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Sarampo: Riscos, Sintomas e Tratamento da Doença – Correspondente Médico

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E aí

É sempre bom a gente poder falar de saúde e bem-estar com assuntos sempre relevantes e importantes para você. Está começando o correspondente médico e eu lembro que você também pode participar aqui com a gente, é muito fácil e estamos atentos aqui, é só você postar lá no Twitter com a hashtag correspondente médico ou procure a gente também no Instagram @CNN Brasil, estamos à disposição e você pode trazer sua pergunta e sua participação.

Doutor Fernando Gomes, muito bom dia. E está vestido com a mesma cor de costume que Rafael Colombo, vocês combinaram o look hoje né? Nós não combinamos. Você viu que coincidência! Olha aí, entre as mulheres, a gente costuma quando vai sair, ligar e falar: “Oi amiga, que roupa você vai?”. Eu acho que vocês combinaram, vamos lá.

Hoje vamos falar de um assunto importante, sobre uma doença que está voltando a circular no mundo e também aqui no Brasil: o sarampo. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o número de casos da doença nos dois primeiros meses deste ano subiu quase oitenta por cento em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram registrados cerca de 17 mil casos em todo o planeta. Os países mais atingidos estão na África e na região do mar mediterrâneo. Aqui no Brasil foram nove casos confirmados. O país chegou a receber uma certificação de eliminação do sarampo em 2016, mas voltou a registrar casos da doença em 2018. Doutor Fernando Gomes agora vai explicar para a gente: afinal, o que é o sarampo e quais são as principais características, a forma de transmissão e os sintomas dessa doença?

O sarampo é uma importante doença infecciosa causada por um vírus que acomete crianças e adultos. Pode também afetar idosos e pode ter complicações que levam à necessidade de internação e até mesmo à morte. O quadro clínico do sarampo se mostra inicialmente com febre, principalmente acima de 38 graus, acompanhada de tosse. Às vezes, pode ocorrer rouquidão e desconforto na garganta, coriza, irritação nos olhos como se fosse uma conjuntivite e uma sensação ampla de mal-estar. Muitas vezes é difícil saber exatamente o que é, mas a pessoa percebe que algo não está funcionando bem no corpo. Dor de cabeça também é um sintoma comum, assim como manchas na pele, principalmente manchas vermelhas que podem aparecer no rosto, atrás do pescoço e se espalhar pelo corpo. Essas manchas não têm relevo. Em alguns casos, podem aparecer manchinhas brancas dentro da boca. É importante dizer que após a pessoa ter contato com alguém que tem o sarampo, o quadro clínico se apresenta após cerca de duas semanas.

Doutor Fernando, os sintomas que você trouxe podem se confundir também com outras doenças, não é? O que a pessoa que suspeita estar com sarampo deve ficar atenta e qual é o mais importante nesse quadro?

No começo, o quadro do sarampo pode se confundir com uma gripe ou resfriado com sintomas genéricos. O diagnóstico tende a ser mais difícil nos primeiros três a cinco dias. Por isso, se a pessoa teve contato com alguém que teve a doença, isso já é um sinal de alerta. Isso motiva a pessoa a se proteger, utilizando máscara, por exemplo, para evitar a transmissão para outras pessoas. A taxa de transmissão do vírus do sarampo é alta, por isso a vacina é tão discutida e falada. É importante falar sobre o uso da máscara, inclusive. O sarampo tem tratamento e pode ser curado. É uma doença autolimitada, ou seja, não existe um remédio específico para tratá-la. O tratamento é focado nas complicações secundárias que podem surgir. Muitas vezes, quando a pessoa está acometida pela doença, especialmente as crianças, é necessário tratar complicações como desidratação e infecções secundárias que possam surgir devido à queda da imunidade. O objetivo é preparar a pessoa para que ela passe por essa fase infecciosa e inflamatória e saia dessa fase de forma positiva, evitando que as complicações aconteçam.

Vamos falar um pouco mais sobre essas complicações secundárias, porque, de que forma a gente vai tratar o sarampo para evitar essas complicações que podem levar à morte?

O sarampo pode cursar junto com broncopneumonia, podendo também afetar o ouvido, uma complicação bastante temida é a encefalite, que é uma inflamação no cérebro que pode levar o indivíduo, inclusive, à morte. Para evitar essas complicações, é importante fazer o diagnóstico precoce, oferecer suporte ao paciente, isolá-lo para que não transmita a doença para outras pessoas, além de garantir que todos estejam vacinados.

Vamos falar então sobre a vacinação. A campanha nacional de vacinação contra o sarampo está em andamento, atualmente focada na imunização dos profissionais de saúde, mas a partir de amanhã, as crianças de 6 meses até 5 anos de idade também serão incluídas no calendário. São cerca de 50 mil postos de vacinação em todo o país. Vale ressaltar que a vacinação é eficaz e segura. É a melhor forma de combater essa doença. A vacina contra o sarampo é uma vacina única que é aplicada aos 12 e 15 meses de idade. Depois disso, é necessário fazer uma dose de reforço. Em algumas situações especiais, até mesmo crianças a partir dos 6 meses podem ser vacinadas antes da primeira dose. É importante que todo mundo tenha essa vacina para evitar que o sarampo se espalhe pela população.

Essa é outra preocupação da Organização Mundial da Saúde, a baixa procura pela vacina. Aqui no Brasil, no ano passado, a primeira dose da tríplice viral atingiu 71% do público-alvo, mas a segunda dose cai para 50%. A vacinação é a melhor prevenção.

Enfim, pessoal, vamos cuidar. O sarampo é um tema extremamente importante e depende do nosso cuidado. Muito obrigada, Dr. Fernando, por mais um dia. Obrigada a vocês, pessoal. Até breve!

Este foi mais um correspondente médico.

Fonte: Sarampo: conheça os riscos, sintomas e tratamento da doença – Correspondente Médico por CNN Brasil