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Geodon

Geodon também é indicado para o tratamento de manutenção, em
associação com lítio ou ácido valproico, em pacientes com
transtorno bipolar tipo I.


Como Geodon funciona?

O mecanismo de ação de Geodon baseia-se na ação em
receptores celulares (locais específicos de ligação nas células) da
dopamina e serotonina (substâncias químicas que enviam informações
através das células nervosas).

Contraindicação do Geodon

Geodon é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade
(reação alérgica) conhecida à ziprasidona ou a qualquer componente
da fórmula.

Geodon também é contraindicado em pacientes com prolongamento
conhecido do intervalo QT, incluindo síndrome congênita do QT longo
(alteração típica do eletrocardiograma desde o nascimento), em
pacientes com infarto do miocárdio recente (morte das células
do músculo cardíaco devido à diminuição da quantidade de
sangue/oxigênio), insuficiência cardíaca descompensada
(incapacidade do coração bombear a quantidade adequada de sangue)
ou arritmias cardíacas (alteração do ritmo do coração) que
necessitem de tratamento com medicamentos antiarrítmicos das
classes IA e III, por ex quinidina, procainamida, amiodarona,
sotalol.

Este medicamento é contraindicado para menores de 18
anos.

Como usar o Geodon

Uso em Adultos

Geodon é apresentado na forma de cápsulas para uso oral.

Esquizofrenia e Mania Bipolar

A dose inicial recomendada é de 40 mg, ou seja, 1 cápsula de
Geodon de 40 mg a cada 12 horas podendo ser ajustada até uma dose
máxima de 80 mg (1 cápsula de Geodon de 80 mg) a cada 12
horas. Geodon deve ser tomado com alimentos.

Tratamento de manutenção em pacientes com transtorno bipolar: a
dose recomendada de Geodon no tratamento de manutenção é de 40-80
mg 2 vezes/dia, com alimento e combinado com lítio ou ácido
valproico.

Uso em Crianças

A segurança e eficácia em indivíduos menores de 18 anos não
foram estabelecidas.

Uso em Idosos

Geralmente não é necessário ajuste de dose em pacientes idosos
(65 anos ou mais).

Uso na Insuficiência Renal (diminuição da função dos
rins)

Não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência
renal.

Uso na Insuficiência Hepática (diminuição da função do
fígado)

Em pacientes com insuficiência hepática de grau leve a moderado,
doses menores devem ser consideradas. Uma vez que não há
experiência clínica em pacientes com insuficiência hepática grave
(diminuição importante da função do fígado), Geodon deve ser
utilizado com cautela neste grupo de pacientes.

Uso em Fumantes

Não é necessário ajuste de dose em pacientes fumantes.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu
médico.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou
mastigado.


O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
Geodon?

Caso o paciente esqueça-se de tomar Geodon no horário
estabelecido, deve tomá-lo assim que lembrar. Entretanto, se já
estiver perto do horário de tomar a próxima dose, deve
desconsiderar a dose esquecida e tomar a próxima. Neste caso, o
paciente não deve tomar a dose duplicada para compensar doses
esquecidas. O esquecimento de dose pode comprometer a eficácia do
tratamento.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Geodon

Intervalo QT (alterações no
eletrocardiograma)

Geodon causa um prolongamento no intervalo QT (alteração no
eletrocardiograma) de grau leve a moderado. Alguns fármacos,
incluindo antiarrítmicos das classes IA e III que prolongam o
intervalo QT, foram associados à ocorrência rara de torsade de
pointes, uma arritmia (alteração do ritmo do coração) com risco de
morte.

Existem raros casos de torsade de pointes em pacientes com
múltiplos fatores de risco na experiência pós-comercialização com
Geodon. Uma relação causal com Geodon ainda não foi
estabelecida.

Geodon deve ser utilizado com cautela em pacientes com os
seguintes fatores de risco, que podem aumentar a chance de
ocorrência desta arritmia:

  • Bradicardia (diminuição dos batimentos cardíacos);
  • Desequilíbrio eletrolítico (elevação ou redução no sangue de
    elementos que regulam o organismo como o sódio e o potássio);
  • Uso concomitante com outros remédios que prolongam o intervalo
    QT.

Se sintomas cardíacos sugestivos de arritmias forem observados
ou relatados durante o tratamento, deve ser feita uma avaliação
cardiológica apropriada. Se o intervalo QTc encontrado for maior
que 500 ms, é recomendado que o tratamento seja interrompido.

Tromboembolismo Venoso (formação de coágulo dentro das
veias)

Foram descritos casos de tromboembolismo venoso (TEV) associados
a medicamentos antipsicóticos. Como os pacientes tratados com
antipsicóticos muitas vezes adquirem fatores de risco para TEV,
todos os possíveis fatores devem ser identificados antes e durante
o tratamento com Geodon e medidas preventivas devem ser
tomadas.

Síndrome Neuroléptica Maligna (SNM)

A Síndrome Neuroléptica Maligna é uma condição, potencialmente
fatal, caracterizada por contração muscular grave,
febre elevada, aceleração dos batimentos do coração, tremor
importante, que foi relatada em associação a remédios
antipsicóticos, incluindo Geodon.

Reações adversas graves de origem cutânea (da
pele)

Reação a medicamentos com eosinofilia (aumento do número de um
tipo de célula de defesa do sangue chamado eosinófilo) e sintomas
sistêmicos (DRESS) foram relatados com a exposição à Geodon.

Reação a medicamentos com eosinofilia e sintomas
sistêmicos (DRESS) consiste de uma combinação de três ou mais das
seguintes reações:

Reação cutânea tais como rash (erupção cutânea) ou
dermatite esfoliativa (descamação da pele), eosinofilia,
febre, linfadenopatia (ínguas) e uma ou mais complicações
sistêmicas, tais como hepatite (inflamação do fígado), nefrite
(inflamação dos rins), pneumonite (inflamação do pulmão),
miocardite (inflamação do músculo do coração), e pericardite
(inflamação da membrana que reveste o coração).

Outras reações adversas graves da pele, tais como a síndrome de
Stevens-Johnson (reação alérgica grave com bolhas na pele e
mucosas), foram relatadas com a exposição à Geodon.

Reações adversas graves da pele são às vezes fatais. Descontinue
o uso de Geodon se reações adversas graves de pele
ocorram.

Discinesia Tardia (condição caracterizada por movimentos
involuntários (sem controle), principalmente dos músculos da boca,
língua e do rosto, ocorrendo exteriorização da língua com
movimentos de um canto ao outro da boca)

Existe um potencial de Geodon causar discinesia tardia e
outras síndromes extrapiramidais de aparecimento tardio (quadro
caracterizado por falta de coordenação motora, desequilíbrio e
perda do controle e coordenação sobre o movimento muscular) após
tratamento prolongado. Se aparecerem sinais e sintomas de
discinesia tardia, deve-se considerar a redução da dose ou a
descontinuação de Geodon.

Convulsões (ataques epiléticos)

Recomenda-se cuidado no tratamento de pacientes com histórico de
convulsões.

Aumento da Mortalidade em Pacientes Idosos com Psicose
Relacionada à Demência

Dados sobre pacientes idosos com psicose (quadro com
delírios e alucinações) relacionada à demência (síndrome
caracterizada pela perda do funcionamento psíquico como por ex:
memória, atenção, raciocínio e planejamento) demonstraram risco
aumentado de morte, quando tratados com antipsicóticos, em
comparação aos pacientes tratados com placebo (substância inerte,
sem efeito farmacológico). Os dados de estudos com Geodon no
tratamento de pacientes idosos com demência são insuficientes para
concluir se existe ou não um risco aumentado de morte com
Geodon vs. placebo nesta população de pacientes.
Geodon não está aprovado para o tratamento de idosos
demenciados e psicóticos.

Priapismo (ereção peniana persistente e dolorosa, sem
estimulação física ou psicológica)

Casos de priapismo têm sido relatados com o uso de
antipsicóticos, incluindo Geodon. Esta reação adversa, assim como
com outras drogas com efeitos psíquicos, não parece ser
dose-dependente e nem ter correlação com a duração do
tratamento.

Hiperprolactinemia (aumento sanguíneo de um hormônio
chamado prolactina)

Tal como acontece com outras drogas que bloqueiam os receptores
de dopamina tipo 2 (D2), Geodon pode elevar os níveis de
prolactina.

Distúrbios, tais como galactorreia (secreção nas mamas),
amenorreia (falta de menstruação), ginecomastia (crescimento
das mamas em homens) e impotência têm sido relatadas com a elevação
de prolactina induzida por medicamentos. A hiperprolactinemia
prolongada, quando associada ao hipogonadismo (diminuição da função
ou tamanho dos testículos ou ovários), pode levar à diminuição da
densidade óssea (concentração de cálcio nos ossos).

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico;
somente o seu médico pode avaliar a eficácia da terapia. Informe ao
seu médico sobre qualquer medicamento que você esteja usando antes
do início ou durante o tratamento com Geodon.

Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir
veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem
estar prejudicadas.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Geodon

Os seguintes eventos adversos foram relatados com o uso de
Geodon:

Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes
que utilizam este medicamento)

  • Insônia (dificuldade para dormir);
  • Sonolência;
  • Cefaleia (dor de cabeça).

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

  • Mania (exacerbação grave do humor, euforia);
  • Agitação;
  • Ansiedade;
  • Distonia (contração involuntária lenta e repetida da
    musculatura);
  • Distúrbio extrapiramidal (síndrome que provoca falta de
    coordenação motora, desequilíbrio e perda do controle sobre o
    movimento muscular);
  • Discinesia tardia (movimentos involuntários, principalmente dos
    músculos da boca, língua e face, ocorrendo exteriorização da língua
    com movimentos de um canto a outro da boca);
  • Discinesia;
  • Hipertonia (aumento da contração muscular);
  • Acatisia (incapacidade de se manter quieto);
  • Tremor;
  • Tontura;
  • Sedação;
  • Deficiência visual;
  • Taquicardia (aceleração dos batimentos do coração);
  • Vômito;
  • Constipação (prisão de ventre);
  • Náusea;
  • Hipersecreção salivar (aumento da salivação);
  • Boca seca;
  • Dispepsia (má digestão);
  • Rash (erupção cutânea);
  • Rigidez muscular (contração dos músculos);
  • Disfunção sexual masculina;
  • Astenia (fraqueza);
  • Fadiga (cansaço);
  • Perda de peso;
  • Aumento de peso.

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

  • Hipersensibilidade (reação alérgica);
  • Hiperprolactinemia (aumento da prolactina no sangue);
  • Nervosismo;
  • Diminuição da libido;
  • Síncope (desmaio);
  • Convulsão do tipo grande mal;
  • Ataxia (dificuldade em coordenar os movimentos);
  • Hipercinesia (movimentação involuntária excessiva);
  • Distúrbio da fala;
  • Crise oculogírica (movimentos anormais dos olhos);
  • Hipotensão ortostática (diminuição da pressão arterial ao
    levantar);
  • Disfagia (dificuldade para engolir);
  • Edema (inchaço) da língua;
  • Distúrbio da língua;
  • Torcicolo;
  • Incontinência urinária (dificuldade em controlar a urina);
  • Hesitação urinária;
  • Galactorreia (secreção inapropriada de leite);
  • Ginecomastia (aumento da mama em homens);
  • Amenorreia;
  • Mal-estar;
  • Prolongamento do intervalo QT no eletrocardiograma.

Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

  • Síndrome neuroléptica maligna (contração muscular grave, febre
    elevada, aceleração dos batimentos do coração, tremor);
  • Síndrome serotoninérgica (alterações do estado mental, dos
    movimentos, tremores entre outras);
  • Paralisia facial (paralisia do nervo facial caracterizada por
    dificuldade em piscar o olho ou de fechar a boca
    corretamente);
  • Torsade de pointes (arritmia cardíaca com risco de morte);
  • Laringoespamo (estreitamento da laringe);
  • Reação a medicamentos com eosinofilia (aumento de células de
    defesa chamadas eosinófilos) e sintomas sistêmicos (DRESS);
  • Angioedema (inchaço das partes mais profundas da pele ou da
    mucosa, geralmente de origem alérgica);
  • Retenção urinária;
  • Enurese (micção espontânea durante o sono);
  • Priapismo (ereção persistente e dolorosa do pênis).

Frequência não conhecida (não pode ser estimada a partir
dos dados disponíveis)

Tromboembolismo venoso (formação de coágulos dentro das
veias).

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Geodon

Gravidez

Geodon não é recomendado durante a gravidez, a menos que seja
avaliado o benefício potencial para a mãe, com exclusiva orientação
médica.

Mulheres com potencial de engravidar que estejam recebendo
Geodon devem, portanto, ser aconselhadas a utilizar um método
contraceptivo (método para não ficar grávida) adequado. Informe ao
seu médico a ocorrência de gravidez durante o tratamento ou após o
seu término.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Amamentação

O uso do medicamento durante o período de amamentação também não
é recomendado. Informe ao seu médico se você está amamentando.

Uso pediátrico

A segurança e a eficácia de Geodon em indivíduos menores de 18
anos de idade ainda não foram estabelecidas.

Intolerância à lactose

Geodon cápsulas contém lactose monoidratada. Se você tem
intolerância à lactose (incapacidade de digerir a lactose, que é um
tipo de açúcar), informe ao seu médico antes de iniciar o
tratamento com Geodon.

Composição do Geodon

Cada cápsula de Geodon 40 mg ou 80 mg
contém:

Cloridrato de ziprasidona monoidratado equivalente a 40 mg ou 80
mg de ziprasidona base, respectivamente.

Excipientes:

lactose monoidratada, amido de milho pré-gelatinizado, estearato
de magnésio.

Superdosagem do Geodon

Em casos de superdose, em geral, os sintomas mais comumente
relatados foram: sintomas extrapiramidais (síndrome que provoca
falta de coordenação motora, desequilíbrio e perda do controle
sobre o movimento dos músculos), sonolência, tremor e ansiedade.
Não há antídoto específico para Geodon. Nestes casos deve-se
procurar um serviço médico de urgência.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Geodon

Fármacos Antiarrítmicos das Classes IA e
III

Ver em Contraindicação do cloridrato de ziprasidona (substância
ativa) e Precauções do cloridrato de ziprasidona
(substância ativa) – Intervalo QT.

Uso Concomitante com Outros Fármacos que Prolongam o
Intervalo QT

Ver em Precauções do cloridrato de ziprasidona (substância
ativa) – Intervalo QT.

Fármacos Ativos no SNC/ Álcool

Ver em Precauções do cloridrato de ziprasidona (substância
ativa) – Fármacos Ativos no SNC/Álcool.

Efeito deste medicamento sobre Outros
Fármacos

A ziprasidona não demonstrou efeito inibitório sobre CYP1A2,
CYP2C9 ou CYP2C19, quando testada em microssomos hepáticos humanos.
A concentração de ziprasidona requerida para inibir os citocromos
CYP2D6 e CYP3A4, in vitro, é no mínimo 1000 vezes maior
que a concentração livre que pode ser esperada in vivo. É
improvável que a ziprasidona cause interações medicamentosas
clinicamente importantes mediadas por estas enzimas.

Dextrometorfano

De acordo com os resultados obtidos in vitro, um estudo
em voluntários sadios demonstrou que a ziprasidona não alterou o
metabolismo do dextrometorfano, mediado pelo CYP2D6, para seu
principal metabólito, o dextrorfano.

Contraceptivos orais

A administração de ziprasidona não resulta em alteração
significativa na farmacocinética de estrógenos (etinilestradiol, um
substrato do CYP3A4) ou progesterona.

Lítio

A coadministração de ziprasidona não teve efeito na
farmacocinética do lítio.

Ligação às proteínas – a ziprasidona se liga extensivamente às
proteínas plasmáticas. A ligação da ziprasidona às proteínas
plasmáticas, in vitro, não foi alterada pela varfarina ou
propranolol (2 fármacos que são altamente ligados às proteínas), e
a ziprasidona também não alterou a ligação destes fármacos no
plasma humano. Desta maneira, o potencial de um fármaco interagir
com a ziprasidona devido ao deslocamento é improvável.

Efeitos de Outros Fármacos sobre cloridrato de
ziprasidona (substância ativa) monoidratado.

Dados in vitro e em animais e sugerem que a ziprasidona
pode ser um substrato da glicoproteína P (P-gp). A relevância
in vivo para humanos permanece desconhecida.

O cetoconazol (400 mg/dia), um potente inibidor da CYP3A4, que
também inibe a P-gp, produziu um aumento de aproximadamente 35%
(ASC e Cmáx) na exposição da ziprasidona. Uma vez que a ziprasidona
é um substrato da CYP3A4 e a indução de CYP3A4 e P-gp está
relacionada, a coadministração com indutores de CYP3A4 e P-gp,
como a carbamazepina, rifampicina, erva–de-sãojoão, pode levar à
redução das concentrações da ziprasidona.

A carbamazepina, um indutor da CYP3A4, na dose de 200 mg a cada
12 horas, produziu uma diminuição de 36% na exposição da
ziprasidona.

A cimetidina, um inibidor não específico da CYP, não afetou
significativamente a farmacocinética da ziprasidona.

Antiácido

Doses múltiplas de antiácido à base de alumínio ou magnésio não
alteraram a farmacocinética da ziprasidona.

Ação da Substância Geodon

Resultados de eficácia

Esquizofrenia e Distúrbios Esquizoafetivos

A eficácia de ziprasidona oral no tratamento da esquizofrenia
foi avaliada em diversos estudos de curto prazo (4 e 6 semanas) e
um ensaio de longo prazo (52 semanas).

Vários instrumentos foram utilizados para avaliar sinais e
sintomas psiquiátricos nestes estudos. A Escala Breve de
Classificação Psiquiátrica (BPRS – Brief Psychiatric Rating Scale)
e a Escala de Síndrome Positiva e Negativa (PANSS – Positive and
Negative Syndrome Scale) são questionários de múltiplos itens de
psicopatologia geral usados para avaliar os efeitos do tratamento
medicamentoso na esquizofrenia.

O bloco de psicose da BPRS (desorganização conceitual,
comportamento alucinatório, desconfiança e conteúdo de pensamentos
incomum) é considerado um subconjunto especialmente útil para
avaliar pacientes esquizofrênicos ativamente psicóticos. Uma
segunda avaliação amplamente utilizada, a Impressão Global Clínica
(CGI – Clinical Global Impression), reflete a impressão de um
observador experimentado, totalmente familiarizado com as
manifestações de esquizofrenia, sobre o estado clínico geral do
paciente. Além disto, a Escala para Avaliar Sintomas Negativos
(SANS – Scale for Assessing Negative Symptoms) foi empregada para
avaliar sintomas negativos em um ensaio.

Os resultados dos ensaios de ziprasidona oral em
esquizofrenia são os seguintes

Em um ensaio de 4 semanas, placebo-controlado (n=139) comparando
2 doses fixas de ziprasidona (20 e 60 mg duas vezes ao dia) com
placebo, somente a dose de 60 mg duas vezes ao dia foi superior ao
placebo no escore total BPRS e no escore de gravidade de CGI. Este
grupo de dose maior não foi superior ao placebo no bloco de psicose
do BPRS ou no SANS.

Em um ensaio de 6 semanas, placebo-controlado (n=302) comparando
2 doses fixas de ziprasidona (40 mg e 80 mg duas vezes ao dia) com
placebo, ambos os grupos de dose foram superiores ao placebo no
escore total de BPRS, no bloco de psicose de BPRS, no escore de
gravidade de CGI e nos escores total e de subescala negativa de
PANSS. Apesar da dose de 80 mg duas vezes ao dia ter tido um efeito
numericamente maior do que 40 mg duas vezes ao dia, a diferença não
foi estatisticamente significativa.

Foi conduzido um estudo em pacientes esquizofrênicos internados,
sintomaticamente estáveis, crônicos (n=294) randomizados para 3
doses fixas de ziprasidona (20, 40 ou 80 mg duas vezes ao dia) ou
placebo e acompanhados por 52 semanas.

Os pacientes foram observados para “recaída psicótica iminente”,
definida como escore de melhora de CGI de ≥ 6 (muito pior ou muito
muito pior) e/ou escores ≥ 6 (moderadamente grave) nos itens de
hostilidade ou não cooperatividade do PANSS em dois dias
consecutivos. A ziprasidona foi significativamente superior a
placebo no tempo até a recaída e na frequência de recaídas, sem
nenhuma diferença significativa entre os diferentes grupos de
dose.

Mania Bipolar

A eficácia da ziprasidona 40 mg – 80 mg, a cada 12 horas, foi
estabelecida em 2 estudos duplo-cego, placebo -controlado de 3
semanas, com pacientes selecionados de acordo com o critério do
DSM-IV para distúrbio bipolar tipo I, que tinham apresentado
recentemente um episódio de mania aguda ou episódio misto com ou
sem características psicóticas.

Os resultados demonstraram que a ziprasidona foi
significativamente mais efetiva que o placebo no tratamento destes
pacientes. A ziprasidona foi estatisticamente superior ao placebo
conforme determinado através da alteração média a partir da linha
de base até o endpoint (21º dia ou outro dia no caso de
descontinuação antecipada) na Escala de Classificação de Mania
(Mania Rating Scale – MRS) e grau de gravidade (CGI Severity Score
– CGI-S).

No primeiro estudo, uma melhora estatisticamente significativa
foi evidente no grupo da ziprasidona do 2º (MRS) e 4º dia (CGI-S) e
foi mantida de forma contínua até o 21º dia. No segundo estudo foi
evidente uma melhora estatisticamente significativa em ambas às
escalas desde o 2º dia e mantida até o 21º dia.

O tratamento de mania com ziprasidona por mais de 3 semanas e o
uso profilático em distúrbios bipolares, não foi avaliado
sistematicamente em estudos clínicos controlados. Entretanto, os
efeitos em longo prazo da terapia com ziprasidona foram avaliados
em um estudo aberto de extensão, de 52 semanas, após ensaio
duplo-cego controlado por 3 semanas.

A extensão do estudo incluiu 127 pacientes que completaram a
fase inicial de 3 semanas. Estes pacientes foram tratados por ≤ 52
semanas; a dose média de ziprasidona em um ano foi de 132 mg/dia e
o tempo médio de tratamento foi 105 dias. Quarenta e oito pacientes
completaram a fase de extensão. A eficácia foi medida através das
mudanças nas Escalas de Classificação de Mania (Mania Rating Scale
– MRS) e grau de gravidade (CGI Severity Score – CGIS).

Os pacientes foram avaliados nas semanas 1, 2, 4, 12, 28 e 52.
Reduções significativas nas escalas MRS e CGI-S foram observadas
desde o terceiro dia da fase de extensão até a 52ª semana.

Tratamento de Manutenção em Pacientes com Transtorno
Bipolar

A eficácia de ziprasidona no tratamento de manutenção do
Transtorno Bipolar tipo I foi estabelecida em um estudo clínico
placebo-controlado de 6 meses em pacientes que atendiam o critério
DSM-IV para Transtorno Bipolar tipo I. O estudo incluiu pacientes
cujo episódio mais recente era maníaco ou misto, com ou sem
características psicóticas. Na fase aberta do estudo, era requerido
que os pacientes estivessem estáveis com o uso de ziprasidona mais
lítio ou ácido valproico por pelo menos 8 semanas para serem
randomizados.

Na fase randomizada, duplo-cego de 6 meses, pacientes
continuaram o tratamento com lítio ou ácido valproico e foram
randomizados para receberem ziprasidona (administrado 2 vezes/dia
totalizando 80 a 160 mg/dia) ou placebo. Geralmente na fase de
manutenção, pacientes continuaram com a mesma dose na qual eles
estavam estabilizados durante a fase de estabilização.

O endpoint primário neste estudo foi no momento da recorrência
de um episódio de humor (episódios maníaco, misto ou depressivo).
Um episódio de humor foi definido como início de medicação ou
hospitalização para um episódio de humor: resultado MRS ≥18 ou
resultado MADRS ≥18 em 2 avaliações consecutivas não mais do que 10
dias; ou descontinuação do estudo devido a um episódio de
humor.

Um total de 584 indivíduos foram tratados em um período aberto
de estabilização. Num período de randomização duplo-cego, 127
indivíduos foram tratados com ziprasidona e 111 indivíduos foram
tratados com placebo. A ziprasidona foi superior ao placebo no
aumento do tempo de recorrência de um episódio de humor.

Agitação

Estudos demonstraram que pacientes com demência com
agitação/psicose experimentaram melhora comportamental acentuada
após receber doses orais de ziprasidona (20-160 mg/dia), sem
qualquer evidência de efeitos colaterais cardíacos ou outros
problemas. Os pacientes não demonstraram nenhuma alteração no
eletrocardiograma do intervalo QTc após a administração de
ziprasidona.

Concluindo estes resultados sugerem que a ziprasidona oral pode
ser um medicamento eficaz e seguro para o tratamento da
agitação.

Características farmacológicas

Propriedades Farmacodinâmicas

Estudos de Ligação aos Receptores

A ziprasidona possui alta afinidade pelos receptores de dopamina
tipo 2 (D2) e afinidade substancialmente maior pelos receptores de
serotonina tipo 2A (5HT2A). A ziprasidona também interage com os
receptores de serotonina 5HT2C, 5HT1D e 5HT1A, sendo que a
afinidade por estes receptores é igual ou maior à sua afinidade
pelo receptor D2.

A ziprasidona possui afinidade moderada pelos transportadores
neuronais de serotonina e de norepinefrina e pelos receptores
histamínicos H1 e receptores alfa1. O antagonismo a estes
receptores foi associado à sonolência e hipotensão ortostática,
respectivamente. A ziprasidona apresenta afinidade desprezível
pelos receptores muscarínicos M1. O antagonismo a esse receptor foi
associado a prejuízo de memória.

Estudos Funcionais dos Receptores

A ziprasidona demonstrou ser antagonista tanto dos receptores de
serotonina do tipo 2A (5HT2A) como dos receptores de dopamina do
tipo 2 (D2). Sugere-se que a atividade antipsicótica seja mediada,
em parte, por meio desta combinação de atividades antagonistas.

A ziprasidona também é um antagonista potente dos receptores
5HT2C e 5HT1D, um agonista potente do receptor 5HT1A e inibe a
recaptação neuronal de norepinefrina e serotonina.

Estudos de Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET) em
Humanos

Após 12 horas da administração de 40 mg de ziprasidona, o
bloqueio do receptor 5HT2A foi maior que 80% e do receptor D2 foi
maior que 50%, utilizando a tomografia de emissão de pósitrons
(PET).

Informações Adicionais Provenientes de Estudos
Clínicos

Em um estudo comparativo duplo-cego foram avaliados parâmetros
metabólicos incluindo peso, níveis plasmáticos em jejum do
colesterol total, triglicérides, insulina e índices de resistência
periférica à insulina. Em pacientes recebendo ziprasidona, nenhuma
alteração significativa em relação ao pré- tratamento foi observada
em qualquer um desses parâmetros.

Resultados de um Estudo Extenso de Segurança
Pós-Comercialização

Um estudo randomizado observacional pós-aprovação com 18.239
pacientes em acompanhamento por 1 ano foi conduzido para determinar
se o efeito da ziprasidona no intervalo QTc é associado a um
aumento do risco de mortalidade (excluído suicídio) em pacientes
com esquizofrenia. Este estudo, conduzido em centros de prática
clínica, não demonstrou diferenças na taxa de mortalidade entre os
tratamentos com ziprasidona e olanzapina.

Propriedades Farmacocinéticas

Após a administração oral de doses múltiplas de ziprasidona com
alimentos, o pico de concentração sérica ocorreu, tipicamente, 6 a
8 horas após a dose. A ziprasidona apresenta cinética linear ao
longo do intervalo de dose terapêutica de 40 mg a 80 mg, duas vezes
ao dia, no estado pós-prandial. A biodisponibilidade absoluta de
uma dose de 20 mg é de 60% no estado alimentado. A absorção de
ziprasidona é reduzida em até 50% quando administrada em jejum.

A administração de ziprasidona duas vezes ao dia geralmente
atinge o estado de equilíbrio dentro de 3 dias. As exposições
sistêmicas no estado de equilíbrio estão relacionadas à dose.

No estado de equilíbrio, a meia-vida média de eliminação da
ziprasidona é de aproximadamente 6,6 horas após administração oral.
O clearance sistêmico médio da ziprasidona administrada
intravenosamente é de 7,5 mL/min/kg e o volume de distribuição é de
aproximadamente 1,5 L/kg. A ziprasidona está amplamente ligada às
proteínas plasmáticas (gt; 99%) e sua ligação parece ser
independente da concentração.

A ziprasidona é extensamente metabolizada após administração
oral; apenas uma pequena quantidade é excretada na urina (lt; 1%)
ou nas fezes (lt; 4%) como fármaco inalterado. A ziprasidona é
depurada principalmente por três vias metabólicas, levando à
formação de quatro metabólitos circulantes principais: sulfóxido de
benzisotiazol piperazina (BITP), sulfona de BITP, sulfóxido de
ziprasidona e Smetildiidroziprasidona.

Aproximadamente 20% da dose é excretada na urina, com
aproximadamente 66% sendo eliminada nas fezes. A ziprasidona
inalterada representa cerca de 44% do total de substâncias séricas
relacionadas ao fármaco.

A ziprasidona é basicamente metabolizada por duas vias: redução
e metilação para gerar a Smetildiidroziprasidona que é responsável
por aproximadamente dois terços do metabolismo, e o metabolismo
oxidativo responsável pelo outro terço. Estudos in vitro
utilizando frações de tecido hepático humano indicam que a
S-metil-diidroziprasidona é gerada em duas etapas.

Esses estudos indicam que a primeira etapa é mediada basicamente
pela redução química pela glutationa, bem como pela redução
enzimática por aldeído-oxidase. A segunda etapa é a metilação
mediada pela tiol metiltransferase. Estudos in vitro
indicam que a CYP3A4 é a principal isoenzima do CYP 450
catalisadora do metabolismo oxidativo de ziprasidona.

A ziprasidona, a S-metil-diidroziprasidona e o sulfóxido de
ziprasidona, quando testados in vitro, compartilham
propriedades que podem ser preditivas de um efeito de prolongamento
do intervalo QTc. A S-metildiidroziprasidona é eliminada
principalmente por excreção fecal e por metabolismo catalisado pelo
CYP3A4. O sulfóxido é eliminado por excreção renal e por
metabolismo secundário catalisado pelo CYP3A4.

Em um estudo de fase I, o cetoconazol (400 mg/dia), um inibidor
da CYP3A4, aumentou as concentrações séricas da ziprasidona em lt;
40%. A concentração sérica da S-metil-diidroziprasidona, no Tmáx
esperado de ziprasidona, foi aumentada em 55% durante tratamento
com cetoconazol. Não foi observado prolongamento adicional do
intervalo QTc.

Não foram observadas diferenças clinicamente significativas na
farmacocinética da ziprasidona em indivíduos jovens e idosos,
homens ou mulheres, após administração oral.

A avaliação farmacocinética das concentrações séricas de
ziprasidona em pacientes tratados por via oral não revelou qualquer
diferença farmacocinética significativa entre fumantes e não
fumantes.

Não foram observadas diferenças acentuadas na farmacocinética da
ziprasidona oral em pacientes com insuficiência renal de grau
moderado a grave, quando comparado a indivíduos com função renal
normal. Não se sabe se as concentrações séricas dos metabólitos
aumentaram nesses pacientes.

Na insuficiência hepática de grau leve a moderado (classe A ou B
de Child-Pugh), as concentrações séricas de ziprasidona após a
administração oral foram 30% mais altas e a meia-vida foi
prolongada em cerca de 2 horas em relação aos indivíduos
hígidos.

Dados de Segurança Pré-Clínicos

Dados de segurança pré-clínicos de ziprasidona, baseados em
estudos convencionais de segurança farmacológica, genotóxicas e de
potencial carcinogênico, não revelaram risco especial para humanos.
A ziprasidona não apresentou evidências de teratogenicidade em
estudos reprodutivos em ratos e coelhos. Efeitos adversos sobre a
fertilidade, um aumento do número de filhotes natimortos,
diminuição do peso dos filhotes e atraso no desenvolvimento
funcional foram observados em doses que causaram toxicidade
materna, como sedação e diminuição no ganho de peso corpóreo.

Aumento da mortalidade perinatal e atraso no desenvolvimento
funcional dos animais ocorreram quando concentrações plasmáticas
maternas foram extrapoladas para serem similares às concentrações
máximas em humanos nas doses terapêuticas.

Cuidados de Armazenamento do Geodon

Geodon deve ser conservado em temperatura ambiente (entre
15 e 30oC), protegido da luz e umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características do medicamento:

  • – Geodon 40 mg:

    cápsula gelatinosa dura com fechamento, cor azul, número 4, com
    “Pfizer” e “ZDX 40” impresso em preto.

  • – Geodon 80 mg:

    cápsula gelatinosa dura com fechamento, cor branca/azul, número
    2, com “Pfizer” e “ZDX 80” impresso em preto.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Geodon

Venda sob prescrição médica. Só pode ser vendido com
retenção da receita.

MS – 1.0216.0066

Farmacêutica Responsável:

Carolina C. S. Rizoli – CRF-SP No 27071

Registrado e Importado por:

Laboratórios Pfizer Ltda.
Rodovia Presidente Castelo Branco, Km 32,5 CEP 06696-000 – Itapevi
– SP
CNPJ no 46.070.868/0036-99

Fabricado e Embalado por:

R-Pharm Germany GmbH Heinrich-Mack-Str. 35, 89257 Illertissen –
Alemanha.

Geodon, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.