Pular para o conteúdo

Tudo sobre Dislipidemias: Definição, Metabolismo Lipídico e Patogênese

Diretriz de dislipidemia: atualização de 2020

Olá, galera. Hoje vamos começar mais um Descer Cana de Gatinhos, falando sobre a diretriz de dislipidemia, trazendo atualização de 2020 para discutir o que há de mais atual na abordagem, conceitos e diagnósticos dessa doença.

Primeiramente, é importante entender os processos fisiológicos que precipitam o processo patológico da dislipidemia. Essa condição nada mais é do que a presença de níveis elevados de lipídios no sangue, mas a elevação desses níveis não é o único fator que contribui para um maior risco cardiovascular.

Os lipídios orgânicos presentes no nosso organismo são compostos por fosfolipídios, responsáveis por compor as membranas celulares; colesterol, que está envolvido com a formação de hormônios e ácidos biliares; triglicérides, base lipídica de armazenamento energético; e ácidos graxos, base da formação dos outros lipídios.

As lipoproteínas são responsáveis pelo transporte dos lipídios no sangue, sendo compostas por lipídios e apolipoproteína. Entre as principais lipoproteínas conhecidas, estão os quilomícrons, de origem intestinal; o VLDL, formado a partir do fígado; o LDL, lipoproteína de baixa densidade; e o HDL, lipoproteína de alta densidade.

Para compreender a patologia da dislipidemia, é importante saber que o acúmulo de um desses lipídios, associado a outros mecanismos, precipita a aterogênese, que é a formação das placas de ateroma. Essa placa é resultado de um processo inflamatório agudo, e sua predisposição torna-se maior quando há lesões endoteliais, como hipertensão, diabetes, obesidade e tabagismo. Quando o LDL é oxidado, expõe os epitopos que deflagram a adesão molecular, formando a placa que evolui para a aterosclerose.

A lesão endotelial na placa de ateroma pode desencadear a formação de trombos, que obstruem vasos ou se desgarram e circulam pelo corpo, prejudicando áreas como as artérias cerebrais, coronárias e renais.

Compreendido esse processo patológico, é possível entender a importância de diagnósticos e tratamentos adequados para pacientes com dislipidemia.

Espero que tenham gostado dessa primeira parte da diretriz de dislipidemia. Não se esqueçam de seguir nossas redes sociais para acompanhar mais conteúdos como esse.

Fonte: Dissecando a Diretriz de Dislipidemias – P1 (Definição, metabolismo lipídico e patogênese) por Medicina Resumida