reação
    alérgica séria);
  • Cansaço, falta de ar ao se exercitar, palidez, dor de
    cabeça, calafrios, tontura, infecções frequentes levando à
    febre, dor de garganta, ulcerações na boca, sangramento ou
    formação de feridas mais facilmente que o normal, sangramento
    nasal, manchas vermelhas, roxas ou estranhas na pele (sinais
    de redução do número de plaquetas ou redução do número de
    células sanguíneas);
  • Rash com manchas vermelhas principalmente na face que pode ser
    acompanhada por fadiga, febre, náusea, perda de apetite
    (sinais de lúpus eritematoso sistêmico);
  • Letargia, confusão, contração muscular ou agravo significante
    das convulsões (sintomas que podem estar relacionados ao baixo
    nível de sódio no sangue);
  • Sintomas de gripe com icterícia (sinais de hepatite);
  • Dores abdominais graves na parte superior do estômago,
    vômito, perda de apetite (sinais de pancreatite);
  • Ganho de peso, cansaço, perda de cabelo, fraqueza muscular,
    sensação de frio (sinais de baixa atividade da glândula
    tireoide);
  • Em crianças muito novas (entre 1 mês de idade a menos de 4

    anos):

    letargia, redução do apetite e irritabilidade, dor
    nas articulações e inchaço.

Se sentir algum destes sintomas, informe imediatamente
ao seu médico.

Reações muito comuns (ocorrem em mais de 10% dos
pacientes que utilizam este medicamento):

  • Cansaço;
  • Dor de cabeça;
  • Tontura;
  • Sonolência;
  • Náusea;
  • Vômito;
  • Visão dupla.

Se qualquer uma destas reações afetar você gravemente,
informe ao seu médico.

Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento):

  • Tremor;
  • Problemas de coordenação;
  • Movimentos involuntários dos olhos;
  • Sentimento de ansiedade e nervosismo;
  • Sentimento de depressão;
  • Mudanças de humor;
  • Fraqueza;
  • Distúrbios da memória;
  • Falta de concentração;
  • Apatia;
  • Agitação;
  • Confusão;
  • Visão borrada;
  • Constipação;
  • Diarreia;
  • Dor de estômago (abdominal);
  • Acne;
  • Perda de cabelo;
  • Distúrbios do equilíbrio.

Se qualquer uma destas reações afetar você gravemente,
informe ao seu médico.

Reações muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos
pacientes que utilizam este medicamento):

  • Batimentos cardíacos irregulares, muito rápido ou lento;
  • Pressão sanguínea alta;
  • Deficiência de vitamina B9 (ácido fólico). Alguns dos sinais
    de deficiência de vitamina B9 são: diarreia, sentimento de
    depressão e sinais de diminuição do número das células
    sanguíneas.

Outras reações adversas:

A exata frequência destas reações adversas é
desconhecida:

  • Distúrbios da fala;
  • Distúrbios ósseos incluindo osteopenia e osteoporose
    (fragilidade dos ossos) e fraturas em pacientes em tratamento
    de longo prazo com oxcarbazepina.

Se qualquer uma destas reações afetar você gravemente, informe
ao seu médico.

Se você notar quaisquer outras reações adversas não citadas
nesta bula, informe ao seu médico ou farmacêutico.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

Composição do Alzepinol

Apresentação:

Comprimidos revestidos de 300 mg e 600 mg:

Embalagem com 20 comprimidos.

Uso oral.

Uso adulto e pediátrico acima de 1 mês de
idade.

Medicamento similar equivalente ao medicamento de
referência.

Composição:

Cada comprimido revestido contém:

Oxcarbazepina

300 mg600 mg

Excipientes*

1 comprimido1 comprimido

*Celulose microcristalina, dióxido de silício, estearato de
magnésio, álcool polivinílico, dióxido de titânio, macrogol,
talco, óxido de ferro amarelo, povidona.

Superdosagem do Alzepinol

Se você tiver tomado mais oxcarbazepina do que o seu
médico prescreveu, vá ao hospital mais próximo ou entre em
contato com o seu médico imediatamente.

Têm sido relatados casos isolados de superdose. A dose máxima
ingerida foi aproximadamente 24.000 mg.

Todos os pacientes foram restabelecidos com tratamento
sintomático.

Os sintomas de superdose incluíram sonolência, tontura, náusea,
vômito, agitação, queda dos níveis de sódio do organismo,
desequilíbrio e movimento involuntário dos olhos. Não há antídoto
específico.

Deve ser administrado tratamento para controle dos sintomas e de
suporte, caso seja apropriado. Deve ser considerada a remoção
da droga por lavagem gástrica e/ou inativação pela
administração de carvão ativado.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula
do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Alzepinol

Informe ao seu médico sobre qualquer medicamento que esteja
usando ou usou recentemnete, inclundo aqueles que vc tenha compado
sem prescrição médica.

Isso se aplica especialmente para:

  • Contraceptivos hormonais (como pílula anticoncepcional);
  • Outros medicamentos antiepiléticos (tais como carbamazepina,
    fenobarbital e fenitoína);
  • Felodipina (tipo de medicamento usado para tratar a pressão
    arterial elevada);
  • Medicamentos que reduzem o nível de sódio no sangue, por
    exemplo, diuréticos (utilizados para ajudar os rins a livrar-se de
    sal eágua, aumentando a quantidade de urina produzida);
  • Medicamentos que controlam o sistema imunológico do seu corpo
    (com a ciclosporina).

Tomar Alzepinol com alimentos e bebidas:

Alzepinol pode ser tomado com ou sem alimenetos.

O álcool pode aumentar os efeitos sedativos da oxcarbazepina.
Evite álcool tanto quanto possível e questione seu médico sobre
orientações.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use este medicamento sem o conhecimento do seu
médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Ação da Substância Alzepinol

Resultados da eficácia

Um total de 10 estudos duplo-cegos, bem controlados, 2 como
terapia adjuvante e 8 como monoterapia foram conduzidos em
pacientes com crises parciais, as quais incluíram subtipos de
crises simples, complexas e crises parciais que evoluíram para
crises com generalização secundária. Todos os estudos
comparativos também incluíram pacientes com crises tônico-clônicas
generalizadas.

Dois estudos dose-controlados de substituição de monoterapia,
nos quais os pacientes receberam uma variedade de medicamentos
antiepilépticos que incluíram carbamazepina, gabapentina,
lamotrigina, fenitoína e valproato, confirmaram eficácia quando
esses medicamentos antiepilépticos foram substituídos por
Oxcarbazepina (substância ativa). Dois estudos foram
conduzidos em crianças (de 3 a 17 anos), um em terapia adjuvante
versus placebo, e outro em uma comparação à monoterapia com
fenitoína.

A eficácia foi demonstrada com doses de 600 mg/dia a 2.400
mg/dia em todos os parâmetros de eficácia primária, os quais
incluíram média ou porcentagem de mudança na frequência de crises a
partir do basal em estudos adjuvantes e tempo para se obter
critérios de exclusão pré-definidos ou a porcentagem de pacientes
que preencheram os critérios de exclusão em estudos de
monoterapia.

Um estudo de terapia adjuvante, proporcionalmente cego, em
crianças (de 1 mês a 4 anos) com crises parciais inadequadamente
controladas em um para dois medicamentos antiepilépticos
concomitantes, foi conduzido comparando com duas doses de
Oxcarbazepina (substância ativa).

A medida primária de efetividade foi entre um grupo de
comparação da mudança absoluta no estudo da frequência de crise
específica por 24 horas comparado com a frequência de crise no
basal. Esta comparação foi estatisticamente significante em prol da
Oxcarbazepina (substância ativa) 60 mg/kg/dia.

Um estudo de monoterapia, proporcionalmente cego, em crianças
(de 1 mês a 16 anos) com crises inadequadamente controladas ou com
novas crises parciais, foi conduzido comparando duas doses de
Oxcarbazepina (substância ativa).

A medida primária de efetividade foi entre um grupo de
comparação do tempo para atingir o critério de exclusão o qual não
foi estatisticamente significante.

A maioria dos pacientes nos dois grupos de tratamento não
experimentou crises confirmadas com vídeo EEG durante o estudo e
completou os cinco dias de estudo.

Demonstrou-se que a Oxcarbazepina (substância ativa) tem
eficácia semelhante a outros medicamentos antiepilépticos de
primeira linha (por ex.: ácido valproico, fenitoína e
carbamazepina), com perfil de tolerabilidade estatisticamente
superior ao da fenitoína, em relação a descontinuações por eventos
adversos, sendo que uma proporção de pacientes significativamente
maior permaneceu em tratamento com Oxcarbazepina (substância
ativa).

Proporções semelhantes de pacientes com crises tônico-clônicas
parciais e generalizadas, que foram tratados com Oxcarbazepina
(substância ativa), não apresentaram crises por mais de 12 meses de
tratamento durante estes estudos.


Características Farmacológicas

Grupo Farmacoterapêutico

Grupo Farmacoterapêutico:

antiepilépticos.

Código ATC:

N03A F02.

Mecanismo de ação

A atividade farmacológica da Oxcarbazepina (substância ativa) é
primariamente manifestada através do metabólito MHD (mono-hidroxi
derivado) da Oxcarbazepina (substância ativa).

Acredita-se que o mecanismo de ação da Oxcarbazepina (substância
ativa) e do MHD seja baseado principalmente no bloqueio de canais
de sódio voltagem-dependentes, resultando então na estabilização
de membranas neurais hiperexcitadas, inibição da descarga
neuronal repetitiva e diminuição da propagação de impulsos
sinápticos.

Adicionalmente, aumento na condutância de potássio e modulação
de canais de cálcio voltagem-dependentes ativados podem também
contribuir para os efeitos anticonvulsivantes. Não foram
encontradas interações significantes com neurotransmissores
cerebrais ou sítios receptores moduladores.

Propriedades farmacodinâmicas

A Oxcarbazepina (substância ativa) e seu metabólito ativo (MHD)
são anticonvulsivantes potentes e eficazes em animais. Foram
eficazes em roedores com crises tônico-clônicas generalizadas e, em
menor grau, com crises clônicas, e aboliram ou reduziram a
frequência de crises parciais recorrentes cronicamente em macacos
Rhesus com implantes de alumínio.

Nenhuma tolerância foi observada (por ex.: atenuação de
atividade anticonvulsivante) nas crises tônico-clônicas quando
camundongos e ratos foram tratados diariamente por 5 dias ou 4
semanas respectivamente, com Oxcarbazepina (substância ativa) ou
MHD.

Propriedades farmacocinéticas

Absorção

Após a administração oral deste medicamento, a Oxcarbazepina
(substância ativa) é completamente absorvida e extensivamente
metabolizada em seu metabólito farmacologicamente ativo
(10-mono-hidroxi derivado, MHD).

Após a administração de uma dose única de 600 mg de
Oxcarbazepina (substância ativa) comprimidos em voluntários sadios
do sexo masculino em jejum, o valor médio da Cmáx de MHD
foi de 34 micromol/L com a média correspondendo a tmáx
de 4,5 horas.

Após a administração de uma dose única de 600 mg de
Oxcarbazepina (substância ativa) suspensão oral em voluntários
sadios em jejum do sexo masculino, o valor médio da Cmáx
de MHD foi de 24,9 micromol/L, com a média correspondendo a
tmáx de 6 horas.

As formulações comprimidos e suspensão de Oxcarbazepina
(substância ativa) são bioequivalentes desde que a média geométrica
(intervalo de confiança de 90%) da dose única, da Cmax
no estado de equilíbrio, e da AUC de MHD, estejam na faixa de 0,85
a 1,06.

Em um estudo de balanço de massa em homens, apenas 2% do total
de radioatividade no plasma foi devido à Oxcarbazepina (substância
ativa) inalterada, aproximadamente 70% foi devido ao MHD, e o
remanescente foi atribuído aos metabólitos secundários menores, os
quais foram rapidamente eliminados.

A alimentação não tem efeito na proporção e extensão da absorção
da Oxcarbazepina (substância ativa), portanto, este medicamento
pode ser administrado com ou sem alimentação.

Distribuição

O volume aparente de distribuição do MHD é de 49 litros.

Aproximadamente 40% do MHD liga-se a proteínas séricas,
predominantemente à albumina. A ligação foi independente da
concentração sérica dentro da extensão terapeuticamente
relevante.

A Oxcarbazepina (substância ativa) e o MHD não se ligam à
alfa-1-glicoproteína ácida.

Biotransformação/metabolismo

A Oxcarbazepina (substância ativa) é rapidamente biotransformada
por enzimas citosólicas no fígado em MHD, o qual é primariamente
responsável pelo efeito farmacológico deste medicamento.

O MHD é metabolizado extensivamente pela conjugação com ácido
glicurônico. Quantidades menores (4% da dose) são oxidados para o
metabólito farmacologicamente inativo (derivado 10,11- diidroxi,
DHD).

Eliminação

A Oxcarbazepina (substância ativa) é eliminada do organismo
principalmente sob a forma de metabólitos, os quais são
principalmente excretados pelos rins. Mais de 95% da dose aparece
na urina, com menos de 1% como Oxcarbazepina (substância ativa)
inalterada. A quantidade excretada nas fezes representa menos de 4%
da dose administrada.

Aproximadamente 80% da dose é excretada na urina também como
glicuronídeos de MHD (49%) ou como MHD inalterado (27%), enquanto a
quantidade do metabólito DHD inativo é aproximadamente 3% e a
quantidade de conjugados da Oxcarbazepina (substância ativa) é 13%
da dose.

A Oxcarbazepina (substância ativa) é rapidamente eliminada do
plasma com valor aparente de meia-vida plasmática entre 1,3 e 2,3
horas.

Por outro lado, a meia-vida plasmática média aparente do MHD é
9,3 ± 1,8 h.

Linearidade/não linearidade

Quando a Oxcarbazepina (substância ativa) é administrada duas
vezes ao dia, as concentrações plasmáticas de steady-state (estado
de equilíbrio) do MHD são alcançadas dentro de 2-3 dias.

No steady-state (estado de equilíbrio) a
farmacocinética do MHD é linear e demonstra uma proporcionalidade
de dose na extensão de 300 a 2.400 mg/dia.

Populações especiais

Insuficiência hepática

A farmacocinética e o metabolismo da Oxcarbazepina (substância
ativa) e MHD foram avaliados em voluntários sadios e em indivíduos
com insuficiência hepática após dose oral de 900 mg. Insuficiência
hepática leve a moderada não afetou a farmacocinética da
Oxcarbazepina (substância ativa) e do MHD. A Oxcarbazepina
(substância ativa) não foi estudada em pacientes com insuficiência
hepática grave.

Insuficiência renal

Há uma correlação linear entre o clearance (depuração) de
creatinina e o clearance (depuração) renal do MHD. Quando a
Oxcarbazepina (substância ativa) é administrada como uma dose única
de 300 mg, em pacientes com disfunção renal (clearance de
creatinina lt; 30 mL/min), a meia-vida de eliminação de MHD é
prolongada por até 19h com o dobro do aumento na AUC.

Pacientes pediátricos

O clearance (depuração) do MHD ajustado ao peso diminui quando a
idade e o peso aumentam aproximando ao dos adultos. O clearance
(depuração) médio ajustado ao peso em crianças de 1 mês a 4 anos de
idade é 93% maior do que em adultos.

Portanto, é esperado que a exposição ao MHD nestas crianças seja
cerca da metade da que ocorre em adultos quando tratados com uma
dose similar ajustada ao peso. O clearance (depuração) médio
ajustado ao peso em crianças de 4 a 12 anos de idade é 43% maior do
que em adultos.

Portanto, espera-se que a exposição ao MHD nestas crianças seja
cerca de dois terços da que ocorre em adultos quando tratados com
uma dose similar ajustada ao peso.

Quando o peso aumenta, para pacientes acima de 13 anos de idade,
espera-se que o clearance (depuração) de MHD ajustado ao
peso seja o mesmo que o de adultos.

Gravidez

Por causa de mudanças fisiológicas na gravidez, os níveis
plasmáticos de MHD, podem diminuir gradualmente durante a
gravidez.

Pacientes geriátricos

Após a administração de dose única (300 mg) e múltiplas doses
(600 mg/dia) de Oxcarbazepina (substância ativa) em voluntários
idosos (60 a 82 anos de idade) as concentrações plasmáticas máximas
e valores AUC de MHD foram 30% a 60% mais altos do que em
voluntários jovens (18 a 32 anos de idade).

As comparações dos clearances (depurações) de creatinina em
voluntários jovens e idosos indicam que a diferença foi em virtude
das reduções relacionadas à idade no clearance (depuração) de
creatinina.

Não é necessária nenhuma recomendação especial de dose, porque
as doses terapêuticas são individualmente ajustadas.

Sexo

Não têm sido observadas diferenças na farmacocinética
relacionadas ao sexo em crianças, adultos ou idosos.

Dados de segurança pré-clínicos

Os dados pré-clínicos não demonstraram risco especial para
humanos, baseados em estudos de toxicidade após doses repetidas,
segurança farmacológica e genotoxicidade com Oxcarbazepina
(substância ativa) e seu metabólito farmacologicamente ativo,
mono-hidroxi derivado (MHD).

Imunotoxicidade

Testes imunoestimulatórios em camundongos mostraram que o MHD (e
a Oxcarbazepina (substância ativa) em menor extensão) pode induzir
uma hipersensibilidade tardia.

Mutagenicidade

A Oxcarbazepina (substância ativa) aumentou as frequências de
mutação em um teste de Ames in vitro, na ausência de
ativação metabólica de uma das cinco cepas bacterianas. A
Oxcarbazepina (substância ativa) e o MHD produziram aumentos em
aberrações cromossômicas e/ou poliploidia no ovário de hamster
Chinês em um estudo in vitro na ausência de ativação
metabólica.

O MHD foi negativo no teste de Ames, e nenhuma atividade
mutagênica ou clastogênica foi encontrada tanto com a Oxcarbazepina
(substância ativa) ou o MHD em células de hamster Chinês V79 in
vitro
. A Oxcarbazepina (substância ativa) e o MHD foram ambos
negativos para efeitos clastogênicos ou aneugênicos (formação de
micronúcleos) em um estudo in vivo de medula óssea de
ratos.

Carcinogenicidade

Nos estudos de carcinogenicidade, foram induzidos tumores
hepáticos (ratos e camundongos) e tumores testiculares e nas
células granulosas do trato genital feminino (ratos) em animais
tratados.

A ocorrência de tumores hepáticos foi atribuída à indução de
enzimas microssômicas hepáticas; um efeito indutivo que, embora não
possa ser excluído, é fraco ou ausente em pacientes tratados com
Oxcarbazepina (substância ativa).

Tumores testiculares podem ter sido induzidos
por concentrações elevadas de hormônio luteinizante. Devido à
ausência de tal aumento em humanos, esses tumores são considerados
sem relevância clínica.

Um aumento relacionado à dose na incidência de tumores de
células granulosas do trato genital feminino (cérvix e vagina) foi
notado em um estudo com MHD de carcinogenicidade em ratos. Esses
efeitos ocorreram a níveis de exposição comparáveis com exposição
clínica prevista.

O mecanismo de desenvolvimento destes tumores não foi
completamente elucidado, mas poderia estar relacionado ao aumento
específico dos níveis de estradiol nos ratos. A importância clínica
desses tumores não está clara.

Toxicidade reprodutiva

Para toxicidade reprodutiva, ver “Gravidez e lactação”.

Cuidados de Armazenamento do Alzepinol

Alzepinol deve ser mantido em temperatura ambiente (entre
15 e 30 ºC).

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade
vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características do medicamento:

Alzepinol 300 mg:

C

omprimido revestido amarelo, circular, biconvexo e liso nas
duas faces.

Alzepinol 600 mg:

C

omprimido revestido amarelo, oblongo, sulcado em uma das
faces e na outra gravado Medley.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma
mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se
poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Alzepinol

MS – 1.8326.0064.

Farm. Resp.:

Dra. Tatiana de Campos.
CRF-SP nº 29.482.

Medley Farmacêutica Ltda.

Rua Macedo Costa, 55.
Campinas – SP.
CNPJ 10.588.595/0007-97.
Indústria Brasileira.

Venda sob prescrição médica. 

Alzepinol, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.