Pular para o conteúdo

Traqueostomia: indicações e riscos – Dr. Arthur Vicentini CRM 154.086


Olá. Hoje nós vamos falar a respeito das traqueostomias, quando elas são necessárias e quais os riscos envolvidos.
Meu nome é Arthur Vicentini, sou Cirurgião de Cabeça e Pescoço. Falando a respeito das traqueostomias… a traqueostomia, não sei todo mundo está familiarizado com ela, é aquele “canalzinho” que a gente coloca no pescoço de algumas pessoas para que o ar possa fluir entre o ambiente externo e os pulmões.
E por que a gente faz a traqueostomia?
Em geral, a gente faz a traqueostomia porque o paciente tem alguma obstrução superior a ela. Então, a passagem entre a boca, o nariz, as vias aéreas altas e o pulmão, existe alguma obstrução que pode ser causada por vários motivos. Pode ser por conta de tumores, Pode ser por conta de traumas.
Então, o paciente mais velho começa a ter alterações da deglutição, da capacidade de engolir. Pode ter engasgos. Pode ir alimento, saliva ou líquido para o pulmão. Então, nessas situações a gente pode fazer traqueostomias.
E existem outras indicações também, por exemplo, agora na época do Covid a gente tem visto pacientes que ficam entubados por um período muito longo e para proteger a via aérea para que não se tenha uma estenose, um estreitamento, diminua o risco de infecções, a traqueostomia pode ser realizada para facilitar a melhora desses pacientes.
Então, essas são as principais indicações da traqueostomia.
Quais são os riscos que a gente tem envolvidos nela?
A gente vai manipular uma região que é a região anterior do pescoço. Tem muitos vasos sanguíneos, tem muitas estruturas nobres, tem a própria glândula tireoide que costuma sangrar bastante e outra preocupação além dos possíveis sangramentos é que nós tenhamos uma obstrução da via respiratória que a gente não consiga permear a via respiratória, que a gente não consiga fazer a traqueostomia no tempo necessário.
Nos pacientes entubados, nos pacientes já anestesiados, esse procedimento é mais tranquilo e um pouco mais calmo porque a gente já tem uma via aérea permanente, uma via aérea patente, e a gente consegue fazer o procedimento com mais tranquilidade.
Mas, às vezes aparece em pronto-socorro, em ambientes de urgência, pacientes com obstruções respiratórias agudas. Então, pessoas, por exemplo, que tiveram um engasgo, que alguma coisa entalou na garganta, por exemplo, uma prótese dentária, um pedaço de alimento ou pessoas que têm tumores obstrutivos da faringe e da laringe e que começaram a obstruir a parte respiratória e de repente elas começam a ter uma falta de ar mais pronunciada.
Nesses casos, a gente não consegue entubar o paciente. Muitas vezes a gente tem que fazer a traqueostomia no paciente com uma leve sedação, com anestesia local, que é um procedimento mais complexo e muito mais perigoso que pode levar à obstrução da via respiratória, a parada de respiração do paciente.
Então, basicamente esses são os principais riscos. A gente tem que tomar cuidado também com a parte de cicatrização da pele depois do procedimento. A gente tem que tomar cuidado com questões de infecções da região da cirurgia para que não haja qualquer tipo de problema nesse aspecto.
Mas, essas são as principais preocupações que nós temos a respeito das traqueostomias.
Então, é isso. Se você gostaram do nosso vídeo, podem curtir e compartilhar. Se inscrevam em nosso canal para continuar acompanhando as novidades da Cirurgia de Cabeça e Pescoço. E fiquem à vontade para encaminhar esses vídeos para pessoas que usam traqueostomia ou se interessam pelo assunto para elas terem um pouco mais de informação.
Fonte: Quando é necessário fazer uma traqueostomia e quais os riscos? | Dr. Arthur Vicentini CRM 154.086 por Dr. Arthur Vicentini