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Meracilina

A critério médico, a terapia poderá ser orientada por estudos de
culturas bacterianas (incluindo provas de sensibilidade a
antibióticos) e pela resposta clínica.

Nota:

Infecções bacterianas graves como, por exemplo, pneumonia grave,
empiema (coleções de pus), bacteremia (infecção bacteriana do
sangue), pericardite (infecção da membrana do coração), meningite e
artrite não devem ser tratadas com Meracilina , durante o
estágio agudo.

As seguintes infecções, usualmente, irão responder a
doses adequadas de Meracilina:

  • Infecções bacterianas leves a moderadas do trato respiratório
    superior (por exemplo, amigdalites), escarlatina e erisipela;
  • Pneumonias bacterianas leves a moderadas causadas por
    pneumococos;
  • Infecções leves localizadas na pele e tecidos moles causadas
    por cepas sensíveis de estafilococos (tipo de
    bactéria);
  • Prevenção da endocardite bacteriana (tipo de infecção cardíaca)
    em pacientes, com lesões cardíacas (incluindo doença reumática), ou
    naqueles que se submeterão à cirurgia dentária ou procedimentos
    cirúrgicos no trato respiratório superior.

Como Meracilina funciona?

Meracilina é um antibiótico derivado das penicilinas, para
uso oral que provoca a morte dos microrganismos sensíveis. Sua ação
inicia-se minutos após a administração de uma dose, mantendo-se
adequada por 6 (seis) a 8 (oito) horas.

Contraindicação do Meracilina

O uso deste medicamento é contraindicado em caso de alergia
conhecida às penicilinas e/ou demais componentes da formulação.
Também não deve ser administrado a indivíduos alérgicos às
cefalosporinas.

Este medicamento não deve ser usado por crianças com
menos de 12 anos de idade.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Como usar o Meracilina

Os comprimidos de Meracilina devem ser deglutidos com um
pouco de líquido. Pode ser administrado durante as refeições;
entretanto, obtêm-se melhores efeitos quando tomado com estômago
vazio.

Posologia

A dose de Meracilina não é fixa e varia de acordo com a
gravidade da infecção, podendo ser ajustada de acordo com a
resposta clínica do paciente.

As doses usualmente recomendadas para adultos e crianças
acima de 12 (doze) anos são (de acordo com o possível microrganismo
causador da infecção):

Infecções bacterianas leves a moderadas do trato respiratório
superior (amigdalites, sinusites), bem como escarlatina e
erisipela: 500.000 UI a cada 6 (seis) ou 8 (oito) horas por 10
(dez) dias.

Pneumonias bacterianas leves a moderadas causadas por
pneumococos e infecções no ouvido:

400.000 a 500.000 UI a cada 6 (seis) horas, até que o paciente
não tenha mais febre por pelo menos 2 (dois) dias.

Infecções leves localizadas na pele e tecidos moles
causadas por cepas sensíveis de
estafilococos:

400.000 a 500.000 UI a cada 6 (seis) ou 8 (oito) horas.

Infecções leves a moderadas da orofaringe:

400.000 a 500.000 UI a cada 6 (seis) ou 8 (oito) horas.

Para prevenção de recorrência de febre reumática e/ou
coreia:

Recomenda-se a utilização de 200.000 a 500.000 UI duas vezes ao
dia, ininterruptamente.

Prevenção da endocardite bacteriana em pacientes, com
lesões cardíacas congênitas, ou adquiridas, incluindo a doença
reumática, que se submeterão à cirurgia dentária, ou a
procedimentos cirúrgicos no trato respiratório
superior:

3.000.000 UI, ou seja, 6 comprimidos (1.500.000 UI para crianças
abaixo de 27 Kg) uma hora antes do procedimento e, então, 1.500.000
UI, ou seja, 3 comprimidos (1.000.000 UI para crianças abaixo de 27
Kg) após 6 (seis) horas.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou
mastigado.


O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
Meracilina?

Use a medicação assim que se lembrar de que esqueceu uma dose.
Se o horário estiver próximo ao que seria a dose seguinte, pule a
dose perdida e siga o horário das outras doses normalmente.

Não dobre a dose para compensar a dose omitida.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Meracilina

Reações sérias e ocasionalmente fatais de alergia foram
registradas em pacientes tratados com penicilinas, especialmente
nos indivíduos, com história de alergia a várias substâncias
(incluindo asmáticos), que apresentam estas reações com maior
probabilidade.

Embora a anafilaxia (reação alérgica grave) seja mais frequente
como consequência da terapêutica injetável, há casos em que ela
ocorreu com o uso oral de penicilinas. Caso ocorra reação alérgica
durante o tratamento, este deve ser interrompido e de acordo com a
intensidade dos sintomas (náusea, vômito, vermelhidão da pele,
coceira) um médico deve ser procurado.

No tratamento das amigdalites bacterianas, é importante que o
tratamento seja realizado por, no mínimo, 10 (dez) dias, para
eliminar os microrganismos. A critério médico, uma cultura
bacteriana pode ser realizada para avaliar a cura.

Informe a seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para sua saúde.

Reações Adversas do Meracilina

Embora a incidência de reações às penicilinas orais ocorra em
menor frequência do que com a terapêutica injetável, deve-se
lembrar que todas as formas de hipersensibilidade, incluindo choque
anafilático fatal já foram descritas.

As reações adversas da Meracilina, agrupadas por
frequência de ocorrência, são:

Reações comuns (gt;1/100 e lt;1/10)

Sistema nervoso central:

Dor de cabeça.

Sistema gastrointestinal:

Infecção oral por fungos – candidíase (sapinho); náusea;
vômito; diarreia.

Trato genital:

Infecção da vagina e/ou vulva por fungos (candidíase).

Reações incomuns (gt;1/1.000 e lt; 1/100)

Pele:

Erupções cutâneas; rash; coceira; urticária.

Sistema urinário eletrolítico:

Inchaço por retenção de fluídos.

Sistema respiratório:

Falta de ar.

Sistema gastrointestinal:

Dor abdominal.

Reações de hipersensibilidade:

Reações anafiláticas (alérgicas graves); reação semelhante à
doença do soro; edema de laringe.

Sistema cardiovascular:

Pressão baixa.

Reações raras (gt;1/10.000 e lt; 1/1.000)

Pele:

Reações alérgicas graves (síndrome de Stevens-Johnson; necrólise
epidérmica tóxica; eritema multiforme).

Sistema nervoso central:

Confusão mental; convulsões; febre.

Sistema gastrointestinal:

Hepatite por medicamentos; colite pseudomembranosa (diarreia
grave associada a antibióticos).

Sistema urinário e eletrolítico:

Comprometimento dos rins (nefrite intersticial aguda); presença
de cristais na urina.

Sangue:

Destruição dos glóbulos vermelhos, levando à anemia; diminuição
das plaquetas; diminuição dos glóbulos brancos; diminuição dos
neutrófilos, aumento dos eosinófilos, distúrbios da coagulação.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento.

Informe a empresa sobre o aparecimento de reações
indesejáveis e problemas com este medicamento, entrando em contato
através do Sistema de Atendimento ao Consumidor (SAC).

População Especial do Meracilina

Uso durante a gravidez

Apesar de serem consideradas seguras, as penicilinas só devem
ser administradas a mulheres grávidas, quando estritamente
necessário, pois o efeito para o feto, caso exista, não é
conhecido.

Uso durante a lactação

Meracilina pode ser ingerido pela criança ao ser amamentada. O
efeito para a criança, caso exista, não é conhecido; portanto,
deve-se ter cautela quando Meracilina é administrado a mulheres que
estejam amamentando.

Este medicamento contém lactose.

Composição do Meracilina

Apresentações

Comprimidos 500.000UI: embalagens com 12 ou 250 comprimidos.

USO ORAL USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 12
ANOS

Composição

  • Cada comprimido contém: fenoximetilpenicilina potássica –
    500.000 UI
  • Excipientes: estearato de magnésio e lactose.

Superdosagem do Meracilina

As penicilinas apresentam toxicidade direta mínima para o homem.
É improvável que efeitos tóxicos graves resultem de ingestão, mesmo
que em largas doses.

Uma dosagem acima do recomendado, no máximo, causaria náusea e
vômito, e a dose seria eliminada do organismo. Como não há
antídotos, o tratamento, se necessário, deve ser de acordo com os
sintomas que forem surgindo.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Em caso de intoxicação ligue para 0800
722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como
proceder.

Interação Medicamentosa do Meracilina

Avise seu médico caso esteja fazendo uso de alguns dos seguintes
medicamentos: anticoncepcionais orais, bloqueadores de bomba de
prótons (tipo de medicamentos usados para úlceras e gastrite),
bupropiona, cloroquina, exenatida, metotrexato, micofenolato
mofetil, probenecida, tetraciclinas e tramadol.

Interação com testes de laboratório

As penicilinas podem interferir com a medida da dosagem de
glicose na urina, ocasionando falsos resultados de acréscimo ou
diminuição.

Este medicamento contém LACTOSE.

Informe a seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser
perigoso para sua saúde.

Ação da Substância Meracilina

Resultados de eficácia

Tratamento de infecções por microorganismos
sensíveis

Fyllingen e cols. avaliaram dois esquemas de tratamento com
fenoximetilpenicilina, em um estudo envolvendo 206 (duzentos e
seis) crianças com mais de 5 (cinco) anos que apresentavam
amigdalite bacteriana por estreptococos do grupo A.

As crianças foram randomizadas para receber a dose diária do
antibiótico, em duas ou três tomadas ao dia, durante 1 (uma)
semana.

Ao final do tratamento, a taxa de cura (clínica +
microbiológica) era de 82% no grupo que recebeu duas doses diárias
e 88,2% no grupo que recebeu três doses diárias (P = NS).

Em conclusão, a administração da fenoximetilpenicilina, em duas
ou três tomadas, tem a mesma eficácia para o tratamento de
amigdalites, em crianças.

Num estudo semelhante ao anterior, os mesmos autores avaliaram
131 (cento e trinta e um) pacientes com sinusite, otite média
aguda, ou amigdalite.

Observaram que a taxa de cura era de 78,6% quando a
fenoximetilpenicilina era administrada em duas doses e 86,2% em
três doses diárias, o que não atingiu significância
estatística. Estes achados corroboram aqueles do estudo
anterior.

Matsen e cols. compararam três antibióticos
(fenoximetilpenicilina, penicilina G benzatina e cefalexina) no
tratamento de faringite estreptocócica em 128 (cento e vinte e
oito) crianças.

A penicilina G benzatina foi administrada em dose única enquanto
os outros antibióticos foram prescritos por 10 (dez) dias.

As taxas de cura foram semelhantes entre os grupos (97,1% para
fenoximetilpenicilina, 96,4% para penicilina G benzatina e 96,7%
para cefalexina; P = NS).

O estudo concluiu que a eficácia dos esquemas com os
antibióticos usados era muito boa e equivalente entre si.

Von Konow e cols. compararam a clindamicina com a
fenoximetilpenicilina para o tratamento de infecções bacterianas
orofaciais, em 60 (sessenta) pacientes.

Embora tenha sido observada tendência a um período mais curto de
dor, febre e inchaço nos pacientes tratados com clindamicina, a
diferença não foi estatisticamente significante.

Houve um caso de colite pseudomembranosa no grupo clindamicina.
Em conclusão, a fenoximetilpenicilina foi tão eficaz quanto a
clindamicina, no tratamento de infecções bacterianas agudas
orofaciais.

Profilaxia de febre reumática

As Diretrizes Brasileiras para o Diagnóstico, Tratamento e
Prevenção da Febre Reumática, publicadas pela Sociedade Brasileira
de Cardiologia, colocam a Penicilina V como antibiótico de escolha
por via oral, tanto para profilaxia primária quanto secundária
(grau de recomendação I, nível de evidência B).

As vantagens citadas da Penicilina V são: excelente
tolerabilidade, eficácia comprovada e baixo custo.

Características farmacológicas

A Fenoximetilpenicilina Potássica (substância ativa) (penicilina
V) é o análogo fenoximetil da penicilina G.

É quimicamente designada de ácido
3,3-dimetil-7-oxo-6(2-fenoxiacetamido)-4-tia-1- azabiciclo [3.2.0]
heptano-2- carboxílico. É um antibiótico que exerce sua ação
bactericida durante o período de multiplicação ativa dos
microrganismos sensíveis. Atua por inibição da biossíntese do
mucopeptídeo da parede celular.

Não é ativa contra bactérias produtoras de penicilinase, as
quais incluem muitas cepas de estafilococos. A droga exerce elevada
atividade in vitro contra estafilococos (exceto as cepas
produtoras de penicilinase), estreptococos (grupos A, C, G, H, L e
M) e pneumococos.

Outros microrganismos sensíveis à Fenoximetilpenicilina
Potássica (substância ativa) são: Corynebacterium
diphtheriae
, Bacillus anthracis, Clostridia, Actinomyces
bovis, Streptobacillus moniliformis, Listeria monocytogenes,
Leptospira
e Neisseria gonorrhoeae. Treponema
pallidum
é extremamente sensível à ação bactericida da
Fenoximetilpenicilina Potássica (substância ativa).

Farmacocinética

A característica principal do Fenoximetilpenicilina Potássica
(substância ativa), que o distingue da benzilpenicilina, é a
resistência à inativação pelo suco gástrico.

Pode ser administrada durante as refeições, entretanto, obtêm-se
níveis sanguíneos mais elevados quando administrada antes das
refeições, ou com o estômago vazio.

Os níveis sanguíneos médios são de duas a cinco vezes maiores
que os atingidos com a mesma dose de benzilpenicilina oral e
apresentam menores variações individuais.

Uma vez absorvida, a Fenoximetilpenicilina Potássica (substância
ativa) liga-se em cerca de 80% a proteínas plasmáticas.

Níveis teciduais são mais elevados nos rins, com menores
quantidades no fígado, pele e intestinos.

Pequenas quantidades são encontradas em todos os outros tecidos
corporais e no líquor. É excretada tão rapidamente quanto é
absorvida em indivíduos com função renal normal.

Em recém-nascidos, crianças e indivíduos com disfunção renal a
excreção retarda-se consideravelmente.

Cuidados de Armazenamento do Meracilina

Conservar em temperatura ambiente (15 e 30oC).
Proteger da luz e umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Para sua segurança, mantenha o medicamento na embalagem
original.

Características do medicamento:

Comprimidos branco redondo, com gravação Meracilina em uma face
e vincado na outra face.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Meracilina

Venda sob prescrição médica. Só pode ser vendido com
retenção da receita.

M.S. 1.0573.0328

Farmacêutica Responsável:

Gabriela Mallmann – CRF-SP nº 30.138

Fabricado por:

Blisfarma Antibióticos Ltda.
Diadema – SP

Registrado por:

Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Via Dutra, km 222,2 Guarulhos – SP
CNPJ 60.659.463/0001-91
Indústria Brasileira.

Meracilina, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.