Protocolo de Cólica Renal

Bom dia, meu nome é Walter Pretzelporto e sou médico cooperado cirurgião que trabalha na emergência e trauma há muitos anos. Sou instrutor e diretor do curso de ATLS há 20 anos. Por possuirmos muita experiência no atendimento de emergência, vou falar sobre o protocolo de cólica renal, desenvolvido por urologistas colegas nossos, especificamente para o atendimento em salas de emergência realizado pelo médico que faz o primeiro atendimento ao paciente com cólica renal, antes de ser encaminhado para o especialista.

A cólica renal é a patologia mais frequente em emergências. É importante ressaltar que o Hospital da Unimed desenvolveu vários protocolos de atendimento, pois ao unificar e padronizar o tipo de atendimento, obtemos ganhos tanto no diagnóstico como do ponto de vista econômico, evitando desperdiçar recursos com procedimentos desnecessários. A utilização de protocolos é comum em grandes hospitais ao redor do mundo.

O atendimento de emergência do Hospital da Unimed conta com uma equipe multidisciplinar de especialistas em diversas áreas, porém o atendimento inicial é baseado em protocolos clínicos institucionais, para padronizar os pedidos e o manejo dos pacientes. Sempre há um especialista disponível para auxiliar nos casos mais complexos.

Ao chegar à sala de emergência com quadro de cólica renal, o paciente apresenta uma dor intensa e característica, sendo incapaz de encontrar uma posição confortável. Geralmente inquieto, pode sentir náuseas e vômitos. O diagnóstico, na maioria das vezes, é facilmente realizado pelos sintomas e exame físico.

No protocolo de cólica renal, são solicitados exames de laboratório e prescrita uma analgesia, que pode variar desde dipirona ou metacopamida até morfina, conforme necessidade do paciente. Com os resultados dos exames em mãos, é feito um fluxograma de encaminhamento.

Caso o paciente apresente obstrução da via urinária detectada por ultrassonografia, ou sinais de infecção urinária, este deve ser encaminhado para o urologista. Se for apenas infecção urinária, a conduta será diferente, sendo tratada com antibióticos. Caso não haja obstrução ou infecção, a função renal será avaliada e, dependendo do resultado, encaminhado para o nefrologista caso haja perda de função ou liberado para consulta ambulatorial caso esteja estável.

Se a analgesia não for efetiva, mesmo com uso de morfina, o paciente será internado no hospital para um tratamento mais adequado. O protocolo, portanto, visa tornar o processo de atendimento mais eficiente e seguro, proporcionando o melhor tratamento para os pacientes com cólica renal.

Visualização do Atendimento na Sala de Emergência

A sala de emergência é o local onde os pacientes chegam após serem trazidos de ambulância. Após o primeiro atendimento e estabilização, eles são encaminhados para a sala de observação, onde aguardam os resultados dos exames.

Sala de Observação

Na sala de observação, os pacientes ficam em boxes individuais, observando-se seus quadros clínicos e esperando pelos resultados dos exames. É nesse momento que será decidido se eles precisarão ser internados ou se poderão ser liberados para acompanhamento ambulatorial com um urologista.

Sala de Medicação

Eventualmente, os pacientes podem ficar apenas em observação na sala de medicação, onde são medicados e têm a perspectiva de alta mais precoce. Para cólicas renais menos intensas, são disponibilizadas poltronas, possibilitando maior conforto e uma menor permanência no hospital.

Consultórios

Os pacientes com quadro menos grave são encaminhados para os consultórios, onde são atendidos pelos colegas médicos que atuam na emergência.

Conclusão

O protocolo de cólica renal é uma importante ferramenta para o atendimento de emergência no Hospital da Unimed. Com a padronização do atendimento, conseguimos oferecer um diagnóstico mais rápido e eficiente, além de evitarmos desperdícios desnecessários. A equipe multidisciplinar trabalha em conjunto para garantir o melhor tratamento possível aos pacientes.

Utilizar protocolos é fundamental para manter um alto nível de atendimento em emergências, e a adesão a esses protocolos é essencial para a eficácia do atendimento médico.

Fonte: Protocolo de Cálculo Renal Hospital Unimed – Dr. Walter Porto e Dr. Felipe de Figueiredo por Unimed Nordeste-RS