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Zika Vírus: Consequências da Infecção na Microcefalia

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O vírus Zika é um membro da família Flaviviridae, que inclui também o vírus da dengue, da febre amarela, do oeste do Nilo e da encefalite japonesa. Ele é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, da mesma forma que o vírus da dengue. Além disso, pode ser transmitido por contato direto com sangue contaminado e também por via sexual. Os sintomas do vírus Zika são semelhantes aos da dengue e da febre chikungunya, incluindo febre baixa, artralgia, dor de cabeça, manchas avermelhadas com descamação no centro, erupções cutâneas e coceira. Uma característica importante da infecção pelo vírus Zika é a epidemia de conjuntivite ocular, que não ocorre na dengue.

Geralmente, o nosso corpo consegue combater o vírus Zika sozinho e a pessoa fica curada após cerca de uma semana dos sintomas. No entanto, a doença pode ser fatal para pessoas com condições de saúde debilitadas, como no caso de um homem com lúpus, artrite e autismo, que faleceu no estado do Pará. Não existe nenhuma vacina específica ou tratamento para o vírus Zika, mas é importante ressaltar que a automedicação não deve ser praticada, pois alguns medicamentos, como aspirina, podem piorar o quadro.

O diagnóstico da doença é feito através de análise de sangue, onde é procurado o RNA do vírus. A prevenção do vírus Zika é a mesma utilizada para a dengue, que envolve evitar o acúmulo de água parada e limpa em recipientes que possam servir de criadouro para o mosquito Aedes aegypti.

O vírus Zika foi descoberto em 1964 e o primeiro caso no Brasil foi registrado em 2014, possivelmente trazido por um turista durante a Copa do Mundo. A melhor forma de prevenção é impedir a proliferação do mosquito Aedes aegypti, e o uso de repelentes é recomendado pelo Ministério da Saúde, principalmente nas regiões mais afetadas.

A microcefalia está relacionada com o vírus Zika, onde há um desenvolvimento anormal da cabeça e do cérebro do feto durante a gestação. Isso resulta em um tamanho menor da cabeça e do cérebro em comparação com uma criança normal, podendo causar deficiências no desenvolvimento intelectual, motor e de fala. O vírus Zika interfere de alguma maneira na formação do feto, levando à microcefalia. Em 2014, foram registrados 147 casos de microcefalia no Brasil, enquanto em 2015 já foram registrados 1.248 casos.

É importante que mulheres grávidas tomem todos os cuidados necessários, como o uso de repelentes e a eliminação de possíveis criadouros do mosquito, para evitar a contaminação pelo vírus Zika e consequente microcefalia no feto.

Se cada um fizer a sua parte na prevenção do mosquito, os casos dessas doenças podem diminuir consideravelmente e muitas vidas podem ser salvas.

Fonte: Zika Vírus e Microcefalia por biomedicinabasica