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Tudo sobre o câncer de pâncreas com Dr. Ricardo Carvalho


Olá! No mercado, Carvalhos é oncologista clínico titular da BP. Vamos falar agora sobre o câncer de pâncreas. É um tumor maligno que acomete o pâncreas, um órgão muito importante para o nosso corpo, localizado em uma região muito delicada, próximo do estômago e no intestino de vasos importantes.
É o órgão responsável pela produção de insulina e enzimas relacionadas com a digestão. É um tumor que não é tão comum, sendo responsável por 3% dos casos de câncer na população como um todo. Entretanto, ele tem uma grande agressividade e isso faz com que ele ganhe uma grande importância na oncologia.
Classicamente, o câncer de pâncreas é avaliado através de uma dosagem de uma proteína no sangue, o CA 1991, e de exames de imagem, como uma tomografia ou uma ressonância. Esses exames vão avaliar se a lesão está só localizada no órgão, se ela já comprometeu órgãos ou vasos nervosos próximos e se ela já se disseminou para outros locais, o que chamamos de metástase.
Ainda agora, um pouquinho para a parte de tratamento. Classicamente, o câncer de pâncreas é tratado quando na sua fase localizada e é tratado apenas com cirurgia de uma forma inicial. Depois, a depender do resultado da peça, a gente pode fazer uma quimioterapia preventiva. Entretanto, esforços têm sido feitos na tentativa de identificar pacientes que mesmo operáveis, que dê pra você operar o tumor, a gente consiga com a quimioterapia antes da cirurgia aumentar a chance de cura. Então, essa é uma estratégia nova em que nós da BP acreditamos bastante.
Mesmo em casos em que a lesão está localizada, entretanto, tem algumas características de maior agressividade, como tamanho ou gânglios da imagem, a gente tende a fazer uma quimioterapia antes. Isso aumenta bastante a chance de cura. Isso é uma das recomendações da sociedade americana de oncologia, que mudou um pouquinho esse paradigma, saindo então da cirurgia inicial para começar com uma quimioterapia, seguida de cirurgia.
Quando a doença está localizada numa fase mais avançada, a gente fica com a quimioterapia paliativa, no intuito de controlar a doença e dar uma maior sobrevida. É um tumor que, classicamente, o diagnóstico é feito numa fase tardia. Então, infelizmente, mais da metade dos pacientes já tem metástase ao diagnóstico e a gente não tem nenhum exame que a gente possa fazer de forma rotineira na população.
Daí, a importância de ficar atento aos sinais de alarme, parecido estipulado, que são principalmente dor abdominal, principalmente aquela dor que irradia para as costas e o surgimento de amarelão nos olhos. Então, diante de um paciente ou de um familiar que teve sintomas, a gente sempre sugere procurar um profissional próximo para fazer essa investigação.
Com relação a isso, o que é mais importante que aumenta bastante a chance de cura é você tratar em um centro de expertise, com volumes cirúrgicos adequados no hospital e com cirurgiões com alto volume de realização de cirurgia. Na BP, temos aqui uma equipe multidisciplinar, com cirurgiões focados no tratamento de câncer de pâncreas e com radioterapeutas focados no tratamento de câncer de pâncreas. Com isso, a gente consegue aumentar bastante e melhorar os resultados dos nossos pacientes.
Fonte: Câncer de Pâncreas – Dr. Ricardo Carvalho por BP