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Visita do Doutor Sproesser a uma paciente com Alzheimer


Gostei do doutor de hoje! Vai fazer uma consulta à domicílio por um motivo muito especial e doutores próximos, é verdade Natalia! É hoje! O motivo é esclarecer uma série de dúvidas nesse problema grave que assola muitas pessoas no Brasil e no mundo.
Hoje, a gente vai conhecer um pouco melhor a família da Dona Nair. Ela tem 78 anos e recentemente foi diagnosticada com a doença de Alzheimer. Nesse início de tratamento, surgem muitas dúvidas: se dá remédio, que tipo de remédio, existe cura, não existe cura… E acho que não é só a família dela que está irritada, com certeza!
Doutores prócer claro, vai esclarecer todas essas dúvidas, vamos lá!
Hoje, a gente veio fazer uma visita domiciliar. Eu fiquei sabendo que aqui dentro tem uma família que está vivendo alguns conflitos, é por isso que a gente trouxe o doutor Antonio Sproesser para resolver, tirar todas as suas dúvidas e explicar direitinho o que está acontecendo com a Dona Nair.
Sejam bem-vindos, com licença! A Maré e Irmã dela, Regina, estavam ansiosas por essa consulta. Queremos saber primeiro o que está acontecendo na família nos últimos seis meses. Seis, oito meses mais ou menos, essa situação de esquecimento e perda das coisas tem se acentuado bastante. Então, a gente tem muita dúvida de como conduzir essa situação e o que fazer.
Não começava com um esquecimento de, por exemplo, onde você é. Onde ela guardava as coisas? Chave? Ou seja, ela guarda a chave no lugar e não sabe onde tinha colocado. Já houve registro de, por exemplo, estar num lugar e perder a referência de como voltava pra casa. Isso é muito frequente! Hoje, Dona Nair já não pode mais sair de casa sozinha, porque corre o risco de não voltar. E essa coisa de não já sair sozinha gera nela muita raiva, ela fica amarga, com medo!
Hoje Dona Nair já não pode mais sair de casa sozinha, porque corre o risco de não voltar. E essa coisa de não sair sozinha gera nela muita raiva e medo. Ela fica muito triste, muito brava mesmo.
Se você sair de casa com parentes que cuidam desse tipo de situação, vocês vão notar que nunca podem deixar de falar nada, mas também nunca podem magoar a pessoa. Vocês têm que ter um jeito muito especial, uma forma carinhosa, sempre demonstrando, chamando para a realidade. Falar: “A senhora não acha que é perigoso ficar aqui? O bairro já mudou, não é mais como era!”.
A Dona Nair mora com o marido, Seu Benedito, que perdeu a visão dez anos atrás, antes dos sintomas do Alzheimer. Era Dona Nair quem cuidava dele, e agora as filhas têm duas preocupações: o grande problema que a mãe pode esquecer o fogão ligado; já esqueceu como fechou a porta; cortou o dedo. Ela pode se queimar, ela pode pegar e colocar coisas na comida que não é hora de colocar!
Enquanto isso, ela está fazendo o almoço e desce pra falar: “Eu acho que fiz besteira!” Ela pegou um detergente, achou que aquilo era óleo…
Os netos e sobrinhos que moram no mesmo terreno tentam ajudar, mas a avó muitas vezes recusa a companhia. Nós trouxemos uma pessoa para fazer os cuidados da casa, assim como preparar a comida e ela manda embora a cada dez minutos a pessoa. Então, quem vem com uma certa vontade, inclusive, de trabalhar, vai passando, vão passando os dias, e a pessoa também vai perdendo a paciência. Eu quero brincar no treino também, não está preparada já aprovada, por encarar uma realidade completamente diferente, pra ficar em casa sem correr riscos. A Dona Nair e Seu Benedito precisam de um profissional especializado, são os chamados cuidadores.
Além de uma equipe de apoio multidisciplinar, ela precisa de um profissional que seja responsável, um grupo de profissionais de saúde psiquiátrica, neurologista, clínico, médicos, família, nutricionista, terapia ocupacional, audiologia por queda aqui a pouco pode ser que ela tem dificuldade para engolir os alimentos.
A estrutura familiar é indispensável para lidar com o avanço da doença. Existe um amor muito grande e uma referência é da nossa mãe, nossa vida muito grande com uma pessoa muito ativa. Então, a situação hoje, nessas condições, deixa a gente realmente muito triste, e a gente gostaria de oferecer ou permitir que ela tivesse uma melhor condição de vida.
Dona Nair não sabe o nome da doença que está levando embora sua memória recente, mas ela reconhece que algo não está funcionando muito bem. O seu gravador pode receber uma pecinha ali para dar uma turbinada e eu amo! O doutor Antonio Sproesser explica que a doença de Alzheimer é um tipo de uma doença que altera a cognição do cérebro. Nossa cognição é a nossa capacidade de aprender e se desenvolver, de adquirir conhecimento.
Essa doença faz com que as regiões cerebrais atrofiem, então o cérebro perde a capacidade de armazenar informações. Enquanto a medicina busca a cura para a doença de Alzheimer, o melhor remédio continua sendo o amor, e quanto maior a dose, melhor o resultado.
A partir de hoje, o que muda na relação de vocês com a doença da Dona Nair? “Acho que acrescenta um pouco, uma questão de conhecimento e de como acompanhar com mais qualidade, né, para proporcionar a ela também mais qualidade de vida”, responde Maré.
“Esse remédio que o doutor Antonio Sproesser estava dizendo que não tem preço, tem de sobra nessa família. E vem dela, ela é muito amor, não é?”
A visita do doutor em casa é muito importante, pois muitas vezes, a pessoa que sofre da doença está em um estado de confusão. Com medo, sozinha, e é importante a presença de outros familiares para garantir cuidados adequados e ajudar na recuperação.
Fonte: Doutor Sproesser visita paciente com alzheimer por Hoje em Dia