Pular para o conteúdo

Ureterolitotripsia Rígida: Animação de Cirurgia para Pedra no Ureter e Tratamento de Cólica Renal.

É possível que você já tenha ouvido falar sobre a litotripsia rígida. Trata-se de um procedimento utilizado para tratar os cálculos renais, mais conhecidos como pedras nos rins.

Essas pedras são formações endurecidas presentes nos rins ou nas vias urinárias que resultam do acúmulo de cristais existentes na urina. Elas possuem diversas causas, tais como nutrição inadequada, consumo excessivo de proteínas e sal, baixa ingestão de líquidos, problemas metabólicos e genéticos, obesidade e sedentarismo.

Em alguns casos, os cálculos podem não produzir sintomas até que comecem a se movimentar em direção ao canal que conecta os rins à bexiga. Os principais sintomas incluem dor forte nas costas que se manifesta em cólicas, náuseas, vômitos, alterações urinárias como presença de sangue e diminuição do fluxo, além da necessidade de urinar com mais frequência, como se houvesse uma infecção urinária.

Os cálculos renais atingem aproximadamente 10% da população e 50% dos pacientes que tiveram um cálculo renal terão outro em cinco anos se não fizerem um tratamento preventivo e mudarem seus hábitos. Quando o paciente com cólica está clinicamente bem, sem febre ou mal-estar, com dor controlável e exames laboratoriais normais, uma pedra de pequena dimensão pode ser expulsa pelo próprio corpo espontaneamente, sem a necessidade de cirurgia. Geralmente, aguarda-se a saída do cálculo por até duas semanas.

No entanto, se o cálculo for relativamente grande ou já estiver parado há mais de duas semanas ou o paciente apresentar sinais de infecção ou insuficiência renal, torna-se necessário realizar a cirurgia de urgência, conhecida como ureterolitotripsia rígida.

A litotripsia rígida é um procedimento realizado exclusivamente em ambiente hospitalar com anestesia geral, de modo que o paciente não sentirá dor alguma durante a sua realização. Este procedimento tem como objetivo a fragmentação e retirada de cálculos duros por método endoscópico, ou seja, fazendo o caminho contrário da urina a partir do orifício da uretra. Não há necessidade de incisões ou cortes.

O procedimento consiste em passar uma microcâmera chamada ureteroscópio semi-rígido pela uretra, atingindo a bexiga e seguindo em direção ao ureter até a identificação do cálculo. Uma vez localizada a pedra, ela é fragmentada por laser e os fragmentos são retirados. O procedimento pode durar de 20 minutos a uma hora, e o tempo de internação varia de 12 a 36 horas.

Ao final da cirurgia, é necessária a colocação de um cateter chamado duplo J. Trata-se de um fino tubo maleável de silicone posicionado dentro do ureter com uma extremidade dentro do rim e outra na bexiga, cuja função é impedir a obstrução do ureter no período pós-operatório e facilitar a saída de fragmentos de cálculos e cálculos menores que ainda possam estar no sistema urinário do paciente.

As primeiras micções após o procedimento geralmente são dolorosas e com sangramento, mas o quadro vai se tornando mais confortável nos primeiros dois ou três dias. Alguns cuidados são importantes, como ingerir bastante líquido (acima de 2 litros por dia) para evitar sangramentos na urina e evitar o consumo de bebidas ácidas, alcoólicas ou com cafeína, além de alimentos condimentados. Deve-se evitar atividades físicas intensas para prevenir desconfortos até a retirada do cateter duplo J, o que geralmente ocorre em até duas semanas.

Fonte: por