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Tudo sobre sífilis: sintomas, tratamentos e prevenção #SanarFlix


Olá pessoal! Hoje vou falar sobre uma doença que muitos de vocês já devem ter ouvido falar em aulas ou visto em hospitais e ambulatórios. Estou me referindo à sífilis, uma infecção sexualmente transmissível de notificação compulsória causada pela bactéria gram-negativa Treponema pallidum, que possui formato de espiroqueta em forma de saca-rolhas. Existem duas principais vias de transmissão da doença: a transmissão sexual e a transmissão vertical, que pode ocorrer de mãe para o bebê durante a gravidez ou parto.
A sífilis pode ser classificada de maneira simples, de acordo com o tempo de infecção, em sífilis adquirida recente, quando a doença infectou o paciente há menos de doze meses, e sífilis adquirida tardia, quando a infecção ocorreu há mais de doze meses. Ela também pode ser dividida em primária, secundária, latente e terciária, de acordo com as manifestações clínicas e evolução da doença.
Na sífilis primária, também conhecida como cancro duro, ocorre o aparecimento de uma lesão ulcerada cerca de 21 dias após a infecção. Essa lesão está relacionada ao local de inoculação da bactéria e pode surgir através de lesões provocadas pelo ato sexual com o indivíduo infectado. A lesão é geralmente indolor e possui bordas definidas e elevadas. É comum haver uma adenopatia satélite inguinal, ou seja, um aumento dos linfonodos regionais. A lesão pode durar de duas a seis semanas e geralmente se cura sozinha.
Caso a sífilis primária não seja tratada, ela pode evoluir para uma sífilis secundária. Nessa fase, ocorre o acometimento sistêmico decorrente da disseminação do treponema pelo corpo. Os sintomas associados são mais abrangentes, como febre, mal-estar, aumento dos linfonodos, além de erupções cutâneas, alopecia e outros sintomas.
Na sífilis terciária, a infecção pode afetar o sistema nervoso central, causando meningite, otosifilis, sífilis ocular e outros sintomas mais graves. Essa divisão em fases é importante para orientar o tratamento e também para determinar a capacidade de transmissão da doença.
O diagnóstico da sífilis pode ser feito por meio de testes sorológicos, tanto para triagem de grupos de risco, como para acompanhamento de pacientes tratados. Existem testes treponêmicos, específicos para o treponema, e não treponêmicos, que são inespecíficos e podem dar resultados falso-positivos em algumas situações.
O tratamento da sífilis é feito com penicilina, sendo que a dosagem varia de acordo com o tempo de evolução da doença. Na sífilis primária, latente recente e secundária, é utilizada a dose de penicilina G benzatina 1,2 milhão de unidades em cada glúteo, totalizando 2.400.000 unidades, em uma única aplicação. Na sífilis terciária, latente tardia e neurossífilis, é utilizada a penicilina G benzatina 1,2 milhão de unidades em cada glúteo, por três vezes, uma vez por semana. Para a neurossífilis, utiliza-se a penicilina G cristalina, em dosagem de 3 a 4 milhões de unidades de 4 em 4 horas, por um período de 10 a 14 dias.
É importante ressaltar que a sífilis é uma doença grave e que pode provocar sequelas a longo prazo, como cegueira, paralisia, demência e problemas cardíacos. Por isso, a prevenção é fundamental. Use camisinha em todas as relações sexuais, faça exames periódicos e, se identificar qualquer sintoma, procure um médico imediatamente.
Fonte: Sífilis: o que você precisa saber #SanarFlix por Sanar