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Religiosidade e Transtorno Bipolar: Qual é a conexão?

Esse primeiro estudo teve como objetivo investigar a relação existente entre religiosidade e espiritualidade e a evolução de pacientes portadores de transtorno bipolar. Foram estudados 168 pacientes do programa de transtorno de humor do serviço de psiquiatria do Hospital Estadual da Universidade Federal de Juiz de Fora.

Os pacientes foram avaliados do ponto de vista do transtorno bipolar, isto é, da presença ou ausência de sintomas de mania. Depois, foram aplicadas uma escala para medir o nível de envolvimento religioso e outra escala para avaliar o tipo predominante de cobre religioso-espiritual utilizado. Por fim, uma escala de avaliação de qualidade de vida foi aplicada para avaliar o quanto o nível de envolvimento religioso influenciava a evolução da doença.

Os resultados mostraram uma associação interessante entre esses fatores. Dos 168 pacientes, 48 relataram não ter filiação religiosa. Aqueles pacientes que apresentaram o maior nível de religiosidade intensificaram uma maior frequência de compromisso religioso-espiritual positivo e apresentaram também menos sintomas depressivos. Em termos de religiosidade, foi associado à melhor qualidade de vida.

A religiosidade também mostrou ser importante em relação ao bem-estar psicológico e ambiental. Por outro lado, o compromisso religioso negativo influenciou negativamente a qualidade de vida dos pacientes, diminuindo os cortes no domínio psicológico.

No segundo estudo, o objetivo é tentar entender qual é o mecanismo através do qual a religiosidade e a espiritualidade influenciam a evolução da doença e desenvolver estratégias que possam ajudar a lidar melhor com um compromisso religioso negativo.

Fonte: Impacto da religiosidade em pacientes com transtorno bipolar por TV Nupes